terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Levítico 22

Levítico 22
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e com muita alegria o saudamos em nome de Jesus. Seja bem-vindo ao nosso convívio. Estamos construindo uma trajetória especial de estudarmos a Bíblia toda, analisando os seus diversos textos, retirando deles lições para as nossas vidas serem mais agradáveis a Deus. Espero que esse objetivo seja fator de motivação para você nos acompanhar em mais um tempo de estudo e meditação na Palavra de Deus. Mas você que tem sido fiel em nos acompanhar sabe que só saberemos se estamos sendo bênção para você, se estamos atingindo as suas expectativas, através das correspondências que vocês nos enviam. Foi o que fez o PPR nosso irmão de Brusque em Sta. Catarina. Ele nos escreveu as seguintes palavras: “Meus pais há muito tempo já ouviam o programa Através da Bíblia com o pr. Davi Nunes. Gostaria de receber informações a respeito deste programa”. Querido irmão, muito obrigado por suas palavras e muito obrigado pelo testemunho de sua vida familiar. Quanto ao Pr. Davi Nunes ele está se dedicando ao ministério pastoral na Paraíba e coube a mim, Pr. Itamir Neves o privilégio de dar seqüência a esses estudos tão especiais da Palavra de Deus. O nosso alvo é estudar a Bíblia toda num prazo de cinco anos. Assim, a nossa oração é que o Senhor nos abençoe e esses programas atinjam o objetivo de edificar o corpo de Cristo. Gostaria de convidá-lo junto com os demais irmãos e amigos a colocar este programa nas mãos de Deus. Vamos orar: “Senhor obrigado porque tu nos ouves e porque temos acesso direto ao Senhor. Te pedimos, ilumina-nos e capacita-nos pelo teu Espírito para cumprirmos a Tua Palavra. Conceda-nos esta bênção, pois te pedimos, em nome de Jesus, Amém!”.
Querido amigo estamos diante do capítulo 22 de Lv. e hoje queremos estudar todos os seus 33 versos. Como dissemos no programa anterior, este capítulo22 com o capítulo 21 formam um bloco de regulamentações que afetava diretamente os sacerdotes na sua função ministerial. Essas regulamentações quando lidas por nós, que estamos no tempo da nova aliança podem parecer difíceis de serem aplicadas à nossa realidade, mas quando as estudamos mais profundamente percebemos que elas são validas e tremendamente úteis para as nossas vidas. Por isso quero convidá-lo a abrir a sua Bíblia para me acompanhar nas considerações sobre este capítulo. Ao lermos o seu conteúdo podemos dividi-lo em 7 grandes porções e, ao considerar, em separado, cada uma dessas divisões certamente vamos perceber a sua relevância para as nossas vidas. Minha oração é que Deus o abençoe através desse estudo. Vamos estudar cada uma dessas porções:
Em 1º lugar, nos vs.1-2 temos o objetivo das orientações.
1 Disse o SENHOR a Moisés: 2 Dize a Arão e aos seus filhos que se abstenham das coisas sagradas, dedicadas a mim pelos filhos de Israel, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o SENHOR. Como é possível constatar-se nessa 1ª abordagem Deus está relembrando que assim como os demais israelitas eles, os filhos de Arão poderiam também se contaminarem e se isso acontecesse eles deveriam se abster das ofertas sacrificiais do povo, com o objetivo de não contaminarem o nome de Deus. Até a porção que cabia ao sacerdote comer era santa diante do Senhor. Se um dos sacerdotes estivesse impuro deveria abster-se das refeições cerimoniais.
Em 2º lugar, nos vs.3-9 temos a proibição da participação do sacerdote contaminado nas ofertas sagradas.
