quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Daniel 4.19-37 (Através da Bíblia)

Daniel 4.19-37
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia e nos sentimos muito contentes por que você está nos dando o privilégio da sua audiência. Você que tem nos acompanhado durante essa nossa jornada diária sabe que já estamos nos aproximando do final do nosso projeto que é estudar toda a Bíblia em cinco anos, em aproximadamente 1.300 programas e também publicar os comentários que fazemos a partir do programa. É um projeto desafiador, mas o Senhor tem nos abençoado e certamente nos dará condições de levarmos adiante o estudo da Sua Palavra. Parte da certeza de que estamos caminhando com segurança vem de vocês mesmos, que tem nos acompanhado desde o inicio. As correspondências que vocês nos enviam nos mostra que estamos caminhando na direção certa. E, nesse sentido eu registro o e-mail que o irmão Jorge nos enviou, de Pirituba, um dos bairros da capítal paulista. Na sua mensagem ele demonstrou o seu apreço ao programa dando sua opinião sobre alguns autores e comentaristas bíblicos. No objetivo de cooperar o Jorge demonstrou sua preocupação com idéias erradas que tem sido difundidas de diversas maneiras. De fato precisamos estar atentos e agradeço o seu cuidado. Também na sua mensagem nos animou com essas palavras: “Olá, meu querido pr. Itamir! Já faz algum tempo que não me comunico, mas nunca deixei de acompanhar o "Através da Bíblia" e com muita alegria e satisfação! Cada vez mais percebo o quanto o SENHOR me edifica com suas explicações e conselhos. Por isso o incentivo a ficar firme e continuar adiante nesse maravilhoso estudo.Um grande abraço de quem sempre se lembra de orar por você e sua equipe.” Jorge Dinela – Pirituba SP – email. Querido amigo, obrigado por você compartilhar conosco a sua preocupação e o seu cuidado com o programa. Como lhe respondi pelo e-mail temos nos esforçado para mantermos as nossas exposições totalmente centradas na Bíblia. E, temos louvado a Deus que tem usado este programa para atingir muitas vidas, levando-as ao conhecimento do evangelho de Jesus Cristo e também tem atingido irmãos fortalecendo-os e incentivando-os a se manterem compromissados com o nosso Senhor. Bendizemos o Senhor por sua graça e misericórdia em nos usar. E, é, por isso mesmo que temos pedido as suas orações, temos pedido suas intercessões. Jorge mais uma vez agradeço suas orações em nosso favor e agora quero convidar você e a todos os que estão me ouvinto nessa hora a buscarmos a presença de Deus numa palavra de oração: “Pai querido chegamos à tua presença agradecidos pelo privilégio de podermos falar contigo e termos certeza que tu ouves as nossas orações. Queremos te pedir que, conforme a tua vontade o Senhor atenda o anseio que vai em todos os corações que te buscam nessa hora. Pedimos-te também a iluminação do Teu Espírito para essa hora de estudo e pedimos a tua bênção sobre todo o projeto de estudarmos a tua Palavra. Oramos em nome de Jesus Cristo, Amém!
Querido amigo hoje temos com objetivo concluirmos o estudo do capítulo quatro de Daniel. Vamos estudar o texto de Dn 4.19-37.
Neste texto encontramos o final de mais uma experiência do rei Nabucodonosor, que foi avisado por Deus para se desfazer do orgulho e arrogância, para se desfazer da soberba e da prepotência que na maioria das vezes toma conta do coração daqueles que exercem o poder sobre outros homens. Esses que exercem o domínio sobre outros não sabem ou esquecem-se de que a autoridade para tal governo procede de Deus. Essa é uma verdade significativa. Os governadores são apenas seres comuns e mortais, que servem aos propósitos de Deus, no cumprimento dos seus planos. Esses poderosos têm faquezas como os demais mortais, mas infelizmente esquecem-se dessa realidade e só são conduzidos novamente à sobriedade, a partir de uma intervenção direta da parte de Deus.
