quarta-feira, 26 de março de 2014

O uso de jóias...

Paulo disse: "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)" (1 Timóteo 2:9-10).   Pedro acrescentou: "Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus" (1 Pedro 3:3-5). Algumas igrejas, citando esses versículos, proíbem o uso de jóias. Outras defendem tal prática, mas sem explicar biblicamente como justificar seu uso. Se esses versículos proíbem o uso de jóias, nenhuma cristã deve usá-las. Se a mulher as usar, ela deve saber como explicar as instruções reveladas por Paulo e Pedro. Para entender essas passagens, temos que, primeiro, examinar a gramática. Ambas usam uma construção de contraste que serve para enfatizar que uma coisa é importante e a outra de menos valor. Observe que eles dizem que a mulher não deve praticar uma coisa, mas (ou porém) deve agir de outra maneira. Esta construção é usada, às vezes, para definir prioridades, e não para impor uma proibição absoluta. Considere um outro exemplo claro: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna" (João 6:27). Aqui, sabemos que ele não está proibindo o trabalho para se sustentar. De fato, tal trabalho é exigido pelo Senhor (2 Tessalonicenses 3:10,12; Efésios 4:28). É questão de prioridade, não de proibição. O segundo passo para entender as instruções de Paulo e Pedro é examinar o resto do argumento no contexto. Os dois citam mulheres do Velho Testamento como exemplos. Quando estudamos as práticas de tais mulheres santas, aprendemos que o uso de jóias e boas roupas era uma coisa comum (veja Gênesis 24:22,30,53; Isaías 61:10; Provérbios 1:9; 31:22). Mas, o uso de jóias ou de roupas finas não é o ponto principal na vida de nenhuma delas. Eram conhecidas como mulheres santas por causa do caráter espiritual e o espírito submisso e humilde. Uma mulher dessas nunca usaria jóias excessivas, nem usaria uma roupa que mostra o corpo de uma maneira sensual. Por quê? Porque ela é santa!

sexta-feira, 21 de março de 2014

Aspectos da nossa salvação

Aspectos da nossa salvação

1. O aspecto interno obstrato - Este aspecto interno e obstrato é caracterizado pelas seguintes características...

1.1  Ouvir e aceitar o evangelho da salvação. (Ef 1.13-)
1.2  Perdão, os nossos antigos pecados foram perdoados e elimidos no ato da conversão (1Pd )
1.3 O nome escrito no livro da vida do cordeiro
1.4 O Espírito Santo morando no coração do crente

2. O aspecto externo dos relacionamentos entre a comunidade de fé a igreja. Nesse aspecto sabemos quem é quem no reino de Deus, e o que está no coração dos crentes.

As evidências são as seguintes:

2.1 Submissão a o ministério (heb 13.7,)
2.2 Comunhão com a eclesia à igreja (heb )
2.3 O batismo nas aguas (mc 16.15)
2.4 Dignificar a Santa ceia do senhor (1Co 11.23-)

O que é a Santa ceia do senhor?

1.1 A ceia é... um memorial da morte de cristo (v 23);
1.2 A ceia é... um sermão (v 26);
1.3 A ceia é... uma profecia da volta de Jesus (v 26);
1.4 É o novo pacto (v 25).

2.5 Buscar os dons do Espírito Santo e usa-los para a edificação da igreja - Os dons não pode ser usados para...

1.1 fins financeiros
1.2 Projetar a se mesmo
1.3 Humilhar as pessoas
1.4 Justificar o pecado
1.5 Fazer discípulos para se
1.6 Promover o analfabetismo bíblico

2.6 A busca  intensa pelo fruto do Espírito (Gl 5.22)

Não têm pago os salários das pessoas - Tiago 5.4-6

Existem alguns ricos que "dão calote" nos seus trabalhadores, mas esses são uma pequeníssima minoria, e não toda a classe rica a quem Tiago se dirige aqui. A maioria dos ricos paga os tais "salários de mercado" —e é dessa forma que retêm boa parte do que seria o salário justo do trabalhador. É importante que escutem as suas reclamações, e as atendam. matado os inocentes.

Sistemas que preservam nas mãos de poucos os benefícios econômicos e culturais são injustos, mesmo que sejam legais. A falta de bons salários e também de investimentos públicos causa muitas tragédias na saúde pública, como a mortalidade infantil (e o mesmo dinheiro não falta para grandes projetos industriais ou comerciais), eles não podem fazer nada contra vocês. Ignorar as necessidades do próximo e da comunidade é pecado grave, que gera distorções sociais. Mas Deus ouve
o clamor do pobre injustiçado e não fica alheio aos que sofrem, nem aos abusos de poder cometidos. Por isso, o conselho para os ricos chorarem as desgraças que vão sofrer. Veja Lc 12.20-21 e os quadros "A dificuldade das riquezas" (Lc 18) e "O juízo final" (Mt 25).

