terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Josué 22.1-34 - (Através da Bíblia)

Josué 22.1-34
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Estamos estudando nesses programas a divisão e a ocupação de Canaã por Israel. Hoje vamos estudar o capítulo 22 de Josué que nos fala sobre a unificação da fé. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo dessa Palavra eterna. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente isso que o A., de Mafra, Sta Catarina fez enviando-nos um e-mail: com essas palavras: “Sou apaixonado pelo programa Através da Bíblia, pois tem sido um canal de bênção para minha vida. Gostaria de saber como adquirir esse material em áudio como é apresentado. Sou ouvinte do programa pela BBN de Curitiba.” Querido irmão obrigado por suas palavras de encorajamento. Esse é o nosso objetivo. Desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a realidade do reino de Deus. Como já temos avisado já estão disponíveis em formato de livro e áudio os primeiros comentários dos nossos programas. É só ligar ou escrever pedindo que você terá todas as informações para adquiri-los. Agora, quero convidá-lo para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Pai diante disso buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para desenvolvermos esse projeto na tua dependência. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo, estamos caminhando bem depressa para a conclusão dos nossos estudos no livro de Josué. Daqui a três programas já estaremos estudando Juízes. Hoje o nosso alvo é estudarmos todo o capítulo 22 de Josué, com os seus 34 versículos. E, nesses versos encontraremos uma narrativa muito interessante que nos mostra como um “mal-entendido”, uma “má interpretação” pode causar até uma guerra, pode dividir amigos ou separar irmãos.
No retorno das duas tribos e meia para o seu território, do lado leste do Jordão, a construção de um grande altar feito por esses guerreiros de Rúben, Gade e Manassés provocou uma reação imediata por parte das outras nove tribos de meia que agora tinham o seu território a oeste do Jordão. Por um equivoco e por não entenderem o significado daquele altar, esses se dispuseram a intervir e, se preciso fosse até guerrear contra seus irmãos israelitas. Afinal, o que a construção desse altar significava? Era um ato de desafio contra Yahweh? Era uma demonstração de separação entre as tribos de Israel? Era uma proclamação de independência? Tudo precisava ser esclarecido imediatamente. Qualquer que fosse a explicação é inegável que essa era a primeira dificuldade que ocorria porque parte de Israel se alojou num território não previsto anteriormente por Deus. Finéias, o filho do sumo sacerdote Eleazar, que tinha agido com grande zelo num momento anterior, em que houve pecado de Israel (Nm 25.7-13) comandou um grupo de israelitas fiéis ao Senhor para questionar as duas tribos e meia. Quando os dois lados se reuniram e conversaram entre si, percebeu-se o equivoco e o perigo causado por uma má interpretação dos fatos. Não havia nenhum desejo de rebeldia ou animosidade contra Deus. Pelo contrário havia o desejo de testemunhar de Deus e de suas ações poderosas para que as futuras gerações pudessem compreender a grandiosidade do único e verdadeiro Deus!
Querido amigo, diante dessa narrativa certamente teremos lições para as nossas vidas e, como título deste capítulo sugiro a seguinte expressão: O altar do testemunho, a unificação da fé! E a sentença desafiadora que surge do texto, a proposição que o texto lança para quem o estuda profundamente pode ser expressa através da seguinte afirmação: É dever de todo crente manter a unidade da fé entre todos os irmãos. E, neste texto encontramos sete etapas que devemos dar para manter a unidade da fé com os nossos irmãos:
A 1ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através do reconhecimento e agradecimento, vs.1-3. Vamos ler estes versos: [22:1Então, Josué chamou os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés 2e lhes disse: Tendes guardado tudo quando vos ordenou Moisés, servo do Senhor, e também a mim me tendes obedecido em tudo quando vos ordenei. 3A vossos irmãos, durante longo tempo, até ao dia de hoje, não desamparastes; antes, tivestes o cuidado de guardar o mandamento do Senhor, vosso Deus.] 1)Encontramos nestes versos a seqüência dos acontecimentos estudados nos capítulos anteriores. Depois de todas as tribos terem sido distribuídas nos seus territórios e depois dos levitas e dos sacerdotes terem as suas possessões identificadas e depois do próprio Josué ter a sua porção definida era hora das duas tribos e meia, regressarem às suas famílias e suas terras. 2)Josué tomou a iniciativa e convocou-os para reconhecer os seus serviços e sua obediência, não só a Moisés, mas a ele próprio Josué, conforme o que fora tratado em Nm 32. 3)Os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés tiveram o cuidado de guardar todos os mandamentos do Senhor e, isso, naquele momento estava sendo reconhecido. A expressão “até o dia de hoje” indica que toda a campanha de Israel em conquistar e possuir a terra demorou entre cinco e sete anos como vemos em 14.10. Ah! quanto nós necessitamos de ter esse tipo de atitude. Embora fosse para a guerra, com dificuldades e sofrimento eles se mantiveram fiéis a Israel, a Josué e a Deus!
A 2ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através da recomendação e bênção, vs.4-8. Assim diz a Palavra de Deus: [4Tendo o Senhor, vosso Deus, dado repouso a vossos irmãos, como lhes havia prometido, voltai-vos, pois, agora, e ide-vos para as vossas tendas, à terra da vossa possessão, que Moisés, servo do Senhor, vos deu dalém do Jordão. 5Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, vos ordenou: que ameis o Senhor, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. 6Assim, Josué os abençoou e os despediu; e eles se foram para as suas tendas. 7Ora, Moisés dera herança em Basã à meia tribo de Manassés; porém à outra metade deu Josué entre seus irmãos, daquém do Jordão, para o ocidente. E Josué, ao despedi-los para as suas tendas, os abençoou 8e lhes disse: Voltais às vossas tendas com grandes riquezas, com muitíssimo gado, prata, ouro, bronze, ferro e muitíssima roupa; reparti com vossos irmãos o despojo dos vossos inimigos.] Que considerações podemos fazer deste texto? 1)Josué ao se despedir das duas tribos e meia reconhece também que Deus é quem lhes estava dando descanso depois de tantas lutas e batalhas. E ao mencionar esse descanso (v.4) que Deus lhes dava lembramos que todos nós precisamos entrar no descanso de Deus. Mas esse descanso nós alcançamos pela fé. Nós sabemos que uma geração inteira de israelita morreu no deserto por falta de fé. A primeira geração toda morreu no deserto por causa da incredulidade. Sem fé não puderam entrar na terra prometida. Nem mesmo Josué pôde dar a ele o descanso de que precisavam. O autor de Hebreus, nos capítulos 3 e 4 nos adverte da necessidade da fé para entrarmos no descanso verdadeiro, no descanso de Deus. 2)No verso 5 Josué recomendou às duas tribos e meia que: (1) guardassem os mandamentos de Deus dados a Moisés, (2)amassem o Senhor Deus, (3)andassem nos seus caminhos, (4)se achegassem a Ele, e (5)servisse a Deus de todo coração e alma. Sendo que essas tribos ficariam distante dos seus irmãos e do local de adoração, em Silo, essas recomendações feitas por Josué demonstraram o cuidado dele, como líder responsável por todo o povo de Israel. 3)Nos versos 6-8 Josué então despede as duas tribos e meia e as abençoa, inclusive dando-lhes todos os despojos que tinham conseguido nas batalhas que tinham realizado em favor dos seus irmãos das nove tribos e meia com a recomendação de que repartissem equilibradamente com aqueles que não foram à batalha mas que estavam cuidando de suas possessões, gado e famílias. Querido amigo destaca-se nesse relato a fidelidade e o compromisso que as tribos de Gade, de Rubem e a meia tribo de Manassés demonstraram. Lutaram e obedeceram as ordens de Josué durante quase sete anos e com isso comprovaram que estavam unidos aos seus irmãos. Que seja essa também a nossa atitude!
A 3ª etapa da manutenção da unidade da fé ocorre através do retorno à família e a edificação de um memorial simbólico, vs.9-10. Assim lemos nesses versos: [9Assim, os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés voltaram e se retiraram dos filhos de Israel em Siló, que está na terra de Canaã, para se irem à terra de Gileade, à terra da sua possessão, de que foram feitos possuidores, segundo o mandado do Senhor, por intermédio de Moisés. 10Vindo eles para os limites pegados ao Jordão, na terra de Canaã, ali os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés edificaram um altar junto ao Jordão, altar grande e vistoso.] 1)Esse era um retorno certamente muito aguardado. Não só pelos soldados do exército israelita, mas por suas esposas, pelos seus filhos e demais parentes. Tinham sido aproximadamente sete anos longe da família e nem tinham usufruído por completo as suas possessões. Só depois da dispensa militar é que poderiam usufruir da terra que mana leite e mel. 2)Certamente com muita alegria no coração, tendo recebido o reconhecimento de Josué e dos principais de Israel da sua fidelidade, da sua lealdade para com as demais tribos, os soldados de Rúben, de Gade e da meia tribo de Manassés tiveram, segundo a minha interpretação, um idéia muito interessante, muito boa. Talvez o único erro deles não foi comunicar antecipadamente o seu desejo, o seu projeto a Josué e aos principais de Israel. 3)Esses soldados, conforme o verso 10 ergueram um altar, grande e vistoso, bem na divisa, próximo ao Jordão. Como dissemos, temos que fazer diferença entre o mal que é planejado e o erro que é feito em muitas ocasiões por imprudência, ou até por inocência. Foi o que aconteceu aqui. Esquecendo-se da ordem dada por Moisés de que todos os israelitas deveriam vir ao santuário três vezes ao ano (Êx 23.14) a construção desse altar foi desnecessária e além de tudo não tinha sido comunicada. Querido amigo temos que aprender a agir com prudência e cautela, para que aqueles que vivem conosco não se escandalizem, nem pensem mal de nossas atitudes. Que Deus nos dê sabedoria em nossas ações!
A 4ª etapa da manutenção da unidade da fé ocorre através da reação cheia de zelo, vs. 11-12. É importante a leitura desses versículos: [11Os filhos de Israel ouviram dizer: Eis que os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés edificaram um altar defronte da terra de Canaã, nos limites pegados ao Jordão, do lado dos filhos de Israel. 12Ouvindo isto os filhos de Israel, ajuntou-se toda a congregação dos filhos de Israel em Siló, para saírem à peleja contra eles.] Como podemos entender estes versos? 1)Diante das notícias, da construção de um altar às margens do rio Jordão, um altar grande e vistoso, construído pelos seus irmãos do leste do Jordão as nove tribos e meia do lado oeste do Jordão reagiram. 2)As tribos do oeste reuniram-se em congregação e tomaram suas decisões, certamente preocupadas com a apostasia, preocupadas com o abandono da adoração a Yahweh. 3)A decisão de saírem em peleja contra as tribos do leste foi tomada em consenso e foi tomada em Siló, isto é, na presença de Deus. Mas foi uma decisão apressada. Pensaram que o altar tivesse sido erguido como um altar para rivalizar com o verdadeiro local de culto em Siló. Querido amigo a precipitação é problemática. Devemos zelar pelo bom nome do evangelho, mas a nossa reação deve ser sempre bem equilibrada, com todo o conhecimento dos fatos. Antes da reação temos que verificar todos os detalhes.
