sexta-feira, 20 de março de 2015

Mt 3:12 (KJA)

"Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará."

Algumas versões trazem a expressão: “...e limpará a sua eira”. A Bíblia King James optou por uma tradução mais clara dessa frase, a partir do original grego; pois a “pá”, que Jesus traz em sua mão, tem a ver com uma pá de madeira usada para lançar o cereal triturado ao ar, de modo que a palha, mais leve, fosse carregada pelo vento, e os grãos se amontoassem no solo. Isso significa “limpar a eira” e reforça o cumprimento da profecia de Malaquias (Ml 3.1-6 e 4.1). "

Mt 3:7 (KJA)

"E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?"

Os fariseus eram a mais influente das seitas do judaísmo no tempo de Cristo. Embora apegados às doutrinas e à ortodoxia, seu zelo, sem o entendimento espiritual da Lei de Moisés levara-os, ao longo dos séculos, a uma observância estrita das normas e regras da Lei e das tradições rabínicas. Eram justos aos próprios olhos e inimigos implacáveis de Jesus Cristo (Mt 9.14; 23.2; 23.15; Mc 12.40; Lc 18.9). Os saduceus, que pertenciam à elite econômica e às famílias sacerdotais, eram anti-sobrenaturalistas (não criam em milagres e no poder sobrenatural de Deus). Opunham-se às tradições dos ensinos e interpretações dos fariseus e colaboravam abertamente com os governantes romanos. Uniram-se aos fariseus apenas em suas perseguições a Cristo (Mt 16.1-4,6). "

Mt 3:2 (KJA)

"E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus."

João começa seu ministério no deserto da Judéia, uma região árida e estéril, ao longo da margem ocidental do mar Morto. O Reino dos céus sinaliza o domínio do céu e dos seus valores sobre a terra e o sistema econômico, político, social e religioso mundial. O povo judeu da época de Cristo esperava esse Reino messiânico (ou davídico) e seu estabelecimento. Foi exatamente esse o Reino que João anunciou como “próximo”. A rejeição de Cristo pelo povo adiou sua plena concretização até a segunda e iminente vinda de Cristo (Mt 25.31). O caráter atual do Reino está descrito na série de parábolas (histórias com objetivo didático) contadas por Jesus em Mt 13. "

MT 2.23 (KJA)

"E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno."

A expressão hebraica traduzida por “nazareno” significa: desprezível ou desprezado. Nazaré era o lugar mais improvável para o surgimento ou a residência do Messias, o Ungido de Deus e libertador do povo de Israel (Sl 22.6; Is 11.1; Is 53.3; Mc 1.24). "

MT 2.1-5 (KJA)

1. Após o nascimento de Jesusem Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, eis que alguns sábios vindos do Oriente chegaram a Jerusalém.
2. E, indagavam: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo”.
3. Quando o rei Herodes ouviu isso, ficou perturbado e toda a Jerusalém com ele.
4. Tendo reunido todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo.
5. E eles lhe responderam: “Em Belém da Judéia, pois assim escreveu o profeta:

1 O primeiro calendário foi elaborado por Dionísio Exíguo, de Roma (no século VI) e adotado em todo o mundo predominantemente cristão. Com o surgimento de novas e mais precisas tecnologias para a medição do tempo, constatou-se que Dionísio errou em pelo menos 4 anos em relação ao mais antigo calendário romano. Herodes, chamado “O Grande”, recebeu, do Senado romano, o título de “rei da Judéia” e, por isso, ficou conhecido como “rei dos judeus”. Durante seu reinado (de 39 a.C. a 4 a.C.) mandou matar todas as crianças de Belém, de até 2 anos de idade. Nessa época Jesus estaria em seu segundo ano de vida. E os cálculos demonstram que teria nascido quase 5 anos antes do “Anno Domini” (ano oficial do nascimento do Senhor). Quanto à expressão “sábios”, como traduzida pela Bíblia King James, refere-se a um grupo de sacerdotes babilônios, gentios, reconhecidos entre os povos medo-persas como mestres, cientistas, astrônomos, e que se dedicavam ao estudo da medicina e da astrologia. Algumas versões trazem a expressão “magos”, mas em nossos dias essa palavra tem uma conotação estritamente mística e ocultista. A tradição das igrejas cristãs acrescenta que eles eram três reis, devido aos três presentes de alto valor monetário oferecidos a Jesus, mas isso não tem comprovação bíblica.