Deus é contra os orgulhosos, mas é bondoso com os humildes - Tiago 4.1-6

A verdadeira sabedoria sempre leva Deus em conta, simplesmente porque ele existe de ver­ dade e cuida de nós. Então de onde vêm nossas lutas e frustrações? dos maus desejos que estão... dentro de vocês. Por falta da boa sabedoria, vivemos insatisfeitos; estamos convencidos de que precisamos de coisas que não temos, e que a culpa pelas nossas dificuldades é de outros, que são injustos para conosco. Então vivemos lutando, brigando e reclamando, cada vez mais longe da paz. Não lhe parece familiar? Vocês querem muitas coisas. Tiago nos acorda para a verdade: sofremos cer­ tos males que nós mesmos causamos quando seguimos impulsivamente nossos desejos, deixando de avaliá-los à luz de Deus (veja Mc 10.24-25). Não conseguem... porque não pedem. E como esquecemos de Deus, nem pensamos em pedir para ele. Ou então, só queremos que ele atenda a nossos desejos de consumo e nos deixe continuar tocando nossa vida. Gente infiel! Assim, estamos querendo usar os recursos de Deus para sustentar nosso "amor escondido" com este mundo, tal como faz
o coração de uma pessoa adúltera, tentando tirar vanta­ gens de ambos os lados. Qual o movimento ou inclinação do nosso coração? Por que resistimos em mudar de rumo e deixar o pecado? Lembrando que "mundo" aqui são os desejos que fervem em nosso velho coração, e
o que está fora de nós; assim, ser amigo do mundo é apegar-se a esta escuridão interior, que gera tanta malda­ de em cada um de nós e transborda para toda a socieda­ de. Por outro lado, ser amig de Deus é buscar, confiar e voltar-nos para aquele de onde vêm todas as coisas, que nos guia nesta vida e com quem estaremos para sempre. Nesta amizade está também o usufruirmos do bem-estar espiritual que este apego a Deus nos proporciona. Nos­ so Deus nos trata bem, não mal! A ponto de sofrer com nossos maus desejos, e ainda assim vencê-los com sua bondade. Tal como o filho pródigo (Lc 15), quanto mais distantes da casa do Pai, mais seremos parecidos com o meio social e com a mentalidade hostil a Deus. Quando recuperamos a sensatez, fazendo o retorno à casa do Pai, nós o descobrimos já próximo. Veja a próxima nota, também 1jo 2.15-16, notas, e o quadro "O descanso em jesus" (Hb 3).

5.1-6 ricos, escutem! Chorem pelas desgraças que vocês vão sofrer - Tiago 5.1-6

Perceba que Tiago não diz "alguns de vocês"; todos os ricos estão incluídos nestas contundentes palavras de advertência, no estilo dos profetas Isaías e Amós, necessárias para despertar a boa consciência e livrar da destruição quem valoriza e acumula riqueza. Novamente, ele ecoa o ensino de Jesus (veja o quadro "A dificuldade das riquezas", Lc 18). Nestes últimos tempos. Jesus foi pobre e vai voltar para julgar toda a maldade humana; portanto, aqui não é hora nem lugar de enriquecer —não é sábio acumular riquezas neste mundo. Tiago continua nos ajudando a sermos verdadeiramente sábios, e neste trecho ele tenta convencer os ricos a também praticarem a auto-humilhação, o arrependimento (veja nota anterior). Sob a direção do Espírito de Cristo somos curados da alienação e das falsas metas de vida. O discípulo cristão pode viver de maneira sóbria como o próprio Senhor, "tendo com se não tivesse", enriquecendo os demais com sua vida e ajudando os necessitados com seus bens.

Suas riquezas estão podres - Tiago 5.2-3

Tiago é um dos pilares da Igreja primitiva e sabe muito bem da importância das questões econômicas e financeiras para a vida individual e da coletividade. Quanta violência nas cidades e guerras entre nações não estão diretamente ligadas a questões de posse de bens e recursos? A atração pelas riquezas costuma ultrapassar a simples necessidade de possuir os recursos para uma vida digna; quase sempre é sintoma de egoísmo primário e de falta de senso de comunidade, essa ferrugem será testemunha contra vocês. Tiago nos recorda que as riquezas são passageiras e não nos dão a segurança que prometem. Além disso, a ganância por acumular riquezas destrói a solidariedade humana. Que sabedoria há em tesouros enferrujados ou em grandes somas de dinheiro numa conta bancária?

Se algum de vocês está sofrendo - Tiago 5.13-20

A principal recomendação dada foi a paciência e o suportar com per­ severança os sofrimentos (v. 11). Mas há providências que podemos tomar: nestes últimos versos de sua carta, Tiago descreve as ações de uma comunidade de fé, que sabe que seu Senhor se importa com o que sentimos, frente à aflição, à alegria, à enfermidade, ao pecado, ao desvio da fé. A oração, o canto, a unção com óleo, a confissão, a intercessão e a recuperação são todas respostas terapêuticas da comunidade de fé frente à dor humana.

Quem você pensa que é? - Tiago 4.11-17

Essa pergunta ecoa a de Moisés e Arão frente às reclamações do povo no deserto (Êx 16.7-8) já vimos que a verdadeira sabedoria está em humilhar-nos diante da grande presença de Deus (veja nota anterior). Agora Tiago nos ensina sobre como praticar essa sabedoria e que atitudes podem nos tornar mais humildes (ou mais orgulhosos, se não as praticarmos): submeter-se a Deus quanto aos irmãos e irmãs na fé que temos, em vez de condená-los (v. 11); submeter-se à Palavra de Deus em vez de criticá-la — pois a Palavra de Deus é infinita, veio da eternidade e é um transbordamento da graça de Deus para conosco (v. 11); e submeter a Deus o sucesso ou fracasso de nossos planos na vida, especialmente o de enriquecer. As vezes pensamos encontrar nas riquezas uma garantia de vida tranqüila, mas é puro engano e ilusão. Jesus ensinou a dependermos, sobretudo, dos cuidados do Pai, que nos dará "o pão nosso de cada dia", do mesmo modo como cuida amorosamente de toda a sua criação. Veja a próxima nota e o quadro "A parábola do semeador e as outras parábolas" (Mc 4).