A 5ª etapa da manutenção da unidade da fé ocorre através da reclamação justa e dos exemplos apresentados, vs. 13-20. Assim relata a Palavra de Deus: [13E aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e à meia tribo de Manassés enviaram os filhos de Israel, para a terra de Gileade, Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, 14e dez príncipes com ele, de cada casa paterna um príncipe de todas as tribos de Israel; e cada um era cabeça da casa de seus pais entre os grupos de milhares de Israel. 15Indo eles aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e à meia tribo de Manassés, à terra de Gileade, falaram-lhes, dizendo: 16Assim diz toda a congregação do Senhor: Que infidelidade é esta, que cometestes contra o Deus de Israel, deixando, hoje, de seguir o Senhor, edificando-vos um altar, para vos rebelardes contra o Senhor? 17Acaso, não nos bastou a iniqüidade de Peor, de que até hoje não estamos ainda purificados, posto que houve praga na congregação do Senhor, 18para que, hoje, abandoneis o Senhor? Se, hoje, vos rebelais contra o Senhor, amanhã, se irará contra toda a congregação de Israel. 19Se a terra da vossa herança é imunda, passai-vos para a terra da possessão do Senhor, onde habita o tabernáculo do Senhor, e tomai possessão entre nós; não vos rebeleis, porém, contra o Senhor, nem vos rebeleis contra nós, edificando-vos altar, afora o altar do Senhor, nosso Deus. 20Não cometeu Acã, filho de Zera, infidelidade no tocante às coisas condenadas? E não veio ira sobre toda a congregação de Israel? Pois aquele homem não morreu sozinho na sua iniqüidade.] Façamos algumas observações: 1)Uma providência boa e cheia de prudência foi tomada pela congregação das tribos do oeste. Enviaram Finéias, filho do sacerdote Eleazar, e mais dez líderes das tribos do oeste para conversar com os irmãos israelitas do leste do Jordão. Finéias era alguém, como já mencionamos, que tinha demonstrado um zelo especial pela obediência à lei de Deus no episódio em que o povo prostituiu-se com as filhas dos moabitas (Nm 25.1-15). A argumentação com os israelitas do leste foi bem objetiva. Estavam preocupados com a infidelidade e com o afastamento para com o Deus de Israel (16). 2)Finéias e sua comitiva lhes fez lembrar da situação ocorrida em Peor, onde o próprio Finéias teve que matar Zinri, o israelita que tinha pecado diante de toda a congregação de Israel para que a praga divina cessasse de sobre o povo (mesmo assim naquele dia 24.000 homens morreram em Israel, conf. Nm 25.9). 3)Finéias em sua argumentação demonstrou preocupação com a ira de Deus que poderia cair sobre toda a congregação de Israel se eles do leste, as duas tribos e meia levantassem o altar para se rebelarem contra o Senhor. Finéias apelou que se estavam sentindo que a terra que tinham recebido como herança era terra amaldiçoada, eles deveriam atravessar o Jordão e habitarem com eles. O que eles não poderiam e não deveriam fazer era provocar a ira do Senhor, e citando mais um exemplo lembraram do pecado de Acã (v.20, conf. o capítulo 7) que trouxe conseqüência a ira divina sobre toda a congregação de Israel, levando à morte não apenas Acã mas muitos outros. Querido amigo o que se percebe nessas argumentações foi o interesse de que as tribos do leste não andassem contra a vontade de Deus. Faz-me lembrar essa conversa específica da advertência de Hebreus 10.24, onde o autor recomenda: [Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.] Que possamos atuar dessa maneira em favor dos nossos irmãos. Que não sejamos precipitados julgando e criticando os irmãos sem as devidas provas, e, por outro lado, que não sejamos omissos, deixando que nossos irmãos vivam de maneira desordenada e não agradável a Deus.
A 6ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através das razões apresentadas e o esclarecimento da motivação, vs. 21-29. São essas as palavras literais deste texto: [21Então, responderam os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés e disseram aos cabeças dos grupos de milhares de Israel: 22O Poderoso, o Deus, o Senhor, o Poderoso, o Deus, o Senhor, ele o sabe, e Israel mesmo o saberá. Se foi em rebeldia ou por infidelidade contra o Senhor, hoje, não nos preserveis. 23Se edificamos altar para nos apartarmos do Senhor, ou para, sobre ele, oferecermos holocausto e oferta de manjares, ou, sobre ele, fazermos oferta pacífica, o Senhor mesmo de nós o demande. 24Pelo contrário, fizemos por causa da seguinte preocupação: amanhã vossos filhos talvez dirão a nossos filhos: Que tendes vós com o Senhor, Deus de Israel? 25Pois o Senhor pôs o Jordão por limite entre nós e vós, ó filhos de Rúben e filhos de Gade; não tendes parte no Senhor; e, assim, bem poderiam os vossos filhos apartar os nossos do temor do Senhor. 26Pelo que dissemos: preparemo-nos, edifiquemos um altar, não para holocausto, nem para sacrifício, 27mas, para que entre nós e vós e entre as nossas gerações depois de nós, nos seja testemunho, e possamos servir ao Senhor diante dele com os nossos holocaustos, e os nossos sacrifícios, e as nossas ofertas pacíficas; e para que vossos filhos não digam amanhã a nossos filhos: Não tendes parte no Senhor. 28Pelo que dissemos: quando suceder que, amanhã, assim nos digam a nós e às nossas gerações, então, responderemos: vede o modelo do altar do Senhor que fizeram nossos pais, não para holocausto, nem para sacrifício, mas para testemunho entre nós e vós. 29Longe de nós o rebelarmo-nos contra o Senhor e deixarmos, hoje, de seguir o Senhor, edificando altar para holocausto, oferta de manjares ou sacrifício, afora o altar do Senhor, nosso Deus, que está perante o seu tabernáculo.] Vejamos a reação dos israelitas do leste do Jordão, as duas tribos e meia: 1)Primeiramente vemos que eles em certo sentido apelaram pela presença de Deus como testemunha da sua resposta. A expressão: “O Poderoso, o Deus, o Senhor! O Poderoso, o Deus, o Senhor”, repetida duas vezes foi uma espécie de juramento que eles fizeram combinando os três nomes de Deus: El, Elohim, e Yahweh. Foi um juramento em que se colocavam como inocentes e não culpados das acusações que estavam levantando contra eles. 2)Então eles explicaram que as razões para erguerem um altar bem ali na divisa das duas porções de Israel foi: (1) queriam evitar que os filhos dos israelitas do oeste dissessem aos seus filhos que eles não tinham nada que ver com o Senhor Deus de Israel. (2)queriam evitar que os filhos dos israelitas do oeste fizessem os seus filhos, do leste, apartarem-se do Senhor. (3)queriam, ao construir o altar, que ele servisse como um memorial e não como um altar para sacrifícios ao Senhor ou a outros deuses pagãos. Assim como durante a entrada em Canaã eles ergueram montões de pedra como memoriais das manifestações grandiosas de Deus, assim também ao erguerem esse altar estavam erguendo mais um memorial para servir como testemunha (v.27) da sua unidade da fé e da sua disposição de adorarem e servirem a Deus. Eles não queriam nunca ouvir e não queriam que seus filhos ouvissem: [Não tendes parte no Senhor (v.27)]. 3)Finalmente, conforme os versos 28-29 os israelitas do lado leste do Jordão, as duas tribos e meia, eles que eram o Israel oriental não queriam que se interpretasse que o rio Jordão era o limite natural era a fronteira natural que Deus colocara separando o seu povo de outros povos. Eles ergueram o altar como um memorial, pois longe deles estava o espírito de rebeldia e abandono do Senhor.
Querido amigo, o altar erguido pelas duas tribos e meia, provavelmente de pedras toscas, conforme vimos em Êx 20.25 (onde vemos que era possível erguer-se um outro altar a Deus) e em 8.31 tinha por objetivo e por propósito, servir de testemunho da sua lealdade ao Senhor. Aquele altar erguido tinha como motivação servir de memorial da dedicação permanente das tribos da Transjordânia ao Senhor e serviria também para preservar o seu direito ininterrupto de adorar o Senhor no Tabernáculo que naquele momento estava erguido em Silo, mesmo que estivessem morando do outro lado do Jordão. Este altar, constituiu-se no sexto memorial erguido e registrado pelo autor do livro (conforme 4.20; 7.26; 8.29; 8.32; e 10.27). Querido amigo que possamos marcar para a nossa e para as futuras gerações o nosso compromisso com Deus e o nosso desejo de ser-Lhe fiel constantemente! Que o Senhor mesmo nos dê forças para assim procedermos!
A 7ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através do resultado positivo e da paz nos relacionamento, vs. 30-34. São essas as palavras finais deste capítulo: [30Ouvindo, pois, Finéias, o sacerdote, e os príncipes da congregação, e os cabeças dos grupos de milhares de Israel que com ele estavam as palavras que disseram os filhos de Rúben, os filhos de Gade e os filhos de Manassés, deram-se por satisfeitos. 31E disse Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e aos filhos de Manassés: Hoje, sabemos que o Senhor está no meio de nós, porquanto não cometestes infidelidade contra o Senhor; agora, livrastes os filhos de Israel da mão do Senhor. 32Finéias, filho do sacerdote Eleazar, e os príncipes, deixando os filhos de Rúben e os filhos de Gade, voltaram da terra de Gileade para a terra de Canaã, aos filhos de Israel, e deram-lhes conta de tudo. 33Com esta resposta deram-se por satisfeitos os filhos de Israel, os quais bendisseram a Deus; e não falaram mais de subir a pelejar contra eles, para destruírem a terra em que habitavam os filhos de Rúben e os filhos de Gade. 34Os filhos de Rúben e os filhos de Gade chamaram o altar de Testemunho, porque disseram: É um testemunho entre nós de que o Senhor é Deus.] Essas são as nossas considerações finais: 1)Depois que Finéias e sua comitiva ouviram essas explicações, perceberam que ao invés de levantarem um altar contrário ao Senhor Deus de Israel, as duas tribos e meia tinham servido a Deus até aquele momento lutando em favor da completa conquista de Canaã. Depois que ouviram essas explicações e diante do compromisso que os seus irmãos do leste mantiveram lutando junto para desalojar os cananeus, dando heranças às nove tribos e meia, Finéias e seu grupo tiveram novo entendimento do caso. Entenderam que o altar era mais um testemunho, um testemunho das duas tribos e meia em unidade de fé com as nove tribos e meia do oeste do Jordão. Unidas, todas as tribos adorariam e serviriam ao Senhor. 2) Não Havia mais dúvida de que o resultado obtido dessa conversa era um resultado bom e trazia paz no relacionamento entre todos. As explicações das duas tribos e meia acalmaram as inquietações das outras tribos e o problema foi solucionado pacificamente. 3)Esse altar não serviria como modelo do verdadeiro altar de adoração para todo o Israel (Êx 27.1-8), mas esse altar testemunho deveria relembrar a todo Israel a sua identidade e também a sua unidade em adoração e serviço ao Senhor Deus de Israel. A designação do nome desse altar é muito significativo: seu nome era Testemunho entre nós de que o Senhor é Deus! Querido amigo que possamos lutar para manter unida a nossa fé e que todos nós cristãos façamos a nossa parte, capacitados por Deus!
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos. Além de vermos que todo Israel estava unido na adoração e na preservação da aliança com o Senhor, vimos lições e aplicações para as nossas vidas. Que Deus conceda capacitação a você para praticar essas lições que você aprendeu.
Agradeço a Deus a sua orientação e a você agradeço a sua companhia.
Escreva-nos compartilhando suas experiências.
Que Deus te abençoe,
Um abraço.

