terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Tiago 4.7-10

Tiago 4.7-10
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série “Através da Bíblia”. É com renovada satisfação que iniciamos mais esse tempo em que dedicamos a nossa atenção para estudarmos com mais profundidade a Palavra de Deus. Em tempos de relativização da verdade e valorização dos sentimentos precisamos urgentemente de estudos que nos ajudem a fundamentar os objetivos da vida na Palavra de Deus. Quando reunimos um grupo de pessoas para refletir sobre a Palavra de Deus por vinte a trinta minutos é algo desafiador e, por isso, precisamos sempre fundamentar aquilo que dizemos nos princípios básicos da Palavra de Deus interpretando-a fielmente. Hoje vamos estudar do capítulo quatro da carta de Tiago os versos 7 a 10, um texto bem prático através do qual aprenderemos algumas atitudes que devemos desenvolver em nosso relacionamento com Deus. Porque temos que ser fiéis à Deus, pela importância do tema, e por sermos responsáveis para com vocês que nos ouvem necessitamos comunicar de forma clara esses princípios, a fim de que o texto se torne relevante para todos nós, pois, nos é requerido padronizarmos o nosso viver conforme a vontade do Senhor. Embora, em muitos círculos modernos o estudo bíblico e a exposição temática sejam vistas como uma metodologia em extinção é necessário renovarmos o compromisso de fidelidade com a exposição correta da Palavra de Deus. Nós que expomos a Palavra de Deus, desejamos que você encontre aqui as ferramentas necessárias para desenvolver adequadamente a sua vida cristã. O nosso compromisso é esse. Com Deus que nos tem chamado para essa tarefa. Mas, certamente, o nosso compromisso é com você que tem nos dado o privilégio da sua audiência. O retorno que vocês nos têm dado através das correspondências que chegam tem-nos feito continuar com alegria e firmeza na realização desse projeto. Registro hoje a carta que o J. C, nos enviou da cidade de Guarei, no estado de São Paulo
1013“Louvo e engrandeço o nome do Senhor Jesus Cristo pela sua vida, porque Deus é real na sua vida. Recebi sua carta pela manhã, fiquei muito contente, pois é raridade receber cartas, e mais ainda uma como esta. Confesso que era tudo o que eu precisava ouvir da parte de nosso Pai Celestial. Ele te usou para falar comigo. Não me sinto digno, pois me considero o mais pecador de todos os seres humanos. Agradeço por suas palavras de encorajamento e de animo. Estou passando o pior momento de minha vida. Te peço, continue orando por mim, tenho me esforçado mudar totalmente de vida mas o local onde estou é terrível, porém, creio que Deus há de me conceder uma oportunidade de experimentar essa mudança que Jesus faz em nosso viver. Estou cansado, todos me abandonaram, mas Deus está me ajudando. Que Deus os abençoe” J.C.- aluno e presidiário- Guarei – SP – carta. Querido amigo, querido irmão. Obrigado por você compartilhar conosco o seu testemunho e abrir o seu coração demonstrando o seu desejo de mudar de vida. Louvamos a Deus, pois só ele nos conduz ao verdadeiro arrependimento. Certamente o Espírito Santo já está trabalhando em sua vida te convencendo da necessidade de se entregar completamente a Jesus, de recebê-lo com Senhor da sua vida, independentemente das circunstâncias e das pessoas que estão ao seu lado ou daquelas que se afastaram de você. Eu oro para que esse compromisso com Cristo aconteça o mais rapidamente possível. Quando temos Jesus, a nossa vida é transformada, experimentamos a verdadeira liberdade. Pode estar seguro que já colocamos o seu nome em nossas orações. Agora quero convidá-lo exatamente para orarmos. Vamos orar por você, por sua família, e, pelo programa de hoje, pedindo que Deus fale com cada um de nós e, vamos orar também por esse projeto pedindo que Deus nos dê forças para concluí-lo com êxito. “Pai querido, chegamos à tua presença no nome de Jesus Cristo. Por teu amor, graça e misericórdia te agradecemos. E, baseados na tua bondade colocamos os nossos pedidos diante do Senhor. Tu conheces a sinceridade do JC lá de Guarei. Pedimos a tua bênção para ele e para a sua família. Pedimos que o senhor supra todas as suas necessidades. E, quanto a nós, pedimos que o senhor nos dê cada vez mais oportunidade de testemunharmos da transformação que Jesus faz em nossas vidas. Fale conosco hoje através da tua Palavra e conceda-nos o privilégio de levar esse projeto adiante, na tua força e dependência. Oramos, gratos, em nome de Jesus, Amém!