3 Dize-lhes: Todo homem, que entre as vossas gerações, de toda a vossa descendência, se chegar às coisas sagradas que os filhos de Israel dedicam ao SENHOR, tendo sobre si a sua imundícia, aquela alma será eliminada de diante de mim. Eu sou o SENHOR. 4 Ninguém da descendência de Arão que for leproso ou tiver fluxo comerá das coisas sagradas, até que seja limpo; como também o que tocar alguma coisa imunda por causa de um morto ou aquele com quem se der a emissão do sêmen; 5 ou qualquer que tocar algum réptil, com o que se faz imundo, ou a algum homem, com o que se faz imundo, seja qual for a sua imundícia. 6 O homem que o tocar será imundo até à tarde e não comerá das coisas sagradas sem primeiro banhar o seu corpo em água. 7 Posto o sol, então, será limpo e, depois, comerá das coisas sagradas, porque isto é o seu pão. 8 Do animal que morre por si mesmo ou é dilacerado não comerá, para, com isso, não contaminar-se. Eu sou o SENHOR. 9 Guardarão, pois, a obrigação que têm para comigo, para que, por isso, não levem sobre si pecado e morram, havendo-o profanado. Eu sou o SENHOR, que os santifico. Vamos destacar alguns pontos:
1)Querido amigo, a pureza e a santidade eram obrigatórias para todos os que ministravam ao Senhor, portanto qualquer sacerdote que estivesse impuro por qualquer razão não poderia exercer suas funções oferecendo os sacrifícios ao Senhor, correndo o risco de ser eliminado do meio de Israel.
2)As razões da contaminação poderiam ser diversas: lepra, fluxo, tocar em coisas imundas por causa de um morto, emissão de sêmen, tocar num réptil, ou tocar num homem que estivesse impuro; por todas essas razões o sacerdote ficaria impuro até a tarde, até o por do sol e não poderia se alimentar das ofertas sagradas até que se banhasse em água. Mas, ainda no v.8 um outro detalhe dessa regulamentação foi destacado: do animal que morreu por causas naturais ou que fora dilacerado, isto é, morto por animais selvagens os sacerdotes também não deveriam comer para não se contaminarem.
3)Essa regulamentação deveria ser atendida corretamente para que não sofressem as conseqüências do seu pecado. As leis de santidade e pureza eram as mesmas para os sacerdotes e para o povo e tinham conseqüências severas. Quem descumprisse essas leis, quem não obedecesse as obrigações para com Deus, seria morto, seria executado, pois estaria profanando alei divina. Quem queria essa obediência irrestrita era O Senhor que os santificava.
Em 3º lugar, nos vs.10-16 temos a proibição da participação de outras pessoas, que não familiares dos sacerdotes nas refeições cerimoniais. Vamos ler esses versos:
10 Nenhum estrangeiro comerá das coisas sagradas; o hóspede do sacerdote nem o seu jornaleiro comerão das coisas sagradas. 11 Mas, se o sacerdote comprar algum escravo com o seu dinheiro, este comerá delas; os que nascerem na sua casa, estes comerão do seu pão. 12 Quando a filha do sacerdote se casar com estrangeiro, ela não comerá da oferta das coisas sagradas. 13 Mas, se a filha do sacerdote for viúva ou repudiada, e não tiver filhos, e se houver tornado à casa de seu pai, como na sua mocidade, do pão de seu pai comerá; mas nenhum estrangeiro comerá dele. 14 Se alguém, por ignorância, comer a coisa sagrada, ajuntar-se-lhe-á a sua quinta parte e a dará ao sacerdote com a coisa sagrada. 15 Não profanarão as coisas sagradas que os filhos de Israel oferecem ao SENHOR, 16 pois assim os fariam levar sobre si a culpa da iniqüidade, comendo as coisas sagradas; porque eu sou o SENHOR, que os santifico.
Querido amigo, através desses versos temos uma definição de quais os parentes dos sacerdotes poderiam participar dos alimentos sacrificiais. A palavra “estrangeiro” no v.10, na verdade, significa qualquer outra pessoa que não fosse sacerdote ou levita, exceto se fosse um empregado de algum sacerdote. Porque a santidade do sacerdote era compartilhada pelos membros da sua família, incluindo os seus escravos, somente eles poderiam participar do alimento reservado para o uso dos sacerdotes. Uma filha de um sacerdote que se casasse com um leigo, isto é, com um não levita, ela não seria mais considerada da família e, assim não participaria mais dessas refeições, mas se, porém ela enviuvasse ou voltasse para a casa do seu pai nas mesmas condições que tinha saído, essa poderia se alimentar com essas comidas sagradas.
Qualquer israelita leigo que acidentalmente comesse desses alimentos específicos para os sacerdotes deveria dar, devolver ao sacerdote a mesma porção que tinha ingerido acrescido de mais um quinto, de mais 20% como oferta pela culpa.
