quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Daniel 7.1-12.13 (Através da Bíblia)

Daniel 7.1-12.13
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" com nossos corações cheios de alegria, aquela alegria que só o Senhor Deus nos dá. Alegramo-nos porque o nosso projeto de estudarmos a Bíblia toda segue com segurança e estamos concluindo novamente o estudo de mais um trecho importante do Antigo Testamento, especificamente as profecias de Daniel. Já no próximo programa estaremos iniciando nossos estudos no livro escrito aos Hebreus. Como temos anunciado, ainda há tempo de formar um pequeno grupo para estudar com outros irmãos e amigos esta tão importante carta. Serão quarenta programas com o conteúdo mais precioso que podemos encontrar. Alegramo-nos também pelas correspondências que têm chegado até nós dando-nos o retorno e testemunhando sobre o valor do programa. Somos gratos pelo privilégio de podemos a cada dia compartilharmos a Palavra de Deus com você. Hoje eu registro o e-mail que o Cesar, nos enviou da cidade de Temuco, no Chile, esse país tão querido aqui na América do Sul. Foram essas as suas palavras: “Olá irmão do programa Através da Bíblia eu o estou escutando e confirmo a palavra de Deus que diz: Alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também na revelação da sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus … (1Pd 4.13-14). Saúdo atentamente a todos vocês” Cesar G. E. Q. - Ciudad TEMUCO - Chile. – email. Querido amigo, somos gratos por essa mensagem tão bondosa de encorajamento e estimulo. De fato, tentando viver corretamente para a glória de Deus, as vezes sofremos e somos injustiçados, mas temos pedido a Deus que use a nossa vida e o que aqui é transmitido para edificar muitos irmãos, moldando o nosso caráter ao caráter de Jesus Cristo. Esse é o nosso objetivo. E, como gostaríamos de saber qual tem sido o valor do programa nesse propósito necessitamos que você escreva sobre suas experiências para que possamos adequar ainda mais o programa para que ele seja ainda mais um momento de refrigério para sua vida. Por isso, agora, te convido para aquele momento especial em que elevamos os nossos pensamentos para falarmos com Deus. Vamos orar pedindo suas bênçãos para esse projeto e para o programa de hoje: "Pai querido, chegamos à tua presença agradecidos porque a tua misericórdia dura para sempre. Agradecidos porque a tua misericórdia se renova constantemente sobre as nossas vidas. Agradecidos porque pela tua misericórdia o Senhor apaga de nós as nossas transgressões. Senhor, conforme a tua vontade, atende a necessidade de cada um de nós que te buscamos nessa hora. Senhor, conceda-nos também a iluminação do teu Espírito para essa hora de estudo. Nós oramos, em nome de Jesus, Amém!".
Querido amigo hoje temos como alvo estudarmos de modo geral os capítulos 7 a 12 de Daniel, para obtermos deles a mensagem central dessa parte apocalíptica do livro. Vamos fazer as nossas considerações finais sobre as profecias e as visões reveladas ao profeta Daniel.
A finalidade do livro de Daniel
A finalidade da profecia de Daniel é mostrar que Deus estabelecerá o seu reino eterno, apesar do fracasso do povo de Israel cumprir a missão a ele designada. Deus, muitos antes dos dias de Daniel escolhera Abraão para dele formar um povo que revelaria a sua pessoa e os seus planos salvíficos para toda a humanidade. Por meio dos descentes de Abraão, os hebreus, Deus se revelaria a humanidade e demonstraria o seu amor para com a criação apresentando o único caminho para termos novamente comunhão com ele, comunhão essa que foi quebrada quando o ser humano pecou.
Deus reservou para o povo de Israel, também chamado de povo de Judá, o privilégio glorioso de ser o seu povo exclusivo, um povo do qual o próprio Deus queria ser Rei. Depois de muitos séculos sob o comando dos homens que o próprio Deus tinha levantado para governá-los, os israelitas preferiram um rei humano, ... como o têm todas as nações ... (1Sm 8.4-7), rejeitando, assim, o governo de Deus sobre eles.
