sábado, 16 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Deuteronômio 7.1-8.20

Deuteronômio 7.1-8.20
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Queremos saudá-lo em nome de Jesus. É com grande prazer que mais uma vez entramos em contato com você com o objetivo de estudarmos juntos a Palavra de Deus. Nosso desejo é que o estudo de hoje sirva para a sua edificação e traga, além dos desafios do texto, as mais preciosas bênçãos divinas para a sua vida. Você que nos acompanha sabe nossa tarefa logo ao iniciarmos o nosso programa é mencionar e registrar as correspondências que recebemos de cada um de vocês. E, é isso que faremos agora, destacando um e-mail que a E, de Castanhal – PA nos enviou com as seguintes palavras: "Olá pastor, estou sempre ligada nos seus ensinamentos através da rádio aqui onde moro. Acho o Através da Bíblia abençoado. Tenho aprendido muito.Que Deus sempre ilumine o senhor dando-lhe sabedoria através do seu Espírito Santo". Querida irmã, muito obrigado por suas palavras. Louvamos a Deus pelo seu interesse em estudar a Palavra. Que Deus te abençoe e que você seja uma bênção entre os seus familiares e amigos testemunhando com sua vida e proclamando a Palavra de Deus. Agora, quero convidá-la e, a todos que nos sintonizam nesse momento a buscar ao Senhor através da oração: "Pai querido, obrigado pela tua preciosa graça. Diante da tua misericórdia nos enchemos de ousadia e penetramos na tua presença pelo precioso sangue de Cristo para buscar graça nesta ocasião. Pai te pedimos que a tua companhia seja experimentada por todos nós, nos mais diversos lugares onde estivermos, em todos os momentos. Também te pedimos que nos ilumine nesse momento de estudo. Que a Tua palavra molde o nosso caráter. Oramos em nome de Jesus. Amém!".
Querido amigo, hoje o nosso objetivo é estudarmos os capítulos 7 e 8 de Deuteronômio. São dois textos que estão inseridos no 2º discurso de Moisés, quando esse grande líder hebreu estava se despedindo da 2ª geração de israelitas, a geração que iria herdar a promessa de entrar na terra prometida.
Como você deve se lembrar pelos programas passados, Moisés estava derramando o seu coração, quase que implorando a esses novos israelitas que não abandonassem o Senhor, que o obedecessem, para assim usufruírem das bênçãos que, além da posse da terra Deus tinha prometido aos seus antepassados.
A ênfase dada deste ponto em diante é ao amor e a obediência. Podemos dizer que a ênfase não é dada mais à lei, mas ao amor e a obediência. O amor de Deus por Israel não era devido à alguma boa qualidade que Israel tivesse. Diante de Deus Israel não era uma nação superior a qualquer outra. O amor de Deus por nós não é porque temos algum mérito diante Dele. Deus é misericordioso e gracioso, de forma que o que Deus faz por nós, Ele faz porque nos ama. Mas, Ele espera receber algo em troca por seu amor. Ele espera receber por seu amor por nós, a nossa obediência, que é uma prova do nosso amor a Ele.
Ao estudarmos, então, o capítulo sete de Deuteronômio podemos intitulá-lo com a seguinte expressão: As ações divinas em favor do seu povo. Essa expressão nos faz antever que Deus agia e ainda age em nossos dias em nosso favor. Essa é uma garantia que podemos e queremos ter, pois em meio a uma vida com tantas experiências e tribulações é grande segurança sabermos do agir de Deus em nosso favor. Mas, para termos essa segurança é preciso identificar essas ações. Por isso, o desafio proposto pelo texto pode ser apresentado através da seguinte frase: Todo ser humano temente a Deus deve identificar as ações divinas em favor do seu povo. Assim, depois de resumir o texto nessa sentença, ao analisá-lo detalhadamente vamos identificar sete ações divinas em nosso favor:
Em 1º lugar, vemos que Deus expulsa os nossos inimigos, v.1-6
As ações divinas em nosso favor demonstram o seu cuidado por nós, mas demonstram também a justiça de Deus sendo cumprida. Com base em Gn 15.16 os juízos e a justiça divina cairiam contra os hititas, os girgasesus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus, e os jebuseus, sete nações maiores e mais poderosas que Israel, que ocupavam o território da Palestina porque eram idólatras e já por muito tempo estavam agindo em desacordo com a vontade de Deus. Era Deus quem os expulsaria da Palestina e, o fato de serem mais poderosas que Israel exaltava ainda mais as boas ações divinas, pois além de derrotar essas nações o Senhor faria isso através de Israel. A ordem para Israel destruir essas nações era um alerta para que não se relacionassem de forma alguma com eles. Era uma questão de destruir ou ser destruído. Era uma questão de ser contaminado ou viver em santidade diante de Deus. Se os israelitas se associassem com esses povos estavam admitindo a existência e a realidade desses ídolos, como um deus em lugar do o único Deus Yahweh, criador dos céus e da terra.