© 2014 Através da Biblia

Josué 23.1-24.33 - (Através da Bíblia)

Josué 23.1-24.33
Querido amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia. Você sabe que este programa tem por objetivo estudar a Palavra de Deus, comentando detalhadamente os seus diversos textos, no propósito de proclamar todos os desígnios de Deus para cada um de nós. Você sabe também que não existe no mundo um livro que possa se comparar à Bíblia. Tudo quanto Deus tinha a nos dizer, Ele disse por meio da Bíblia, por isso é importante estudá-la. E hoje iniciamos o estudo do livro de Juízes. Ainda sobre o estudo da Bíblia recebemos um e-mail de SP, do estado de SP da irmã RFCR: “Amado Pr.Itamir, paz seja contigo. É com imensa alegria que posso dizer que os estudos que o senhor tem transmitido no Através da Bíblia tem me edificado muito. Que o Senhor Deus o abençoe grandemente. Paz a todos”. Querida irmã, obrigado por suas palavras. Queremos que você se sinta em unidade conosco. Esse é o nosso propósito, através desses estudos desejamos edificar muitos irmãos e amigos para que tenham cada vez mais condições de agradar a Deus no seu viver diário. Agora, convido-a para aquele momento sempre gratificante do nosso programa. Vamos orar! Junte-se a nós nessa oração, necessitamos da sua intercessão: "Pai celestial, abençoa-nos nesta hora de estudo e meditação da Sua Palavra. Dê a tua benção a essa irmã de São Paulo e a todos os que nos ouvem nesse momento. Senhor, também te pedimos que nos dê a iluminação do teu Santo Espírito. Pai querido, te pedimos essas bênçãos em nome de Jesus. Amém".
Querido amigo esse é o último programa do livro de Josué. Estudaremos os capítulos 23 e 24, que nos apresentam como tema a permanência e a continuidade da fé. Josué estava nos seus dias finais como líder de Israel e assim fez as suas últimas recomendações e se despediu do povo de Deus, da segunda geração que herdou a terra de Canaã. Os israelitas tinham entrado, tinham conquistado, tinham dividido a terra e agora a ocupavam. Mas, era necessário um tipo de vida para permanecerem na terra. Nestes capítulos, nas últimas palavras de Josué é possível observamos, como o fizemos com Moisés, o seu interesse, o seu amor para com o povo que ele tinha conduzido até a terra prometida. Israel já experimentava o descanso de Deus na terra de Canaã. Mas, o que dizer do futuro? Josué, em certo sentido, afirmou que o futuro dependia de Israel continuar fiel à aliança com o Senhor. As palavras de Josué não escondiam a sua preocupação. Por sete vezes ele se referiu às nações idolatras que ainda estavam em Canaã (23.3, 4, 7, 9, 13, 17 e 18). Ele sabia que estas nações poderiam ser uma armadilha para Israel.
Bom, diante desse conteúdo, para o capítulo vinte e três sugiro como título a seguinte expressão: As constatações de Josué e a permanência na fé. A afirmação teológica que emerge deste texto, a síntese desafiadora deste capítulo pode ser expressão nessa afirmação: Somente quando constatamos as verdades das palavras dos nossos guias temos a possibilidade de permanecermos na fé. E por isso é possível também dizer que nesses versos encontramos a necessidade de fazermos sete constatações que objetivam a nossa permanência na fé.
Em 1º lugar é necessário constatarmos a finitude da vida humana, vs. 1-2.
[23:1Passado muito tempo depois que o Senhor dera repouso a Israel de todos os seus inimigos em redor, e sendo Josué já velho e entrado em dias, 2 chamou Josué a todo o Israel, os seus anciãos, os seus cabeças, os seus juízes e os seus oficiais e disse-lhes: Já sou velho e entrado em dias,] Josué ao convocar os líderes de Israel nos mostra como era dirigida a nação israelita. As tribos se uniam baseadas na fé em Yahweh e no culto comum celebrado no Tabernáculo. Como sabemos essa forma de governo é a teocracia. A teocracia era o governo de Deus. Não havia em Israel, depois de Moisés e Josué um governo central ou um rei que administrasse o país. Somente depois do período dos juízes (os próximos 400 anos) é que haveria rei em Israel. A monarquia, que é o governo de um monarca, de um rei, só viria mais tarde. Mas a estrutura de governo era composta de um concílio formado por anciãos de todas as tribos. Esses anciãos atuavam nas suas localidades como juízes, nos tribunais que se reuniam nas portas das cidades e julgavam os casos locais. Mas quando uma decisão afetasse a todos os israelitas então todos eles formavam esse concílio geral. Josué convocou esses líderes israelitas constatando que seus dias e seu ministério estava chegando ao fim. Josué muito sabiamente, sabendo que todo ser humano tem um fim, deixou claro que sua etapa na realização da tarefa designada por Deus já estava completa. Como um líder sábio e não apegado à posição ele tomou a iniciativa de publicamente anunciar o seu fim. Essa mesma atitude deveriam ter muitos líderes que se apegam aos seus cargos e funções não dando qualquer espaço às novas lideranças que o próprio Senhor vai despertando. Precisamos entender que esse é o fim de todos nós e a diferença entre um bom e um mal líder se vê no quanto treinou e capacitou outros, afim de torná-lo totalmente substituível! Esse deve ser o nosso alvo!
Em 2º lugar é necessário constatarmos as lutas de Deus em nosso favor , v. 3.
[3 e vós já tendes visto tudo quanto fez o Senhor, vosso Deus, a todas estas nações por causa de vós, porque o Senhor, vosso Deus, é o que pelejou por vós.]
Josué constatou diante dos líderes de Israel uma verdade que eles já sabiam e não deveriam esquecer. Quem lutou, quem conquistou todas aquelas nações foi Deus em favor de Israel. O amor de Deus, a Sua graça e a Sua misericórdia faz com que as suas ações sejam benéficas a todos nós, porém muitas vezes nos esquecemos que é Ele quem age e pensamos que os méritos são nossos. Querido amigo, todo louvor, toda a honra e toda a glória devem ser tributadas somente a Deus!
Em 3º lugar é necessário constatarmos a tarefa vitoriosa, porém inacabada, vs. 4-5.
[4Vede aqui que vos fiz cair em sorte às vossas tribos estas nações que restam, juntamente com todas as nações que tenho eliminado, umas e outras, desde o Jordão até ao mar Grande, para o pôr-do-sol. 5O Senhor, vosso Deus, as afastará de vós e as expulsará de vossa presença; e vós possuireis a sua terra, como o Senhor, vosso Deus, vos prometeu.] Nesses versos Josué demonstrou a sua humildade, o reconhecimento da sua limitação. Josué fez o que um cristão maduro deve fazer. Josué lembrou que somos apenas instrumentos nas mãos de Deus e que é Ele quem luta por nós. Josué, sem orgulho e sem falsa modéstia mencionou claramente que tinha obtido vitórias e tinha repartido o território da Palestina para todas as tribos de Israel. Ele sabia considerar o bem que ele fizera, como fora capacitado por Deus. Mas Josué também lembrou os líderes de Israel que ainda existiam áreas a serem conquistadas e para que isso acontecesse teriam que confiar totalmente em Deus que expulsaria aquelas nações diante de Israel. Essa colocação de Josué nos faz lembrar de Paulo. Em Rm 12.3 ele recomenda: [... digo a cada um de vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação... ] Sim! Esse deve ser o procedimento do cristão não pensar além, nem aquém do que convém. Devemos reconhecer o que fizemos, mas o que ainda tem que ser feito. Devemos lembrar que só pela fé, só confiando no Senhor é que as realizações acontecerão.
Em 4º lugar é necessário constatarmos a importância da obediência a Deus, vs. 6-8.
[6Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e cumprirdes tudo quanto está escrito no Livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda; 7para que não vos mistureis com estas nações que restaram entre vós. Não façais menção dos nomes de seus deuses, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem os adoreis. 8Mas ao Senhor, vosso Deus, vos apegareis, como fizestes até ao dia de hoje;] Josué não quis deixar nenhuma dúvida. Ele deu três ordens claras: 1)deveriam obedecer e cumprir completamente tudo o que estava escrito na Lei (6); 2)não deveriam se misturar com as outras nações; não deveriam nem mencionar o nome dos seus deuses (conforme recomendou Paulo em Ef 5.3-4), nem jurar por eles, nem servi-los ou adorá-los (7); e 3)deveriam apegar-se totalmente ao Senhor (8). Josué sabia que iria partir, mas deixou claro para a liderança israelita como deveriam proceder para permanecer na fé!
Em 5º lugar é necessário constatarmos a importância de amar a Deus, vs. 9-11
[9pois o Senhor expulsou de diante de vós grandes e fortes nações; e, quanto a vós outros, ninguém vos resistiu até ao dia de hoje. 10Um só homem dentre vós perseguirá mil, pois o Senhor, vosso Deus, é quem peleja por vós, como já vos prometeu. 11Portanto, empenhai-vos em guardar a vossa alma, para amardes o Senhor, vosso Deus.] Josué enfatizou, então o mais importante! Ele relembrou as vitórias nas batalhas, o medo dos inimigos, lembrou-se ainda mais uma vez de quê o próprio Senhor lutava por Israel. Tudo era muito importante e eles deveriam se lembrar e assim agirem pela fé. Porém Josué declarou-lhes o que realmente tinha valor: amar a Deus, guardando a alma longe do pecado. O nosso amor a Deus reconhecido pelo próprio Deus é fundamental. Quando amamos a Deus, movemos o Seu coração em nosso favor!
Em 6º lugar é necessário constatarmos a certeza da disciplina de Deus diante da desobediência, vs. 12-13.
[12Porque, se dele vos desviardes e vos apegardes ao restante destas nações ainda em vosso meio, e com elas vos aparentardes, e com elas vos misturardes, e elas convosco, 13sabei, certamente, que o Senhor, vosso Deus, não expulsará mais estas nações de vossa presença, mas vos serão por laço e rede, e açoite às vossas ilhargas, e espinhos aos vossos olhos, até que pereçais nesta boa terra que vos deu o Senhor, vosso Deus.] A permanência na terra prometida dependia da fidelidade de Israel às normas da aliança. Conforme a Bíblia de Estudos NVI: “Permanecer na terra prometida dependia da condição prévia da fidelidade ao Senhor e da separação dos idólatras que ainda habitavam no seu redor. Se Israel deixasse de cumprir essas condições seria banido da terra... O Senhor proibia alianças, quer nacionais, quer domésticas, com o povo de Canaã, porque semelhantes alianças tenderiam a comprometer a lealdade de Israel ao Senhor” (2003, pg.355).
Em 7º lugar é necessário constatarmos a fidelidade de Deus em cumprir todas as Suas Palavras: bênçãos ou maldições, vs. 14-16.
[14Eis que, já hoje, sigo pelo caminho de todos os da terra; e vós bem sabeis de todo o vosso coração e de toda a vossa alma que nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou. 15E sucederá que, assim como vieram sobre vós todas estas boas coisas que o Senhor, vosso Deus, vos prometeu, assim cumprirá o Senhor contra vós outros todas as ameaças até vos destruir de sobre a boa terra que vos deu o Senhor, vosso Deus. 16Quando violardes a aliança que o Senhor, vosso Deus, vos ordenou, e fordes, e servirdes a outros deuses, e os adorardes, então, a ira do Senhor se acenderá sobre vós, e logo perecereis na boa terra que vos deu.]
