Josué 3.1-17
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Como você sabe estamos no início dos estudos no livro de Josué. Hoje vamos estudar o capítulo onde encontraremos a travessia do Jordão. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo da Palavra de Deus. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente sobre isso que a nossa irmã GBBM de Campinas, SP nos escreveu: "Queridos, descobri a poucas semanas a BBN. Acesso pela internet e deixo a transmissão ligada o dia inteiro. Morei nos EUA de 82 a 84 e lá não perdia o programa Thru the Bible. Agora quando comecei a ouvir o Através da Bíblia fiquei encantada. Que modo abençoado de expor as Escrituras. Vou acompanhar os estudos com muito interesse e muita expectativa de crescimento. Deus o abençoe". Querida irmã obrigado por suas palavras, obrigado por seu testemunho. O nosso objetivo é esse: Desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a necessidade que tem da salvação em Jesus Cristo. Muito obrigado por suas palavras de incentivo e continue orando por nós. Agora, quero convidá-la e a todos que nos ouvem àquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Como tu conheces a necessidade de cada um de nós, Pai, fale a cada coração e, para isso buscamos também a iluminação do teu Espírito. Obrigado pela preciosa salvação e pela vida em Jesus Cristo. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo, hoje temos diante de nós o capítulo 3 de Josué e estudaremos todos os seus 17 versículos.
Como mencionamos anteriormente Josué e Moisés, certamente orientados por Deus tinham levado o povo até as planícies de Moabe para dali começar a conquista da terra. Canaã era constituída de diversos povos agrupados, vivendo numa série de cidades-estados e, assim como tinham enfrentado e vencido a Seon, rei dos amorreus; a Ogue, rei de Basã (Nm 21.21-35); e cinco reis dos midianitas (Nm 31.1-12) deveriam se preparar para enfrentar uma série de batalhas contra diversos inimigos.
Dois ameaçadores obstáculos estavam diante de Josué e seus comandados. A primeira dificuldade a ser vencida era a travessia do rio Jordão, um limite geográfico natural que fazia parte da fronteira a ser invadida e conquistada. Mas, em seguida havia também a cidade de Jericó, uma cidade muito bem construída, uma fortaleza praticamente inexpugnável.
Pois, bem, o primeiro obstáculo a ser enfrentado, a travessia do Jordão, é o conteúdo do relato do capítulo três. Assim como o Mar Vermelho se constituiu um obstáculo para Israel, quando saiu do Egito, o Rio Jordão se tornava um obstáculo para Israel entrar em Canaã. Entretanto, esse episódio prepararia o povo, isto é, a segunda geração, para ficar atento às maravilhosas ações de Deus, testificando-lhes a certeza da conquista.
Esse acontecimento nos dá a entender que essa travessia pelas águas é um símbolo muito marcante em relação à vida cristã. Conforme Unger: “A arca (Êx 25.1-22), uma das mais abrangentes representações de Cristo, lidera o povo e abre caminho pelo Jordão. Aqui é belamente retratada a imagem do Senhor atravessando as profundas águas da morte afim de abrir caminho para o seu povo, que pode então avanças vitoriosamente e tomar posse dos bens celestiais que tem Nele. Depois de dar a redenção, ele leva todo o seu povo da morte à vida e à glória da redenção pelo ‘novo e vivo caminho’ (cf. v.4; Hb 10.20). (2006, p.128).
Diante desse quadro então creio que o título mais adequado para este capítulo é: A crise da fé: transpondo o intransponível. De fato Israel estava num momento crítico. Certamente contando com a direção, o cuidado e a presença de Deus, tinham caminhado e vagado pelo deserto durante quarenta anos; tinham perdido muitas décadas por causa da incredulidade. Estavam agora, diante de algo aparentemente intransponível. O Jordão nessa época de colheita da cevada era caudaloso e perigoso por causa das chuvas da primavera e do degelo das montanhas do norte. Ou ficavam do lado leste do Jordão sem conquistar a terra prometida aos seus antepassados ou com ousadia venceriam as barreiras e transporiam o intransponível. Por isso entendo que a frase que sintetiza essa narrativa pode ser expressa da seguinte forma: Somente quando, pela fé, seguimos as ordens divinas conseguimos transpor o que para Deus não é intransponível. E, por isso podemos afirmar que neste texto encontramos sete ações que devemos realizar para transpor os intransponíveis humanos:
1)Para transpor os intransponíveis devemos seguir a presença de Deus, vs.1-3.
