terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Tiago 4.13-17

Tiago 4.13-17
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série “Através da Bíblia”. É com renovada satisfação que iniciamos mais esse tempo em que dedicamos a nossa atenção para estudarmos com mais profundidade a Palavra de Deus. Em tempos de relativização da verdade e valorização dos sentimentos precisamos urgentemente de estudos que nos ajudem a fundamentar os objetivos da vida na Palavra de Deus. Hoje vamos estudar sobre as incertezas da vida humana. Vamos estudar do capítulo quatro os versos 13 a 17 dessa carta de Tiago. Quando nos reunimos para o estudo bíblico estamos diante de uma tarefa desafiadora e, por isso, precisamos sempre fundamentar aquilo que dizemos nos princípios básicos da Palavra de Deus. Necessitamos nos basear nela para padronizarmos o nosso viver conforme a vontade do Senhor. Embora, em muitos círculos modernos o estudo bíblico seja visto como uma metodologia em extinção é necessário renovarmos o compromisso de fidelidade com a exposição correta da Palavra de Deus. Nós que expomos a Palavra de Deus, necessitamos manter o nosso compromisso com o Senhor e sermos fiéis à sua Palavra, e, você que nos ouve deve se comprometer a aplicá-la em sua vida. E, assim, com esses compromissos vamos desenvolver adequadamente a nossa vida cristã. O nosso compromisso é esse: Com Deus que nos tem chamado para essa tarefa. Mas, certamente, o nosso compromisso é com você que tem nos dado o privilégio da sua audiência. O retorno que vocês nos têm dado através das correspondências que chegam tem-nos feito continuar com alegria e firmeza na realização desse projeto. Registro hoje o e-mail que o André nos enviou da cidade de Fátima do Sul, do estado do Mato Grosso do Sul. Foi essa a sua singela mensagem. 1015 “Bom Dia! A Paz do Senhor, irmão em Cristo. Estamos ligados na programação da RTM, Parabéns pelo seu programa e o trabalho abençoado para levar a Palavra de Deus. Se possível, mande um abração pra nós.” André Furtado - Fátima do Sul –MS – email.
Querido amigo, querido irmão. Obrigado por você compartilhar conosco o seu interesse em nossa programação. Para nós é um privilégio atender o chamado de Deus e fazer destes programas um canal onde se possa ouvir a Palavra de Deus e conhecer mais da sua vontade para o nosso viver. Louvamos a Deus, pois só ele nos conduz ao verdadeiro compromisso com ele mesmo e, temos orado para que o Espírito Santo esteja trabalhando em sua vida e na vida de todos os que nos ouvem fortalecendo-os e capacitando-os a colocar em prática a Palavra de Deus. Assim fazendo estamos caminhando para nos assemelharmos cada dia mais com Cristo. Eu oro para que isso aconteça o mais rapidamente possível. E pode estar seguro que colocamos também o seu nome em nossas orações. Agora quero convidá-lo exatamente para orarmos. Vamos orar pelo programa de hoje, pedindo que Deus fale com cada um de nós e, vamos orar também por esse projeto pedindo que Deus nos dê forças para concluí-lo com êxito. “Pai querido, chegamos à tua presença no nome de Jesus Cristo. Por teu amor, graça e misericórdia te agradecemos. E, baseados na tua bondade colocamos os nossos pedidos diante do Senhor. Tu conheces a sinceridade de cada um dos nossos ouvintes e especificamente do André. Pedimos a tua bênção para ele, para a sua família e para todos que estão em comunhão contigo nesse momento. Pedimos que o senhor supra as suas necessidades. E, quanto a nós, pedimos que o senhor nos dê mais oportunidades de testemunharmos sobre o quê Jesus faz em nossas vidas. Fale conosco hoje através da tua Palavra e conceda-nos o privilégio de levar esse projeto adiante, na tua força e dependência. Oramos, gratos, em nome de Jesus, Amém!
Querido amigo hoje o nosso objetivo é concluirmos o estudo do capítulo quatro de Tiago. Vamos estudar o texto de Tg 4.13-17. Nesse texto encontramos um tema muito importante, pois refere-se a incerteza da vida humana, uma realidade que todos nós experimentamos. Gostamos da vida, gostamos de viver, mas não sabemos se estaremos vivos amanhã. Podemos planejar, podemos pensar no nosso futuro, porém não podemos ter certeza do que vai nos acontecer no minuto seguinte. A certeza sobre o futuro só um a tem. Deus é quem conhece o futuro, é ele quem conhece o futuro de cada um.
Sobre a vida, o futuro e os planos que elaboramos, o livro dos Provérbios nos orienta de modo objetivo e incisivo. O livro de Provérbios, escrito na sua maioria pelo sábio rei Salomão, está repleto de ensinamentos sobre a vida diária. Um tema do livro, freqüentemente ressaltado, é a necessidade de se evitar a pressa, de planejar sem levar Deus em consideração. Muitos de nós lutam com a impulsividade, por isso precisamos refletir sobre os provérbios que nos ensinam a não sermos apressados, a não desconsiderar Deus em nossos planejamentos.