Josué despediu-se deixando um aviso significativo, que já fora dado anteriormente, mas, que necessitava ser reforçado. Assim como Deus abençoaria Israel diante da sua obediência, Deus, em Sua justiça, colocaria sua mão contra Israel, caso houvesse desobediência e infidelidade. A promessa já feita desde os dias de Moisés era que Israel seria expulso da terra se não cumprisse sua parte na aliança já estabelecida. Querido amigo, Deus é fiel, justo e não faz acepção de pessoas ou nações. Assim como essas nações estavam sendo expulsas por Israel por causa do seu pecado, assim também Israel, se pecasse, também seria expulso dessa terra prometida (e sabemos que isso ocorreu em 722AC quando o reino do Norte foi desalojado para a Assíria, e em 586AC quando o reino do Sul foi desalojado para a Babilônia).
Querido amigo toda a terra fora conquistada, todavia restava “muitíssima terra” para ser possuída (11.23 e 13.1). É necessário percebermos a diferença entre “herança” e “posse”. A herança foi toda a terra dada por Deus a Israel, mas a “posse” foi, e é, aquela parte que nos apropriamos pela fé (mesmo com dificuldades e lutas). No texto de 21.43-45 vemos o que Deus fez a Israel: [...deu o Senhor a Israel toda a terra... o Senhor lhes deu repouso... a todos eles (inimigos) o Senhor lhes entregou nas mãos...] Esta foi a parte de Deus. Porém, a parte de Israel seria tomar posse: [e a possuíram e habitaram nela... (21.43)] Ora, que possamos “tomar posse” daquilo que Deus, em Cristo, já tem nos dado!
Querido amigo, depois de fazermos essas constatações para permanecermos na fé, quando observamos o capítulo vinte e quatro que registra as últimas palavras de Josué podemos dar-lhe o título: A despedida de Josué e a continuidade na fé.
Josué sabia que o seu ministério e sua vida estavam no fim e ao afirmar que ele e sua casa, isto é, os seus descendentes serviriam ao Senhor ele demonstrou seu compromisso inabalável de dar continuidade através de seus filhos, através de outras gerações na fé que o tinha conduzido até ali. Através do seu testemunho Josué fez um desafio para o povo de Israel (24.15). Percebendo a inclinação do povo para a idolatria, alertou-os do perigo do engano. Josué disse-lhes que a integridade e a fidelidade deveriam conduzir o relacionamento do povo com Deus. O seu testemunho e o desafio que fez foram objetivos e diretos [... escolhei hoje a quem servis ...] Que possamos aprender com Josué levar Deus a sério, servindo somente a Ele!
Bom, diante dessas colocações, a frase que sintetiza esse capítulo e nos desafia pode ser expressa dessa maneira: Somente quando damos a Deus o primeiro lugar em nosso viver conseguimos dar continuidade à nossa fé! Por isso, neste texto observamos sete ações que devemos realizar para dar continuidade à nossa fé:
A 1ª ação é conhecer os feitos do Senhor nos dias iniciais da nossa chamada, vs. 1-4
[24:1Depois, reuniu Josué todas as tribos de Israel em Siquém e chamou os anciãos de Israel, os seus cabeças, os seus juízes e os seus oficiais; e eles se apresentaram diante de Deus. 2Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses. 3Eu, porém, tomei Abraão, vosso pai, dalém do rio e o fiz percorrer toda a terra de Canaã; também lhe multipliquei a descendência e lhe dei Isaque. 4A Isaque dei Jacó e Esaú e a Esaú dei em possessão as montanhas de Seir; porém Jacó e seus filhos desceram para o Egito.] A Bíblia diz em Rm 10.17 que a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Cristo. Josué estava falando para a segunda geração depois da saída do Egito. Porém, essa mesma geração logo também passaria. Logo surgiria a terceira geração sem saber, sem conhecer a sua origem e a sua história (Jz 2.10-11). Moisés tinha recomendado em Deuteronômio 6 que os pais contassem aos filhos os grandes feitos do Senhor, a sua história e a sua origem. E Josué estava fazendo exatamente isso com os israelitas. Ele recordou-lhes a origem mais remota deles mesmos ao mencionar Terá, pai de Abraão e Naor seu irmão. Josué recordou que Deus chamara Abraão (Gn 12) quando sua família ainda adorava outros deuses. Josué recordou que Deus é quem tinha trazido Abraão à Canaã e tinha-lhe prometido esta terra, que agora estavam possuindo. Josué recordou da vinda e da vida de Isaque e da vinda e da vida de Jacó e Esaú. Josué por fim recordou que Esaú habitou no monte Seir e Jacó, transformado em Israel foi para o Egito, através de José, onde sua descendência, de 70 pessoas multiplicou-se em mais de 400 anos numa multidão de aproximadamente dois milhões e meio de pessoas! Querido amigo, quando recordamos a chamada inicial, da qual fomos alvo, alicerçamos a nossa fé na bondade e na soberania de Deus!
A 2ª ação é lembrar os feitos do Senhor quando da nossa libertação, v.5-10.
[5Então, enviei Moisés e Arão e feri o Egito com o que fiz no meio dele; e, depois, vos tirei de lá. 6Tirando eu vossos pais do Egito, viestes ao mar; os egípcios perseguiram vossos pais, com carros e com cavaleiros, até ao mar Vermelho. 7E, clamando vossos pais, o Senhor pôs escuridão entre vós e os egípcios, e trouxe o mar sobre estes, e o mar os cobriu; e os vossos olhos viram o que eu fiz no Egito. Então, habitastes no deserto por muito tempo. 8Daí eu vos trouxe à terra dos amorreus, que habitavam dalém do Jordão, os quais pelejaram contra vós outros; porém os entreguei nas vossas mãos, e possuístes a sua terra; e os destruí diante de vós. 9Levantou-se, também, o rei de Moabe, Balaque, filho de Zipor, e pelejou contra Israel; mandou chamar Balaão, filho de Beor, para que vos amaldiçoasse. 10Porém eu não quis ouvir Balaão; e ele teve de vos abençoar; e, assim, vos livrei da sua mão.] Josué prosseguiu com sua lembrança histórica e mencionou toda a fase de Israel sob o comando de Moisés. Mencionou o êxodo; a passagem pelo mar Vermelho; a vitória sobre os amalequitas e moabitas que tinham contratado Balaão para amaldiçoá-los, mas que foi impedido pela intervenção do Senhor; e, mencionou também a vitória sobre os reis amorreus do leste do Jordão. Nessa recordação estava aos mais velhos e nesse ensino aos mais novos, Josué estava estimulando-os a dar continuidade à fé!
A 3ª ação é agradecer os feitos do Senhor em cumprimento das Suas promessas, v.11-13. [11Passando vós o Jordão e vindo a Jericó, os habitantes de Jericó pelejaram contra vós outros e também os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os heteus, os girgaseus, os heveus e os jebuseus; porém os entreguei nas vossas mãos. 12Enviei vespões adiante de vós, que os expulsaram da vossa presença, bem como os dois reis dos amorreus, e isso não com a tua espada, nem com o teu arco. 13Dei-vos a terra em que não trabalhastes e cidades que não edificastes, e habitais nelas; comeis das vinhas e dos olivais que não plantastes.] Diante de toda a congregação reunida em Siquém, em meio aos montes Ebal e Gerezim (v.1), numa assembléia solene de gratidão; Josué também recordou-lhes as suas recentes experiências vividas sob sua própria liderança. Recordou a vitória sobre Jericó e como Deus tinha infundido medo e pânico nos inimigos mostrando claramente, que fora Deus quem tinha entregue os cananeus em suas mãos. E Josué também recordou-lhes que toda a terra e os bens (moradias e plantações) que tinham herdado não foram eles que construíram. Tudo era presente de Deus, por sua graça e misericórdia. Ora, todos esses fatos deveriam motivar os israelitas a dar continuidade à fé que professavam em Yahweh.
A 4ª ação é confirmar a aliança feita anteriormente com o Senhor, vs.14-24.
[14Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor. 15Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. 16Então, respondeu o povo e disse: Longe de nós o abandonarmos o Senhor para servirmos a outros deuses; 17porque o Senhor é o nosso Deus; ele é quem nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, quem fez estes grandes sinais aos nossos olhos e nos guardou por todo o caminho em que andamos e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos. 18O Senhor expulsou de diante de nós todas estas gentes, até o amorreu, morador da terra; portanto, nós também serviremos ao Senhor, pois ele é o nosso Deus. 19Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao Senhor, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. 20Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem. 21Então, disse o povo a Josué: Não; antes, serviremos ao Senhor. 22Josué disse ao povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes o Senhor para o servir. E disseram: Nós o somos. 23Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e inclinai o coração ao Senhor, Deus de Israel. 24Disse o povo a Josué: Ao Senhor, nosso Deus, serviremos e obedeceremos à sua voz.] Josué quis também, que além de confirmar a fé que tinham em Yahweh, os israelitas confirmassem a aliança feita anteriormente com o Senhor. Pediu que eles abandonassem e jogassem fora os deuses que seus pais ainda carregavam. Josué disse-lhes que deveriam decidir a quem iriam servir, mas de uma coisa ele estava certo: [Eu e a minha casa serviremos ao Senhor (15).] E assim, depois desse testemunho e dessa confirmação publica, como uma conseqüência o que observamos é que todo o povo renovou a sua aliança com Deus, com Yahweh! Querido amigo, o nosso posicionamento objetivo e sincero diante do Senhor é visto e pode abençoar outros a também desejarem andar corretamente diante de Deus!
A 5ª ação é testificar através de um memorial do compromisso com o Senhor, vs.25-28
[25Assim, naquele dia, fez Josué aliança com o povo e lha pôs por estatuto e direito em Siquém. 26Josué escreveu estas palavras no Livro da Lei de Deus; tomou uma grande pedra e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava em lugar santo do Senhor. 27Disse Josué a todo o povo: Eis que esta pedra nos será testemunha, pois ouviu todas as palavras que o Senhor nos tem dito; portanto, será testemunha contra vós outros para que não mintais a vosso Deus. 28Então, Josué despediu o povo, cada um para a sua herança.] Querido amigo, as palavras são importantes, mas elas se perdem ao vento. Os sentimentos do nosso interior são importantes e são conhecidos por Deus, mas também eles se perdem em razão das circunstâncias. Por isso tem valor quando estabelecemos memoriais palpáveis e concretos, das alianças ou votos que fazemos diante do Senhor. E, como já mencionei anteriormente, o nosso caderno de oração pode ser um memorial concreto de nossa relação de intimidade com Deus. Josué ergueu, através de uma grande pedra, o sétimo memorial (conforme 22.27) para que futuras gerações se lembrassem da aliança com Yahweh. E, assim Josué completou a sua tarefa encaminhando cada tribo para as suas possessões! Estava concluída a sua tarefa!
A 6ª ação é valorizar os que nos lideraram fielmente no Senhor, vs. 29-31.
[29Depois destas coisas, sucedeu que Josué, filho de Num, servo do Senhor, faleceu com a idade de cento e dez anos. 30Sepultaram-no na sua própria herança, em Timnate-Sera, que está na região montanhosa de Efraim, para o norte do monte Gaás. 31Serviu, pois, Israel ao Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué e que sabiam todas as obras feitas pelo Senhor a Israel.] Nesse versos temos o relato final da vida (110 anos) e do ministério de Josué (Israel serviu a Deus todos os dias do seu ministério). Um resumo simples porém profundo de alguém que serviu o Senhor e conduziu o seu povo a também servir o Senhor! Que possamos, capacitados por Deus vivermos assim!
A 7ª ação é honrar os que serviram fielmente ao Senhor, vs.32-33.