Em 4º lugar, nos vs.17-25 temos a regulamentação sobre a oferta de animais defeituosos. O texto diz assim:17 Disse mais o SENHOR a Moisés: 18 Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel e dize-lhes: Qualquer que, da casa de Israel ou dos estrangeiros em Israel, apresentar a sua oferta, quer em cumprimento de seus votos ou como ofertas voluntárias, que apresentar ao SENHOR em holocausto, 19 para que seja aceitável, oferecerá macho sem defeito, ou do gado, ou do rebanho de ovelhas, ou de cabras. 20 Porém todo o que tiver defeito, esse não oferecereis; porque não seria aceito a vosso favor. 21 Quando alguém oferecer sacrifício pacífico ao SENHOR, quer em cumprimento de voto ou como oferta voluntária, do gado ou do rebanho, o animal deve ser sem defeito para ser aceitável; nele, não haverá defeito nenhum. 22 O cego, ou aleijado, ou mutilado, ou ulceroso, ou sarnoso, ou cheio de impigens, não os oferecereis ao SENHOR e deles não poreis oferta queimada ao SENHOR sobre o altar. 23 Porém novilho ou cordeiro desproporcionados poderás oferecer por oferta voluntária, mas, por voto, não será aceito. 24 Não oferecereis ao SENHOR animal que tiver os testículos machucados, ou moídos, ou arrancados, ou cortados; nem fareis isso na vossa terra. 25 Também da mão do estrangeiro nenhum desses animais oferecereis como pão do vosso Deus, porque são corrompidos pelo defeito que há neles; não serão aceitos a vosso favor.
Estes versos mostram que somente o melhor deveria ser oferecido a Deus, cf.veremos posteriormente em Ml 1.8. Somente a entrega de um animal criado com cuidado e que fosse perfeito é que agradaria o Senhor. A entrega de um animal defeituoso em sacrifício a Deus demonstrava a falta de seriedade do adorador. Mostrava que o adorador, fosse ele israelita ou estrangeiro que habitasse com Israel, não honrava a Deus, não dignificava a Deus como Deus único e verdadeiro. Mas como Deus é misericordioso, o animal defeituoso por problemas genéticos poderia ser oferecido como oferta voluntária, pacífica.
Querido amigo você sabe por que Deus deu essa recomendação tão explicita? A resposta se encontra em dois versos: “Para que seja aceitável” cf. o início do v.19, e, “não serão aceitos a vosso favor” cf. o final do v.25. Você entendeu a razão dessas regulamentações? Vamos lá, deixe-me ajudá-lo: O sacrifício oferecido de maneira inadequada não tornaria aceitável aquele adorador diante do Senhor e se também os animais fossem imperfeitos, eles não seriam aceitos em favor dos adoradores.
Mais uma vez então repetimos: o que fazemos para o Senhor deve ser o melhor!
Em 5º lugar, nos vs.26-28 temos a proibição do sacrifício de animais muito novos. Ouça a leitura desses versos: 26 Disse mais o SENHOR a Moisés: 27 Quando nascer o boi, ou cordeiro, ou cabra, sete dias estará com a mãe; do oitavo dia em diante, será aceito por oferta queimada ao SENHOR. 28 Ou seja vaca, ou seja ovelha, não imolarás a ela e seu filho, ambos no mesmo dia.
A idéia implícita nesses versículos é muito importante e demonstra a maneira como se encarava a vida naqueles dias. Matar um animal logo depois de vir à luz era uma demonstração de completo desrespeito à vida. E como já vimos anteriormente, só Deus tinha o poder sobre a vida ou a morte. Alguns estudiosos entendem que essa ordenança tinha um caráter humanitário mesmo tratando-se de animais. Outros entendem que a razão dessa ordem era deixar clara a diferença entre a vida e a morte. O animal deveria viver antes de perder a sua vida em um sacrifício. A morte de um doador de vida, a vaca, era diferente da morte de um receptor de vida, o bezerro. Mas, validando as duas idéias, matar um animal junto com sua cria recém-nascida era uma maneira de desrespeitar a santidade de Deus, pois alguns povos idolatras tinham esse costume. Deus queria que o seu povo fosse totalmente diferente.
Em 6º lugar, nos vs.29-30 temos a ordem para que as ofertas de gratidão fossem totalmente queimadas. O texto diz assim:
29 Quando oferecerdes sacrifício de louvores ao SENHOR, fá-lo-eis para que sejais aceitos. 30 No mesmo dia, será comido; e, dele, nada deixareis ficar até pela manhã. Eu sou o SENHOR.