Salomão advertiu: Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado (19:2). Ele também advertiu: Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza (21:5). Pensamento e planejamento cuidadosos funcionam melhor. Carpinteiros hábeis medem três vezes e cortam uma; carpinteiros apressados medem uma vez e cortam três. Em nossa ânsia por completar uma tarefa, em nosso apego por ganharmos melhores lucros podemos correr para conquistar esses objetivos, mas seria melhor se colocássemos nossos planos nas mãos de Deus.
Métodos para enriquecer parecem nunca perder seu atrativo. Fazer planos para enriquecer cegam os olhos de muitas pessoas. Facilmente acabamos sendo presas de qualquer plano para ganhar dinheiro fácil. Mas Salomão advertiu: A posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada" (20:21), e ainda acrescentou: O homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não passará sem castigo (28:20). Há diversos princípios agindo aqui: 1) Coisas que parecem boas demais para serem verdade, normalmente não são mesmo. Se tanto dinheiro pudesse ser ganho com tão pouco esforço, por que todos não o estariam ganhando? Quando estamos apressados demais para ganhar dinheiro, fazemos usualmente coisas que não deveríamos fazer para encurtar o processo. A ganância perverte a consciência de que Deus deve estar em primeiro lugar nos nossos planos. 2) As riquezas que são facilmente adquiridas são facilmente gastas. Pessoas que ganham subitamente e sem esforço uma grande quantidade de dinheiro (através de herança, ao ganhar um prêmio, no jogo, etc.) usualmente acabam gastando esse dinheiro em muito pouco tempo. Bens que não foram adquiridos por meio de esforço sério não são apreciados. Bens que não vieram da parte de Deus, que não vieram sob a bênção de Deus, logo desaparecem.
Qual é o problema que Tiago nos aponta nessa passagem. Ele mostra que a ambição e o desejo de realização, sem a bênção, sem a submissão, sem a orientação de Deus nada valem. Tudo pode ser perdido de uma hora para outra. Por que? Porque a nossa vida é incerta. Não sabemos o dia de amanhã. E, diante dessa verdade, o título mais adequado para o nosso estudo é:
A INCERTEZA DA VIDA HUMANA
Tiago 4.13-17
Introdução
Ao tratarmos desse tema tão importante para o desenvolvimento de nossa vida cristã lembramos de uma das parábolas mais contundentes contadas pelo Senhor Jesus. Estou me referindo à parábola do rico insensato registrada por Lucas (conf. Lc 12.16-21) quando Jesus estava advertindo contra a avareza. Jesus se dirigiu à multidão reunida que tinha acabado de ouvi-lo reprovar um homem que não tinha visto nele mais do que um árbitro para uma contenda por dinheiro familiar. Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza (conf. Lc 12.15) ele disse; e então contou a parábola do rico insensato que é um espelho para a alma.
O fazendeiro desta parábola não era algum homem pobre que conseguiu riqueza subitamente. Ele já era rico quando uma grande colheita fez com que os seus grandes celeiros ficassem pequenos, fossem insuficientes para o resultado da colheita. Não há indicação de que nenhuma das riquezas do agricultor tivesse sido mal ganha. Por tudo o que sabemos, ele ganhou cada pedaço dela com trabalho duro e gerenciamento prudente. Esta história não é sobre fraude. É sobre tolice, sobre a incerteza da vida. Aquele fazendeiro, que tinha sido tão hábil gerindo sua propriedade, tornou-se um simplório ao gerir a vida. Ele cometeu algumas tolices muito óbvias.
Primeiro de tudo, ele cometeu o engano de pensar que era o proprietário de sua riqueza. “Minhas colheitas”, “meus bens”, “meus celeiros” e até “minha alma”, ele disse. Que arrogância! Que ingratidão! Como se ele, e somente ele, tivesse conseguido tudo isso. Não há nenhuma palavra pronunciada de agradecimento a Deus que nos dá ... do céu chuva e estações frutíferas, enchendo os vossos corações de fartura e de alegria (conf. Atos 14:17), para não falar da vida, respiração e tudo o mais (conf. Atos 17:25). Sempre que pensarmos que merecemos algo devemos lembrar que somos apenas mordomos, pois tudo pertence ao Senhor. Somos só inquilinos aqui.
A segunda tolice foi pensar consigo mesmo sobre que disposição ele deveria dar a suas bênçãos inesperadas (conf. Lc 12:17). Ele deveria ter consultado Deus porque o mundo e toda a sua plenitude são dele (Salmo 50:12). Mas isso nunca lhe passou pela cabeça. Nem ele pensou nos celeiros vazios das pessoas pobres e lutadoras para quem suas sobras teriam significado livramento. Ele só pensou em si mesmo.