O Senhor Deus, tinha planos maravilhosos para Israel, mas o resultado dessa rejeição, o resultado dessa insubmissão ao controle de Deus, depois de muitas idas e vindas, provocou a dura disciplina de Deus derramada contra o seu povo. Primeiramente o povo de Israel, o reino do Norte, depois de pecar muitíssimo, foi desterrado, sendo levado para o exílio assírio, em 722 aC. Como nação, Israel não mais existiu. Mesmo tendo visto o que aconteceu com seus irmãos, o reino de Judá, reino do sul não se arrependeu e continuou a viver de modo desagradável a Deus, embora tivesse alguns períodos de renovação espiritual. Depois de 136 anos Deus teve que disciplinar também o reino do sul, pois o pecado da idolatria e do abandono da Lei era visível e afetava toda a sociedade.
Muito tempo antes, porém, Deus fizera uma promessa a Davi, o homem segundo o seu coração (conf. At 13.22). Deus prometera a Davi que sempre teria um descendente seu reinando sobre o seu povo. Diante dos pecados de Judá, a disciplina veio severamente e, em 586 aC. a Babilônia invadiu Jerusalém tomando-a e derrubando o templo, local sagrado dos judeus. Quando isso aconteceu, eles não acreditavam que isso poderia ocorrer. Pensaram que Deus os tinha abandonado. Parecia que tudo estava perdido. Mas, Deus é fiel. Quando ele promete, ele cumpre. Através dos muitos profetas ele disse que iria restaurá-los depois da disciplina, e, especificamente através de Jeremias, Deus revelou que o exílio babilônico duraria setenta anos, simbolizando o tempo que Judá tinha se mantido rebelde contra Deus.
Depois desse tempo Deus mesmo iria recolhe-los de onde estivessem e os traria de novo para a terra prometida.456
Como Daniel era um homem de Deus, um homem consagrado ao Senhor, mesmo exilado e servindo na corte babilônica e na corte persa, a oração e o estudo bíblico compunham o seu perfil de fiel servo de Deus. Ao estudar as profecias de Jeremias, proclamadas, aproximadamente, um século antes, Daniel percebeu que os setenta anos já estavam se cumprindo e colocou-se diante de Deus para buscar saber e entender quais as próximas etapas que Judá deveria experimentar na sua caminhada de volta à Palestina, no seu estabelecimento na terra e no seu futuro desenvolvimento como nação.
O livro de Daniel é o registro das revelações que Deus deu ao seu servo sobre os acontecimentos futuros que afetariam o seu povo e as nações que com o povo de Deus se relacionavam. Ao revelar o futuro imediato do que iria acontecer naqueles próximos séculos, Deus também revelou a Daniel eventos futuros que afetariam todo o povo de Deus por todo o tempo, passando pela vinda do Messias, o descendente de Davi que herdaria o seu trono (At 13.23), chegando até os dias finais dessa época, chegando até os dias finais da nossa história. Diante desse panorama histórico o título para essa reflexão é:
O futuro da história humana revelada por Deus
Dn 7.1-12.13
Introdução
Como dissemos anteriormente, o livro de Daniel se divide em duas grandes porções. Do capítulo 1 até o capítulo 6 temos os eventos históricos, e, do capítulo 7 ao doze temos a seção apocalíptica do livro. É sobre esse conteúdo que vamos refletir, uma vez mais, reforçando e destacando os ensinos que obtivemos quando estudamos cada um desses capítulos. Quando consideramos essa parte apocalíptica de Daniel percebemos que sua mensagem pode ser colocada:
Somente Deus que tem o controle da história em suas mãos pode revelá-la aos seus servos dando-lhes garantia do futuro.