Mas, alguém poderia questionar: por que eliminar todos os habitantes dessas nações se através do casamento e de outras associações muitos deles poderiam chegar à fé em Deus?
Embora, seja um raciocínio lógico, a tendência humana é afastar-se de Deus. Portanto, assim como tinha experimentado a tentação e nela tinha caído, conf. Nm 25.1-5, quando adorou a Baal-Peor era necessário Israel eliminar esse risco no seu convívio na nova terra. O risco que Israel corria também era o de ser eliminado por Deus, caso caíssem no pecado da idolatria (v.4). Ora, diante disso, o casamento misto e qualquer outra associação, estavam proibidos, como ainda são proibidos para os cristãos nos dias de hoje, conf. 2Co 6.14-7.1. Os altares, postes ídolos, as colunas sagradas, as imagens de escultura, todos esses objetos da falsa adoração deveriam ser queimados e destruídos. Tanto a idolatria quanto os idólatras deveriam ser destruídos. Israel era um povo santo ao Senhor. O privilégio de Israel representar Deus era enorme. Ele tinha sido escolhido para ser o tesouro pessoal de Deus, dentro os demais povos da terra. Assim, como Israel, os cristãos são o tesouro particular de Deus e assim, o nome de Cristo que está sobre nós não deve se associar com qualquer rito que não seja a verdadeira adoração a Deus, em espírito e em verdade!
Em 2º lugar, vemos que Deus ama o seu povo sem qualquer merecimento, v.7-8
Moisés relembrou aos israelitas da segunda geração a razão pela qual Deus agia dessa maneira para com eles. Deus prometera por juramento, desde os seus antepassados dar-lhes a terra. Deus prometera que seria uma terra muito boa, que tinha leite e mel. E Deus também se comprometia em expulsar os inimigos de Israel dessa terra. Mas, por quê Ele faria isso? Israel tinha algum merecimento? Não! Israel era mais numeroso que outros povos? Não! Israel era mais poderoso que outros povos? Não! Israel experimentara a sobrenatural manifestação divina nas 10 pragas contra o Egito; Israel fora livrado da mão opressora do Egito; Israel fora liberto da escravidão do Faraó; porque Deus o amou. Nas palavras literais do verso 8 [porque o Senhor vos amava]. Temos que aprender e nos alegrar diante de Deus que é somente por seu amor, é somente por sua graça que temos as suas bondosas ações em nosso favor. A escolha divina é sempre uma atitude que para a mente finita do homem é incompreensível, mas como o Senhor Jesus mesmo falou: [Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros... (Jo 15.16)]. Sem merecermos, mas por sua maravilhosa graça Deus nos amou, Deus nos ama e Deus nos amará eternamente! Alegremo-nos no Senhor!
Em 3º lugar, vemos que Deus é fiel a aliança firmada, v.9-11.
Moisés queria que a segunda geração conhecesse o Senhor como [o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos (v.10)]. Deus é digno de confiança, Deus cumpre fielmente a sua promessa e além disso, por Deus der eterno Ele guarda a sua misericórdia até por mil gerações para aqueles que O obedecem. Por outro lado, àqueles que O desprezam, Deus também retribui, porém com destruição. Portanto, conf. o verso 11, Israel, representado por essa 2ª geração foi desafiado, foi advertido a cumprir plenamente as suas obrigações da aliança para não incorrer no juízo divino, e sim, desfrutar das bondosas ações divinas em seu favor. Nós cristãos necessitamos ter a consciência de que a obediência agrada o coração do Pai!
Em 4º lugar, vemos que Deus é quem nos faz ser produtivos, v.12-16
Mais uma vez o amor de Deus para com o Seu povo é confirmado. E, esse amor não apenas teórico. É um amor pratico, por isso é que Ele abençoaria e faria com que se multiplicassem mais que qualquer outro povo. Essas bênçãos de abundante frutificação culminariam com a maior de todas as bênçãos, de Israel ser o instrumento divino de juízo para todos aqueles povos pagãos, adoradores de ídolos, adoradores de falsos deuses.
