quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Números 25

Números 25
Querido amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia. Iniciamos esse encontro com o propósito de estudarmos a Palavra de Deus. Este programa tem por objetivo levar até você a mensagem transformadora registrada nas Escrituras Sagradas. Para nós é um privilégio receber suas cartas compartilhando suas experiências. E, como temos recebido a capacitação do Senhor nos sentimos felizes em poder dividir o que Ele tem nos ensinado. Hoje registro a carta da M.S.S. de Uruará no Pará. Essas foram suas palavras: "Sou ouvinte do Através da Bíblia e me sinto abençoada. Já li a Bíblia toda várias vezes e sempre descubro coisas novas, pois a Palavra de Deus se renova a cada dia. Gosto muito dos estudos e explicações e estou aprendendo muito com eles. Que Deus os abençoe". Querida irmã, muito obrigado por seu testemunho e suas palavras de incentivo. Graças a Deus Ele tem nos usado como instrumento em Suas poderosas mãos. Agradecemos também a Deus, pois em cada programa podemos ter um momento de oração com os nossos ouvintes, sabendo também que muitos de vocês têm orado por nós. E exatamente para isso que quero convidá-la agora. Vamos pedir as bênçãos de Deus para as nossas vidas e para o programa de hoje: "Pai querido, somos gratos por tua misericórdia sempre presente em nossas vidas. Baseados nela, oramos pedindo a tua bênção e a direção do teu Santo Espírito para cada um de nós e também para esta hora de estudo na tua Palavra pedimos a iluminação do teu Espírito. Pai, abençoa-nos, orarmos em nome de Jesus. Amém".
Querido amigo, o nosso estudo de hoje abrangerá os caps.25 -26 de Números. Vamos dividir o cap.25 em 7 seções para podermos melhor percebermos as lições que Deus tem para nós. Ao olharmos para o conteúdo desse cap. encontramos o restante dos acontecimentos que vimos no programa passado quando Balaque tentou sem êxito que Balaão amaldiçoasse Israel. Balaão, um profeta pagão ao invés de amaldiçoar só abençoou Israel. Mas, os israelitas, mesmo estes da 2ª geração não se firmaram no Senhor e caíram em pecado desagradando o Senhor. Vamos estudar e aprender com esses eventos.
Em 1º lugar, em 25.1-3 temos a descrição do pecado de Israel.
Como dissemos no programa passado, quando lemos 31.15-17 encontramos claramente o motivo desses pecados acontecerem com os israelitas. Balaão não tendo conseguido amaldiçoar Israel através de suas palavras, conseguiu atender ao pedido de Balaque mostrando como poderia enfraquecer os israelitas. Ele orientou Balaque e as midianitas que convidassem os filhos de Israel para sacrificarem a seus deuses, e como diz o v.2: “Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas”. Balaão sabia que se os israelitas se desviassem dos caminhos do Senhor seria punido. E foi exatamente o que aconteceu conf. o v.3: “Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira de Deus se acendeu contra Israel”. As mulheres moabitas e midianitas, que estavam em aliança convidaram os homens israelitas para participarem dos seus festivais de fertilidade. Essas festas religiosas entre outras coisas envolvia a adoração a Baal-Peor, o deus daquela região, cf. vimos em 23.28 e essa adoração incluía a relação sexual com as sacerdotisas cultuais, na verdade, prostitutas do templo de Baal. Alguns dos israelitas, tentados, caíram e assim provocaram a ira de Deus. É importante entendermos a gravidade da situação. Além do pecado da imoralidade, essa participação nos cultos da fertilidade, demonstrava de modo inequívoco que os israelitas estavam adorando outro deus, estavam quebrando o 1º e o 2º mandamentos. Ora a quebra desses mandamentos era a quebra da Aliança que Deus firmara com Israel, conf Ex 19. E, quebrando a Aliança, Israel colocou-se suscetível à punição do Senhor. Você tem pactuado com o mundo? Deus é zeloso!
Em 2º lugar, em 25.4-5 temos a ordem para eliminar os pecadores de Israel.
Aqui temos a conseqüência pelo pecado cometido. Deus foi muito objetivo em ordenar a Moisés que todos os chefes do povo participassem dessa punição, para que percebessem o resultado gravíssimo que poderia colher quem não andasse nos caminhos do Senhor. Todos os que pecaram deveriam ser enforcados em dia claro para que todo o povo, toda a congregação israelita também visse a conseqüência pela quebra da Aliança. A ordem de Moisés, cf. v.5 certamente repercutiu por todo o povo: “Cada um mate os homens da sua tribo que se juntaram a Baal-Peor”. É assim o nosso Deus. Ele é fogo consumidor! Deus requer nossa santidade!