Vamos ler o conteúdo desses versos: [Levantou-se, pois, Josué de madrugada, e, tendo ele e todos os filhos de Israel partido de Sitim, vieram até ao Jordão e pousaram ali antes que passassem. 2Sucedeu, ao fim de três dias, que os oficiais passaram pelo meio do arraial 3e ordenaram ao povo, dizendo: Quando virdes a arca da Aliança do Senhor, vosso Deus, e que os levitas sacerdotes a levam, partireis vós também do vosso lugar e a seguireis.] Agora façamos as considerações necessárias para entendermos bem este texto: 1)A arca da Aliança sempre simbolizou a presença de Deus em meio ao seu povo, conforme vimos em Nm 10.33-36. 2)Esse destaque dado a arca relacionava o poder e a presença de Deus com as promessas do próprio Deus feitas há muitos anos atrás ao patriarcas de Israel garantindo a Aliança divina. 3)A arca feita de madeira de acácia era recoberta de ouro e continha as duas tábuas com os dez mandamentos escritos, a vara de Arão e o maná com que Deus tinha alimentado Israel durante o período no deserto. Era a possessão mais sagrada de Israel e através dela o povo sabia se devia prosseguir ou ficar acampado. 4)A ordem clara para o povo foi para que, vendo os levitas carregarem a arca, todo o povo deveria seguir em frente. Simbolicamente é essa também o nosso desafio: temos que seguir por onde Deus se encaminha. Ao invés de pedirmos para que Deus nos acompanhe, devemos perceber onde Ele está atuando e para lá nos dirigirmos!
2)Para transpor os intransponíveis devemos manter a reverência a Deus, vs.4.
São essas as palavras deste verso: [4Contudo, haja a distância de cerca de dois mil côvados entre vós e ela. Não vos chegueis a ela, para que conheçais o caminho pelo qual haveis de ir, visto que, por tal caminho, nunca passastes antes.] Como devemos entender essa ordem? 1)A distância de dois mil côvados era equivalente a aproximadamente 900 metros. 2)Até aquele momento o povo era dirigido pela nuvem durante o dia e pela coluna de fogo à noite. A partir daquele momento a arca era o indicador da direção de Israel. 3)A distância de quase um quilometro permitiria que uma grande parte do povo visse com bastante facilidade para que direção a arca era levada. 4)Mas, certamente essa distância simbolizava a reverência que o povo deveria manter diante do Senhor. Deus sendo santo não conviveria com o homem pecador, exceto aqueles que tinham sido consagrados para carregarem esta arca simbólica. Querido amigo, embora tenhamos a possibilidade de uma total comunhão e intimidade com Deus, devemos lembrar sempre que Ele é santo e merece toda a nossa diligência em nos santificarmos para Ele mesmo!
3)Para transpor os intransponíveis devemos santificar-nos para Deus, vs.5.
Literalmente assim diz esse verso: [5Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós.] Qual o significado dessa ordem? 1)Creio que muitos amigos que estão me ouvindo agora, já ouviram uma mensagem ou um estudo ou algum comentário sobre esse verso. Ele é bem conhecido. 2)Na pratica, a ordem de santificar-se significava que todo o povo deveria deixar qualquer coisa impura para se consagrar, para de dedicar exclusivamente a Deus. 3)Essa santificação ou purificação incluía o banhar-se, a lavagem das roupas e a abstinência sexual como ocorrera com a mesma ordem em Êx 19.10-16. 4)Diante das maravilhas e da poderosa manifestação da grandiosidade de Deus sobre as forças descomunais das águas do Jordão esta segunda geração deveria estar preparada para ver o poder de Deus como um sinal da sua promessa sendo cumprida. Assim como eles, também nós somos desafiados sermos santos como Ele é santo (1Pe 1.16). Diante da grandiosidade e da suprema santidade divina temos que buscar a santificação, pois sem ela ninguém verá a Deus (Hb 12.14).
4)Para transpor os intransponíveis devemos destacar a presença de Deus, vs.6.