Em 5º lugar, vemos que Deus é quem causa temor nos inimigos, v.17-20
Em continuidade das suas palavras, Moisés recordou aos israelitas a necessidade de se manterem encorajados e não temerosos. Deus é quem faria com que os inimigos de Israel temessem diante dele. E no verso 20 Moisés afirmou que Deus mandaria “vespões” contra os inimigos de Israel. Enquanto alguns interpretam esses vespões como o exército do Egito, e outros exércitos levantando-se um contra o outro, conforme havia prometido em Êx 23.28, Moisés agora confirmava a promessa da vitória divina sobre os povos inimigos através do terror e dos flagelos climáticos. Esse processo vitorioso aconteceria enquanto os israelitas se multiplicassem e fossem habitando todo o território. É necessário cremos ainda hoje nesse maravilhoso poder divino.
Em 6º lugar, vemos que Deus é sempre presente com o seu povo, v.21-24.
É digno de nota o cuidado divino em relação aos detalhes de tudo o que Israel enfrentaria. A estratégia divina previa cada detalhe. Uma vitória repentina e rápida de Israel faria com que as feras do campo se multiplicassem, conf. o verso 22. Aqui também interpreta-se essas “feras do campo” como simbólicas, como exércitos levantados por Deus contra essas nações ou então literalmente, que é a nossa posição, as feras se multiplicariam pela ausência humana, pela morte dos muitos cananeus que pereceriam pelas guerras contra Israel. Nesses detalhes é possível verificarmos o cuidado e a proteção de Deus!
Em 7º lugar, vemos que Deus é contrário às riquezas pagãs, v.25-26.
Moisés lembrou à 2ª geração que mesmo o ouro ou a prata não deveriam ser cobiçados porque, mesmo sendo metais preciosos recobriam as imagens de esculturas, abominações contra Deus. Deus é zeloso pelo seu povo e nada que possa desviá-lo da mais pura adoração, mesmo que muito valioso deve macular a nossa comunhão com Ele.
Muito bem, Moisés mostrou de modo bem claro os passos para a possessão da terra e os passos para a separação do pecado. Essas sete ações divinas em favor do Seu povo eram a garantia de que Israel herdaria as antigas promessas feitas aos seus antepassados. Nós, cristãos podemos também estar seguros de que as promessas divinas serão cumpridas em nossas vidas!
Agora, então temos diante de nós o conteúdo do capítulo 8 de Deuteronômio. São 20 versos de um conteúdo riquíssimo que tem me abençoado pessoalmente em muitas ocasiões. Esse conteúdo também pode ser dividido em 7 porções. Poder considerar como seu título: Os reconhecimentos devidos a Deus. A sentença desafiadora, a proposta para quem deseja se aprofundar no conhecimento desse conteúdo pode ser expressa através da seguinte frase: Todo aquele que teme a Deus deve reconhecer as suas bondosas manifestações.
Analisando esse conteúdo vemos, então, sete reconhecimentos que devemos fazer:
Em 1º lugar, devemos reconhecer a prioridade da obediência (v.1-2)
A ênfase das palavras de Moisés agora conduzia o povo a lembrar do passado e aguardar com confiança o futuro. Viver, multiplicar, entrar e possuir a terra eram as propostas divinas para Israel. Mas, para que elas fossem concretizadas a obediência era fundamental. Cumprir os mandamentos e recordar-se da condução de Deus por todo o caminho durante os quarenta anos eram os requisitos as serem cumpridos.
Em 2º lugar, devemos reconhecer o propósito espiritual (v.2-5)
Os israelitas deveriam reconhecer que enfrentaram aquelas situações de humilhação e provas e até de fome com um propósito espiritual. Deus queria saber se eles obedeceriam ou não os seus mandamentos (v.2). Deus deixou-os ter fome porque queria que eles entendessem que nem só de pão o homem viveria, mas a verdadeira vida provinha da Palavra de Deus (v.3). Deus queria mostrar-lhes que as situações corriqueiras, como o suprimento de água, de alimento, de vestes e da saúde (v.4) eram necessidades supridas normalmente pela Sua provisão. Deus queria que eles reconhecessem que os tratavam como um pai trata com os seus filhos. A disciplina do Senhor Deus era uma prova de que Israel era seu filho e seu filho amado, conforme vemos em Hebreus 12.4-10 (v.5). Para entrar na nova terra, na terra da promessa, Deus queria levá-los a um patamar de maior profundidade espiritual.
