quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Números 15

Números 15
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com prazer renovado que entramos em sintonia com você para mais uma etapa do nosso estudo da Palavra de Deus. Como você bem sabe o objetivo desse programa é estudar toda a Bíblia e, cremos que o seu estudo contínuo e sistemático nos ajuda a adequar a nossa vida à vontade do Senhor. Assim ao continuarmos o estudo do livro do Nm devemos ficar atentos porque certamente, hoje, encontraremos declarações da vontade de Deus para as nossas vidas. Espero que você tenha aceitado a nossa sugestão e com o seu grupo de amigos, irmãos ou familiares estejam com suas Bíblias abertas prontos para o estudo de hoje. Você sabe que logo no início dos nossos programas dedicamos alguns minutos para 2 atividades. Em 1º lugar registro o contato que a MROR de Sto André. SP. fez comigo através do Orkut. Essas foram suas palavras: “Olá pr Itamir! que satisfação encontra-lo aqui no orkut, ouço Através da Biblia todos os dias pela internet, que Deus continue iluminando sua vida, pois estes estudos tem me ajudado muito... as vezes eu ouço 2 ou 3 vezes cada programa, Deus te abençoe. Fique na paz do Senhor Jesus". Irmã, muito obrigado, por sua sintonia e interesse em estudar a Bíblia. O nosso propósito é esse mesmo: comunicar a Palavra de Deus de forma clara e simples com a finalidade de muitos poderem entender e aplicá-la em suas vidas. Por isso, em 2º lugar convido-a à outra atividade inicial dos nossos programas. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para o estudo de hoje: Senhor Deus obrigado porque nos ouves. Te pedimos Pai, conceda-nos a iluminação do Espírito Santo para compreendermos tua Palavra e aplicá-la em nossas vidas. Oramos em nome de Jesus Amém.
Querido amigo, hoje nossa tarefa é estudarmos o cap.15 de Nm. Do v.1-41 vamos encontrar o desdobramento do que vimos no último programa, no cap.14, quando o povo por incredulidade não confiou na promessa divina de entrarem e possuírem Canaã. O povo de Israel estava diante da terra da promessa com o seguinte dilema: "Entrar na terra pela fé ou ficar no deserto movido pela incredulidade". Eles, prezado amigo, decidiram ficar para o deserto, uma decisão errada e triste, de conseqüências terríveis. Deus sentenciou de forma explicita: aquela 1ª geração não entraria na Terra da Promessa. Assim, de modo resumido podemos dizer que no cap. 14 vemos 5 frutos da incredulidade: 1)A incredulidade tenta limitar o caráter de Deus; 2)A incredulidade compromete o caráter do homem; 3)A incredulidade desconfia das promessas de Deus; 4)A incredulidade prejudica a obra de Deus; e, 5)A incredulidade provoca a ira de Deus. Diante dessas verdades minhas expectativas são 2: 1)que você não permita que a incredulidade tome conta do seu coração; 2)que você compartilhe essas verdades com outros irmãos e amigos, para que também eles não trilhem esse caminho triste da descrença e desconfiança.
Bom, na seqüência, neste capítulo 15 veremos Deus orientando o povo, agora a 2ª geração, no seu caminhar rumo à Terra Prometida.
Querido amigo como poderemos notar, a partir desse ponto, Deus continuou com o seu firme propósito de levar o seu povo à terra prometida, e assim dá varias instruções complementares. O povo de Deus pode atrasar o Seu programa, porém não pode frustrá-lo. O propósito de Deus é imutável. Como vimos uma geração toda recusou fazer a vontade de Deus, porém Deus os planos divinos continuaram e Ele começava a dar instruções para a nova geração que iria surgir, isto é, que iria crescer e amadurecer no deserto. Essas instruções deveriam ser praticadas na terra prometida quando lá entrassem. Os homens falham, os homens desobedecem a Deus, tomam rumos estranhos, porém Deus é imutável. Os seus planos não sofrem mudança e são sempre executados. Vamos, então dividir este capítulo em 7 parágrafos para percebermos melhor os seus detalhes e as suas lições.
Em 1º lugar nos vs.1-16 temos a lei sobre as ofertas suplementares.