Obedeçam a Deus e enfrentem o Diabo - Tiago 4.6-10

Onde está a sabedoria? Em achegar-me em humildade perante o Senhor. Somos desafiados' a deixar desculpas e justificativas, e partir consequentemente para o caminho da verdade; a deixarmos a atitude adúltera, infiel, e nos sujeitarmos à nossa relação com Deus. Isso envolve uma voluntária decisão de ter em mente sua vontade e resistir ao Diabo e à sua lógica de inveja, amargura e egoísmo (3.14-15) que ainda brotam em nosso velho coração consumista. Assim traremos paz às nossas lutas e frustração internas (4.1-2). Cheguem perto de Deus, e ele chegará perto de vocês. Veja que maravilhosa promessa: Deus sempre corresponderá muito bem a nosso movimento de nos aproximar dele (Hb 11.6). Lavem as mãos... Limpem o coração. Perante Deus nos cabe reconhecer que somos pecadores e que temos vivido como hipócritas, que fingem o que não são. Fiquem tristes. Chega de fingimento: nosso "adultério espiritual" é lamentável. A verdade é que somos muito pecadores. Aqui está a verdadeira sabedo­ ria: vivermos diante do Senhor com humildade, como verdadeiramente somos. Então ele poderá nos exaltar, e será por seus méritos — pois estaremos unidos com ele de coração.

Não jurem - Tiago 5.12

Cuidado com as palavras, especialmente palavras de juramento. Nosso "sim" pode ser sim e o "não", não, como nos ensinou Jesus (Mt 5.33-37); nossa palavra pode ser uma só, uma palavra honesta, honrada e íntegra, sem necessidade de juramento, porque é confiável. Em vez de usar o nome de Deus para nossos objetivos, sejamos verdadeiros, agindo com transparência e falando a verdade — assim nossas palavras serão percebi­ das como autênticas.

Ore - Tiago 5.13

A primeira recomendação para reanimar quem está sob profunda necessidade e sofrimento é orar ao Deus vivo e compassivo: "Ora que melhora". O ato de orar reorganizará nossas emoções num nível profundo, pacificará nosso coração e trará o entendimento de que nada nos separará do amor de Deus em Cristo. A oração modifica nosso modo de ver as coisas e nos entrega uma perspectiva onde tudo está sob o controle do Senhor. Da mesma forma, se o sentimento é de alegria, cantemos nossa gratidão.

Não se queixem - Tiago 5.9-11

Já fomos alcançados pela graça de Deus, mas lidamos dia a dia com desafios, sofrimentos e limitações de toda ordem. Nessas dificuldades muita gente desanima e fica murmurando, na posição de vítima. Os profetas são exemplo de quem enxerga além do senso comum, especialmente nas condições adversas. A comunhão com Deus é a fonte da esperança e poder de resistência, como aconteceu com Jó. Repare que, apesar de Jó ter sido considerado por Deus o homem mais justo de sua época, ele foi abençoado por que o Senhor é cheio de bondade e misericórdia.

Se algum de vocês se desviar da verdade - Tiago 5.19-20

O doente precisou afastar-se das reuniões, mas não da verdade, do bom caminho da salvação em Jesus; assim, seu sofrimento o fez chamar os anciãos da igreja. Quem estiver se afastando da fé em Jesus, porém, não chamará os irmãos para ajudá-lo no sofrimento. Quando alguém se apercebe disto e sai em busca do ausente, presta grande serviço. São muitas as razões de afastamentos, que devem ser tratadas com sabedoria e amor. Podemos ganhar um irmão de volta para o Senhor, e isso não significa necessariamente trazê-lo novamente para as reuniões da nossa igreja. A conversão significa exatamente uma reorientação existencial a partir do reconhecimento dos erros e pecados, segundo as Escrituras, e a disposição de crer em Jesus como o Salvador que sofreu o castigo em nosso lugar. Cada um de nós pode reconhecer com gratidão aqueles que nos ajudaram a conhecer e a permanecer na verdade; e pode se dispor a ajudar os que estejam em confusão e erro. E um trabalho que exige amor, conhecimento das Escrituras, paciência. Ao fim, colherá muita alegria pela restauração e a grande vitória, que é o perdão de muitos pecados, porque a misericórdia triunfou sobre o juízo (2.13, nota).

Tenham paciência até que o Senhor venha - Tiago 5.7-8

Paciência e perseverança são virtudes para se viver com sabedoria em todos os tempos, porque a ajuda virá, pois o Senhor tem compaixão e misericórdia. Ele espera pacientemente pelas chuvas. Para os bons frutos ficarem prontos para a colheita é preciso paciência; em nossa vida é o Espírito Santo que produz boas qualidades, mas também precisamos dar o devido tempo para o processo acontecer, o Senhor virá logo. Logo encontraremos Jesus: na sua vinda ou na nossa morte, o que ocorrer primeiro —então todos os frutos estarão maduros, em nossos irmãos e também em nós mesmos. A volta de Cristo é fonte de esperança e fortalecimento espiritual. Ele virá como Juiz. Contemplando o Senhor da História podemos resistir aos dias maus.