Nesses capítulos encontramos cinco revelações do futuro da história humana que comprovam que Deus a tem em suas mãos.
A 1ª revelação é encontrada no capítulo sete – A visão dos reinos terrenos e do reino de Deus, 7.1-28
1. Esta visão é complementar ao sonho de Nabucodonosor registrado no capítulo dois. Lá, o rei viu uma grande estátua com tipos de materiais diferentes em cada uma das partes que a compunham. A cabeça era de ouro, o peito e os braços eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as pernas eram de ferro e os pés eram de ferro e barro. Uma pedra foi arremessada contra essa grande estatua e ela ruiu. Nesse relato Daniel sonha e vê quatro animais ferozes: um leão com asas de águia que lhe foram arrancadas (vs. 4); um urso com um lado mais alto que o outro tendo em sua boca três costelas e a liberdade para comer o que quisesse (vs. 5); um leopardo com quatro asas na costa (vs. 6); um animal estranho e feroz com dentes de ferro que despedaçava tudo e pisava com os pés o que tinha sobrado; este animal tinha dez chifres, e por fim um pequeno chifre surgiu tomando o lugar de três dos chifres anteriores (vs.7). Nos versos 13 e 14 Daniel vê uma figura como o filho do Homem que recebeu o domínio e a glória e o reino, que jamais será destruído.
2. A interpretação dessa visão nos faz identificar esses animais com o reinos mundiais, ou com os impérios mundiais: 1) O leão representa o império babilônico, que dominou o mundo de 626 a 539 aC. 2) O urso representa o império medo – persa, que dominou o mundo de 539 a 331 aC., sendo que os persas se sobressaíram quando comparados com os medos. 3) O leopardo representa o império grego,que dominou o mundo de 331 a 63 aC., tendo Alexandre o grande como seu grande general, que morreu cedo e foi substituído pelos quatro reinos comandados pelos quatro generais. 4) O animal estranho e feroz representa do império romano que dominou o mundo de 63 aC. até 476 dC. Os dez chifres representam os reinos que se associaram ou se originaram dele.
3. O pequeno chifre que surgiu e mereceu grande atenção de Daniel representa o anticristo escatológico, que proferirá blasfêmia contra o Altíssimo e magoará os santos do Altíssimo. Posteriormente foi estabelecido um tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até o fim.
A grande lição que aprendemos é que todo poder humano tem o seu limite estabelecido por Deus e, no fim o reino que deterá o poder eterno é o reino de Deus.
A 2ª revelação é encontrada no capítulo oito – A visão da ascensão e da queda dos reinos terrenos, 8.1-27
1. Essa visão é uma ampliação, é um detalhamento da parte mais próxima da visão do capítulo sete e, conseqüentemente ela se relaciona também com o capítulo dois. Nessa visão Daniel observou a luta entre um carneiro e um bode e o surgimento de um outro pequeno chifre. O carneiro tinha dois chifres e um dos chifres era maior que o outro. Esse carneiro dava cabeçadas, dava chifradas para todos os lados, ninguém podia resisti-lo, ele fazia o que bem queria e assim ele crescia em poder. Daniel observou também e viu um bode que vinha do oeste e corria tão depressa, que as suas patas não encostavam no chão. Esse bode tinha um só chifre e correu até onde estava o carneiro e o atacou violentamente, quebrando-lhe os chifres. O bode jogou o carneiro no chão e o pisou com as patas. Com isso o bode foi crescendo e atingiu o máximo poder. Porém quando estava no auge, o seu chifre foi quebrado e no seu lugar nasceram quatro chifres compridos. Posteriormente, de um dos chifres nasceu um chifre pequeno crescendo para todos os lados até alcançar a Terra Prometida. Esse pequeno chifre cresceu e foi ocupando os lugares mais sagrados e, até acabou com os sacrifícios diários que eram oferecidos ao Altíssimo e profanou o santuário, apresentando uma oferta nojenta e proibida. Porém esse pequeno chifre teve limitados os dias do seu poder e, assim, depois disso o santuário foi purificado e re-consagrado.