2 Séculos mais tarde, o astrônomo Kepler calculou que essa imagem de estrela reluzente se tratava da conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes, em 7 a.C. Na China, o mesmo fenômeno foi observado no ano 4 a.C. e interpretado como o aparecimento de uma estrela variável, com surgimento e desaparecimento periódicos.

3 Herodes convoca os responsáveis pela vida religiosa e moral da nação judaica. Os sumos sacerdotes eram os membros das grandes famílias sacerdotais de Jerusalém. Os escribas geralmente pertenciam ao partido político dos fariseus; eram também doutores da Lei e estudantes profissionais, pagos para estudar e ensinar, ao povo, a Lei e as tradições rabínicas. Também funcionavam como advogados públicos, sendo-lhes confiada à administração da lei e da ordem, como juízes no Sinédrio (22.35). Esses dois grupos se unem contra Jesus, em 21.15. Mateus associa com mais freqüência os sumos sacerdotes aos anciãos do povo (26.3,47; 27.1). O sentido em ambos os casos é o mesmo: os principais responsáveis pelo drama de um povo são seus líderes e chefes.

4 A palavra “profeta” deriva do grego “pro” que significa “para adiante” ou “à frente” e “phemi” que quer dizer “o que fala”. O profeta é aquele que traz a mensagem de Deus, o servo que anuncia prioritariamente, antes de tudo, a Palavra do Senhor. Esse ministério pode incluir a previsão de futuros eventos. Deus continua a falar através de seus profetas nas igrejas de hoje. Os arautos de Deus nos orientam e ensinam a ouvir o Espírito Santo e a obedecer à Palavra. Entretanto, a Bíblia também nos adverte quanto aos “falsos profetas”, pessoas que são lideradas por um espírito diferente do Espírito Santo e causam confusão à comunidade e grande dano a si próprios (Jr 7.4, Jr 14.14, Lm 2.4, Ez 13.6, Mt 7.15, Mt 24.11-24, 2Pe 2.1, Ap 19.20).       

5 Mq 5.2; Jo 7.42; Ap 2.27

Mt 1:23 (KJA)

"Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco."

"Mateus demonstra de forma clara e inquestionável que Jesus Cristo é o Messias prometido nas diversas profecias do AT, como nesse texto de Is 7.14. (Mt 2.15-23; 8.17; 12.17; 13.25; 21.4; 26.54-56; 27.9; cf. 3.3; 11.10; 13.14, etc.) O próprio Jesus usa as Escrituras para comprovar sua identidade e ministério (Mt 11.4-6; Lc 4.21; 18.31; 24.44; Jo 5.39; 8.56; 17.12, etc.) "

Mt 1:21 (KJA)

"E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados."

Jesus (em hebraico Yehoshú’a) significa Yahweh Salva ou “O SENHOR é a Salvação”. Yahweh é o nome judaico impronunciável, sagrado e sublime de Deus, na maioria das vezes traduzido por: SENHOR. Em hebraico: (Êx 6.3; Is 41.4). Em grego Egô Eimi. "

Mt 1:19 (KJA)

"Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente."

O noivado judaico da época era um compromisso tão solene, que os noivos passavam a se tratar como marido e mulher. A Lei, contudo, proibia qualquer relação sexual antes do casamento formal. O noivado só poderia ser desfeito por infidelidade, que era punida com repúdio público e apedrejamento (Gn 29.21; Dt 22.13-30; Os 2.2).