Chame os presbíteros da igreja - Tiago 5.14-16

Quando alguém não consegue reagir por si mesmo, tamanha sua prostra­ ção, a fé e ação amorosa dos amigos serão capazes de ajudá-lo. Numa ocasião assim, quatro amigos carrega­ ram um homem até Jesus, vencendo obstáculos físicos e sociais. Assim chega a cura e salvação (Mc 2.2-5). A Igreja é o Corpo vivo de Cristo na terra, tendo recebido dele a incumbência da proclamar seu evangelho. Isto in­ clui o livramento de tormentos; a enfermidade é um tipo de tormento, de inferno espiritual que a Palavra de Deus pode curar. Aqui vemos um procedimento dos anciãos da Igreja em que cuidadores espirituais buscam Deus pelo enfermo e se envolvem a favor de sua restauração psíquica, física e espiritual. O azeite era utilizado com remédio para feridas na época, mas a unção é também o símbolo da presença santificadora e vivificadora do Espírito que recria nossa vida. Note-se como é importante o processo de revisão de vida, o abrir-se para Deus, e a confissão, perdoará os pecados que tiver cometido. A fé do povo judeu estabelecia uma conexão entre doenças ou deficiências e castigo de Deus para pecados (Dt 28.20-22; Jo 9.1-3). Às vezes Jesus correspondeu a essa conexão, outras vezes não, provavelmente porque Deus se importa com aquilo que nós cremos dele e também porque não conseguimos desfrutar de saúde se temos a consciência pesada por algum erro cometido. Por isso, a atitude que Tiago sempre recomenda, de humilhar-nos perante Deus, é trazida para o grupo, com irmãos maduros e cientes de sua condição de também serem pecadores. Essa confissão, acompanhada da intercessão de uns pelos outros é poderosamente curadora, porque o Senhor é cheio de bondade e misericórdia. Assim como no início pudemos pedir com fé por sabedoria (1.5-6), agora podemos pedir por cura e ser atendidos, da mesma forma como Elias pediu por seca e depois por chuva, e foi atendido.

segunda-feira, 17 de março de 2014

As cartas gerais

Quais são as cartas gerais ou universais?

São 8 cartas, á primeira delas é a epístola aos hebreus. Tiago é a segunda,  depois vem as epístolas de Pedro que são duas, e temos as três do apóstolo João e finalmente á epístola de judas. Vamos estudar começando por Tiago. O autor da Epístola de Tiago é irmão de Jesus Cristo, que tinha posição de liderança na igreja de Jerusalém (at 15). Nenhum dos outros tiagos que aparecem no novo testamento pode ter sido o autor. Tiago é o primeiro livro a ser escrito no novo testamento. A carta é enviada a judeus cristãos dispersos, provavelmente por regiões em torno da terra de Israel. Provavelmente não havia ainda gentios convertidos (1.1) e a igreja é chamada de sinagoga (2.2). É muito provável que o livro tenha sido escrito entre 45-50 o que faz de Tiago o primeiro texto escrito no novo testamento. Tiago apresenta um perfil muito prático de ensino, com pouco enfoque sobre questões propriamente teológicas. O autor procura encorajar seus leitores, que enfrentam perseguições e injustiças dos mais abastados. Os seus Temas são práticos como provações e tentações, o controle da língua, o valor da fé com obras, a crítica da discriminação, a rejeição do mundanismo e a repreensão aos ricos opressores estão entre os principais temas de Tiago.

O esboço desta pequena carta organiza-se da seguinte maneira:

1. Entendendo as provações e as tentações (1.1-18);

2. A prática da palavra (1.19-27);

3. A crítica da discriminação (2.1-13);

4. A fé com as obras (2.14-26);

5. O controle da língua (3.1-12);

6. A verdadeira sabedoria (3.13-18);

7. O mundanismo como adultério (4.1-12);

8. A incerteza dos planos humanos (4.13-17);

9. Repreensão aos ricos opressores (5.1-6);

10. Paciência nas provações (5.7-20).
Para compreendermos está carta escrita por Tiago, temos que estudar as palavras chaves destacadas em cada capítulo da carta de Tiago. As principais são...
A fé e as obras.
Para tiago a fé comum é ineficiente e incoerente para nos conduzir na prática de uma vida cristã aprovada por Deus, pois os demônios também crêm em Deus, mas mesmo crendo em Deus estão todos condenados, pois não basta ter fé e obras é preciso que a fé e as obras seja feitas em Deus. Tiago ensina que as obras que praticamos tem a sua fonte na fé obstrata que está no nosso interior, e que está fé tem a sua origem em Deus, se tem a sua origem em Deus não pode produzir obras mortas, pois não há fé e obras mortas que venham de Deus.
Quando a nossa fé morre...
O nosso espírito, alma e corpo se tornam a sepultura da nossa fé.
Para tiago a fé é o fruto principal dos demais fruto do Espírito, pois a fé como fruto estrutura o nosso caráter cristão.

quarta-feira, 12 de março de 2014

nós os que ensinamos - Tiago 3.1

Se você prega ou ensina na Igreja, tome cuidado com o que fala. Muitos irmãos não têm a maturidade de "peneirar" o que ouvem (ITs 3.20-21) e seguirão cegamente suas indicações, inclusive as erradas.