Sua terceira tolice foi supor que o que ele pudesse colocar num celeiro era tudo o que ele precisava. Olhando para toda a abundância da colheita, ele disse consigo mesmo: “Consegui fazer!” Ele pensava que estas coisas significavam conforto, segurança, felicidade, satisfação e sossego. É surpreendente que ele não pensou com clareza nos dias futuros. Como alguém que lida com a terra e com as plantações é certo que questões sobre as pragas, a seca, as inundações, e roubo não lhe eram estranhas. É preciso cegueira incomum para imaginar que haja qualquer segurança em coisas materiais e passageiras (conf. Mateus 6:19). É preciso estupidez ainda maior para imaginar que nós humanos que fomos formados à imagem do Eterno possamos ficar realizados e satisfeitos apenas com o alimento material. Fomos feitos para “o Deus vivo” (Salmo 42:2; Atos 17:26-28) e a vida provém do coração, não dos bens acumulados (Provérbios 4:23).
Finalmente, nosso agricultor “bem sucedido” esqueceu-se do tempo e da morte. Ele esqueceu-se da incerteza da vida. Ele estava pensando em muitos anos, mas Deus disse que não seria nem mais um dia. Sua riqueza foi para um lado e ele foi para outro. Não há tolice maior do que planejar a vida sem considerar a incerteza da vida e a realidade da morte. A evidência de nossa mortalidade e incerteza da vida não é apenas premente, é irresistível. Nenhuma verdade sobre nós mesmos é tão evidente como o fato de que vamos morrer, e sempre vivemos um tempo imprevisível. A única certeza que devemos ter é a nossa relação segura com Deus. Deveremos, portanto, derramar todas as nossas vidas e tesouros para ele, dependendo e nos submetendo a ele.
Quem já planejou suas atividades para o próximo ano? Será errado planejar? Como entender o alerta de Tiago? Não é errado planejar. O erro é planejar sem levar Deus em consideração. Ao nos alertar e apresentar a soberania divina e a incerteza da vida humana, Tiago, em resumo, está dizendo que:
Todo cristão sábio planeja sua vida considerando a soberana vontade de Deus.
Neste texto encontramos três verdades sobre os que planejam suas vidas sem considerar a soberana vontade de Deus:
Antes de verificarmos essas três verdades vamos ler o texto desses versos. Diz assim:
4.13 Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. 14 Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. 15 Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. 16 Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna. 17 Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.
Muito bem, agora podemos verificar as três verdades sobre os que planejam sem considerar Deus em suas vidas.
A 1ª verdade nos mostra a descrição dos que planejam suas vidas sem considerar Deus
1. Quem são eles?
1.1. São judeus cristãos – 1.1
1.2. São irmãos – 1.2; 2.1; 14; 3.1; 4.11
1.3. Pode ser qualquer um de nós -
2. Quais são as suas atividades? v.13
2.1. São viajantes –
2.2. São negociantes que objetivam lucros –
2.3. Pode ser qualquer um de nós que deseja sucesso em sua vida –
3. Quais são as suas características? v.16
3.1. São jactanciosos (orgulhosos) – a jactância é maligna –
3.2. São arrogantes pretensiosos –
3.3. Pode ser qualquer um de nós, controlados pelo nosso “ego”, antiga natureza –
A 2ª verdade nos mostra como pensam os que planejam suas vidas sem considerar Deus
1. Quais são as suas práticas? v.13, 14
1.1. Não estão atentos – v.13
1.2. Esquecem-se de que não conhecem o amanhã – v.14
1.3. Esquecem-se de que a vida é como neblina – v.14
2. Quais são os seus erros? v. 13, 15 e 17
2.1. Fazer afirmações categóricas – v.13
2.2. Planejar sem considerar o querer de Deus – v.15
2.3. Pecar por não fazerem o que é certo – v.17
A 3ª verdade nos mostra como devem agir, considerando Deus no planejamento de suas vidas
1. Como devemos agir? v.15
1.1. Planejar, considerando a vontade soberana de Deus –
1.2. Planejar, considerando a vida e a morte –
1.3. Planejar, considerando a possibilidade ou a impossibilidade de realizações –
2. Quais são os desafios propostos? v. 13, 15, e 17
2.1. Atender os alertas das Escrituras – v.13
2.2. Submeter-se a soberana vontade de Deus – v.15
2.3. Não pecar, deixando de fazer o que deve ser feito – v.17
Conclusão
1. Planeje as próximas etapas de sua vida submetendo-se à vontade de Deus.
2. Planeje, incluindo Deus em seus planos, ou melhor ainda ...
3. Saiba quais são os planos de Deus para sua vida e adéqüe-se a eles.
Que o Senhor Deus te abençoe. Um grande abraço e até o próximo programa.
© 2014 Através da Biblia

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