MATEUS 1.6 (KJA)

Mt 1.6 Jessé gerou o rei Davi, e o rei Davi gerou a Salomão, daquela que foi mulher de Urias;

A expressão “daquela que foi mulher” não se encontra nos originais em grego; entretanto,  desde 1611, a Bíblia King James traz, junto ao texto bíblico, essa explicação rabínica, cujo emprego passou a se observar na maioria das traduções e versões posteriores, em diversas línguas. KJA

quarta-feira, 18 de março de 2015

Ap 1:18

"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."

No AT, há uma profusão de referências ao “Deus Vivo” (Js 3.10; Sl 42.2; 84.2), que se aplicam a Jesus Cristo, em contraste aos “deuses mortos” do paganismo. Cristo tem vida em si mesmo e possui absoluto domínio sobre todos os seres vivos e mortos. Hades, palavra grega que pode ser traduzida por “inferno”, “sepulcro”, “morte” ou “lugar dos mortos” (Mt 16.18)." (King).

Referência: Ap 1:4

"João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;

A mensagem foi dirigida às sete igrejas, ou seja, àquelas enumeradas no v.11 e a todas as demais igrejas cristãs em todas as épocas. O termo grego ekklesia “assembléia” era usado para “convocar” as pessoas para as “reuniões” dos crentes primitivos. As igrejas localizadas na província romana da Ásia, na época de João, hoje uma região da Turquia ocidental, formavam um círculo geográfico na Ásia, com uma distância de cerca de 80 km entre uma e outra. Curiosamente, seus nomes são citados no sentido horário, partindo de Éfeso em direção ao norte até Laodicéia, a leste de Éfeso. Todas as sete igrejas receberam cópias completas do livro com a recomendação de não apenas lerem, estudarem e praticarem a Palavra de Deus, mas igualmente, de proclamarem a Salvação e o Dia do Senhor a todo o mundo. O vocábulo grego “Graça” é usado apenas duas vezes neste livro, aqui e no último versículo (22.21). No entanto, Paulo o usa mais de 100 vezes, evidenciando que vivemos a era da Graça, quando Deus está caminhando pela terra, com seu Espírito e sua Igreja, oferecendo liberalmente sua Salvação (Jn 4.2; Jo 14.27; 20.19; Gl 1.3; Ef 1.2). João parafraseia um dos títulos de Cristo para ressaltar seu poder e eternidade (Êx 3.14,15; Hb 13.8; Ap 4.5). Algumas versões trazem a expressão “os sete espíritos”, todavia, o sentido mais apropriado é compreendido ao aplicarmos a simbologia do número 7 à autoridade absoluta e perene do Espírito Santo (Is 11.2; Zc 4.2,10). " (king).

Referência: Ap 1:2

"O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto." Ap 1:2

Os leitores ocidentais, especialmente, devem estar atentos ao estilo apocalíptico (simbólico) desta obra, muito comum no Oriente ainda hoje. Mais de 50 vezes o número 7 aparece em todo livro, significando “inteireza”, “perfeição”. Aqui temos, por exemplo, a primeira das sete “bem-aventuranças” que aparecem em todo o livro (14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14). O termo grego makarios tem um sentido muito mais amplo e profundo do que a expressão “feliz” poderia comunicar. Portanto, “bemaventurados” transmite melhor o poder e a maravilha da bênção que está reservada para todos aqueles que humildemente lerem ou ouvirem as palavras deste livro (Mt 5.3; Sl 1.1). O vocábulo “profecias” refere-se tanto à previsão de eventos futuros, quanto à proclamação da Palavra de Deus. O Senhor retarda o grande Dia do Juízo para que fique, a cada dia, mais notória a sua longanimidade (Mt 10.39; 18.11; Lc 19.10; Jo 17.12) e a incapacidade do ser humano caído (Gn 3) proporcionar à própria humanidade um mundo justo, sadio e solidário. Contudo, seu glorioso retorno pode ocorrer a qualquer momento (Tg 5.9). " (king)

Apocalipse 1.1-2

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe concedeu para mostrar a seus servos os acontecimentos que em breve devem se realizar, e que Ele, por intermédio do seu anjo, expressou ao seu servo João,
2 o qual comprovou tudo quanto viu da Palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo.