A sabedoria que vem do céu - Tiago 3.13-18

Tiago continua nos ensinado o caminho da sabedoria, e ele passa menos pelo falar, mais pelo que fazemos, e especialmente pelo modo como fazemos. Faça um exame de si mesmo para identificar que sentimentos há em seu interior; se queremos ganhos para nós mesmos, se queremos suplantar o trabalho de outros ou retribuir injustiças que sofremos, então estaremos em outro tipo de sabedoria, que não vem de Deus, mas do nosso velho coração, deste mundo é do Diabo. Não se trabalha pela paz se não for de modo pacífico, bondoso e amigável. Mas podemos suplicar pela misericórdia de Deus, para que nos dê a sabedoria do céu, para aprendermos a também ser bondosos e misericordiosos.

Todos nós sempre cometemos erros - Tiago 3.2

Esta é mais uma preciosa afirmação de Tiago, que não deve jamais ser ignorada. Ao mesmo tempo em que nos esforçamos na prática do amor, na verdadeira religião, em controlar nossa raiva e nossas palavras, nunca devemos nos iludir a ponto de achar que Deus espera que consigamos viver sem pecar. Todos nós sempre cometemos erros: é por isso que precisamos de um Salvador. E isso continuará verdadeiro até Jesus voltar. Veja o quadro "O cristão e os pecados" (1Jo 1).

A língua é um fogo - Tiago 3.1-12

Quantas vezes você já se ar­ rependeu do que disse? Tiago nos orienta, mais uma vez, a que cuidemos com nossas palavras. Pensar, falar e agir sempre para o bem, porque todos cometemos erros. Jesus ensina que a boca traz para fora o que está enchendo o coração, e Paulo recomenda pensarmos em coisas e atitudes boas (Fp 4.8). Tiago diz que, tal como a fé, a ver­ dadeira sabedoria aparece nas coisas que fazemos, e não pelo que falamos (v. 13). Veja SI 141.3-4.

terça-feira, 11 de março de 2014

como pessoas que serão julgadas pela lei que nos dá a liberdade - Tiago 2.12

2.12 como pessoas que serão julgadas pela lei que nos dá a liberdade. Nós não temos de obedecer, mas nós podemos obedecer. Podemos todas as coisas, mas nem todas convêm. A sabedoria nos ensina a dar liberdade e a viver com liberdade. Assim abriremos lugar para obe­ decer de coração, para querer agradar ao Senhor, para amá-lo independente das circunstâncias, para viver a nova aliança com Jesus

a fé sem ações está morta - Tiago 2.14-26

2.14-26 a fé sem ações está morta - Tiago nos ensina o que é a verdadeira religião (1.27), que é ter misericórdia dos outros: não com palavras, mas ajudando-os em suas necessidades materiais, agindo como amigo, como Deus faz conosco. Deus nos amou com tanto amor que veio aqui nos ajudar e nos libertar — o amor é sua principal atitude para conosco. Receber esse amor é algo tão maravilhoso, especial, é se sentir amado pelo Pai, é crer nele e, assim, somos contagiados a também amar as outras pessoas

as pessoas que tiveram misericórdia - Tiago 2.13

2.13 as pessoas que tiveram misericórdia. Perceba como Deus é longânimo para conosco. A misericórdia de Deus nos toca a cada dia, pois ele é amor, é perdão. Seu prazer está em nos salvar do pecado e da morte. A vida eterna com Cristo é o seu desejo para conosco. Deus é Salva­ dor. Paulo diz que a graça abundou mais do que o pecado. Tiago fala a mesma coisa ao dizer que a misericórdia vence o juízo. Veja os quadros "Misericórdia e sacrifícios" (Mt 12), “Aprendendo a perfeição do Pai" (Mt 5) e "A misericórdia como padrão para o aconselhamento" (Mt 9).

Ame os outros como você ama a você mesmo - Tiago 2.8

2.8 Ame os outros como você ama a você mesmo. Tanto no hebraico do Antigo Testamento como no grego do Novo, "amar" quer dizer "cuidar", "beneficiar", "ajudar". O significado essencial é a atitude, a postura, mais que o sentimento, a emoção. Esta vem depois, e não antes, como é comum em nossa cultura.

Deus escolheu os pobres deste mundo - Tiago 2.5

2.5 Deus escolheu os pobres deste mundo. Guardemos essa verdade bem clara em nossas mentes. Não é sábio procurar a riqueza; não é sábio desesperar-se quando Deus nos faz empobrecer (1.10). Deus escolheu os po­ bres para que aprendam o caminho da fé. Veja o quadro "A dificuldade das riquezas" (Lc 18).

se vocês tratam as pessoas pela aparência estão pecando - Tiago 2.1-13

2.1-13 se vocês tratam as pessoas pela aparência estão pecando. A carta de Tiago continua nos ensinando a sa­ bedoria de Deus, agora no trato com as pessoas, a ação no relacionamento humano, onde aprendemos com o Pai a tratar todos com a mesma dedicação e amor, sendo misericordiosos como ele é. Veja o quadro "Aprendendo a perfeição do Pai" (Mt 5).