Em 3º lugar, em 25.6 temos o relato da afronta a Deus por um israelita.
Por incrível que pareça, nem todas as pessoas conseguem ver os sinais que Deus dá ao seu povo. Deus não pactuava com a imoralidade e com a idolatria. Mas, o que fez esse israelita duro de coração e dominado pelos seus desejos carnais? Não se importando com a punição divina sobre os pecadores, nem se importando com o choro dos israelitas pela morte daqueles que pecaram, esse israelita levou para a sua tenda uma mulher das midianitas para com ela se relacionar. Querido amigo, infelizmente em muitas ocasiões também nós cegos pelo pecado, não enxergando a disciplina divina, não enxergando as dores dos nossos irmãos pecamos inapelavelmente e com isso provocamos a nossa própria punição.
Em 4º lugar, em 25.7-9 temos a demonstração do zelo de Finéias.
Finéias é um personagem que marcou a vida de Israel de modo exemplar. Ele é citado inclusive no Sl 106.30 como parte da história do povo de Deus. O que ele fez para isso? Diante de tão grosseiro pecado desse homem que não respeitava a lei divina, que com sua atitude afrontou não só a Moisés, como a congregação dos filhos de Israel, mas, sobretudo, afrontou a Deus, Finéias agiu de modo contundente. Movido pelo seu zelo pela santidade divina, ele que era sobrinho-neto de Moisés, filho de Eleazar, portanto, um levita, da família sacerdotal, Finéias vendo aquele israelita com a midianita, levantou-se, seguiu-os e já na tenda deles e os matou, atravessando-lhes com uma lança. Essa atitude zelosa de Finéias foi vista pelo Senhor com bons olhos e assim a praga que tinha sido enviada como castigo cessou, mas mesmo assim 24.000 israelitas morreram. É... eu sei, são relatos duros, não é mesmo? A pergunta que talvez alguns estejam fazendo é: Como é que Deus permite isso, se também matar alguém era pecado? Querido amigo devemos entender e deve ficar muito claro que isso não foi um assassinato, mas foi uma execução. Uma execução, pois o adultério e a idolatria eram pecados que deveriam ser punidos com a morte. Como o papel do sacerdote era representar o caráter santo de Deus diante do povo, Deus então aceitou essa execução como propiciação pelos pecados do povo, conf. as palavras do próprio Senhor no v.13.
Em 5º lugar, em 25.10-13 Deus recompensa Finéias com o sacerdócio. Nesses versos temos então uma outra recompensa diante desses acontecimentos. A 1ª conseqüência foi a morte por enforcamento dos israelitas que tinham pecado. A 2ª conseqüência foi a execução do israelita pecador. A 3ª conseqüência foi a morte de 24.000 israelitas pela praga enviada pelo Senhor, mas essa 4ª conseqüência foi especial. Foi um resultado positivo. Diante do zelo de Finéias, cf. o v.11 Deus testemunhou à Moisés que aquela ação tinha desviado a Sua ira dos filhos de Israel. Pela ação de Finéias Deus não consumiu os israelitas. E nos vs. 12 e 13 temos o compromisso de Deus para com Finéias e a sua descendência: “Eis que lhe dou a minha aliança de paz. E ele e a sua descendência depois dele terão a aliança do sacerdócio perpétuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez expiação pelos filhos de Israel”. Querido amigo você esta percebendo que grande bênção teve Finéias? Totalmente diferente da atitude dos seus tios Nadabe e Abiu, que não respeitaram as ordens de Deus, Finéias na prática santificou o nome de Deus diante dos israelitas. Pelo fato de Finéias ter executado e extirpado os pecadores e o pecado do meio da congregação de Israel a ira de Deus foi desviada dos israelitas. Por ter vindicado a ira e a santidade divinas Finéias foi contemplado com essa bênção da Aliança. Querido amigo você tem sido zeloso pelas coisas de Deus? Você, por suas atitudes tem santificado a Deus? Você tem dignificado o seu nome? Lembre-se de que por sua atitude, também a sua descendência será abençoada!
Em 6º lugar, em 25.14-15 temos a identificação dos pecadores. O israelita chamava-se Zinri, filho de Salu e pertencia à tribo de Simeão. A mulher, filha de Zur, um príncipe midianita chamava-se Cosbi. Apenas para registro são mencionados os nomes desses que cometeram tal pecado de afronta à santidade divina. Essa identificação demonstra que Deus sabe exatamente como eu e você agimos.