1 A expressão grega apokalipsis “revelação”, significa literalmente “tirar o manto”, isto é, “descobrir”, “tornar claro algo obscuro”, “trazer um mistério à luz da compreensão”. Aqui a mensagem (revelação) vem de Cristo, por meio de um “anjo intermediário” (a palavra “anjo” ocorre mais de 70 vezes neste livro), e é ministrada a João através de símbolos, que é o sentido do termo grego semainõ “significar”, “expressar” (ensinar por simbologia). Essa compreensão nos leva à chave da interpretação geral deste livro: ensinamento simbólico. João, apóstolo, e conhecido como “o discípulo amado” de Cristo, irmão mais novo do apóstolo Tiago, primo de Jesus e autor do evangelho e das epístolas que levam seu nome, foi escolhido por Deus para receber essa advertência divina e transmiti-la a todos os demais “servos” (em grego “escravos”) de Jesus em todo mundo. Sabendo que tais “eventos” estão em processo desde a assunção de Cristo aos céus e, portanto, seu glorioso retorno é certo e iminente (Jo 19.25; 21.2,20,24; Mt 27.56; Mc 3.17; 15.40; Lc 9.52-56; Ap 22.6-20). (KJ).

quinta-feira, 12 de março de 2015

CURADO DE DUAS DOENÇAS MORTAIS

E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior; ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei (Marcos 5:25-28).

CURADO DE DUAS DOENÇAS MORTAIS

O Senhor Jesus estava cercado de uma multidão que ouvia sobre Seus milagres e Suas maravilhosas palavras e desejavam ansiosamente vê-Lo. Então uma mulher desesperada se aproximou. Ela padecia de uma doença mortal e não havia esperança de cura. Por certo, ela tinha fé que o Senhor Jesus pudesse ajudá-la, mesmo que ela não se aproximasse diretamente delepara pedir isso. Aparentemente, ela estava receosa de falar com ele, e então em secreto enfrentou a multidão para tocar em Suas vestes. No mesmo instante ficou curada. Durante alguma provação que enfrentou, você já pensou que seu problema não era tão importante para ser colocado diante do Senhor Jesus, ou que com tantas coisas terríveis no mundo suas preocupações eram insignificantes para ele? Rejeite tais pensamentos! Somos chamados a lançar sobre ele toda a nossa ansiedade, porque ele tem cuidado de nós (1 Pedro 5:7). Não importa quem você é, o Senhor Jesus lhe ama mais do que você pode imaginar. Aquela mulher tinha uma outra doença que nem sequer suspeitava. Essa doença fatal é compartilhada por cada leitor que não conhece o Jesus como Senhor: a doença é o pecado! Nenhum médico no mundo é capaz de curar isso. A cura só pode vir através da obra do Senhor Jesus na cruz e de nossa fé nele. Você também pode ser curado se crer nele.

sábado, 7 de março de 2015

Gênesis 3.24

3.24 Querubins, uma categoria de anjos; têm a tarefa de zelar pela santidade de Deus. Por isso Deus mandou que, no Santo dos Santos, Moisés colocasse dois querubins de ouro, simbolizando o local da presença sagrada e gloriosa de Deus no tabernáculo (Êx 37.7-10).

Gênesis 3.23

3.23 A separação é o resultado inevitável do pecado (cf. Is 59.2). O pecado e o paraíso (significando o lugar onde Deus pode ser encontrado para com Ele manter-se Comunhão) são realidades incompatíveis. 

Gênesis 3.22

3.22 Foi devido à misericórdia de Deus que não se permitiu ao homem comer da "árvore da vida", de modo a perpetuar e agravar ainda mais a sua condição pecaminosa.

Gênesis 3.21

3.21 A tentativa feita pelo homem de cobrir-se com folhas (7), era tão inadequada como o desejo de desculpar-se pelo pecado. A provisão de Deus, fazendo-lhes vestimentas de peles é o primeiro vestígio da exigência divina de uma vítima sacrificial que ofereça uma cobertura (propiciação: heb caphar) capaz de promover a reconciliação.