Em 3º lugar, devemos reconhecer a produção material (v.6-9)
Nestes versos, Moisés estava mostrando que a terra que Deus lhes daria era uma boa terra, uma terra com ribeiros de água, com fontes e mananciais, com vales e montes; uma terra de trigo, cevada, videiras, figueiras, romeiras, oliveiras, mel e pão. Uma terra com ferro e cobre. Na verdade uma boa terra. Mas, quando se vê essa descrição de abundância e fartura, e o solo seco de Canaã percebe-se que deve haver algum engano. Temos, porém que reconhecer que embora não seja comparada com as regiões mais produtivas dos dias atuais, para Israel, daqueles dias; para Israel que tinha saído do Egito que dependia totalmente das águas do Nilo, e para eles que tinham passado os últimos quarenta anos no deserto, num solo arenoso, certamente a terra de Canaã era de fato, uma terra abençoada, uma terra que simbolicamente lhes daria leite e mel, isto é, uma terra produtiva. Moisés fez com que aquela geração entendesse e se conscientizasse de que toda essa bênção era decorrente da bondade de Deus. Israel e nós devemos reconhecer que também as bênçãos materiais são frutos da graça de Deus.
Em 4º lugar, devemos reconhecer o progresso concedido (v.10-14)
Israel não deveria se esquecer. Veja a ênfase sobre não esquecer e se lembrar nos versos 2, 11, 14, 18 e 19. Depois de comerem e se fartarem; depois de terem edificado boas casas e morarem nelas; depois de multiplicarem os seus rebanhos; e depois de progredirem financeiramente com o aumento de ouro e prata, Israel não deveria se orgulhar e se esquecer de Deus, não cumprindo os seus mandamentos. Assim como Israel que deveria ser sempre grato a Senhor porque fora liberto da terra do Egito, da casa da servidão (v.14), nós que fomos libertos da escravidão do pecado, devemos ser sempre gratos a Deus pela maravilhosa salvação e pela possibilidade de continuarmos a desfrutar a Sua graça no desenvolvimento de nossa peregrinação cristã.
Em 5º lugar, devemos reconhecer a proteção física (v.15-16)
É muito interessante percebemos como cada detalhe fora lembrado por Deus e por Moisés à essa 2ª geração. Nesses versos a proteção física foi exaltada. Deus proveu o livramento das serpentes abrasadoras, dos escorpiões, da seca e da fome. Deus deu-lhes água que brotou da rocha e pão que caiu do céu, o maná, com o propósito de prová-los de provocar neles humildade e dependência do próprio Deus. Conforme o verso 16, o maná era totalmente desconhecido pelos seus pais e, Deus queria demonstrar e assim o fez que para Ele não existem impossíveis. Quando faltou água da rocha veio a água; quando faltou pão, do céu veio pão! O agir de Deus é sobrenatural! Precisamos crer nessa verdade!
Em 6º lugar, devemos reconhecer as promessas concretizadas (v.17-18)
Deus é Deus fiel! Conforme vimos em Nm 25Deus queria e ainda quer de nós que não digamos que foi a nossa força e o poder do nosso braço que nos conquistaram todas as riquezas. Deus queria e quer que reconhecemos a sua proteção física e a força que Ele dá a cada um de nós! Deus quer esse reconhecimento, pois Ele agia desse modo bondoso, porque estava cumprindo suas antigas e preciosas promessas!
Em 7º lugar, devemos reconhecer a primazia divina (v.19-20).
Primazia significa o primeiro lugar, o lugar de destaque, o lugar de importância. É esse o lugar que o Senhor Deus deve ocupar em nossas vidas e nosso coração. Ao entrar e possuir a nova terra, a terra da promessa, a terra que fora dada a Abraão, Isaque e Jacó, a nação israelita deveria cumprir com certos requisitos: 1) não poderia se esquecer de Yahweh; 2) não poderia andar após outros deuses; 3) não poderia servir a outros deuses; 4) não poderia adorar outros deuses; e, 5) não poderia deixar de obedecer a voz do Senhor!
A advertência final era para priorizarem o Senhor para que não perecessem como pereceriam aquelas nações que o Senhor estava destruindo para dar-lhes a terra. Deus é zeloso e quer exclusividade!
Bom, finalizamos mais um tempo de estudos no livro de Deuteronômio. Foram lições, desafios, advertências e promessas maravilhosas. Espero que Deus te capacite para incorporá-las ao seu viver diário.
Escreva para nós contanto como você aplicou esse estudo em sua vida. Por carta, ou e-mail ou por um recado no orkut para nós é importante esse retorno, esse contato com você.
Deus te abençoe,
Um grande abraço.
© 2014 Através da Biblia

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