Em 7º lugar, em 25.16-18 o decreto da inimizade entre Israel e Midiã. Finalizamos esse relato e este capítulo com a recomendação de Deus para que considerassem os midianitas como inimigos, pois tinham tratado os israelitas como inimigos e, como veremos no cap.31 houveram outras batalhas entre Israel e Midiã, até que foram totalmente aniquilados através de Gideão cf. Jz 6-8.
Querido amigo creio que nesse momento é hora de lembrarmos de 1Co 10.6-8 onde Paulo nos recomenda receber esses eventos como lições, como exemplos para nós. Oro para que você tenha condições de aplicar essas verdades à sua vida diária!
Bom agora, depois de advertidos pela Palavra de Deus através desses acontecimentos tão marcantes na vida de Israel vamos perceber as lições que Deus tem para nós no capítulo 26. Vamos dividi-lo em 7 seções.
Em 1º lugar, em 26.1-4 Deus ordena a Moisés e a Eleazar realizarem o 2º censo.
Esse censo tinha toda razão de ser feito. Passados quase 39 anos, completando os 40 anos de peregrinação no deserto os israelitas estavam agora totalmente focados no projeto de conquistar Canaã. Entrariam em guerra com diversos inimigos e por isso era necessário saber o potencial militar do exército israelita. Muitas mudanças tinham acontecido desde o censo do cap.1. Você deve se lembrar dos 603.550 homens com mais de 20 anos disponíveis para a guerra. Mas você deve se lembrar também dos diversos juízos divinos sobre o povo, e certamente você se lembra também da promessa divina de que ninguém da 1ª geração, exceto Josué e Calebe, cf. 14.30 entrariam na terra prometida por causa da incredulidade. Mas, além disso, era necessário esse censo, pois logo entrariam em Canaã e o número da população de cada tribo era importante diante da futura, mas próxima divisão da terra. Querido amigo, nesses versos fica comprovada a verdade de que podem demorar, mas as promessas do Senhor não falham. Elas são cumpridas exatamente no tempo dEle, isto é, no melhor tempo! Essa é a confiança que podemos ter nEle!
Em 2º lugar, em 26.5-51 temos os números de cada tribo obtidos no censo. Esse texto é o registro de cada tribo e a quantidade de homens com mais de 20 anos de idade, capazes de lutar. Podemos então comparar o 1º e o 2º censo percebendo as diferenças específicas em cada tribo. Vamos a essa comparação:
No 1º censo a Tribo de Rubem tinha 46.500, no 2º censo tinha 43.730 homens.
No 1º censo a Tribo de Simeão tinha 59.300, no 2º censo tinha 22.200 homens.
No 1º censo a Tribo de Gade tinha 45.650, no 2º censo tinha 40.500 homens.
No 1º censo a Tribo de Judá tinha 74.600, no 2º censo tinha 76.500 homens.
No 1º censo a Tribo de Issacar tinha 54.400, no 2º censo tinha 64.300 homens.
No 1º censo a Tribo de Zebulom tinha 57.400, no 2º censo tinha 60.500 homens.
No 1º censo a Tribo de Efraim tinha 40.500, no 2º censo tinha 32.500 homens.
No 1º censo a Tribo de Manassés tinha 32.200, no 2º censo tinha 52.700 homens.
No 1º censo a Tribo de Benjamim tinha 35.400, no 2º censo tinha 45.600 homens.
No 1º censo a Tribo de Dã tinha 62.700, no 2º censo tinha 64.400 homens.
No 1º censo a Tribo de Aser tinha 41.500, no 2º censo tinha 53.400 homens.
No 1º censo a Tribo de Naftali tinha 53.400, no 2º censo tinha 45.400 homens.
Assim, no 1º censo o total era de 603.550 e no 2º censo o total era de 601.730 homens.
Um destaque que merece ser feito nessa listagem é o surgimento de nomes femininos: Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza, filhas de Zelofeade, da tribo de Manassés, que não teve filhos, cf. v. 33 e também o nome de Sera, no v.46, filha de Aser, cf. Gn 46.17. Embora os nomes das descendentes femininas não fosse mencionado, pois um dos objetivos do censo era a contagem dos homens prontos para a guerra, a explicação mais provável para o nome de Sera é que provavelmente ela foi a única neta de Jacó, sendo que todos os seus 11 filhos, com exceção de Aser só lhe deram netos. Mas certamente a menção desses nomes femininos são uma introdução para um dos assuntos que veremos no próximo programa, no cap.27.