Querido amigo nessas palavras percebemos que Deus queria abençoar o seu povo e, portanto os estimula a obedecerem suas regulamentações para que fossem aceitos por Ele mesmo. E a ingestão da comida no mesmo dia faz lembrar das instruções sobre a Páscoa que deveria ser comida no mesmo dia.
Em 7º lugar, nos vs.31-33 temos a ordem para obedecer afim de evidenciar a santidade de Deus. Essa ordem para obedecerem os mandamentos do Senhor é extensiva a nós, cristãos, que estamos vivenciando a nova aliança. Um estudioso norte-americano, Dr.Bonar percebeu nesses versos cinco razões pelas quais os israelitas deveriam servir a Deus obedecendo essas instruções de santificação, vistas em Lv 21 e 22. Essas 5 razões foram apresentadas por Deus e são extensivas a nós, cristãos.
Em primeiro lugar Deus diz: "Eu sou o Senhor”.(v.31) Deus é o Senhor, é o Criador deste universo, por isso Ele tinha e tem o direito de exigir obediência, e santidade dos israelitas e também de nós.
Em segundo lugar ele diz: "Serei santificado no meio dos filhos de Israel”.(v.32). Esta idéia de Deus ser santificado significa que Ele deveria ser separado, Ele deveria ser destacado, deveria ser o único tanto para os israelitas como também para nós.
Em terceiro lugar: a frase: "Eu sou o Senhor que vos santifico”.(v.32) é muito significativa. Deus quer que você ande cada vez mais próximo a Ele. Sabe por quê? Porque sozinho você não consegue se santificar, pois Deus é quem santifica você e também a mim. Dependemos de Deus para a nossa santificação. Se ele não tivesse enviado o seu filho Jesus Cristo para morrer por nossos pecados lá na cruz, você e eu não poderíamos ser santificados.
Em quarto lugar Ele nos diz: "Eu sou o Senhor que vos tirei da terra do Egito”.(v.33) É isto mesmo, foi Deus quem libertou os israelitas do Egito, e é Ele também que nos liberta dos nossos pecados devido ao seu grande amor. Só Deus pode salvar uma pessoa, ninguém mais. A Bíblia ensina que Deus nos salva a pela sua maravilhosa graça. A Bíblia diz que nós estamos em dívida com Deus por causa dos nossos pecados, mas Jesus Cristo com a sua morte na cruz, pagou essa nossa dívida com Deus. Agora estamos livres de qualquer dívida. Não é por causa desta salvação que você ganhou de Deus que você o ama? Então ter uma vida santa, não é um dever seu, ou uma obrigação, mas você vive de modo santo porque você ama a Deus, e quer agradá-lo. Obedecemos ao Senhor Deus, porque o amamos. Ele libertou os israelitas do Egito. E liberta os crentes dos seus pecados. Por isso nós o amamos e lhe obedecemos desejando e buscando a santidade.
E em quinto lugar Deus nos diz: "Para ser o vosso Deus" (v.33) Querido amigo, permita-me lhe fazer uma pergunta: Ele é o seu Deus? Se você respondeu que sim. Então esta é a 5ª razão porque você deve obedecer-lhe e buscar a santidade. O mundo está observando tanto a você como a mim. A mensagem do evangelho que nós proclamamos com nossos lábios deve ser vivida em todo o nosso ser. As pessoas não estão lendo a Bíblia, mas estão prestando atenção em você e em mim. Eu fico imaginando o que é que eles estarão aprendendo com você e comigo. Somos a Bíblia do descrente. O apóstolo Paulo diz que nós somos cartas vivas. E são essas cartas que o povo descrente lê. Aqueles que ainda não têm a Cristo recebe a mensagem da Palavra de Deus através da nossa vida. Jesus Cristo disse que nós somos a luz do mundo, e que nós devemos fazer resplandecer a nossa luz, para que os homens vejam as nossas boas obras e glorifiquem nosso pai que está nos céus. Que Deus nos abençoe nesse propósito e nesse desafio de obedece-lo e dEle testemunhar.
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos.
Somos gratos a Deus por sua capacitação e agradecemos a você por sua sintonia.
Quero lembrá-lo mais uma vez que daqui a cinco programas iniciaremos os nossos estudos em Lucas. Vá se preparando e tente formar um grupo de amigos para juntos estudarmos esse evangelho tão precioso.
Escreva pra nós, queremos ouvir o que Deus tem feito em sua vida!
Um forte abraço,
Deus te abençoe,
© 2014 Através da Biblia

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