[32Os ossos de José, que os filhos de Israel trouxeram do Egito, enterraram-nos em Siquém, naquela parte do campo que Jacó comprara aos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de prata, e que veio a ser a herança dos filhos de José. 33Faleceu também Eleazar, filho de Arão, e o sepultaram em Gibeá, pertencente a Finéias, seu filho, a qual lhe fora dada na região montanhosa de Efraim.] Querido amigo, o livro termina com mais dois nomes de destaque sendo honrados. José, que proporcionou a ida de se pai Israel e seus irmãos para o Egito, onde se tornaram essa grandioso povo, agora foi enterrado bem no meio da fronteira dos territórios de Efraim e Manassés, seus filhos. E destaca-se a morte e o sepultamento de Eleazar, o sumo sacerdote, filho de Arão, que durante muito tempo, sob Moisés e sob Josué, serviu integralmente ao Senhor! Que a vida desses homens, instrumentos de Deus, possa servir de estímulo para que tenhamos cada vez mais uma vida digna do Senhor!
Bom, querido amigo chegamos ao final de mais um tempo de reflexões e concluímos o estudo dos últimos capítulos do livro de Josué. Agradeço a Deus por Sua capacitação e a você por suas companhia e interesse. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a obedece-Lo. No próximo programa já estudaremos as questões introdutórias do livro de Juízes. Lembre-se de se organizar, formar o seu grupo e já ler antecipadamente o livro para que tenhamos alguma familiaridade com o seu conteúdo.
Obrigado por sua sintonia e, fico aguardando a sua carta, seu email ou um recado no orkut.
Que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.

© 2014 Através da Biblia

Josué 20.1-21.45 -(Através da Bíblia)

Josué 20.1-21.45
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Você que tem nos acompanhado sabe que temos por propósito estudar toda a Palavra de Deus. Fazemos isso porque Deus tem nos chamado para proclamar com integridade a Sua genuína Palavra e porque vocês têm escrito perguntando sobre a interpretação e o significado de determinados textos. As correspondências que vocês enviam demonstram carinho e amizade cristã. Quero incentivá-lo a nos escrever sobre essas questões ou sobre suas boas experiências no estudo da Palavra. Foi sobre a interpretação de um texto do evangelho de João que recebi um e-mail do nosso JD de Alagoinhas, Bahia: “Caro Pr Itamir, desde os tempos do Pr.Davi Nunes ouço as transmissões da RTM. Inclusive te ouvia na época do Rádio Escola Boas Novas. Pr. diante da grande confusão litúrgica que vivemos nestes dias, a partir do evangelho de João 9.38 o que viria a ser adoração?”. Querido irmão, como já respondi seu e-mail creio que podemos definir adoração como aquela atitude de completo reconhecimento da grandiosidade de Deus, que é santo, justo, amor, onisciente, onipotente, onipresente e tantos outros atributos. Adoramos a Deus quando reconhecemos e declaramos quem Ele é! J.D., louvamos a Deus por sua vida e por sua fidelidade em estudar a Sua Palavra durante tanto tempo. Certamente Deus tem lhe recompensado. Também agradecemos a sua disposição em orar por nós e é para isso que temos convidado a todos vocês, a se unirem em oração em nosso favor. É exatamente para orarmos que te convido agora. Vamos orar: “Pai querido, obrigado pela tua direção e pela misericórdia que tu nos dás. Pedimos a iluminação do Teu Espírito para o programa de hoje, para o estudo que faremos da tua Palavra. Que ele sirva para edificação de cada um dos nossos ouvintes. Pai pedimos isso por Tua misericórdia, em nome de Jesus Cristo nosso Senhor. Amém”.
Querido amigo estamos chegando aos estudos finais do livro de Josué. Hoje estudaremos os capítulos 20 e 21 de Josué onde trataremos de um tema desconhecido por muitos de nós por ser uma prática bem antiga de Israel. Estudaremos sobre as cidades de refúgio e as cidades dos levitas. A partir desse estudo verificaremos que lições esse assunto pode trazer para nós. Sugiro então a você ter a sua Bíblia aberta em Josué 20 e 21 e preparar-se para anotar as lições que Deus quer nos comunicar.
As cidades de refúgio foram instituídas e já tinham sido estudadas em Nm 35. O propósito dessas cidades era prover misericórdia para com os que tinham cometido algum crime sem intenção ou até por engano. Muitos crentes fiéis e sinceros podem ter cometido falhas que necessariamente não são pecados. Essas cidades nos ensinam que Deus reconhece a diferença entre pecados e falhas. Todos nós, até os crentes mais santos podemos cometer erros; mas erros não são pecados e não impedem que prossigamos na vida de fé nem nos impedem de nos apropriar da herança que Cristo nos concede. Conforme Baxter: “A lei de Deus, em sua justiça estrita, pode apenas nos considerar culpados. Todavia, há provisão para isto no sangue de Cristo. Erros, negligências, “pecados por ignorância” e prejuízos não intencionais são cobertos pela expiação” (1992, p.270). Sim, essa era a certeza que os israelitas tinham, embora Jesus ainda não tivesse vindo. Mas, é a certeza que temos, nós que pertencemos à nova aliança. Jesus é a nossa cidade refúgio!
Diante disso, o título desses nove versos do capítulo 20, como já mencionamos no esboço do livro pode ser expresso através dessa expressão: As cidades refugio, a proteção da fé. Quando então estudamos profundamente esse conteúdo podemos perceber que ele nos desafia através da seguinte afirmação teológica: Somente quando nos apropriamos da graça divina que nos perdoa de todo pecado podemos continuar vivendo pela fé. Nestes versículos encontramos sete detalhes relativos ao estabelecimento dessas cidades refúgio como proteção da fé:
Em 1º lugar encontramos a ordem para o estabelecimento das cidades refúgio, vs.1-2.
Assim diz a Palavra de Deus: [20:1Disse mais o Senhor a Josué: 2Fala aos filhos de Israel: Apartai para vós outros as cidades de refúgio de que vos falei por intermédio de Moisés] A ordem de Deus foi clara. Já que todos estavam estabelecidos nas suas possessões os israelitas tinham que definir as cidades refúgio como Deus já orientara anteriormente. Na verdade Deus já havia ordenado o estabelecimento dessas cidades em Êx 21.12-14; Nm 35.9-29; Dt 4.41-43, e, 19.1-13. Era uma questão de obediência prática!
Em 2º lugar encontramos o propósito pelo qual foram estabelecidas as cidades refúgio, v.3. Vamos ler este versículo: [3para que fuja para ali o homicida que, por engano, matar alguma pessoa sem o querer; para que vos sirvam de refúgio contra o vingador do sangue.] Naquele período da vida de Israel, um dos princípios que subjazia à lei mosaica era a “Lei de Talião”, que dizia: olho por olho; dente por dente; vida por vida (Êx 21.23-27; Lv 24.17, 19-20). A legislação mosaica limitava a retaliação que naquela época não tinha medida, provocando muita brutalidade e certamente muitas mortes. A lei mosaica então regulamentou: se alguém ferisse seu semelhante assim também ele deveria ser ferido. Se alguém matasse seu semelhante era justo que um parente do morto se tornasse o seu vingador e matasse o homicida. Ora, essas cidades refúgio foram estabelecidas para evitar que o homicida não intencional pudesse se livrar da morte pelo vingador. Essas cidades tinham por propósito manifestar a graça e a misericórdia de Deus para com aquele que tinha cometido um crime não intencional. Com isso ficava evidente que o propósito divino foi sempre tratar com justiça aquele que intimamente não desejara o mal do seu próximo!
Em 3º lugar encontramos o procedimento que deveria ter aquele que procurou refúgio diante dos líderes da cidade, v.4. Diz assim o texto bíblico: [4E, fugindo para alguma dessas cidades, pôr-se-á à porta dela e exporá o seu caso perante os ouvidos dos anciãos da tal cidade; então, o tomarão consigo na cidade e lhe darão lugar, para que habite com eles.] O procedimento do homicida não intencional deveria ser muito específico. Não bastava fugir para uma dessas cidades e lá se esconder do vingador. Não! Não era essa a maneira. Esse que procurou refúgio em uma dessas cidades deveria procurar os líderes da cidade, deveria explicar-lhes que tinha ocorrido o mal sem a intenção de prejudicar o próximo, deveria esperar o acolhimento desses líderes e, se não quisesse ser morto pelo vingador não deveria mais se ausentar daquela cidade a não ser depois da morte do sumo sacerdote (Nm 35.25).
Em 4º lugar encontramos o procedimento que deveriam ter os líderes da cidade diante a presença do vingador, v.5. Vamos ler este texto: [5Se o vingador do sangue o perseguir, não lhe entregarão nas mãos o homicida, porquanto feriu a seu próximo sem querer e não o aborrecia dantes.] Por outro lado os líderes da cidade além de acolher o homicida involuntário, mesmo diante da chegada do parente vingador, não deveriam entregar-lhe o faltoso. Seria responsabilidade desses líderes a vida desse que fora pedir refúgio. E conforme o texto de Nm 35 não deveriam aceitar nenhum resgate em favor de um ou do outros, isto é, do réu ou do vingador.
Em 5º lugar encontramos a penalidade a que estaria sujeito aquele que procurou a cidade refúgio, v. 6. Vamos ler este verso: [6Habitará, pois, na mesma cidade até que compareça em juízo perante a congregação, até que morra o sumo sacerdote que for naqueles dias; então, tornará o homicida e voltará à sua cidade e à sua casa, à cidade de onde fugiu.] Conforme dissemos, esse homicida involuntário se não quisesse ser morto pelo vingador não deveria mais se ausentar daquela cidade a não ser depois de ser julgado pela congregação ou depois da morte do sumo sacerdote (Nm 35.25). Tendo tido esse correto procedimento então poderia retornar novamente à sua cidade.
Em 6º lugar encontramos a nomeação e a localização das seis cidades refúgio, vs.7-8.
Diz assim o texto: [7Designaram, pois, solenemente, Quedes, na Galiléia, na região montanhosa de Naftali, e Siquém, na região montanhosa de Efraim, e Quiriate-Arba, ou seja, Hebrom, na região montanhosa de Judá. 8Dalém do Jordão, na altura de Jericó, para o oriente, designaram Bezer, no deserto, no planalto da tribo de Rúben; e Ramote, em Gileade, da tribo de Gade; e Golã, em Basã, da tribo de Manassés.] Aqui nesses versos simplesmente se mencionam as seis cidades refúgios estabelecidas, três do lado leste do Jordão e mais três do lado oeste do rio Jordão. Normalmente a sua localização era numa região montanhosa ou num platô elevado afim de que todos pudessem vê-las e dali se percebesse qualquer movimento de quem chegava à cidade.
Em 7º lugar encontramos a abrangência da proteção das cidades refúgio, v. 9Vamos ler esse verso: [9São estas as cidades que foram designadas para todos os filhos de Israel e para o estrangeiro que habitava entre eles; para que se refugiasse nelas todo aquele que, por engano, matasse alguma pessoa, para que não morresse às mãos do vingador do sangue, até comparecer perante a congregação.] Como detalhe final sobre essa norma tão bem introduzida na sociedade israelita tínhamos também a menção à abrangência, ao alcance dessas cidades refúgio. Serviriam elas tanto para os israelitas como para os estrangeiros que habitassem com Israel. E mais uma vez se reforça o seu propósito: era uma salvaguarda até que o julgamento se desse, evitando assim uma retaliação injusta por parte do parente vingador.