desejando sempre o puro leite espiritual Tiago 2.2

2.2 desejando sempre o puro leite espiritual. A metáfora do leite é empregada aqui de forma bem diferente do que o fazem Paulo (1Co 3.2) e o autor de Hebreus (Hb 5.12-13). Estes estão censurando os destinatários de suas cartas por estarem atrasados em seu desenvolvimento espiritual precisando, então, ser alimentados como crianças na fé e não com alimento mais substancioso, próprio para adultos. Aqui Pedro enfatiza a necessidade de que se alimentem de "leite espiritual puro". De qualquer forma, todos enfatizam a importância de que a fé seja alimentada e, assim, haverá crescimento no sentido da vida plena e salvação.

segunda-feira, 10 de março de 2014

A carta de Tiago

Carta com aplicações dos ensinos da sabedoria bíblica, convocando a uma vida de fé autêntica e comprometida com valores do Reino de Deus. Tanto o sofrimento individual quanto as ques­ tões relacionais e sociais são tratadas. Sua temática e figuras de linguagem ecoam as palavras de profetas e especialmente as de Jesus, conclamando sempre à conversão da vida a Deus, à verdade e ao próximo. E provável que o Tiago autor desta carta tenha sido o meio-irmão de Jesus, que pastoreou a igreja de Jerusalém. Ele inicialmente parecia pensar que todos os cristãos deveriam obedecer à lei de Moisés, mas aprendeu com Paulo e com Pedro que Deus com sua nova aliança não trazia essa obrigação aos convertidos, especialmente aos vindos de outras culturas, conforme narrado em At 15. Por isso, embora enfatize a importância das ações, ele ensina que o evangelho é “a lei perfeita que dá liberdade às pessoas”. Esta carta provavelmente foi um dos primeiros livros do Novo Testamento a ser escrito, mas na organização do conjunto dos livros do Novo Testamento acabou sendo uma ótima continuação da carta aos Hebreus. Em nossa caminhada de fé para a eternidade com Cristo, somos convidados a aprender a viver com sabedoria enquanto estamos neste mundo.

Ajudar os órfãos e as viúvas - Tg 1.27

Em vez de procurar enriquecer, procure ajudar os que passam necessidade e, assim, você poderá ser um instrumento e canal das abundantes bênçãos do Senhor para todos aqueles com quem ele põe você em contato.

A lei perfeita que dá liberdade às pessoas - Tg 1.25

A nova aliança não funciona como dever. Deus quer nosso coração, e não só nossa obediência — ele quer ser amado, e só pessoas livres podem amar. Por falta de fé temos preferido enfatizar o dever e a obediência; não corremos riscos, mas também não colhemos amor. Há muita bênção de Deus para quem aprende a viver com a lei que dá liberdade, como ensinado na Bíblia. Veja 2.12 e o quadro "O lugar da lei" (Cl 3).

A mensagem que... pode salvá-los - Tg 1.21

A Palavra de Deus é a maior riqueza que ele deixou ao ser humano como revelação. A salvação é pela graça, que nos alcançou em Jesus, a Palavra que se fez carne.

A raiva humana não produz o que Deus aprova - Tg 1.20

A palavra é bem clara e não abre exceções. A raiva geralmente é uma reação contra um sentimento de ser injustiçado. Como controlar seus ataques de raiva? Com mansidão e humildade (v. 21). Não feche seus ouvidos. Pelo contrário: ouça mais, e ouça mais profundamente: procure entender as razões do outro. Só depois fale, se ainda for o caso e, assim, demore bastante para ficar com raiva.

Tudo de bom que recebemos... do céu - Tg 1.16-18

1.16-18 Tudo de bom que recebemos... do céu. É extre­ mamente maravilhoso que seja assim, que Deus nos dá tudo de bom apesar de nosso pecado. Não cessemos de nos admirar disto, de agradecer a Deus e louvá-lo, amá-lo e servi-lo por isto. E tudo isto de bom não vem de "luzes", mas do Pai das luzes. Não vem de "algo" especial, impessoal, ou de alguma "iluminação" ou "evolução espiritual". E do Pai, Deus Criador, uma Pessoa Eterna, verdadeiramente poderosa e presente. E isso é dito por Tiago, que conviveu com Jesus Cristo, a quem viu, ouviu e em quem tocou, sem nenhum "arco-íris", nenhuma "viagem estelar". Jesus, Deus encarnado, é a mensagem apostólica, a palavra da verdade.

Quando alguém for tentado - Tiago 1.13-15

1.13-15 Quando alguém for tentado. Tiago deixa bem claro que a origem da tentação não se encontra em Deus, pois é impossível que ele seja tentado, ou que venha a tentar alguém. Mas também não cabe jogar a culpa para o Diabo: é nosso próprio coração que está ativo, com seus maus desejos, muitos dos quais nem nos são conscientes.
Isso se parece com o ensino de Paulo em Rm 7, onde ele chega ao ponto de dizer que o que mais desejava não fazia e o que mais detestava, isso fazia. E aqui que a "fé provada" tem grande força e aplicabilidade. Não se peca somente diante de um tribunal de perseguição ou de uma fogueira mortal. Por muito menos caímos vergonhosamente, pois o "inimigo maior" tem um amigo seu dentro de nós: a nossa fraqueza, nossos maus desejos, que só produzem pecado e morte. Veja o quadro "Nossas provações e tentações".

