terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Levítico 24

Levítico 24
Querido amigo, estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia. Você sabe que este programa tem por objetivo estudar a Palavra de Deus, comentando detalhadamente os seus diversos textos, no propósito de proclamar todos os desígnios de Deus para cada um de nós. Querido amigo você sabe que não existe no mundo um livro que possa se comparar à Bíblia. O Deus santo que ainda fala usou homens santos , isto é, separados, para registrar a Sua mensagem a todos nós. Tudo quanto Deus tinha a nos dizer, Ele disse por meio da Bíblia, por isso é importante estudá-la. Sobre o estudo da Bíblia recebemos uma carta de Paranaguá, no estado do Paraná da irmã I.S. que nos diz o seguinte: “Estou escrevendo para saber como vocês estão. Sou ouvinte há muitos anos do Através da Bíblia. Quero que saibam que estou orando por vocês”. Querida irmã, estamos muito bem, graças a Deus. Obrigado por suas palavras e por suas orações. Queremos que você se sinta em unidade conosco. O nosso propósito, através desses estudos, é edificar muitos irmãos e amigos. Agora, convido-a para um momento sempre gratificante do nosso programa. Vamos orar! Junte-se a nós nessa oração, necessitamos da sua intercessão: "Pai celestial, abençoa-nos nesta hora de estudo e meditação da Sua Palavra. Dê a tua benção a essa irmã de Paranaguá e a todos os que nos ouvem nesse momento. Senhor, também te pedimos que nos dê a iluminação do teu Santo Espírito. Pai querido, mesmo sem merecermos te pedimos essas bênçãos em nome de Jesus. Amém".
Querido amigo hoje temos a tarefa de estudarmos o cap 24 de Lv. Nesse capítulo, nos seus 23 versos encontramos assuntos que aparentemente estão fora de lugar, quando comparamos com tudo o que já estudamos neste livro da Bíblia. Os assuntos tratados neste capitulo referem-se às providências que deveriam ser tomadas para que o culto ao Senhor funcionasse apropriadamente e a punição que deveria receber aqueles que menosprezassem o nome de Deus. Realmente parece que esses assuntos estão fora de lugar e, aparentemente não há ligação entre o assunto das festas que tratamos no capítulo e no programa passado e os assuntos desse capítulo. O óleo para o candelabro, o pão para a mesa e a punição para os irreverentes simplesmente não parece estar unido ao tema das festas que dominou o capítulo passado.
Isto fica mais evidente quando observsamos o capítulo 26 que trata do ano sabático e do ano do jubileu. Todavia creio que este é o método que o Espírito Santo utiliza para nos comunicar certas verdades espirituais porque numa outra ocasião não daríamos a atenção necessária a essas verdades. Esta instrução sobre como ascender às lâmpadas e sobre os pães da proposição devia ser seguida sob a iluminação e da liderança do Espírito Santo. E por isso penso que este texto sobre as lâmpadas do candelabro está aqui antes das instruções sobre o ano sabático, e sobre o ano do jubileu, justamente para mostrar que tudo deve ser feito com a iluminação do Espírito Santo e na força do poder do Senhor Deus.
Era o povo que deveria fornecer o azeite para o funcionamento do candelabro, e a flor de farinha para o pão que seria apresentado ao Senhor na mesa dos pães. Como você pode perceber, Deus mesmo fez com que os israelitas participassem do sustento do tabernáculo, e tivessem parte no culto que ali era realizado. E não podemos ignorar a importância do candelabro, pois era provavelmente a figura ou símbolo mais exato e belo de Jesus Cristo em todo o tabernáculo.
Bom, com esses esclarecimentos vamos dividir o texto para podermos analisá-lo em detalhes: são cinco as divisões que percebemos nesse capitulo:
Em 1º lugar, nos vs.1-4 temos a ordem para manter-se o candelabro aceso constantemente.
Vejamos alguns aspectos dessa ordem:
1)Esta é a ordem do Senhor e mais uma vez, nós encontramos a mesma ênfase. Deus queria que para sua adoração houvesse a participação de todos os filhos de Israel. Eles deveriam trazer o azeite de oliveira para o candelabro.