Façamos alguns destaques nestes versos. 1)Ao dizer a Moisés, cf. o v.1: “Quando entrares na terra das vossas habitações, que eu vos hei de dar...” Deus estava reafirmando que os seus propósitos continuavam valendo. Pelo menos a 2ª geração poderia usufruir do cumprimento das Suas promessas. Portanto, quando estivessem em Canaã, em relação às ofertas, os israelitas deveriam cumprir essas regulamentações. 2)Deus passou então a orientar, complementando a lei sobre o oferecimento de algumas ofertas. 3)Essas orientações referiam-se as ofertas do holocausto, sacrifícios, ofertas voluntárias, ou ofertas para as festas fixas. 4)Nessas ofertas que envolvessem bois ou ovelhas deveriam também ser apresentadas ofertas de cereais, mas com a melhor e mais pura farinha amassada com um litro de azeite. 5)Deus agora orientava que deveriam preparar um litro de vinho como oferta de libação, isto é, 1 litro de vinho deveria ser derramado sobre o cordeiro do holocausto ou do sacrifício. 5)Certamente, como os cereais e o vinho eram produtos de Canaã, com essas instruções Deus estava dando uma pista aos israelitas de que sua promessa se cumpriria. Não com a 1ª geração, mas certamente com a 2ª geração. 6)Nos vs. 6-12 temos a descrição detalhada de como deveriam oferecer um carneiro (6), um novilho (8), um cabrito (11), enfim, para cada animal oferecido era um procedimento. 7)Essas orientações valeriam também para os naturais da terra, para os estrangeiros, e para as assembléias que Israel tivesse quando estivessem em Canaã.
Se Deus deu essas regulamentações para encorajar Israel mostrando-lhes que iriam possuir a terra de Canaã, a pergunta que surge para nossa vida é: cremos de fato nas promessas de Deus? Mesmo que tenhamos falhado, podemos continuar crendo no Senhor? Lembre-se: Deus não é homem para mentir. O que Ele prometeu Ele vai cumprir, cf. 23.19.
Em 2º lugar nos vs.17-21 temos a lei sobre o 1º pão a ser consagrado a Deus.
Confira o v.1 com o v.17 em sua Bíblia. Note a mesma idéia de encorajamento: “Quando chegardes à terra em que vos farei entrar...”. Deus continuou falando e dirigindo o seu povo mesmo que não tenham crido nEle. Quando estivessem na Palestina e já se alimentassem dos produtos da terra os israelitas deveriam apresentar uma oferta ao Senhor. Cf. o v.20 “Das primícias da vossa farinha grossa apresentareis um bolo como oferta”, isto é, das primeiras colheitas, da primeira farinha que obtivessem da moagem do trigo deveriam fazer um bolo e ofertar ao Senhor. E essa era a ordem para que em todas as gerações se apresentasse ao Senhor essa oferta das primícias. Mas, o que Deus pretendia com essa oferta? Certamente Deus queria que os israelitas tivessem consciência e não se esquecessem que toda a bênção vem de Deus e que tudo o que produzido pela mão do homem, além de ser dádiva divina, pertencia a Ele. É assim que você entende também? Você entende que o seu trabalho, a sua família, o seu grau de instrução, os seus bens, o seu próprio ser, tudo o que você é ou tem, é de Deus?
Em 3º lugar nos vs.22-26 temos a lei sobre o pecado involuntário coletivo.
Neste parágrafo encontramos essa recomendação para a obtenção do perdão quando houver um pecado coletivo não intencional, isto é, por ignorância. Deveriam oferecer um novilho como holocausto, com sua oferta de manjares, a oferta de cereal e a libação, que era a oferta derramada, isto é, o vinho derramado sobre o sacrifício, e deveriam oferecer também um bode pelo pecado. Se fosse um pecado coletivo ou se fosse um pecado individual que levou toda a coletividade a não cumprir um mandamento divino, mesmo que fosse sem intenção esse pedido de perdão só seria atendido mediante essa oferta estabelecida. A garantia do perdão está claramente estabelecida no v. 26: “Será, pois,perdoado a toda congregação dos filhos de Israel e mais ao estrangeiro que habita no meio deles, pois no erro foi envolvido todo o povo”. Querido amigo, desde os dias do AT, como temos visto Deus sempre se mostrou pronto a perdoar, pronto a nos limpar dos nossos pecados. Não sem punição, pois Ele é santo e justo. No AT, os animais morriam em lugar dos pecadores. No NT, Jesus, o cordeiro de Deus, morreu no seu e no meu lugar para perdoar o nosso pecado. Você tem experimentado o perdão de Deus?