Feliz é aquele que nas aflições continua fiel - Tiago 1.12

1.12 Feliz é aquele que nas aflições continua fiel. Prosse­ tar alguém. Mas também não cabe jogar a culpa para o Diabo: é nosso próprio coração que está ativo, com seus maus desejos, muitos dos quais nem nos são conscientes. guindo dos vs. 2-4, Tiago agora chega a chamar de felizar­ do todo aquele cuja fé o sustenta até o final das aflições.

Isto só é possível porque a fé provada produz uma estabilidade psicológica e emocional que dá novas forças à pessoa, com coragem e maturidade. O resultado final é uma espiritualidade que aproxima a pessoa de Deus, podendo viver em paz com ele, num convívio de amor —que aqui significa harmonia e obediência.

Peçam com fé e não duvidem - Tiago 1.6-8

Não se trata aqui de ter dúvidas sobre assuntos ou questionar procedimentos de alguém. Trata-se de pedir sabedoria a Deus e crer — sem duvidar —que será atendido pelo nosso bom Pai do Céu (Hb 11.6). Talvez Tiago esteja lembrando do episódio em que Pedro andou sobre as águas, em que a dúvida sobre a capacitação de Deus, provocada pelo medo do vento e das ondas, interrompeu aquela bela caminhada. 1.9-11 Deus faz com que piore de vida. Um bom exemplo da sabedoria dada por Deus é esta compreensão sobre as possíveis razões de enriquecimento e especialmente de empobrecimento que acontece com alguns filhos de Deus: trata-se na verdade de livrá-los da destruição eterna (veja o quadro "Nossas provações e tentações")

Deus faz com que piore de vida - Tiago 1.9-11

1.9-11 Deus faz com que piore de vida. Um bom exemplo da sabedoria dada por Deus é esta compreensão sobre as possíveis razões de enriquecimento e especialmente de empobrecimento que acontece com alguns filhos de Deus: trata-se na verdade de livrá-los da destruição eterna (veja o quadro "Nossas provações e tentações").

Nossas provações e tentações

Há um detalhe nesse texto que é bastante interessante: em português nós utilizamos duas palavras diferentes: provação e tentação. Mas no original grego o termo é o mesmo (peirasmos), embora as situações mostrem que há uma grande diferença (por exemplo entre os vs. 12 e 13). Que grande dificuldade, quando duas coisas opostas ficam semelhantes e nos confundem! Não é à toa que Tiago nos aconselha a pedirmos sabedoria (v. 4). Segundo Dr. Russell Shedd, essa palavra utilizada por Tiago significa basicamente "aperto". São situações da vida que nos "apertam", que trazem dificuldades, angústia, medo e confusão. Como ter nelas motivo de alegria? Só se olharmos mais para a frente, para a vida eterna celestial, pela qual vale a pena resistir e continuar no meio de todas as dificuldades. Para entender melhor os propósitos de Deus e saber distinguir as diferenças entre o bem e o mal, podemos confiar em nosso bom Pai — ele nos dará o entendimento e também a compreensão do que fazer. Essa fé reforçada nos ajudará a progredir, e não ficar preso em dúvidas sobre o que fazer (v. 8). Provavelmente a primeira situação que Tiago tinha em mente eram as dificuldades financeiras. Irmãos que tinham um padrão de vida considerado bom e que, por algum acontecimento, veem diminuir sua fonte de ren­ da (falência, desemprego, assalto ou mesmo perseguição por causa da fé). Os vs. 10-11 mostram que é Deus quem está conduzindo essa "piora de vida", mas que isso poderá acabar salvando o "ex-rico" (ou alguém da sua família), evitando que essa pessoa se misture demais com o modo de vida da sociedade que será aniquilada quando Jesus voltar. Ao mesmo tempo, no meio desse "aperto" financeiro, surgirão propostas desonestas — essa é a "tentação", que poderia vir sob forma de sonegação fiscal, jogatina, pornografia ou mesmo desonestidades mais sutis. Aguente firme, diz o v. 12, e não pense jamais que essa proposta desonesta vem de Deus. O desejo de enri­ quecer materialmente, assim como várias outras tentações, está alojado em nosso coração desde o nascimento, tal como os óvulos de uma mulher em seu útero, esperando a oportunidade de serem fecundados (vs. 14-15). Não se deixe enganar, porque todo o bem vem de Deus, e nenhum mal vem de Deus. Ele é o bom Pai, das luzes do céu, que nos gerou novas e verdadeiras criaturas, filhos e filhas dele. Ele tem cuidado de nós. Para não somente suportar, mas também progredir no meio dos "apertos da vida", há mais duas lições impor­ tantes: aprender a ouvir e não ser rápido e descontrolado ao expressar sua raiva. Cuide com o que fala, aceite a correção com mansidão e mude sua prática se isso for necessário. A sabedoria nos ensinará a viver com liberda­ de. O conselho fundamental é: ocupe-se de ajudar órfãos e desamparados (o que nos ensina a dar e repartir), e não se contamine com a maldade do mundo (que só nos ensina a acumular e guardar para nós mesmos). Isso nos ajudará a ver a bondade do Pai e a não duvidar dele, e assim ficaremos mais fortes, mais perseverantes na fé. Veja o quadro "O sofrimento na vida de fé” (Rm 5).