Por ser um Deus misericordioso e benevolente, o Senhor trata a todos, poderosos ou não com bondade, dando-lhes oportunidade para se arrependerem e adorarem o seu nome. Isso aconteceu com Nabucodonosor, que embora tenha sido duramente castigado foi tratado com bondade pelo Senhor. Assim, tendo esse contexto a considerarmos e tendo o texto bíblico à nossa frente, o título para essa parte final do capítulo quatro de Daniel é o seguinte:
A bondade divina alcança o pecador
Dn 4.19-37
Introdução
Querido amigo, Nabucodonosor, que foi chamado de “meu servo” por duas vezes pelo profeta Jeremias, inspirado por Deus (Jr 25.9; 27.6) teve que enfrentar a disciplina divina até que reconhecesse que o Deus único e verdadeiro, o Altíssimo tem todo o poder sobre os mais poderosos de todos os homens. O homem mais poderoso do mundo é apenas um servo nas mãos poderosas do nosso Deus.
E porque Deus é amor, ele foi tratado com benevolência e certamente aprendeu a verdade, que:
Somente a bondade de Deus alcança o pecador transformando-o, arrependido, em um adorador.
Neste texto encontramos cinco aspectos da bondade divina que alcança o pecador
O 1º aspecto da bondade divina que alcança o pecador se percebe na proclamação da mensagem impactante, vs. 19-22
1. A mensagem por ser impactante causa perplexidade ao seu porta-voz, vs. 19
2. A mensagem mesmo sendo impactante deve ser anunciada na sua totalidade, vs. 20-21
3. A mensagem impactante mostra o poder que o homem pode conquistar, vs. 22
Aqui teve início a interpretação do sonho de Nabucodonosor por Daniel
19, Daniel ficou perturbado por algum tempo, pois preferia que a interpretação se aplicasse aos inimigos do rei antes que ao próprio Nabucodonosor. Mas este encorajou-o a falar.
20-22, Daniel explicou que a árvore representava a grandeza do reino babilônio, e, particularmente, representava o próprio Nabucodonosor, que dominava com orgulho e arrogância. De fato, debaixo de sua sombra, debaixo da sombra do seu poderio militar muitas nações estavam aninhadas e dependiam da Babilônia para tudo. Essa grandeza humana que subia até os céus e se estendia por toda a terra, por mandado de Deus chegaria ao fim. Mesmo impactado com a interpretação Daniel deveria levar a Nabucodonosor as palavras de Deus. Essa é também a nossa tarefa. Sempre proclamar a genuína Palavra.
O 2º aspecto da bondade divina que alcança o pecador se percebe na proclamação da mensagem verdadeira, vs. 23-26
1. A proclamação da verdade deve ser anunciada em todos os detalhes, vs. 23
2. A proclamação da verdade deve ser anunciada como Palavra de Deus, vs. 24
3. A proclamação da verdade deve ser anunciada como juízo e oportunidade, vs. 25-26
Nos versos 23-25, Daniel continuou firme revelando toda a verdade ao rei, ao imperador mundial. Por um tempo determinado o rei seria retirado dentre os homens, e viveria entre os animais do campo, molhado pelo orvalho do céu, e comeria a erva do campo "... até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer" (vs. 25). Era uma palavra dura, era uma palavra definitiva. As oportunidades foram dadas.
Mas, no verso 26, a interpretação era animadora. Foi deixado o tronco, a cepa da árvore, o que assegurava que Nabucodonosor voltaria a reinar depois de ter sido humilhado. Daniel usou de sabedoria. Ao proclamar a sentença dura e desanimadora para o Imperador, sabendo que Nabucodonosor poderia mandar matá-lo por causa daquelas palavras, logo expôs o final da interpretação do sonho. Embora o imperador tivesse pela frente um período de sofrimento e aprendizado sobre o poder de Deus, ele tinha essa perspectiva promissora para o futuro. Deus não destrói o pecador, pelo contrário, porque é longânimo ele não tem prazer na morte do ímpio, mas deseja que ele se converta dos seus maus caminhos (Ez 18.23, 32 e 33.11). Essa é a mensagem verdadeira da Palavra de Deus. Deus é amor e deseja o nosso bem. Mesmo sendo disciplinado, você tem experimentado o amor de Deus em sua vida?