2. A interpretação dessa visão era fundamental para o povo de Israel, naqueles dias, pois os acontecimentos descritos na visão afetariam diretamente o povo de Deus, naquele período histórico que se seguia ao retorno à Jerusalém, depois da dura disciplina do exílio.
O carneiro com os chifres desiguais representa o império medo-persa (vs. 20). É interessante que se destaca que os dois chifres do carneiro eram grandes, mas o segundo era muito maior que o primeiro. Essa colocação nos lembra de 7.25 que mostra o urso levantado mais de um lado do que de outro. É o império medo-persa, sendo que os persas eram mais vigorosos que os medos e rapidamente tomaram a liderança desse grande império que sucedeu a Babilônia. O império persa derrotou o império babilônico e assim tornou o senhor do mundo. Nos dias dessa visão, o império medo-persa ainda não existia, mas na visão, Daniel pode ver a sua ascensão e queda, quando foi derrotada pela Grécia, cerca de 210 anos depois da profecia.
Essa derrota, foi exatamente a derrota imposta pelo bode que simbolizava a Grécia, contra o carneiro que simbolizava a Pérsia. Esse bode que tinha apenas um chifre e veio tão rápido que nem tocava no chão representava o domínio grego e o grande poder de Alexandre. Quanto mais ele foi conquistando, mais o seu poder foi sendo notado, mas quando estava no auge, esse grande chifre foi quebrando simbolizando a morte prematura do imperador Alexandre. O seu reino foi dividido em quatro partes, pelos generais comandantes das suas tropas, ficando dois deles mais poderosos. Ptolomeu ficou com os povos do sul e Seleuco ficou com os povos do norte. Dessa divisão surgiu um pequeno chifre que não deve ser confundido com o pequeno chifre do quarto animal do capítulo sete. Esse pequeno chifre surgiu dos quatro chifres do bode, isto é, do império grego, e especificamente, do reino dos selêucidas. E diz o texto que esse pequeno chifre se voltou contra o Altíssimo e contra o seu povo. Mas como diz o verso 25 finalmente ele desafiará a Deus, o rei dos reis, mas será destruído sem a utilização da força humana.
3. Querido amigo, mesmo que tenham surgido outros “chifres pequenos” que se levantaram contra o povo de Deus, sem dúvida foi Antíoco Epifânio IV o grande tipo do anticristo escatológico que um dia perseguirá o povo de Deus. Mas a boa notícia é que o seu reinado teve um fim. Um fim determinado por Deus que controla a história humana. E uma notícia que nos enche de alegria e segurança é que também no final dos tempos quando se manifestar o verdadeiro e real anticristo, inimigo de Deus e do seu povo, esse também terá o seu fim. Ele será destruído pelo sopro do Cordeiro, o senhor Jesus, o Cristo!
A 3ª revelação é encontrada no capítulo nove – A visão das setenta semanas na história humana, 9.1-27
1. Essa terceira visão de Daniel refere-se à história humana depois dos dias de Daniel. Essa visão foi dada a Daniel em resposta a sua oração, depois que ele ao estudar as Escrituras, percebeu que através do profeta Jeremias Deus tinha determinado setenta anos para o fim do exílio. Então, depois de orar e aguardar a resposta divina, foi revelado a Daniel acontecimentos que iriam até os dias do Novo Testamento e, quando a estudamos detalhadamente percebemos que nesta visão se menciona também acontecimentos que ocorrerão na etapa final da nossa história. Nessa visão as figuras não são estátuas ou animais. Aqui se usa simbolicamente o tempo para revelar o que estava oculto. Usa-se aqui “semanas”, um tempo que representam grupos de sete anos para desvendar a Daniel os acontecimentos que ocorreriam desde os seus dias até os dias finais antes da chegada final do tempo da eternidade.