Este é um texto muito objetivo: [6E também falou aos sacerdotes, dizendo: Levantai a arca da Aliança e passai adiante do povo. Levantaram, pois, a arca da Aliança e foram andando adiante do povo.] Por que era necessário levantar a Arca da Aliança? 1)Certamente a arca deveria ser carregada na altura dos ombros para que não se molhasse ao ser introduzida no Jordão, se bem que tão logo os pés dos levitas e sacerdotes se molhassem as águas do Jordão cessariam. 3)A arca deveria ser carregada também para que todo o povo a visse com clareza indicando o caminho a seguir. 3)Mas, a arca foi carregada em posição elevada porque Deus sempre merece estar elevado acima de todo ser humano. 4)Ele é o único e verdadeiro Deus. O que resta são ídolos, representações grosseiras de criaturas para as quais muitos se curvam sem saber que é a demônios que eles se curvam. Querido amigo, espero que você tenha plena consciência de quem você adora, quem merece sua exaltação e louvor. Que você adore e se curve somente ao Senhor!
5)Para transpor os intransponíveis devemos submeter-nos a Deus, vs.7-8.
As palavras desse verso são impressionantes. Elas demonstram o cuidado de Deus para com Josué em sua nova função: [7Então, disse o Senhor a Josué: Hoje, começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, assim serei contigo. 8 Tu, pois, ordenarás aos sacerdotes que levam a arca da Aliança, dizendo: Ao chegardes à borda das águas do Jordão, parareis aí.] Como podemos entender essas palavras de Deus? 1)O Senhor espontaneamente veio novamente a Josué para encorajá-lo e validar a sua liderança. Era importante ter na frente do povo um líder que fosse reconhecido como homem de Deus. O povo precisava dessa segurança. 2)Deus iria engrandecer Josué diante dos olhos de Israel demonstrando que confiava nele e na sua lealdade já comprovada na sua atuação como “servo” de Moisés (Êx 33.11). 3)Assim como Deus usara Moisés como seu instrumento, assim Deus se comprometia a usá-lo e considerá-lo Seu instrumento. Ser usado por Deus é um privilégio dos seus filhos. 4)É digno de nota que Josué não buscou a auto exaltação; foi Deus que o exaltou. De que maneira? Fazendo repartir o Rio Jordão, assim como Moisés fez com o Mar Vermelho para que o povo passasse a seco.
Querido amigo, Deus queria mostrar a Josué, ao povo e aos que soubessem dessas notícias que Ele estava cumprindo a Sua antiga promessa e que diante Dele não existem obstáculos intransponíveis. Mas Deus quer que nós nos lembremos sempre de que devemos nos humilhar na Sua presença, pois Ele, a seu tempo nos exaltará!
6)Para transpor os intransponíveis devemos antever o triunfo de Deus, vs.9-13.
As palavras desses versos registram o poder do Senhor: [9Então, disse Josué aos filhos de Israel: Chegai-vos para cá e ouvi as palavras do Senhor, vosso Deus. 10Disse mais Josué: Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós e que de todo lançará de diante de vós os cananeus, os heteus, os heveus, os ferezeus, os girgaseus, os amorreus e os jebuseus. 11Eis que a arca da Aliança do Senhor de toda a terra passa o Jordão diante de vós. 12 Tomai, pois, agora, doze homens das tribos de Israel, um de cada tribo; 13 porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor, o Senhor de toda a terra, pousem nas águas do Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima, e se amontoarão.] Precisamos entender claramente essas palavras: 1)Josué convocou os israelitas para ouvir as palavras do Senhor, o único e verdadeiro Deus. Esse é o dever de todo líder: proclamar não a sua palavra ou a sua vontade, mas sim a palavra e a vontade de Deus. E esse é o dever do verdadeiro filho de Deus: ouvir e se inteirar continuamente da Palavra de Deus. 2)Josué queria de povo reconhecesse que Deus, o único Deus vivo estava no meio deles e as suas ações eram uma demonstração que as promessas se cumpririam. Podemos confiar no Senhor que é fiel e mantém a Sua Palavra! 3)Novamente são mencionadas as sete nações, ou sete raças que compunham a população total de Canaã. Todas elas seriam desalojadas como conseqüência do seu pecado, e Israel que seria usado por Deus nessa guerra santa, ficaria com a terra já prometida aos seus antepassados. 4)Algumas providências deveriam: 1.A arca deveria ir na frente do povo; 2.Doze homens, um de cada tribo deveriam ser escolhidos para ficarem no leito do Rio Jordão para apanharem doze pedras para o memorial (4.1-7); 3.Os sacerdotes que carregavam a arca deveriam caminhar em direção às águas do Jordão e experimentariam e comprovariam o poder grandioso de Deus. Ao colocarem seus pés sobre as águas elas instantaneamente parariam de correr, dividindo o rio para que a travessia fosse feita com os pés secos. Querido amigo, o nosso Deus é o Todo Poderoso. Temos que nos lembrar das próprias palavras de Deus registradas por Isaías: [Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? (43.13)]. Sim, querido amigo, o nosso Deus é soberano e para Ele não há intransponíveis! Devemos nos encorajar mutuamente, estimulando-nos a cada vez mais crer e confirmarmos nesse grandioso Deus!