Gênesis 3.20

3.20 Eva quer dizer vida. A linguagem primitiva não era a hebraica mas, à medida que os pensamentos se transmitem de uma para outra língua, os nomes vão se ajustando para manterem a significação original. 

Gênesis 3.15

3.15 Aqui está que se denomina de Proto-evangelho, isto é, a primeira referência feita ao necessário Redentor, capaz de efetuar a purificação pelo pecado, bem como pagar a horrenda pena que este acarreta. Observe-se que o termo "descendente" encontra-se no singular, portanto, uma referência clara feita a certa pessoa (Cristo) descendente de Eva, e não a toda a raça humana (cf. Gl 3.16). 

Gênesis 3.12, 13

3.12,13 Sintomático do estado impenitente reinante nos corações de Adão e Eva é a maneira como procuram lançar a culpa um sobre o outro. 

Gênesis 3.10

3.10 A consciência despertada com relação ao pecado e, em conseqüência, a vergonha, leva ao temor e à tentativa de esconder-se, mostrando claramente a natureza decaída da humanidade, desde então, até a presente. 

Gênesis 3.1

 N. Hom. 3.1 Nem Deus nem o homem é autor do pecado, pois este é algo que vem de fora, mediante a serpente (Satanás, cf. 2 Co 11.14; Ap 12.9 e 20.2). Observe-se que a tentação está associada à dúvida relativa à Palavra de Deus, "Deus disse".
São estes os estágios da tentação: 1) A curiosidade e a desconfiança despertadas em Eva (v. 1), 2) Insinuação de tríplice dúvida com referência a Deus: sua bondade no tocante à restrição; sua retidão relativamente à afirmação de que morreriam (v. 4); e, por fim, sua santidade quando Satanás assevera que, ao contrário de morrerem, "como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (v. 5) - esta tríplice dúvida conduz à 3) Incredulidade, que por seu turno se desfecha na 4) Desobediência (v. 6). 

Gênesis 2.25

2.25 O capítulo 2 revela o propósito de Deus para com a humanidade e, conseqüentemente, para com cada indivíduo: 1) Afinidade do homem com Deus (v. 7);.2) Culto que o homem tributa a Deus (v. 3); 3) Comunhão do homem com Deus (v 16); 4) Cooperação do homem com Deus (v. 18); 5) Lealdade de homem para com Deus (v. 19); 6) Vida social do homem como algo proveniente de Deus, e que visa a Deus (v. 24). 

Gênesis 2.20-25

2.20-25 "Adão e Cristo". Ef 5.22-23, ensina que a Igreja (incluindo todos os crentes) está para Cristo assim como Eva estava para Adão: 1) Cristo, em certo sentida, necessita e busca nossa companhia como "ajudador", ou algo que o completa; 2) somos espiritualmente segregados de Cristo a fim de novamente com ele nos identificarmos em um corpo; 3) ninguém poderá tornar-se como "carne da mesma carne" com Cristo, se não se dispuser a abandonar a velha habitação que é o mundo (cf. 1 Jo 2.15).

Gênesis 2.19

2.19 As palavras "homem" e "Adão" tem o mesmo sentido em hebraico. 

Gênesis 2.11

2.11 A terra de Havilá banhada pelo Pisom estava na vizinhança do Éden. Outra Havilá é mencionada (25.18) como região de Israel; também 1 Sm 15.7, se refere a uma Havilá, região habitada por amalequitas e descendentes de Esaú, que ficava no deserto da Arábia. 

Gênesis 2.4

2.4 A palavra traduzida como "gênese" é toledoth no hebraico, que pode referir-se às fontes históricas de que Moisés dispunha, ou pode ser tão somente a indicação de certa descontinuidade relativamente ao que ficara dito antes, ao introduzir-se novo assunto (cf. outras ocorrências da mesma palavra em 5.1; 6.9; 10.1; 11.10; 11.27; 25.12, 19; 36.1, 9; 37.2. Cf. NCB p. 81).