2. Foi revelado a Daniel que o castigo do povo de Deus e da cidade santa iriam durar setenta semanas, até que terminasse a revolta, o pecado acabasse, o perdão fosse obtido, a justiça eterna fosse restabelecida e o santuário fosse novamente re-consagrado (vs. 24). Esse tempo foi dividido em três períodos: 1) O 1º período duraria sete semanas, igual a 49 anos, vs. 24-25a; 2) O 2º período duraria sessenta e duas semanas, igual a 434 anos, vs. 25b-26;
3) O 3º período duraria uma semana, igual a sete anos, vs. 27.
3. No verso 25, o começo das setenta semanas ocorreria com o decreto para reconstruir Jerusalém. E, como dissemos anteriormente, esse decreto da reconstrução tem sido interpretado de diferentes maneiras. Alguns estudiosos o interpretam como o decreto de Ciro (Esdras 1:1-4); outros, como o decreto de Dario (Esdras 6); outros, como o decreto de Artaxerxes (Esdras 7); e ainda outros, como o decreto de Artaxerxes (Neemias 2)
Na verdade, muitas tentativas têm sido feitas para fixar as datas desta profecia. Embora alguns considerem literalmente esses números, é bem provável que eles sejam simbólicos. Entretanto é possível definir-se os acontecimentos: 1) Jerusalém seria reconstruída. 2) Passado um período de tempo, o Messias nasceria e desenvolveria o seu ministério, que terminaria com a sua morte, como diz o texto ... será morto o Ungido e já não estará ... (9.26). Até ai teríamos os dois períodos num total de sessenta e nove semanas. 3) Depois desses acontecimentos sobraria ainda uma semana, isto é, a septuagésima semana. E em relação a essa semana (49 anos) temos, de novo, algumas interpretações.
a) Alguns interpretam que ela ocorreria depois de um grande período de tempo, um lapso de tempo, que tem sido interpretado como o período da igreja, a época da graça, o período em que agora vivemos. Depois desse período a contagem seria novamente iniciada e aconteceria essa septuagésima semana, com o templo reconstruído e a volta dos sacrifícios judaicos, nesse período entendido como a grande tribulação, logo antes da vinda do Messias.
b) Outra maneira de se interpretar essa septuagésima semana é colocá-la como um acontecimento logo após aqueles eventos, não tendo, portanto, nenhum lapso de tempo de interrupção, não tendo esse período denominado “lacuna profética”. Aqui se entende que Cristo, o Ungido (vs. 26) morreu nesta septuagésima semana (cf. Is 53.8). Conforme essa interpretação se entende que a septuagésima semana está ligada à primeira vinda do Messias, do Ungido, pois o texto se refere também à sua morte.
O que temos visto e constatamos novamente é uma tentativa de uma ou outra maneira de se fixar datas, porém o próprio texto nos deixa sem essa alternativa, pois a maior intenção de Deus é que além de termos certeza do seu controle sobre a história humana, visto que ele é quem determina tempos e datas, ele quer que eu e você estejamos alertas, preparados para nos encontrarmos com ele no dia final.
A 4ª revelação é encontrada nos capítulos dez e onze – A visão sobre os reinos do Norte e do Sul, 10.1-11.45
1. Nesta visão temos uma das passagens proféticas mais detalhadas de toda a Bíblia. Aqui temos a descrição dos acontecimentos que sucederiam e de fato aconteceram depois da morte de Alexandre, o grande, quando o seu império foi dividido entre seus generais. Nessa mensagem profética o mensageiro celeste falou resumidamente sobre a história da Pérsia e da Grécia. Referente a Pérsia, ele disse que três reis iriam reinar (Cambises, Smerdis e Dario Histaspe); e logo depois surgiria um quarto que se levantaria contra a Grécia. Esse último foi Xerxes que posteriormente seria derrotado pelos gregos de Salamina.