7)Para transpor os intransponíveis devemos manter-nos firmes enquanto se manifesta o poder de Deus, v.14-17
Terminando a analise deste capítulo vamos ler esses versos finais: [14Tendo partido o povo das suas tendas, para passar o Jordão, levando os sacerdotes a arca da Aliança diante do povo; 15e, quando os que levavam a arca chegaram até ao Jordão, e os seus pés se molharam na borda das águas (porque o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da sega), 16pararam-se as águas que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Adã, que fica ao lado de Sartã; e as que desciam ao mar da Arabá, que é o mar Salgado, foram de todo cortadas; então, passou o povo defronte de Jericó. 17Porém os sacerdotes que levavam a arca da Aliança do Senhor pararam firmes no meio do Jordão, e todo o Israel passou a pé enxuto, atravessando o Jordão.] Façamos nossas últimas considerações: 1)Os acontecimentos devem ter sido espetaculares! Imagine a movimentação de desarmar as barracas, colocar todos os utensílios empacotados nas costas. Imagine, a atenção para com os idosos, as crianças, as mulheres e as grávidas. Tente vislumbrar o exército se preparando e se armando. Tente ver os homens preparando os rebanhos para a travessia. O acampamento todo, de aproximadamente dois milhões e meio a três milhões de pessoas estava em grande agitação e, certamente os corações de todos estavam apreensivos. O Rio Jordaão estava à sua frente. 2)O Rio Jordão nessa época do ano, na primavera, época da colheita da cevada, crescia muito por causa do degelo do do Monte Hermom e assim sua largura e profundidade atingiam medidas extraordinárias. Os israelitas não tinham embarcações e nem havia qualquer tipo de ponte ou outra maneira de cruzar o rio. Mas havia crença e expectativa de que Deus faria a obra! E, de fato ocorreu! 3)Quando os sacerdotes que levavam a arca colocaram seus pés nas margens, na borda do Jordão, o milagra aconteceu! Deus se manifestou! Deus engrandeceu a Josué cumprindo a sua palavra! A correnteza que vinha do norte em direção ao Mar Morto, também conhecido como Mar Salgado, ou Mar da Arabá; parou formando-se um montão, como se fosse uma paredão de águas, uma grande represa, longe da cidade de Adã, próxima a Sartã. Tudo isso aconteceu defronte a Jericó e essas indicações geográficas confirmam a veracidade desse episódio. 4)Quando Deus agiu o povo passou, transpôs, o obstáculo que para os homens era intransponível! E, enquanto o povo passava os sacerdotes que levavam a arca ficaram firmes no leito do rio, mantendo a arca erguida, simbolizando a presença controladora e soberana de Deus sobre a natureza. Sendo o instrumento pelo qual Deus realizou esse estupendo milagre, a arca transmitia a poderosa presença divina em meio ao seu povo.
Querido amigo, como é bom ter certeza da presença poderosa do Senhor em nossas vidas, nas horas facéis e nas horas onde os impossíveis acontecem!
Bom, chegamos ao final mais um período de estudos. Espero que você tenha aproveitado essas lições vistas na travessia do Jordão e tenha de Deus a capacitação para praticar a Sua vontade.
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Que o Senhor te abençoe.
Um forte abraço.
© 2014 Através da Biblia
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