Mas, a pergunta que devemos responder e que é feita por muita gente é: qual o proveito que temos de estudarmos um texto como esse? Você também tem essa dúvida? Para nós, que estamos no séc. 21, o que nos importa sabermos que o censo totalizou 601.730 homens com mais de 20 anos de idade? Querido amigo, numa 1ª vista, parece que não há grande importância num registro como esse. Mas, quando nos detemos sobre ele lembrando-nos das palavras de Deus dirigidas a Abrão lá em Gn 12, e 15, cf. já citamos, e ai o estudo desse registro ganha muita importância. Fica constatada a veracidade da Palavra e das promessas de Deus. Quinhentos anos depois do nascimento de Isaque, a descendência de Abraão agora era uma nação de aproximadamente 2 milhões e meio a três milhões de pessoas. Ora, assim, novamente vale a pena enfatizar: Podemos confiar nas promessas de Deus, pois Ele nunca falha!
Em 3º lugar, em 26.52-56 Deus dá a Moisés os critérios para a divisão da terra.
Como havíamos mencionado anteriormente uma das razões desse 2º censo era conquista, entrada e divisão da terra prometida pelos israelitas. Nesses versos o Senhor estabelece o seguinte critério: “À tribo mais numerosa darás por herança maior, à pequena, herança menor; a cada uma, em proporção ao seu número, de dará a herança. Todavia, a terra se repartirá por sorte; segundo os nomes das tribos de seus pais, a herdarão”. Eram então 3 os critérios para a divisão: 1)o tamanho da tribo indicaria o tamanho do território; 2)através de sorteio se determinaria o local de cada uma das tribos; e, 3)O território todo, depois de dividido, deveria ser identificado com o nome dos filhos de Israel, lembrando que José e Levi não teriam seu nome entre as tribos, pois Efraim e Manassés, filhos de José ocupariam o seu lugar e os descendentes da tribo de Levi não teriam porção na terra, pois a sua herança era o Senhor!
Em 4º lugar, em 26.57-58 temos as famílias dos levitas que deveriam ser contadas. A tribo de Levi deveria ser contada à parte das outras tribos de Israel, pois era a tribo ministerial, aquela que serviria no tabernáculo. Estavam divididos em famílias, lembrando que a família de Arão era a família sacerdotal e as demais famílias eram as famílias dos levitas.
Em 5º lugar, em 26.59-61 temos a genealogia de Coate. Esse destaque foi dado à descendência de Coate, pois essa era a família sacerdotal, que onde tinha vindo Arão e seus filhos: Nadabe e Abiu, que morreram por pecarem contra o Senhor e Eleazar e Itamar que agora estavam no lugar de Arão que já morrera. Você deve se lembrar também que a tarefa dos coatitas, quando o Tabernáculo era transportado era de carregar os utensílios do Santuário, levando-os nos ombros. Esse era um privilégio especial.
Em 6º lugar, em 26.62 temos o resultado da contagem dos levitas.
O total de levitas, com mais de um mês de idade foi de 23.000, 1000 levitas a mais do que no 1º censo, cf. 3.39
Em 7º lugar, em 26.63-65 temos a comprovação de que o 2º censo contou somente a 2ª geração além de Josué e Calebe.
Nesses versos finais constata-se que decorridos praticamente os 40 anos da caminha de Israel no deserto a sua população manteve-se quase igual a do 1º censo, demonstrando que Deus os abençoava com o dom da vida. Mesmo tendo morrido toda a 1ª geração, agora Israel estava novamente no momento de entrar e possuir a Terra prometida com o mesmo potencial que tinha no começo de sua jornada. E será que temos mais lições que podemos tirar do cap.26? Creio que é possível percebermos também que a conseqüência do pecado da incredulidade fez com que Israel demorasse 40 anos, uma geração para usufruir da bênção que Deus lhe tinha prometido. Mas, sobretudo, é possível perceber que o nosso Deus é o Deus do recomeço e assim, como veremos também em Deuteronômio e Josué, mesmo sendo disciplinado, Israel pode enfim experimentar a promessa e entrar em Canaã. Você tem experimentado a misericórdia, o perdão e a graça de Deus sobre a sua vida? Lembre-se: a disciplina divina é sinal de nossa filiação.
Bom chegamos assim ao final de mais um tempo de estudos. Agradeço a Deus por sua capacitação e pela iluminação do Espírito Santo. Agradeço a você a sua companhia e minha oração é que você possa colocar em prática os ensinamentos que vimos durante esse programa.
Que o Senhor te abençoe.
Um abraço.
© 2014 Através da Biblia

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