Tiago 1.5-7 sabedoria

1.5-7 sabedoria. A sabedoria do alto é eficaz, o Senhor nos torna sábios através de Cristo. Nos momentos mais difíceis provamos a ajuda do Senhor nos concedendo a compreensão, um tipo de inteligência espiritual adquirida na intimidade com Deus, na escuta e acolhimento de sua Palavra (v. 21). No meio das provações podemos pedir, e receberemos a compreensão do que realmente está acontecendo, para sabermos como viver. Não se chega à sabedoria por meio do debate de opiniões; ela vai além do nosso entendimento comum das coisas e nos chega como uma compreensão pacífica, esperançosa e amoro­ sa oferecida pelo Espírito Santo.

Tiago 1.2-4 felizes quando passarem por... aflições

1.2-4 felizes quando passarem por... aflições. Às vezes somos premiados com situações difíceis, que testam nossa paciência e a consistência daquilo em que cremos. Esta palavra lembra o ensino de Jesus que predisse sobre aflições que sofreríamos no mundo e ensinou: "felizes os que agora choram". Ninguém em condições psicológicas normais gosta de sofrer. É saudável o ser humano buscar segurança, satisfação e bem-estar. Quem sofre qualquer tipo de dor, seja por doença, acidente, tortura, constrangimento ou qualquer outra circunstância, seja esta dor de origem física, emocional ou espiritual, tende a procurar ajuda e alívio. Mas aqui Tiago fala de aflições e provações — que não deixam de ser sofrimentos — que não seriam motivo de alegria em si, mas que podem trazer alegria se estivermos conscientes de que no plano de Deus as provações têm o propósito de produzi perseverança, ou seja a firmeza na fé. Esse ensino também é dado por Paulo, no mesmo tom, em Rm 5.1-5. quando a sua fé vence. A fé é justamente o escudo de proteção e alimento que nos sustenta em meio aos imprevistos e sofrimentos da vida. Ela é o recurso dado por Deus para nossa travessia em meio às adversidades. Esta firmeza é uma situação espiritual e psicológica de segurança, tranqüilidade, decisão e maturidade. Portanto, para estas pessoas, a fé ficaria muito mais forte enfrentando sofrimentos e dificuldades (às vezes até prisões e torturas). Veja o quadro "Nossas provações e tentações".

Genealogia de cristo

Na Bíblia encontramos várias listas genealógicas. Algumas famílias são apresentadas em seus vários ramos; outras vezes, apenas os nomes principais de gerações sucessivas são destacadas, omitindo-se vários elos. Além de acentuar a importância dos vínculos familiares, a genealogia nos mostra como Deus se entrelaça na ordem do humano, como se faz presente na história comum. A vida espiritual é mais do que especulação filosófica e não se reduz a conceitos; nas Escrituras, trata-se da relação entre Deus e os humanos, modelo da vida de relação entre os humanos: uma espiritualidade encarnada desde o princípio, quando o Deus Trino desejou e concebeu o ser humano (Gn 1.26). Cada personagem da história ganha maior significação ou é melhor compreendido quando sabemos dos seus antecedentes históricos, das tragédias e alegrias que acompanham suas famílias. Nas narrativas bíblicas, vários dos registros das filiações inserem comentários adicionais que contextualizam o personagem e realçam aspec­ tos comuns e dignificantes, como também deixam claras as falhas de caráter e os incidentes que acontecem no universo familiar. Desta forma, cada um de nós pode se identificar com os homens e mulheres de todas as condições que aparecem, representando a grande família humana. A Bíblia não deixa lugar para idealização de nenhum personagem, "pois todos pecaram" (Rm 3.23). Quanto ao registro dos antepassados de Jesus, o Filho e Deus, encontramos que é nascido de uma jovem virgem de uma pequena vila na periferia do Império Romano (Mt 1.23). Humanamente não descende de heróis impecáveis nem perfeitos; ao contrário, seus antepassados humanos representam o ônus de sua encarnação, uma marca de sua identificação com a raça humana objeto do amor redentor de Deus. Das pessoas citadas en­ contraremos fatos que exemplificam que devemos ter uma consideração realista, misericordiosa e esperançosa com nossas próprias raízes e a de outras pessoas. Todos descendemos de heróis e vilões. Por pior que seja a his­ tória de nossos antepassados imediatos ou remotos, não há sentido em temer qualquer "maldição hereditária", pois em Cristo Deus cancelou toda maldição e tudo se faz novo (Is 53.5; Gl 3.13).

quinta-feira, 6 de março de 2014

1.1-17 lista dos antepassados de Jesus Cristo

1.1-17 lista dos antepassados de Jesus Cristo. Jesus é a Pa­ lavra (Jo 1.1) que se revela por toda uma história em meio a uma família, em meio às relações humanas. Esta passagem não só nos informa quem são os antepassados de Jesus, mas também a história de todo um povo, o povo escolhido por Deus, com seus altos e baixos, seus triunfes e derrotas. As listas genealógicas servem também para percebermos um ritmo que é gerado ao longo do tempo. A mensagem implícita é que os propósitos de Deus se cumprem apesar dos inúmeros erros humanos, de guerras e de crises mun­ diais. Com Jesus Cristo, descendente do rei Davi e Messias aguardado, o "Reino do Céu" se faz presente neste mundo e inaugura uma nova ordem de paz e justiça com dimen­ sões terrenas e eternas. Veja o quadro “Genealogias".