O 3º aspecto da bondade divina que alcança o pecador se percebe na proclamação da advertência feita pelo porta-voz divino, vs. 27
1. A advertência do porta-voz divino serve como um conselho, como uma ajuda ao pecador.
2. A advertência do porta-voz divino apela para a conversão diante da realidade da disciplina.
3. A advertência do porta-voz divino objetiva um tempo maior de sossego e paz ao pecador.
Nesse verso, constatamos que, por entender que era certo o cumprimento do sonho, Daniel insistiu com o rei para que se arrependesse, para que se convertesse e assim prolongasse a sua prosperidade, antes que viessem os maus dias. Esse é o papel do servo do Senhor, esse é o papel do porta-voz divino. A sua palavra deve ser de encorajamento, deve ser uma palavra de convencimento, deve ser um apelo para que o pecador deixe os seus maus caminhos e volte-se para Deus.
É esse o apelo do porta-voz de Deus ao pecador: “... converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar...” (Is 55.7)
O 4º aspecto da bondade divina que alcança o pecador se percebe na concretização da disciplina anunciada anteriormente, vs. 28-33
1. A disciplina anunciada anteriormente, mesmo esquecida é concretizada, vs.28-30
2. A disciplina anunciada anteriormente objetiva mostrar quem tem o verdadeiro poder, vs.31-32
3. A disciplina anunciada anteriormente, concretizada mostra o cumprimento divino, vs. 33
4:28-30, Ou o sonho logo foi esquecido por Nabucodonosor ou foi negligenciado, porque doze meses mais tarde estava vangloriando-se com sua grandeza e com o que tinha feito.
4:31-33, Uma voz do céu declara o início do cumprimento do sonho. Nabucodonosor transformou-se pelo poder divino até que aprendesse que: “o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer” (vs. 32). Nabucodonosor tomou a forma que é diagnosticada pelos médicos como licantropia, uma doença quando o paciente sofredor se imagina ter se transformado em um animal, em um lobo selvagem. Ainda que sejam levantadas objeções contra a historicidade deste relato, pode primeiro ser argumentado que os registros do reinado de Nabucodonosor não é completo e constata-se que esse relato histórico contêm muitas falhas em pormenores. Mas há citações de escritores deste período que não deixam dúvidas de que, próximo ao fim do reinado dele, houve um período de tempo no qual ele sofreu de doença mental, até que novamente recobrasse suas faculdades mentais e pudesse novamente ser consultado e conduzir o seu império. Como podemos perceber essa é uma posição que entende que o que houve com Nabucodonosor só aconteceu na área mental, entretanto, temos estudiosos que afirmam que literalmente Nabucodonosor foi transformado de tal maneira que fisicamente se parecia com um animal e se alimentava como tal.
Contudo, o fato a ser destacado é que a palavra profética se cumpriu, como sempre acontece e como sempre aconteceu quando Deus fala através dos seus servos. A Palavra de Deus é verdadeira e se cumpre em todos os detalhes. Você tem valorizado a Palavra? Tem estudado e tem experimentado as promessas nela registradas?
O 5º aspecto da bondade de Deus que alcança o pecador se percebe na transformação do pecador arrependido em adorador, vs. 34-37
1. A transformação do pecador em adorador se dá quando se levanta os olhos ao céu, vs.34
2. A transformação do pecador em adorador tem por base o poder divino, vs. 34-35
3. A transformação do pecador em adorador leva-o a louvar, exaltar e glorificar a Deus, vs. 36-37
Nesses versos finais, 34 e 35 vemos que Nabucodonosor recuperou a razão e louvou o poder de Deus e sua autoridade sobre toda a terra. Aqui encontramos o louvor que Nabucodonosor elevou a Deus. De modo surpreendente para aqueles que conviviam com o rei, depois de ter sido colocado de lado como alguém incapacitado a dirigir o seu reino, agora, novamente de posse das suas faculdades mentais, Nabucodonosor surpreendeu todos os próximos elevando um hino de louvor e adoração a Deus. Parece-nos que ele tinha aprendido que o Deus altíssimo é quem tem o controle de todo o universo e especificamente dos reinos dos homens, elevando e abatendo a quem ele quer.