Querido amigo, hoje o nosso objetivo é estudarmos o segundo parágrafo do capítulo quatro de Tiago. Vamos estudar Tg. 4.7-10. Nesse texto continuamos estudando o tema que tratamos no programa passado. O texto inicial do capítulo quatro, versos 1 a 6, nos chamou a atenção para os motivos pelos quais muitas vezes Deus não nos abençoa e não responde as nossas orações. Por causa da pecaminosidade, por causa da carnalidade humana, por que os homens e mulheres não querem submeter-se a Deus, porque os seres humanos são por natureza orgulhosos e porque querem viver sem depender de Deus,Deus não lhes abençoa e não lhes responde as orações. Assim, como conseqüência os homens vivem a contender uns com os outros, e cada vez mais se distanciam de Deus. Mas, há solução para essa situação? No programa passado vimos alguns recursos para mudar essa realidade. E, especificamente no verso 6 encontramos a afirmação de Tiago, citando um texto antigo, uma citação que vem do livro de Provérbios que diz: A maldição do Senhor habita na casa do perverso, porém a morada dos justos ele abençoa. Certamente, ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes (conf. Pv 3.33-34). De fato, a humildade é um pré requisito que Deus exige de nós e no texto de hoje podemos ver essa verdade através do título que demos a nossa reflexão:
A humildade, o pré-requisito para a graça de Deus
Tg 4.7-10
Introdução
Quando Jesus esteve entre nós, ele andou no meio de homens carnais e enfrentou tremendo desafio. Como poderia ele capturar seus corações para transformá-los em servos humildes que o Pai quer? Não foi uma tarefa fácil. Ele falava freqüentemente de humildade, e mostrava em sua vida de serviço o que significa elevar os outros acima de nós mesmos. Quem poderia exemplificar melhor a humildade voluntária do que o próprio Deus, que deixou sua habitação celestial para vir até nós, servir-nos e mesmo morrer pelos homens pecadores? (Esta é a essência do apelo irresistível de Paulo em Filipenses 2:3-8).
Dois exemplos mostram claramente como Jesus ressaltava a humildade para seus apóstolos.
O primeiro exemplo está em Mateus 18:1-4. Os apóstolos freqüentemente disputavam entre si sobre a grandeza. Dois deles, João e Tiago, uma vez foram tão ousados a ponto de pedir que fossem colocados acima de seus colegas no reino (conf. Mt 20.20-28). Jesus respondeu à atitude deles chamando uma criança. Enquanto estes homens crescidos olhavam, Jesus começou a pregar um sermão memorável: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus (conf. Mateus 18:3-4).
O segundo exemplo, ainda mais tocante, é registrado em João 13:1-17. Quando se preparavam para partilhar a refeição da Páscoa, Jesus aproveitou o momento para ensinar uma lição necessária. Os apóstolos jamais esqueceriam aquela noite, e Jesus não perdeu a oportunidade para ensinar. Ele tomou uma toalha e água e foi, de discípulo em discípulo, lavando seus pés. Isto era, por costume, a obrigação e o serviço dos servos mais humildes da casa, mas aqui o Criador do universo estava se humilhando diante de simples galileus. Quando terminou, ele voltou-se para os apóstolos e perguntou? Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes (conf. João 13:12-17).
Jesus foi o exemplo máximo de humildade e, por isso não é de se admirar que esse tema foi recomendado por outros homens inspirados mostrando a importância da humildade.
Pedro nos recomendou claramente: Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos (conf. 1Pe 1.21) e, acrescentou ... sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança (conf. 1Pe 3.8-9) e finalmente nos admoestou dizendo: ... cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno nos exalte ... (conf. 1Pe 5.5-6).