Querido amigo a aplicação dessa norma legal do povo de Israel para nós cristãos é muito direta. O homicida involuntário ficaria livre da sua culpa e do ataque do parente vingador assim que o sumo sacerdote morresse, significando que aquela vida ceifada sem intenção estava sendo paga pela vida do sumo sacerdote. Jesus Cristo é o nosso grande Sumo Sacerdote que deu a sua vida em nosso favor para perdoar-nos de todos os pecados. Conforme Hess: “...o sacrifício de Jesus Cristo, sua morte, está explicitamente vinculada à remoção, uma única vez e por todos, do pecado e da culpa (Hb 9.11-10.18)” (2006, p.249). Que possamos nos alegrar e agradecer a Deus por tão especial sacerdote que pode compadecer-se de nossas fraquezas (Hb 4.14-16).
Muito bem, depois de entendermos o significado dessas cidades refúgio e a sua aplicação para as nossas vidas encontramos o relato das cidades que foram dadas aos levitas para que desenvolvessem suas vidas quando não estavam de serviço no santuário. É interessante notarmos que desde há muito os membros da tribo de Levi sabiam que não herdariam uma porção específica da terra prometida. A sua herança era o Senhor Deus de Israel. Mas, embora isso fosse verdade, os levitas herdariam quarenta e duas cidades com seus campos para desenvolverem suas atividades quando não estavam ministrando no santuário. Mas, além disso, uma outra razão deve ser considerada para o estabelecimento dessas cidades dos levitas. A presença deles em meio às demais tribos de Israel, certamente, inspiraria aos demais israelitas a terem uma vida de fé e buscarem uma vida de santidade e santificação diante do Senhor!
Querido amigo, diante dessas colocações e entendimentos para esse capítulo podemos ter como título a seguinte frase: As cidades dos levitas, a preservação da fé! E, em resumo, este capítulo nos desafia a preservar nossa fé através dessa afirmação teológica: É dever de todo crente reconhecer os instrumentos que Deus disponibiliza para a preservação da nossa fé! Neste texto encontramos sete observações sobre a necessidade de preservação da nossa fé:
Em 1º lugar observamos o pedido feito pelos chefes dos levitas, vs. 1-2. Assim diz o texto: [21:1Então, se chegaram os cabeças dos pais dos levitas a Eleazar, o sacerdote, e a Josué, filho de Num, e aos cabeças dos pais das tribos dos filhos de Israel; 2e falaram-lhes em Siló, na terra de Canaã, dizendo: O Senhor ordenou, por intermédio de Moisés, que se nos dessem cidades para habitar e os seus arredores para os nossos animais.] É interessante notarmos a reivindicação que os levitas fizeram para possuir a parte que lhes cabia da herança de toda a terra da Palestina. Mesmo não ganhando um território grande como as outras tribos, conforme já determinara o Senhor, eles herdariam cidades espalhadas por todas as tribos, por todo o território de Canaã (Lv 25.32-34; Nm 18.20-23; 35.1-8. Os principais dentre os levitas foram até os líderes de Israel e pediram o que era de direito. A liderança de Israel era formada por Josué, o líder principal, o comandante do exército; por Eleazar, filho de Arão, o sumo sacerdote; e, por doze príncipes de todas as tribos de Israel. A argumentação foi bem específica: de acordo com a ordem divina, dada através de Moisés, os levitas pediam que as quarenta e duas cidades (Nm 35.6) lhes fossem designadas. Estavam fazendo o seu pedido para que a palavra de Deus se cumprisse. Querido amigo, através dessa atitude dos levitas é possível percebermos 3 lições: 1)eles esperaram o tempo certo para possuir sua herança ao invés de serem precipitados como as tribos de Rubem, Gade e meia tribo de Manassés; 2)eles pediram o que era justo, o que Deus mesmo tinha estabelecido, sem desejar facilidades, como as tribos de Manassés e Efraim reclamaram da herança que lhes coube; e, 3)eles respeitaram a hierarquia: sua liderança foi falar aos líderes de Israel demonstrando uma atitude de respeito à hierarquia. Que Deus nos dê esse mesmo proceder, que honra e glorifica a Ele mesmo!
Em 2º lugar observamos a distribuição feita segundo os critérios divinos, vs.3-8. Diz assim a Palavra de Deus: [3E os filhos de Israel deram aos levitas, da sua herança, segundo o mandado do Senhor, estas cidades e os seus arredores. 4Caiu a sorte pelas famílias dos coatitas. Assim, os filhos de Arão, o sacerdote, que eram dos levitas, tiveram, por sorte, da tribo de Judá, da tribo de Simeão e da tribo de Benjamim treze cidades. 5Os outros filhos de Coate tiveram, por sorte, das famílias da tribo de Efraim, da tribo de Dã e da meia tribo de Manassés dez cidades. 6Os filhos de Gérson tiveram, por sorte, das famílias da tribo de Issacar, da tribo de Aser, da tribo de Naftali e da meia tribo de Manassés, em Basã, treze cidades. 7Os filhos de Merari tiveram, por sorte, segundo as suas famílias, da tribo de Rúben, da tribo de Gade e da tribo de Zebulom doze cidades. 8Deram os filhos de Israel aos levitas estas cidades e os seus arredores, por sorte, como o Senhor ordenara por intermédio de Moisés.] Façamos algumas considerações sobre esse texto: 1)Nesses versos encontramos o relato do total de cidades que cada uma das linhagens dos levitas receberam como suas possessões. Foram alistados os filhos de Arão, isto é, os sacerdotes. E também os filhos de Levi. Conforme Nm 3.17 e, de acordo com Gn 46.11 Levi teve 3 filhos: Gérson, Coate e Merari. E, assim, foram alistados os coatitas. Foram alistados os gersonitas. Foram alistados os meratitas. E, cada grupo recebeu sua porção de cidades. 2)Você se lembra da função de cada uma dessas famílias? Essa é uma boa ocasião para recordarmos as suas funções especificas. (1)Os aronitas (Eleazar e Itamar) eram os descendentes de Arão e eram os sacerdotes. Como sacerdotes tinham uma posição mais elevada que o restante dos seus irmãos levitas. Só eles tinham o direito de manusear o sangue sacrificial, de tocar no altar e entrar na tenda da congregação. A eles cabia o dever também de ensinar a nação, serem os mediadores entre Deus e os homens e, serem também os responsáveis pelos demais levitas. (2)Os gersonitas contados somavam um total de 7.500 homens, eles acampavam a oeste do tabernáculo, o seu líder era Eliasafe e a tarefa deles era cuidar da cobertura, das diversas cortinas de couros, peles e tecidos e das cordas, as quais eram transportadas por 2 carros puxados por 2 bois, Nm 7.7. (3)Os coatitas contados somavam um total de 8.300 homens, eles acampavam ao sul do tabernáculo, o seu líder era Elisafã e tinham a tarefa de cuidar da mobília, dos utensílios sagrados, os quais eram transportadas nos ombros utilizando-se varais, cf. Nm 7.9. (4)Os meratitas contados somavam um total de 6.200 homens, eles acampavam ao norte do tabernáculo, o seu líder era Zuriel e tinham a tarefa de cuidar das armações, dos postes e cavilhas do tabernáculo, os quais eram transportados por 4 carros puxados por 8 bois, cf. Nm 7.8. E, ainda, conf. Nm 3.32 Eleazar tinha a responsabilidade de supervisionar todos os encarregados de cuidar do tabernáculo. 3)É possível notarmos como Deus manteve um equilíbrio na distribuição das cidades. Os aronitas receberam treze cidades. Os coatitas receberam dez cidades. Os gersonitas receberam treze cidades. E os meratitas receberam doze cidades. Num total de quarenta e oito cidades. 4)Devemos entender que a soma total dessas cidades é quarenta e oito, mas conforme Nm 35.6 os levitas herdariam quarenta e duas cidades para o seu uso. A diferença são as seis cidades refúgio que também estavam sendo passadas para os levitas, que certamente seriam os administradores dessas cidades que tinham por propósito favorecer aquele que falhasse involuntariamente. 5)Como essas cidades refúgio eram um reflexo da graça e da misericórdia divina, nada mais justo essas cidades ficarem sob o cuidado, sob a administração dos levitas. Essas seis cidades refúgio que estavam arroladas junto com as outras quarenta e duas foram mencionadas no texto a seguir: Hebrom, no v.11; Siquém, no v.21; Golã, no v.27; Quedes; no v.32; Bezer, no v.36; e, Ramote, no v.36. Querido amigo podemos obter algumas lições a partir dessas considerações: 1)O pronto atendimento ao pedido dos levitas demonstra o apreço à justiça, da parte da liderança de Israel. A vida cristã deve ter como padrão a justiça, pois o nosso Deus é justo. 2)Os levitas não teriam um grande território, mas teriam cidades espalhadas por todo Israel, pois os levitas existiam em função do povo. Eles eram parte da tribo sacerdotal. Os dízimos dos israelitas faziam parte do seu sustento (Nm 18.24) e, assim fica mais uma vez patente que Deus nunca desampara aqueles que O servem, aqueles que são chamados para O servirem. 3)O fato dos levitas serem espalhados por todo Israel demonstrava a intenção divina de que promovessem a adoração a Deus e ensinassem a Lei de Deus aos seus irmãos israelitas (Dt 33.10). Que nos coloquemos sob o cuidado de Deus!
Em 3º lugar observamos a designação das cidades dos aronitas, vs.9-19
[9Deram mais, da tribo dos filhos de Judá e da tribo dos filhos de Simeão, estas cidades que, nominalmente, foram designadas, 10para que fossem dos filhos de Arão, das famílias dos coatitas, dos filhos de Levi, porquanto a primeira sorte foi deles. 11Assim, lhes deram Quiriate-Arba (Arba era pai de Anaque), que é Hebrom, na região montanhosa de Judá, e, em torno dela, os seus arredores. 12Porém o campo da cidade, com suas aldeias, deram a Calebe, filho de Jefoné, por sua possessão. 13Assim, aos filhos de Arão, o sacerdote, deram Hebrom, cidade de refúgio do homicida, com seus arredores, Libna com seus arredores, 14Jatir com seus arredores, Estemoa com seus arredores, 15Holom com seus arredores, Debir com seus arredores, 16Aim com seus arredores, Jutá com seus arredores e Bete-Semes com seus arredores; ao todo, nove cidades dessas duas tribos. 17Da tribo de Benjamim, deram Gibeão com seus arredores, Gaba com seus arredores, 18 Anatote com seus arredores e Almom com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 19Total das cidades dos sacerdotes, filhos de Arão: treze cidades com seus arredores.]
Em 4º lugar observamos a designação das cidades dos coatitas, vs.20-26
[20As mais famílias dos levitas de Coate tiveram as cidades da sua sorte da tribo de Efraim. 21Deram-lhes Siquém, cidade de refúgio do homicida, com seus arredores, na região montanhosa de Efraim, Gezer com seus arredores, 22Quibzaim com seus arredores e Bete-Horom com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 23Da tribo de Dã, deram Elteque com seus arredores, Gibetom com seus arredores, 24Aijalom com seus arredores e Gate-Rimom com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 25Da meia tribo de Manassés, deram Taanaque com seus arredores e Gate-Rimom com seus arredores; ao todo, duas cidades. 26Total: dez cidades com seus arredores, para as famílias dos demais filhos de Coate.]