Quando referiu-se ao rei da Grécia, o mensageiro mencionou um “rei poderoso”, identificando-o como Alexandre, o grande. Esse reino seria dividido em quatro e, depois disso aconteceria a concentração de todo o poder nesses dois reinos, denominados “reino do norte” e “reino do sul”. Os dois que mais se destacaram, como mencionamos, foram Seleuco ao norte e Ptolomeu ao sul. Entre esses reinos ficava a Palestina e, nessa constante luta pelo poder, o povo de Deus seria e foi afetado diretamente. Os detalhes históricos mencionados nos versos 5 a 20 do capítulo onze correspondem exatamente à história conforme a conhecemos hoje. E, a maravilha da Bíblia é que esses acontecimentos foram desvendados a Daniel, pelo menos duzentos anos antes dos fatos se concretizarem.
2. Na seqüência, o mensageiro celeste revelou ao profeta o surgimento de um outro rei vil, que não tinha direito ao trono, mas que o tomaria através de intrigas e politicagens. Historicamente esse homem vil e iníquo foi identificado com Antíoco Epifânio IV.
Antíoco Epifânio IV (c. 215 - 162 a.C.) foi um rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria entre 175 e 164 a.C. Ele era o terceiro filho do rei Antíoco III Magno, e irmão de Seleuco IV. Após a derrota do seu pai pelos romanos na Batalha de Magnésia (189 a.C.), viveu 14 anos como refém em Roma. Depois desse tempo, em 175 aC., através de manobras políticas tornou-se rei da região da Síria.
Esse homem, como estudamos recentemente, foi um algoz do povo de Deus e invadiu Jerusalém, menosprezando a religião, impedindo os judeus de a praticarem e como ponto alto do seu domínio e desprezo aos judeus ele mandou sacrificar um porco, um animal imundo, proíbido aos judeus, no altar do templo. Com essas atitudes ele provocou uma revolta no povo que foi comandada por um velho sacerdote piedoso, Matatias. Estava estabelecida a revolta dos macabeus.
3. Depois disso, naquele capítulo onze encontramos o restante da revelação e nos mostra como dissemos a continuação da perseguição ao povo de Deus. E se estabelece algumas interpretações. Quem provocará essa perseguição, essa tribulação violenta é ainda Antíoco Epifânio ou o anti cristo escatológico? Certamente Antíoco Epifânio foi duro contra o povo de Deus, porém ele funcionou como uma antevisão do que ocorreria nos dias finais.
Mas a grande bênção que temos é que esse grande inimigo tem os seus dias contados e será derrotado pelo Senhor Jesus Cristo!
A 5ª revelação é encontrada no capítulo doze – A visão dos dias finais da história humana, 12.1-13
1. Como estudamos no programa passado a revelação que Daniel obteve é que Miguel, o grande príncipe que defende os filhos do povo de Deus estaria presente nos dias finais para proteger o povo durante os dias de angustia e sofrimento que atingirão o povo escolhido.
Nesse último detalhe da visão aprendemos que todos nós devemos estar preparados para identificar as características dos dias finais, pois todos compareceremos diante de Deus. Aprendemos também que temos que estar atentos para identificar as características daqueles dias finais quando estaremos diante de Deus.

2.
3.
Conclusão
Como fizemos durante todos esses estudos, vamos aplicar esse aprendizado, tornando essa mensagem de Daniel relevante às nossas vidas. O que aprendemos desse livro pode ser resumido nessa grande verdade:
Deus, o Altíssimo tem o domínio e o poder sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, por isso, podemos descansar nos cuidados soberanos de Deus.
Querido amigo, peço a Deus que os estudos dessas profecias possa ter te estimulado a permanecer firme no Senhor preparando-se adequadamente para aquele momento de grande alegria quando encontraremos com o nosso Salvador!
Um grande abraço e até o próximo programa, já estudando o livro de Hebreus.
© 2014 Através da Biblia

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