Paulo também se expressou objetivamente quando escreveu aos filipenses: Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenham cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus ... pois a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz (conf. Fl 2.3-5, 8).
E também Tiago nos disse conforme vimos no programa passado: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tiago 4:6).
Diante dessas afirmações tão contundentes podemos tirar algumas conclusões claras e importantes que mostram o porquê a falta de humildade impede as bênçãos de Deus. Considere como o orgulho é absolutamente oposto às qualidades e comportamentos que Deus quer que demonstremos.
Sem humildade, não serviremos outros como deveríamos, porque aqueles que são arrogantes e egoístas querem ser servidos, e não servir.
Sem humildade, não seremos seguidores. Os orgulhosos querem ser chefes e cobiçam a posição e a influência de outros. Este foi o problema que Arão e Miriã tiveram em Números 12, e esse mesmo pecado custou a vida de quase 15.000 pessoas, em Números 16.
Sem humildade não buscaremos realmente a verdade. O homem orgulhoso pensa que já conhece as respostas, e não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede nosso entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o fato que alguma outra pessoa sabe mais do que nós, nosso orgulho será um bloqueio fatal para o estudo eficaz da Bíblia.
Sem humildade, não reconheceremos nossos próprios defeitos. Somos até capazes de enganar nossos próprios corações para não vermos nosso próprio pecado. Saul fez isto quando defendeu sua desobediência na batalha contra os amalequitas. Ele argumentou que tinha obedecido o Senhor e que o povo tinha errado (1Samuel 15:20-21). Deus não aceitou esta desculpa esfarrapada, e não aceita a nossa.
Outro problema relacionado com a arrogância é a dificuldade em aceitar a correção. Provérbios 15:31-33 mostra a conseqüência de tal orgulho: Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento. O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra. Provérbios 12:1 é mais direto: Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido.
O outro lado deste problema é que a pessoa arrogante também não perdoa o erro dos outros. O orgulho é inerentemente egoísta, e nos torna facilmente ofendidos e lentos para perdoar. Isto cria uma tremenda barreira para as bênçãos de Deus e as suas respostas às nossas orações. Jesus ensinou claramente que a pessoa que não perdoa não é perdoada por Deus e o Senhor Jesus termina de modo claro, objetivo e furo: Se, porém não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas (conf. Mateus 6:12,14-15).
Se não aprendemos como ser humildes, não obteremos o que Deus tem preparado para nós. Porque? Porque Deus rejeita os orgulhosos e abençoa os humildes (Tiago 4:6,10).
Ora, diante dessas afirmações tão contundentes e tendo esses versos à nossa frente entendo que o princípio para essa reflexão é:
Somente quando buscamos humildemente a Deus ele manifesta a sua graça para conosco.
Neste texto encontramos três atitudes que devemos desenvolver para buscarmos a Deus corretamente:
A 1ª atitude para buscarmos a Deus corretamente é nos submetermos a ele, vs. 7
1. É necessário nos sujeitarmos a Deus
2. É necessário resistir ao diabo
3. Seremos abençoados com a fuga do diabo
A 2ª atitude para buscarmos a Deus corretamente é nos achegarmos a ele, vs. 8
1. É necessário purificar as mãos
2. É necessário limpar o coração
3. Seremos abençoados por Deus se achegar a nós
A 3ª atitude para buscarmos a Deus corretamente é nos convertemos a ele, vs. 9-10
1. É necessária conversão verdadeira: afligindo-nos, lamentando-nos e chorando, vs.9
2. É necessária conversão verdadeira: de riso em pranto; de alegria em tristeza, vs. 9
3. Seremos abençoados com a exaltação concedida por Deus, vs. 10
Conclusão
Embora, em sua absoluta justiça Deus repudie o egoísmo, a infidelidade e o orgulho, em sua misericórdia ele manifesta-se graciosamente àqueles que o buscam corretamente.
Que o Senhor mesmo te abençoe fazendo-o humilde, dependente e submisso a ele. Um grande abraço e até o próximo programa.

© 2014 Através da Biblia

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