Em 5º lugar observamos a designação das cidades dos gersonitas, vs. 27-33
[27Aos filhos de Gérson, das famílias dos levitas, deram, em Basã, da tribo de Manassés, Golã, a cidade de refúgio para o homicida, com seus arredores, e Beesterá com seus arredores; ao todo, duas cidades. 28Da tribo de Issacar, deram Quisião com seus arredores, Daberate com seus arredores, 29Jarmute com seus arredores e En-Ganim com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 30Da tribo de Aser, deram Misal com seus arredores, Abdom com seus arredores, 31Helcate com seus arredores e Reobe com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 32Da tribo de Naftali, deram, na Galiléia, Quedes, cidade de refúgio para o homicida, com seus arredores, Hamote-Dor com seus arredores e Cartã com seus arredores; ao todo, três cidades. 33Total das cidades dos gersonitas, segundo as suas famílias: treze cidades com seus arredores.]
Em 6º lugar observamos a designação das cidades dos meratitas, vs. 34-40.
[34Às famílias dos demais levitas dos filhos de Merari deram, da tribo de Zebulom, Jocneão com seus arredores, Cartá com seus arredores, 35Dimna com seus arredores e Naalal com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 36Da tribo de Rúben, deram Bezer com seus arredores, Jaza com seus arredores, 37Quedemote com seus arredores e Mefaate com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 38Da tribo de Gade, deram, em Gileade, Ramote, cidade de refúgio para o homicida, com seus arredores, Maanaim com seus arredores, 39Hesbom com seus arredores e Jazer com seus arredores; ao todo, quatro cidades. 40Todas estas cidades tocaram por sorte aos filhos de Merari, segundo as suas famílias, que ainda restavam das famílias dos levitas: doze cidades.]
Em 7º lugar observamos a finalização da tarefa de distribuição da terra, vs. 41-45.
[41As cidades, pois, dos levitas, no meio da herança dos filhos de Israel, foram, ao todo, quarenta e oito cidades com seus arredores; 42cada uma das quais com seus arredores em torno de si; assim foi com todas estas cidades. 43Desta maneira, deu o Senhor a Israel toda a terra que jurara dar a seus pais; e a possuíram e habitaram nela. 44O Senhor lhes deu repouso em redor, segundo tudo quanto jurara a seus pais; nenhum de todos os seus inimigos resistiu diante deles; a todos eles o Senhor lhes entregou nas mãos. 45Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu.] Este texto merece algumas considerações: 1)Aqui temos um resumo da distribuição das cidades dos levitas, mencionando-se no verso 41 o total de quarenta e oito cidades, logicamente, incluindo-se nesse número as seis cidades refúgio designadas para acolher aqueles que praticassem erros involuntários. 2)Destaca-se também no verso 42 a doação dos campos dessas cidades, para que os rebanhos dos levitas tivessem lugar para serem cuidados e se desenvolverem. 3)O verso 43 é um resumo que demonstra a fidelidade do Senhor em cumprir com Suas promessas que há séculos passados foram dadas aos patriarcas israelitas. 4)No verso 44 comprova-se a onipotência de Deus. A constatação de que nenhum inimigo resistiu a Israel é significativa, pois demonstra que quando andamos com Deus, quando lhe obedecemos podemos estar seguros da vitória que sendo Dele, Ele nos concede, pois foi Deus quem entregou os inimigos nas mãos dos israelitas. 5)E, o verso 45 finaliza o capítulo e esse relato tão impressionante da distribuição final das terras mostrando, atestando e comprovando que Deus não falha em nenhuma de suas promessas. Querido amigo, existe um antigo hino cristão cujo título é: “Firme nas promessas de Jesus”, e ainda um outro que tem como título: “Tu és fiel Senhor!”. Esses louvores comprovam em nossa experiência o quanto vale nos colocarmos em obediência e em submissão nas mãos do Senhor! Que você e eu, em nosso dia-a-dia não nos esqueçamos de confiarmos integralmente no Senhor!
Bom, chegamos ao final mais um período de estudos. Espero que você tenha aproveitado essas lições estudadas e tenha de Deus a capacitação para praticar a Sua vontade.
Escreva para nós por carta, e-mail, ou deixando um recado no orkut. Compartilhe como Deus tem falado ao seu coração através do programa. Esse retorno é essencial para nós!
Que o Senhor te abençoe.
Um forte abraço.
© 2014 Através da Biblia

Josué 13.1-19.51 - (Através da Bíblia)

Josué 13.1-19.51
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com satisfação que chegamos até você para compartilhar os princípios da Palavra de Deus que temos aprendido através dos estudos que temos feito no livro de Josué. Como você sabe, inicialmente temos registrado em nossos encontros as correspondências que chegam de vocês compartilhando como tem sido a recepção e o valor do nosso programa. Registramos hoje o e-mail que vem do Pr. N. de Cabixi em Rondônia, com as seguintes palavras: "Agradeço a Deus pela vida dos irmãos, continuem firmes, sempre abundantes no Senhor, porque o vosso esforço não é vão. Gostaria de receber este material apresentado sobre o Senhor Jesus como nosso sumo sacerdote". Querido irmão, obrigado por suas palavras. É muito bom ouvirmos sobre o valor do programa. Louvamos a Deus que nos faz seus instrumentos. Como já temos anunciado o nosso projeto de transformar os programas em livros já está acontecendo. Os primeiros volumes já estão disponíveis para quem quiser adquiri-los. Por isso oramos dando graças a Deus, porque muitos que como você querem se aprofundar mais no estudo poderão fazê-lo de um modo ainda mais adequado. E, é exatamente para buscarmos a presença de Deus que eu o convido agora. Vamos orar: "Senhor Deus e Pai, obrigado pela tua ação abençoadora sobre todo o teu povo. Obrigado porque tu nos usa como teus instrumentos para a edificação dos teus filhos e para a salvação daqueles que não conhecem Jesus. Conceda-nos Senhor ouvir a tua voz e sermos encorajados em nossas vidas cristãs. Senhor, oramos, em nome de Jesus, Amém!"
Querido amigo, hoje temos como alvo estudarmos os capítulos 13 a 19 que iniciam a terceira parte do esboço do livro de Josué, que descrevem a divisão e a ocupação de Canaã. Nesses capítulos encontramos três aspectos sobre essa nova etapa da vida de Israel que deve ser entendido por todos que desejam conhecer um pouco mais a história do povo de Deus. Em 1º lugar devemos saber que foi complexa a divisão da terra entre as nove tribos e meia e mais os levitas. Certamente Josué teve que ter muita paciência e sabedoria, dada por Deus além de um tempo considerável para que tudo acontecesse a contento. Em segundo lugar devemos perceber que a terra foi dividida quando “eles lançaram sortes perante o Senhor” (18.6). Através desse método Deus mesmo foi designando as tribos para as regiões mais adequadas a elas. Em terceiro lugar devemos entender a aparentemente contradição entre dois textos de Josué. Em 11.23 lemos: [Assim, tomou Josué toda esta terra, segundo tudo o que o Senhor tinha dito a Moisés...] Porém no verso inicial do nosso texto de hoje, em 13.1 lemos: [... e ainda muitíssima terra ficou para se possuir.]. Mas, será que existe mesmo uma contradição? Creio que não. É que aqui temos princípio “da apropriação”. As principais cidades-estados já tinham sido derrotadas e conquistadas. As alianças que se levantaram contra Israel tinham sido aniquiladas, porém precisavam ainda de se apropriarem de toda a extensão do território. O golpe inicial contra os inimigos fora desferido com pleno êxito, todavia os detalhes finais dessa grande conquista deveriam ser confirmados pela posse de toda a terra.
Quando entendemos bem esses três aspectos, percebemos que eles nos ajudam a refletir sobre a nossa vida espiritual. Quando aceitamos Jesus Cristo, como Salvador e Senhor de nossas vidas, estamos desferindo esse golpe inicial no inimigo, confessando e assumindo totalmente o nosso compromisso com Ele. Porém, na seqüência de nossa peregrinação cristã devemos continuar avançando transformando a nossa vida, pelo poder do Espírito Santo para diariamente experimentarmos a vida abundante que Jesus nos dá!
Querido amigo, então, quando contemplamos essa etapa da vida de Israel percebemos que há necessidade: 1)de tempo e de paciência; 2)de fazermos tudo diante e sob a orientação do Senhor; e, 3)de prosseguirmos para o alvo, e capacitados pelo Espírito Santo caminharmos diligentemente para novas conquistas já prometidas pelo Senhor!
Quando conseguimos ver esses aspectos da experiência de Israel e enxergarmos neles a nossa própria experiência podemos dar a esses capítulos este título: A distribuição da terra, a recompensa da fé. Quando percebemos que há uma diferença entre “herança” e “posse” percebemos também o valor fundamental da fé, pois é pela fé que nos apropriamos da recompensa pelas vitórias nas batalhas em que o Senhor nos conduziu. Por isso, entendo que a afirmação teológica, o resumo sintético desses capítulos pode ser expresso através dessa frase: Somente quando nos apropriamos pela fé da herança concedida usufruímos de modo completo da possessão espiritual que temos em Jesus Cristo. Então ao analisarmos detalhadamente esses capítulos encontramos sete atitudes que nos auxiliam a possuirmos aquilo que já é nosso por herança.
A 1ª atitude para possuirmos a herança concedida é nos apropriar da promessa com base em fatos comprovados, 13.1-33. Alguns destaques são necessários para entendermos este capítulo: 1)Josué já era bem idoso, com uma idade entre 90 a 100 anos. Mas, Deus mesmo apontou a muitíssima terra ainda deveria ser possuída (1). Deus destacou também a Josué que respeitasse as fronteiras que Ele havia traçado (2-6). Ao norte, o monte Hermom; ao sul, o deserto do Neguebe; a oeste, o mar Mediterrâneo; e, ao leste, passando pelo Jordão, o rio Eufrates. 2)A tarefa que cabia ainda a Josué era distribuir a terra pelas nove tribos e meia, pois Moisés já tinha concedido a posse às 2 tribos e meia (Nm 34.14-15), comprovando a realidade da promessa (8). 3)E, no último verso (33) Deus lembrou que a tribo de Levi não herdaria território, pois o Senhor Deus de Israel era a sua herança. Querido amigo, podemos comparar esse território para ser conquistado e essas fronteiras delineadas como símbolos de nossa vida cristã. As fronteiras são os limites que Deus impôs a nós para que não os ultrapassássemos. O deserto; a montanha; o rio; e o mar, são símbolos dos limites que Deus colocou. Ultrapassar esses limites certamente coloca as nossas vidas em risco, enquanto isso o próprio Senhor nos mostra que dentro dos limites existe ainda muito para ser conquistado. No tempo certo, esperando uns pelos outros e, não sendo egoístas como as duas tribos e meia, que fizeram sua escolha baseada nas circunstâncias (terra boa para o gado) e no egoísmo (primeiro eu, depois os outros). A terra que mana leite e mel deveria ser possuída. Todas as suas bênçãos estão disponíveis à nós, são herança concedida. Falta-nos possuí-las e desfrutar do que é nosso pela fé!