Em 4º lugar nos vs.27-29 temos a lei sobre o pecado involuntário individual.
Nesses versos, Deus continuou com essa legislação suplementar, agora indicando qual deveria ser o procedimento se houvesse um pecado individual, por ignorância, isto é, não intencional. Deveria ser apresentada como oferta ao Senhor uma cabra de um ano, para a obtenção do perdão por aquele pecado individual, não intencional. E mais uma vez devemos destacar, para irmos cada vez mais conhecendo o caráter de Deus que, essa lei servia tanto para o israelita como para o estrangeiro, gentio, que vivesse entre eles. Querido amigo, o que descobrimos do caráter de Deus diante dessa ordem? Ora, o caráter de Deus é justo! Ele nos trata igualmente. Para Ele gentios e judeus, judeus e gentios poderiam ter certeza de que uma vez confessado o pecado e pedido o perdão, Deus perdoaria. É assim o nosso Deus. Rico em perdoar, rico em demonstrar a sua bondade para com todos. Bendito seja o nosso Deus!
Em 5º lugar nos vs.30-31 temos a lei sobre o pecado intencional.
Também aqui temos uma demonstração do caráter divino. Deus é santo e justo. Deus não aceita a desobediência, a rebelião ou a obstinação que em outras palavras descrevem nossa atitude de orgulho, de arrogância, de independência de Deus. Assim, Deus deixou bem claro que fosse um israelita ou um estrangeiro que agisse atrevidamente esse tal deveria ser eliminado do meio do povo. Agora preste bem atenção. Por qual razão deveria ser eliminado? O v. 31 é muito claro: “Pois desprezou a palavra do Senhor e violou o seu mandamento...”. Sim! Quando desprezamos a Palavra de Deus, demonstramos que não cremos, que desconfiamos de suas promessas. Deus então reforçou a sua sentença condenatória contra a 1ª geração. Toda ela morreria no deserto, toda ela seria eliminada de diante do Senhor. Portanto, como diz o final do v.31 essa pessoa que violou o mandamento de Deus deveria ser eliminada. Essa eliminação então seria por banimento do meio da congregação de Israel ou então por morte, cujo exemplo veremos nesse próximo parágrafo. Querido amigo, diante da Palavra do Senhor qual tem sido sua atitude? De amor, de submissão, de aceitação? Lembre-se do Sl 1.2: “Bem aventurado o homem... que tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. Esse é o proceder que Deus quer de cada um de nós!
Em 6º lugar nos vs.32-36 temos a lei sobre o trabalho no sábado.
Nesse parágrafo temos exatamente o exemplo do que deveria ocorrer com alguém que pecasse intencionalmente, desprezando um mandamento do Senhor. Esse era o pecado da presunção, da arrogância, da insubmissão. Esse era o pecado do atrevimento, cf. o v.30 que acabamos de estudar. Na verdade, no hebraico, essa palavra tem o significado de ter a mão erguida, numa atitude orgulhosa e desafiadora. O que este texto nos faz entender é que para um pecado consciente como esse, não havia remissão, não havia perdão, não havia escapatória. A lei do sábado era fundamental na religião judaica. Anteriormente já tinha sido dada essa legislação que deveria ser respeitada, pois quem não a respeitasse morreria, cf. Êx 31.15: “Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia de sábado fizer alguma obra morrerá”. Diante disso, e também diante de Êx 35.1-3, esse homem achado apanhando lenha no sábado não teve outro destino senão morrer apedrejado por toda a congregação israelita. Em relação ao v.34 que nos diz que ainda não estava declarado o que se devia fazer com ele, é preciso esclarecer que pelo fato da Lei já ter sido dada conf. mencionamos nos textos de Êx., é possível entender que o povo foi perguntar a Moisés como proceder, pois ainda não tinham tido nenhum caso semelhante. Percebe-se essa possibilidade, pois o texto não diz que Moisés também perguntou a Deus o que devia ser feito. Não! Moisés já tinha passado aquelas instruções! O que o texto nós diz que Deus apenas confirmou, cf. o v.35: “Tal homem será morto; toda a congregação o apedrejará fora do arraial”. Essa era a lei do AT.