Gênesis 2.2

2.2 O descanso de Deus, no sétimo dia, compreende a cessação do trabalho criador e a satisfação em face do que tinha sido realizado. Trata-se de um dia separado (consagrado) para um propósito especial, incluindo o repouso físico e o reconhecimento da bondade divina mediante o culto (cf. Êx 20.7 N. Hom.).

Gênesis 2.1

2.1 No capítulo 2, o pensamento relativo à criação não é mais o que domina. No capítulo 1, o homem aparece como sendo a finalidade e a coroa da criação; no capítulo 2, ele aparece como dando início à história.

Gênesis 1.27

1.27 A imagem de Deus significa ser dotado das faculdades de raciocinar, de expressar emoções e de agir voluntariamente. Particularmente, indica a capacidade que o homem tem de manter íntima comunhão com seu Criador. Duas palavras são usadas no original hebraico para expressar a atividade criativa de Deus neste capítulo: bara "criar do nada", vv. 1, 21, 27 (o universo, a vida e a alma) e asah, usualmente traduzido por "fazer". Parece haver alguma significação especial no emprego de "criar" com referência à criação do mundo e ao homem dotado de natureza espiritual (cf. NCB, p 83).

Gênesis 1.21,22

1.21,22 Criou... multiplicai-vos, O poder de Deus demonstrado na criação de toda criatura do nada (ex nihilo), continua em forma derivada na procriação autônoma das suas criaturas. A fertilidade não é divina, como muitas religiões dos tempos do AT entenderam, mas é uma graciosa extensão do poder de Deus a suas criaturas. 

Gênesis 1.14

1.14 Sejam eles para sinais. Isto é, marcarão o ano para o serviço de Deus (Lv 23.4) e o bem do homem. Falarão de Deus, e não de azar (Jr 10.2). E negada aqui toda a astrologia, antiga e moderna, sendo que os luzeiros governam somente como fornecedores de luz, não com poderes sobre a vida humana. 

Gênesis 1.11

1.11 Segundo a sua espécie (ver também os vv. 12, 21, 24, 25) parece limitar a reprodução tanto de plantas como de animais e também do homem a grupos gerais ou espécies. A admissão de que as formas mais elevadas de vida se tenham evoluído das inferiores, não se harmoniza com este ensino.

Gênesis 1.5

1.5 A palavra "dia" tanto poderá significar o período de 24 horas como também (assim alguns o admitem) toda uma era geológica de extensão indefinida (cf. 2.4 onde o termo "dia" tem referência a todos os seis períodos da criação). Cf. Sl 90.4.

Gênesis 1.2

1.2 Alguns estudiosos da Bíblia admitem que a palavra "era" deveria ser traduzida "tornou-se", indicando a hipótese de que a criação original teria sido destruída por ocasião da queda de Satanás no pecado. Significaria então, que a criação descrita nos versos seguintes, tem referência à presente criação e não a uma criação anterior, da qual é possível identificarmos as evidências nos fósseis e na história geológica. É significativo que a criação seja resultado da atividade criadora de um Deus Pessoal, e não de forças cegas e destituídas de inteligência, como é o caso nas cosmogonias antigas e na teoria da Evolução, todas estranhas à Bíblia. Não obstante o fato de ser este capítulo incompleto, do ponto de vista científico, não se pode demonstrar que seja inexato cientificamente. Religiosamente, este capítulo é exato e completo. 

Gênesis 1.1

1.1 O título hebraico do livro provém de suas primeiras palavras (bereshith - "no princípio"). Por todo o livro, nota-se que o propósito é tratar de "princípios". Nenhuma razão existe para que se estabeleça uma data para a criação do mundo ou do universo com base neste versículo. Muitos cristãos genuínos aceitam a estimativa de uma idade extremamente antiga para o universo. Bem pode ser que milhões de anos tivessem transcorrido entre os vv. 1 e 2. Cf. Hb 11.3 (gr oiõnas: eras), 2 Pe 3.8.