A 2ª atitude para possuirmos a herança concedida é nos apropriar da promessa com base na força e no vigor do Senhor, 14.1-15. Vamos às considerações: 1)Deus já tinha designado os príncipes do povo que repartiriam a terra (Nm 34.16-29) e também tinha designado à Moisés o método da partilha (Nm 34.13): a divisão da terra seria através da sorte (2). 2)Manassés e Efraim receberiam posse da terra substituindo o seu pai José, sendo que a tribo de Levi não teria posse territorial (exceto algumas cidades)(4). 3)Por fim, devemos considerar a designação da possessão de Judá antes das demais tribos, mas, especificamente devemos notar o pedido de Calebe (6-15): ele esperou pacientemente por 45 anos, sem reclamar. Mesmo tendo fé e crendo que Deus daria a terra a Israel, Calebe peregrinou com a segunda geração pelo deserto mantendo-se esperançoso. Então nessa ocasião ele pediu a Josué aquilo que o Senhor já tinha lhe prometido. Com 85 anos, sentia-se forte como quando tinha 40 anos, no dia em que Moisés o enviou para espiar a terra. Querido amigo, Calebe estava seguro que possuiria aquilo que Deus tinha reservado para ele. Porém, toda essa energia, todo esse vigor tinha um segredo: [mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam (Is 40.31)] Assim como Calebe cada um deve lutar com denodo e esforço tomando posse das bênçãos que Deus já nos concedeu, em Jesus Cristo!
A 3ª atitude para possuirmos a herança concedida é nos apropriar da promessa com coragem, completando a conquista, 15.1-63. Neste capítulo 15 temos fatos bem específicos e aplicáveis a cada um de nós: 1)A possessão de Judá ficava no sul do território israelita e incluía toda a faixa de terra da altura do norte do mar Morto até o Mediterrâneo, e ao sul, junto ao ribeiro do Egito também até o Mediterrâneo. Era um território muito grande (1-12), tanto é que depois recebeu em seu meio a tribo de Simeão (19.1-9) e também Benjamim (18.11-28) e Dã (19.40-48) estavam bem próximos ao seu território. Destaca-se que desde esses tempos antigos existia uma rivalidade entre a tribo de Judá, que teve a supremacia do sul e a tribo de Efraim, que teve a supremacia do norte, pois ambas entendiam-se como recebedoras da primogenitura (Gn 48.19-20 e 49.8-10). Posteriormente essa rivalidade tornou-se em um dos fatores para a divisão do reino entre Sul e Norte. 2)Destaca-se ainda a coragem de uma família: Calebe (13-14) pediu e expulsou de suas terras os filhos de Enaque, ou Anaque, os gigantes que há 40 anos atrás desencorajaram os espiões israelitas a tomar posse da terra prometida. Otoniel, sobrinho de Calebe, certamente influenciado pelo bom exemplo do tio tornou-se também um homem de fé. Quando seu tio Calebe lançou o desafio de possuírem Quiriate-Sefer, Debir, cheio de coragem Otoniel conquistou-a (15-17). Por ter derrotado aquela cidade que sofrera um ataque-relâmpago de Josué (10.38-39) Calebe ganhou como prêmio, desposar a sua prima Acsa, conforme vemos também em Jz 1.11-15. Acsa por sua vez, ao se casar, foi objetiva e corajosa e pediu e ganhou de seu pai Calebe uma terra boa com fontes de água. Otoniel se tornou um dos juízes em Israel (Jz 3.7-11). 3)Mas, depois de todo o relato dos lugares pertencentes a Judá, o autor bíblico não deixa de registrar um fato triste, que traria futuras conseqüências graves sobre Israel: Judá não conseguiu expulsar totalmente os jebuseus de seu território (63 com Jz 1.8, 21). Por ter feito um serviço incompleto os jebuseus permaneceram entre os israelitas até os dias de Davi (2Sm 5.6-10) quando conquistou a fortaleza de Sião, porque o Espírito do Senhor estava com ele. Querido amigo as lições para nossas vidas são muito claras: Assim como Judá agiu corajosamente responsabilizando-se pela vida de Benjamim (Gn43.8-9; 44.14-34) e ganhou notoriedade entre seus irmãos, assim também nós devemos amar nossos irmãos a ponto de entregarmos nossas vidas. Assim como Calebe e Otoniel foram exemplos de uma fé familiar sólida e obtiveram vitórias marcantes, assim também nós devemos desenvolver esse tipo de vida familiar para possuirmos o que Deus já nos deu em Cristo. E, assim como Judá não conseguiu derrotar todos seus inimigos (os jebuseus) e somente Davi muito mais tarde o conseguiu, assim também nós podemos conquistá-los, se o Espírito Santo estiver capacitando-nos!
A 4ª atitude para possuirmos a herança concedida é nos apropriar da promessa sem deixarmos de completar a tarefa, 16.1-10. Façamos 3 observações sobre este capítulo: 1)Logo depois de Judá, os dois filhos de José e especificamente aqui a tribo de Efraim (4) teve os seus territórios definidos. Efraim junto com Manassés, conforme Hoff: “receberam o território mais rico de Canaã: a parte central entre o mar e a Galiléia. Mas era uma região difícil de ser conquistada pela cadeia de fortalezas que formavam Bete-Seã, Ibleã, Taanaque e Megido (17.11)” (1996, p.55). 2)Efraim recebeu também algumas cidades entre o território da tribo de Manassés (9) seu irmão; 3)Mas, assim como aconteceu no final do relato das posses de Judá (15.63), aqui também registrou-se que os efraimitas não expulsaram os cananeus que habitavam em Gezer (10) que lhes serviam com trabalhos forçados. Querido amigo, será que esses inimigos vencidos obrigados a trabalhar forçosamente e, muitas vezes pagando pesados impostos seriam inofensivos ao israelitas? De acordo com as palavras de Moisés, não (Êx 34.12-13;Dt 12.2-3). Moisés tinha dito que eles seriam ciladas no meio de Israel, seriam como armadilhas para o povo de Deus. E assim como Israel, nós muitas vezes, mesmo possuindo as melhores bênçãos divinas, permitimos que alguns inimigos aparentemente inofensivos fiquem conosco. Mas, são esses inimigos que parecem não ser perigosos é que muitas vezes nos levam a desobedecer o Senhor. Que o Senhor mesmo nos abençoe e não nos deixe cair mas, servir somente a Ele (Rm 6.11-14)!
A 5ª atitude para possuirmos a herança concedida é nos apropriar da promessa sem reclamações circunstanciais, 17.1-18 Diante dessas reclamações é necessário fazermos algumas considerações: 1)Destaca-se neste capítulo, primeiramente o fato dessas filhas terem herança no meio da tribo de Manasses (3-4). Elas receberam essa herança porque foram determinadas e reclamaram a aplicação da justiça para si (Nm 27.1-11). Metade desta tribo de Manassés já tinha uma parte do lado leste do Jordão como sua possessão, mas agora esta outra metade, valorizando o aspecto comunitário preferiu sua herança entre seus irmãos. 2)Embora Manassés tivesse recebido o seu território, algumas cidades ficaram pertencendo a Efraim, sua tribo irmã, como Tapua (8), ao mesmo tempo Manassés também herdou nos territórios de Issacar e Aser algumas cidades como se vê no verso 11. 3)Mas, a partir do verso 12 até o final do capítulo temos mais um relato de uma tribo que não conseguiu expulsar (12) os cananeus do seu meio. Tanto Manassés como Efraim reclamaram de Josué porque segundo o seu entender o território obtido era pequeno. Josué lhes propôs desbastarem os bosques das regiões montanhosas para ali habitarem. Diante de novas reclamações Josué definiu que era aquela a porção que lhes cabia e encorajou-os também afirmando que eles era suficientemente fortes para derrotar os cananeus com os seus carros de guerra. Querido amigo, esses episódios nos trazem algumas aplicações: assim como as filhas de Zelofeade reclamaram pela aplicação de justiça nós também devemos nos empenhar para sermos tratados com justiça, mas ao mesmo tempo temos que ser justos em nossos procedimentos. Assim como em meio ao território de uma tribo outra tribo tinha como possessão algumas cidades, demonstrando que todo o território era de todos, isto é, era de Israel como uma nação, pois fora dado por Deus; assim também nós temos que nos sentir unidos aos nossos irmãos sabendo que somos um diante de Deus. E ao invés de sermos preguiçosos como foi Efraim que não queria conquistar as montanhas, nós devemos nos esforçar ao máximo para possuirmos o que Deus já tem nos dado!
A 6ª atitude para possuirmos a herança concedida é nos apropriar da promessa sem sermos remissos, lentos e demorados, 18.1-28. Percebamos os detalhes deste capítulo fazendo as devidas aplicações para nós: 1)No verso 1 destaca-se a mudança para Silo. Não mais ficariam concentrados em Gilgal, mas transferiram o Tabernáculo, o local de adoração para Silo, uns 16 quilômetros ao norte de Betel, tendo permanecido ali até o período dos juízes (1Sm 1.3). 2)Sete tribos ainda não tinham recebido a sua porção da herança. Então Josué repreendeu-os pela demora, pela lentidão em se apropriar do que Deus lhes tinha dado, mas por outro lado ordenou que 3 homens de cada tribo fossem fazer um levantamento detalhado do território ainda não dominado para que se dividisse equilibradamente entre as tribos restantes. Deveria haver equilíbrio e justiça na distribuição. Diante do Senhor lançaram sortes, buscaram a Sua orientação e assim cada tribo recebeu a sua porção. 3)Benjamim recebeu Betel e Jebus, isto é, Jerusalém (28), conf. profecia de Dt 33.12. Benjamim, mesmo sendo pequena era uma tribo valente e expulsou todos os seus inimigos. Seu território ficava ao norte de Judá e ao sul de Efraim. Foi de Benjamim que veio o 1º rei de Israel, e quando houve a divisão do reinado Benjamim se uniu a Judá. Querido amigo que possamos descansar na vontade de Deus, mas ao mesmo tempo não sermos lentos em nos apropriar do que Ele já nos deu, fazendo sempre as escolhas certas.
A 7ª atitude para possuirmos a herança concedida é nos apropriar da promessa com a inclusão de todos os que têm direito. 19.1-51. Vamos agora para nossas últimas considerações: 1)Todas as outras tribos receberam suas porções: Simeão, no meio de Judá (9). 2)Zebulon (10-16) recebeu uma região muito fértil e entre suas cidades estava Nazaré. 3)Issacar (17-23) recebeu um pequeno território, porém muito fértil, mas junto com Zebulom não teve muito sucesso em expulsar dali os cananeus. 4)Aser (24-31) também teve dificuldades com os cananeus e ligou-se muito aos fenícios, enfraquecendo espiritualmente. 5)Naftali (32-39) foi sempre corajoso e manteve o seu território a salvo de outros povos que o cobiçavam por suas características e valor. 6)Dã (40-48) primeiramente recebeu um território junto ao mar Mediterrâneo e Judá, mas por causa dos filisteus e dos amorreus a maioria dos danitas foram para o norte (Jz 18) apoderando-se de Laís, uma cidade fenícia. 7)A posse de Josué (49-51). Josué mostrou-se valente e tendo pedido, recebeu sua porção na região montanhosa de Efraim, ocupando-a, ali se estabeleceu. Eleazar, Josué, os cabeças dos pai das famílias de Israel completaram a tarefa de dar a herança a cada uma das tribos. Isso fizeram diante do Senhor à porta da tenda da congregação, isto é, diante do Tabernáculo. [E assim acabaram de repartir a terra (19.51)] Querido amigo a fidelidade do Senhor foi assim amplamente manifestada. Israel estava recebendo finalmente a herança prometida, o repouso prometido, a vitória prometida. Que possamos também andar com o Senhor e também nos apropriar das bênçãos que Ele já nos prometeu.
Querido amigo chegamos ao final de mais um tempo de estudos e iniciamos a 3ª parte do livro de Josué que nos mostra a divisão e a ocupação de Canaã. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a obedece-Lo.
Obrigado por sua companhia e, fico aguardando a sua carta, seu e-mail ou um recado no orkut.
Que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.
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