2)E, certamente, com essa atitude, cada israelita bem como cada integrante da tribo de Levi, estariam interessados de modo especial no serviço do tabernáculo. O azeite de oliva devia ser completamente puro, por isso deveria ser batido. Esse azeite deveria estar livre de todas as impurezas. Bem, posso compreender que o homem que trazia o azeite de oliva para o trabalho do tabernáculo tinha um interesse verdadeiro neste serviço.
3)As lâmpadas deviam estar continuamente acessas enquanto o tabernáculo estivesse armado. Os israelitas não ficaram continuamente viajando pelo deserto com as lâmpadas do candelabro acessas. Não! Mas, enquanto não estavam viajando, deveriam manter acesso o candelabro. Enquanto estavam acampados, o tabernáculo estava levantado, esta armado e assim o candelabro deveria estar aceso.
4)E somente Arão tinha a responsabilidade de controlar o funcionamento das lâmpadas do candelabro. Vamos ler o que o livro de Êxodo, capítulo 30 e versículos 7 e 8 tem a dizer sobre isto: "Arão queimará sobre ele o incenso aromático. Cada manhã quando preparar as lâmpadas, o queimará. Quando ao crepúsculo da tarde ascender às lâmpadas, o queimará. Será incenso contínuo perante o Senhor pelas vossas gerações”.
5)Querido amigo, como nos ensina o livro de Apocalipse, o Senhor Jesus Cristo está junto do candelabro. Ele é nosso grande sumo sacerdote e ele cuida do candelabro a cada instante. Ele vê as nossas vidas, e algumas vezes Ele apaga uma lâmpada que está queimando, porque está produzindo muita fumaça, e pouco brilho, e pouca luz. Você já pensou nisso? Como está você? Brilhando ou produzindo muita fumaça?
Em 2º lugar, nos vs. 5-9 temos a ordem para manterem sempre novos os pães da proposição, ou pães da presença. O texto paralelo que trata desse assunto nós já estudamos em Êx.25.23-30. Mas, vamos entender essa ordem em pormenores:
1)Assim como forneciam azeite de oliva, os israelitas também deviam enviar a flor de farinha para o serviço do tabernáculo, para que fossem feitos doze pães, representando as doze tribos de Israel. A flor de farinha significa uma farinha especial, pura. Sendo o azeite uma referência ao Espírito Santo, esse pão simboliza o Senhor Jesus Cristo, pois ele disse aos seus discípulos: "Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim jamais terá fome, e o que crê em mim jamais terá sede".
2) Os sacerdotes, isto é, Arão e seus filhos deviam fazer e depois comer esses pães. Os pães deviam ficar em cima da mesa por uma semana, e então seriam ingeridos. Pela quantidade de farinha, dois jarros, quase 4 kg de farinha, esses deveriam ser bem grandes, até porque serviam de alimento para toda a família sacerdotal.
3)Como se pode ver, os pães deviam ser trocados a cada sábado, e o velho pão devia ser comido por Arão e por seus filhos, e sempre num lugar santo. Descobrimos que Aimeleque, cf. 1Sm 22.6 violou a lei quando deu os pães da proposição a Davi e a seus homens. Mas, o nosso Senhor chamou a atenção de seus ouvintes para aquele fato justificando a ação dos seus discípulos ao colherem espigas no dia de sábado, cf. Mt 12.4.
4) Cf. o v.7 deveria ser derramado incenso como porção memorial para esses pães especiais. Essa era uma oferta queimada ao Senhor. Esse incenso aromático que não era o azeite com que se amassava os pães também deveria ser oferecido continuamente. O incenso também nos aponta para a maravilhosa fragrância da humanidade de Cristo.
5)Sendo que, tanto a luz do candelabro, quanto o pão apontam para Jesus, o incenso além de nos mostrar a humanidade de Cristo nos sinaliza a presença do Espírito Santo. Cristo é a luz do mundo e também o pão da vida. E é essencial que qualquer serviço que façamos para Deus, seja feito debaixo da unção do Espírito Santo. É assim que você tem se envolvido na obra cristã? Você tem se fortalecido, alimentando-se do Senhor Jesus? Você tem visto claramente o caminho a seguir, sendo iluminado pela luz de Jesus? Você tem realizado o seu ministério na força e na unção do Espírito Santo? Querido amigo, aproveite essa oportunidade e avalie-se diante do Senhor!