Mas, querido amigo, embora estejamos vendo o rigor da Lei do AT, devemos dar graças a Deus, pois, no NT temos a grande verdade: “onde abundou o pecado superabundou a graça”. Se no AT tínhamos todo esse rigor, no NT, especificamente em HB, temos a verdade que Jesus não perdoa só os pecados feitos inadvertidamente, mas perdoa todos os pecados de uma vez para sempre, cf. Hb 9.12-13: “Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção”. Ah! querido amigo, essa é a diferença entre a Lei e a Graça. Foi João que destacou essa distinção quando disse em 1.17: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”. Graças a Deus por essa maneira amorosa dEle nos tratar! E, você? Você tem usufruído da graça de Jesus? Do seu perdão, da purificação que Ele nos dá através do seu sangue? Essa é a nova vida que Deus propõe a cada um de nós!
E, concluindo, em 7º lugar, nos vs.37-41 temos advertência para obedecer as leis divinas.
Vamos ler o texto para fazermos as nossas considerações:
“37Disse o SENHOR a Moisés: 38Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto, presas por um cordão azul. 39E as borlas estarão ali para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do SENHOR e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando, 40para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus. 41Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos ser por Deus. Eu sou o SENHOR, vosso Deus”.
Querido amigo, por este texto vemos que eles deveriam usar um cordão de azul prendendo a borlas em cada canto das suas vestes. Mas, o que eram essas borlas? Borlas pequenas bolas de tecido costuradas nas extremidades das vestes das quais pendiam fios. É o que hoje chamamos de “pom-pom”. Esses pom-pons seriam amarrados por fitas azuis e ficariam pendurados nas roupas para que se lembrassem dos mandamentos do Senhor. Eles deveriam estar sempre lembrados dos mandamentos do Senhor. A cor azul é a cor do céu. Simbolicamente esta cor deveria lembrá-los de que pertenciam a Deus e deveriam obedecer seus mandamentos. Nós devemos nos lembrar sempre de que não somos daqui da terra. Somo cidadãos celestiais. Pertencemos a outro mundo. Jesus disse: "Vós estais no mundo, mas não sois do mundo, como eu do mundo não sou". Jesus disse que se fôssemos do mundo, o mundo nos amaria. Mas como não somos do mundo então o mundo nos odeia como também odiou a ele. O povo no deserto deveria levar a cor azul na suas vestes, lembrando-lhe o céu. E nós devemos ter dentro de nós, não digo propriamente a cor do céu, mas as leis do céu, os princípios do céu que são a pureza, a santidade, a justiça. Sem a santificação ninguém verá o Senhor, diz o autor sagrado. Nós cristãos não precisamos andar com um cordão azul como os israelitas aqui, mas deveríamos praticar o que recomendou o apóstolo Paulo em Cl 3.1: “pensai nas coisas lá de cima”. Esta é a marca do cristão aqui na terra. Ele está aqui na terra, vive e trabalha aqui na terra, mas está sempre voltado para cima, para Deus, para o céu, que é a sua verdadeira pátria.
Querido amigo, você tem se lembrado dos mandamentos dos Senhor? Você tem vivido de acordo com esses mandamentos? Você ama a Palavra de Deus a tal ponto que medida nela de dia e de noite? Esse é o nosso desafio. Não precisamos de cordões ou fios pendurados para lembrar-nos de Deus e Sua bondade. Precisamos sim de manter a nossa Bíblia aberta para estudarmos todos dias adequando assim cada vez mais a nossa vida ao Senhor.
Bom, chegamos assim ao final de mais um tempo de estudos da Palavra de Deus.
O livro de Nm tem sido uma preciosidade! Quantos princípios, quantas lições, quantos desafios. Minha oração é que você esteja aproveitando bem esses estudos para adequar a cada dia a sua vida à vontade de Deus.
Sou grato ao Senhor que tem nos capacitado para entendermos e explicarmos a Sua Palavra. Sou grato também a você por sua companhia, mas espero também a sua correspondência, por carta ou e-mail, compartilhando qual tem sido o valor do programa.
Que o Senhor te abençoe,
Um abraço.
© 2014 Através da Biblia

Um comentário:

  1. Uma bênção o estudo, que oSenhor continue usando sua vida poderosamente.

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