E, nos versos finais, 36-37, percebemos que quando sua razão retornou, seus administradores começaram a consultá-lo novamente. Se Nabucodonosor converteu-se a Jeová ou não, não podemos afirmar, pois o texto também não o afirma, mas certamente ele aprendeu uma lição de que todos os governantes precisam hoje em dia: Deus domina sobre o reino dos homens e é capaz de rebaixar os orgulhosos e exaltar os mais humildes.
A Bíblia é clara em estabelecer essa verdade de que Deus é quem dá ou tira o poder. No Novo Testamento, na época do Império Romano, o apostolo Paulo afirmou: “... não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas ...” (Rm 13.1), e posteriormente ensinou que se usasse a pratica de: “...súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos rei e de todos os que se acham investidos de autoridade...” (2Tm 2.1), e, certamente, o apóstolo fez essa afirmação porque reconhecia que todo o poder se origina em Deus.
Deus é quem tem o poder de transformar um idólatra, um pagão, um pecador em um adorador. Nós podemos nos surpreender, mas para Deus esse é apenas um efeito do poder transformador do evangelho. Quando nos humilhamos sob a poderosa mão de Deus, ele não apenas nos transforma em adoradores, mas de acordo com a sua vontade ele nos propicia bênçãos e exaltação muito maiores do que aquelas que tínhamos antes de nos rendermos a ele (cf. vs. 36).
No verso 37 encontramos uma ordem, um decreto, uma afirmação, confessando que ele, o grande imperador, louvava, exaltava e glorificava não mais ao Deus de Daniel, mas ao Deus que agora ele conhecia, o Deus cujas obras sempre são verdadeiras, cujos caminhos são justos e tem o poder de derrotar os soberbos de coração.
Que grande transformação. Que transformação o contato direto com Deus pode proporcionar. Você já se rendeu ao Senhor? Você tem louvado e adorado o Senhor?
Conclusão
A Bíblia, a Palavra de Deus não é um livro de histórias e contos interessantes. Por ser a Palavra de Deus a Bíblia não apenas informa. A Bíblia tem por objetivo, além de informar, transformar. Sim! Ela deseja transformar a nossa vida para adequá-la à vontade de Deus. A Palavra de Deus nos foi dada para que possamos aplicá-la em nossas vidas, transformando-nos a cada dia na imagem do Senhor Jesus Cristo. Sendo isso uma verdade, pergunta-se: Quais as aplicações podemos ter deste texto para os dias de hoje? Pelo menos três:
1. Daniel 4:17,25,32: Deus domina o reino dos homens (veja Daniel 2:21,37; 5:21). Isto é claramente ensinado através de todos os diferentes períodos da história do Antigo Testamento (Isaías 10:5-16,25-27; Habacuque 1:5-11; Jeremias 51; Isaías 44:28 - 45:7). Do mesmo modo, o Novo Testamento declara que Jesus Cristo é "Soberano dos reis da terra" (Apocalipse 1:5; 17:14; Efésios 1:20-23). Você já se rendeu ao seu senhorio? Você já é um servo de Deus, um súdito do rei dos reis e, senhor dos senhores?
2. Daniel 4:30-32: O orgulho vai adiante da queda, ou o orgulho precede a queda (Provérbios 16:18; Obadias 3:4; 1 Coríntios 10:12; Daniel 5:18-20; 1 Pedro 5:5-7). Muitas vezes, quando somos orgulhosos e nos mantemos assim corremos o risco de sermos derrubados, abatidos para a prendermos que toda a glória, só pertence a Deus, ele não há divide com ninguém.
3. Daniel 4: 34: O próprio Nabucodonosor relatou e declarou que levantou os seus olhos para o céu, que o entendimento, a razão lhe veio novamente, e ele louvou e glorificou àquele que vive para sempre. Você tem erguido os seus olhos ao céu, de onde nos vem o socorro? Você se lembra do Sl 121?
Que o Senhor te abençoe e te faça um servo útil para o seu louvor.
Um abraço e até o próximo programa.
© 2014 Através da Biblia

Nenhum comentário:

Postar um comentário