Em 3º lugar, nos vs. 10-12 temos a narrativa de uma blasfêmia contra o nome de Deus. Vamos analisar esse relato fazendo algumas observações:
1)No livro de Levítico que é um código de santidade dado aos sacerdotes para que soubessem ministrar no Tabernáculo, existem apenas dois incidentes, ou duas narrativas. O primeiro acontecimento descrito foi aquele em que estiveram envolvidos Nadabe e Abiú, o qual já estudamos no capítulo 10. E o segundo acontecimento, a segunda narrativa aparece aqui neste cap. 24.
2)Por que será que este relato aparece bem aqui? Aparentemente este acontecimento não tem qualquer relação com as instruções acerca do azeite para o candelabro, e dos pães da proposição. Todavia devemos reconhecer que Deus está nos ensinando uma grande lição espiritual.
3)Mas, quem é que era esse rapaz? Era filho de uma israelita e de um egípcio, e ele blasfemou. Isto nos ensina alguma coisa sobre aquele misto de gente que vimos em Êx 12.38. Aquele povo misto foi o grupo que, de fato deu origem a todo o problema no acampamento dos israelitas. Eles começaram a murmurar, e deram origem a dissensões. Esse problema que estudaremos posteriormente começou justamente com este povo misto. Ouça o que diz Nm 11.4: "E o populacho que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e também disseram: Quem nos dará carne a comer?" Esse populacho não era todo o povo, mas apenas aquelas pessoas que eram resultado de casamento misto entre israelitas e estrangeiros. Essas pessoas eram criadores de problemas.
4)E qual é a explicação para isto? Creio que a explicação é bastante simples: O rapaz que blasfemou era filho de uma israelita e de um egípcio. No dia em que os filhos de Israel saíram da terra do Egito para a terra prometida o pai egípcio não foi com o povo enquanto a mãe saiu em direção a Canaã. Ali começou a separação. Por isso você pode ver bem aqui um dos princípios que Deus ensina ao seu povo, tanto daquele tempo como de agora, que não deve haver casamento entre uma pessoa crente e uma pessoa descrente. É errado para um crente se casar com um não crente. Para Deus não há problema se o casamento ocorrer entre pessoas de classes sociais diferentes ou entre pessoas de raças diferentes.
O que importa para Deus é se seu filho ou sua filha vai se casar com alguém que também seja crente em Jesus Cristo. Não sou eu quem está afirmando que casamento misto é errado, é Deus quem o diz.
5)E o que aconteceu foi o seguinte: Quando o povo de Israel partiu para o Egito, aquele rapaz que era meio israelita e meio egípcio saiu com sua mãe israelita. Provavelmente ele e outros que saíram com Israel, quando saíram do Egito, carregaram consigo a dúvida, se deviam mesmo ter saído do Egito. E ao saírem foram para o deserto, e a viagem se tornou difícil. E o que eles fizeram? Começaram a se queixar. Eles foram os primeiros a se queixar.
6)Querido amigo, há muitos assim na igreja. Existem pessoas não salvas que são membros de igreja. Eles ficam metade no mundo e metade na igreja. Tem um pé na igreja e outro no mundo. São essas pessoas que criam muitos problemas em nossas igrejas.
7)E este rapaz aqui do texto, é um daqueles que causou problemas. Ele se envolveu numa briga. Enquanto estavam brigando, o rapaz blasfemou o nome do Senhor. E precisamos compreender que isto é algo que Deus leva em conta. Isto mostra que é algo muito grave blasfemar o seu nome. O rapaz teve a coragem, a ousadia de blasfemar o nome do Senhor, e de amaldiçoar o que era mais sagrado em Israel, o próprio Deus. E, assim foi preso aguardando a sentença.
Em 4º lugar, nos vs. 13-16 temos a prescrição da punição da blasfêmia. O texto diz assim: 13 Disse o SENHOR a Moisés: 14 Tira o que blasfemou para fora do arraial; e todos os que o ouviram porão as mãos sobre a cabeça dele, e toda a congregação o apedrejará. 15 Dirás aos filhos de Israel: Qualquer que amaldiçoar o seu Deus levará sobre si o seu pecado. 16 Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto; toda a congregação o apedrejará; tanto o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do SENHOR, será morto. Façamos observações:
1)Vemos que o veredicto que Deus pronunciou foi: culpado. E a penalidade foi morte por apedrejamento.
2)A seriedade do crime pode ser calculada a partir da penalidade que Deus impôs. Todas aquelas pessoas que ouviram o rapaz blasfemar, deviam colocar as suas mãos sobre a cabeça do rapaz, indicando com isto que a culpa era apenas daquele moço. A pena de morte foi estabelecida em caso de blasfêmia contra o nome de Deus, tanto para o israelita, quanto para o estrangeiro.
3)Vemos aqui, que não se pode tomar o nome do Senhor Deus em vão. Aliás um dos mandamentos da lei de Deus é exatamente a proibição de se tomar o nome do Senhor em vão.
4)Há muita gente que talvez ignorando este mandamento ou se esquecendo dele, tem usado o nome santo de Deus em vão nas brincadeiras e às vezes até em piadas. Lembrem-se de que Deus é santo, seu nome é santo. Deve ser honrado e respeitado por todos nós. Não somente pelos crentes, mas inclusive pelos descrentes. Pelos israelitas e pelos estrangeiros.
5)Deus implantou a pena de morte para qualquer que blasfemar o seu nome. Podia ser israelita, gente do seu povo, gente do povo escolhido. Poderia ser também um estrangeiro, não fazia diferença. Quem blasfemar o nome do Senhor, seria morto. Pena de morte, portanto para quem blasfemar o nome do Senhor.
Em 5º lugar, nos vs. 17-23 temos o estabelecimento da pena de morte para quem tirasse a vida de alguém. Ouça o texto:
17 Quem matar alguém será morto. 18 Mas quem matar um animal o restituirá: igual por igual. 19 Se alguém causar defeito em seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: 20 fratura por fratura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum homem, assim se lhe fará. 21 Quem matar um animal restituirá outro; quem matar um homem será morto. 22 Uma e a mesma lei havereis, tanto para o estrangeiro como para o natural; pois eu sou o SENHOR, vosso Deus. 23 Então, falou Moisés aos filhos de Israel que levassem o que tinha blasfemado para fora do arraial e o apedrejassem; e os filhos de Israel fizeram como o SENHOR ordenara a Moisés.
Neste texto encontramos uma lei que é conhecida como lei de Talião. Todo o ensino destes versículos pode ser resumido na frase que é bastante conhecida e que encontramos no versículo 20: "Olho por olho, dente por dente". Hoje em dia as pessoas acham que têm o direito de se vingarem quando alguém lhes faz algum mal. Mas o apóstolo Paulo ensina em Rm12.19: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar a ira". Naturalmente esta ira aqui referida é a ira de Deus. Dai lugar à ira de Deus, poderíamos dizer, porque a vingança pertence a Deus. Porque está escrito, diz o texto, a mim me pertence a vingança. Eu retribuirei, diz o Senhor. Prezado amigo, Deus não ensinou que cada um devia se vingar quando sofresse alguma injúria ou alguma afronta, mas que deixasse o caso para Deus mesmo decidir, através da sociedade, através das autoridades que estabeleceriam a justiça. Nós temos as autoridades exatamente para cumprirem esta missão, a missão de estabelecer a justiça, o direito. Ninguém pode, nem deve fazer justiça com as suas próprias mãos, num momento de revolta, num momento de ressentimento ou de ódio. As autoridades foram instituídas por Deus para estabelecerem a justiça. Querido amigo, você tem entregue as suas causas ao Senhor? Confie em sua justiça.
E finalmente, no v.23 encontramos o resultado final da blasfêmia dirigida a Deus. A penalidade foi a morte.
Bom, chegamos ao final de mais um programa, ao final de mais um tempo de estudo.
Espero que as lições que pudemos aprender sejam colocadas em pratica em sua vida. Espero que você se alimente sempre do Senhor Jesus, que ande sempre em sua luz, que tenha uma vida ungida e dirigida pelo Espírito Santo e que você sempre honre e dignifique o nome de Deus no seu viver diário.
Obrigado por sua companhia e sintonia.
Deus te abençoe.
© 2014 Através da Biblia

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