terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Tiago 5.13-18

Tiago 5.13-18
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia, quero saudá-lo, desejando sobre você e toda a sua família as mais preciosas bênçãos do Senhor. É um prazer estar junto com você nesse encontro em que temos estudado a Palavra do Senhor e especificamente hoje nos alegramos muito quando chegamos ao penúltimo programa de estudo da carta de Tiago. Como temos repetido, para nós é muito bom saber que você está dedicando esse tempo específico para a meditação na Palavra de Deus. Aproveito a oportunidade de lembrar a você que daqui a dois programas já estaremos estudando os aspectos introdutórios do livro do profeta Joel, portanto, ainda há tempo de você convidar alguém ou formar o seu pequeno grupo para estudar em dez ocasiões esse profeta que tem sido chamado de “o profeta do Espírito Santo”. Você sabe que o estudo contínuo da Bíblia é um privilégio, mas é também um dever, pois ela é nosso alimento espiritual. No início desse programa quero registrar as palavras do Pastor Andre Luiz. Esse foi o e-mail que ele nos enviou de São João do Rio do Peixe, no estado da Paraíba. 1019 “Amados Irmãos! Estou na escuta aqui em São João do Rio do Peixe, Sertão Paraibano. E aproveito para mandar um abraço a todos os Irmãos da Igreja Evangélica de Vila Yara em Osasco.” Pastor André Luiz Ferreira - Igreja Evangélica Sertaneja – São João do Rio do Peixe – PB- email. Querido amigo, muito obrigado por suas palavras e por sua audiência ao nosso programa. Ficamos muito alegres quando recebemos essas palavras de apoio, afinal o nosso propósito é esse: tanto estudar a Bíblia com vocês como manter esse diálogo sempre agradável com cada um dos ouvintes. Temos dado graças a Deus pela acolhida tão fraterna que temos tido do nosso programa. Louvamos a Deus pela vida de todos vocês que nos trataram com muito carinho. Mas ficamos também muito alegres quando ouvimos que temos irmãos que estão envolvidos no ministério de proclamar a Palavra de Deus. Nossa oração é que esses estudos possam ajudá-lo ainda mais na divulgação da boa semente divina. Obrigado por suas orações em favor do programa. Saiba que também estaremos orando por você para que o seu ministério possa ser frutífero aí onde Deus o colocou. Mandamos um abraço para os irmãos da igreja de Vila Yara, bem como para todos os nossos ouvintes que nos acompanham continuamente. E é para todos vocês que me dirijo agora. Quero convidar a todos vocês e você especificamente a nos colocar diante do Senhor com nossos pedidos e agradecimentos. Por isso oramos assim: "Querido Deus e Pai, chegamos à tua presença reconhecendo tua soberania, teu poder, tua onisciência. Reconhecemos que tudo conheces e sabes que necessitamos da iluminação do teu Espírito para o nosso estudo de hoje. Pai misericordioso, te pedimos então que tenhamos nossas mentes abertas para ouvirmos Tua Palavra e capacitação para obedecê-la. Abençoa o teu filho lá em São João do Rio do Peixe. Oramos em nome de Jesus Cristo, Amém"!
Querido amigo hoje temos como alvo estudarmos o penúltimo paragrafo da carta de Tiago. Vamos estudar o texto de Tg 5.13-18. Esse texto nos fará refletir sobre a oração, essa pratica cristã tão recomendada por toda a Bíblia.
Certa vez Jesus disse aos seus discípulos: Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe (conf. Lc 17.3-4). Diante dessas palavras os discípulos se surpreenderam e disseram: Senhor: Aumenta-nos a fé (Lucas 17:5). Eles perceberam que para agir dessa maneira era necessária a fé e uma fé vigorosa. Às vezes, usamos esta história para falar da necessidade de ter uma fé forte, mas Jesus disse que isso não exigiria muita fé! Na verdade, Jesus quis enfatizar a oração, a oração com fé. Ele, então lhes disse: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplante-te no mar; e ela vos obedecerá (Lucas 17:6). A ênfase não é a grande fé deles, mas para pequena fé num poderoso Deus. E, essa é uma verdade reconfortante.
Há, pelo menos, cinco atitudes que estão envolvidas no ato de orarmos com fé:
1) Temos que crer que Deus existe e que é ... galardoador dos que o buscam ... (Hebreus 11:6). Um infiel não deveria fazer pedidos a Deus. Todo aquele que deixa de orar está dando um passo para a infidelidade (Romanos 1:21).
2) Temos que crer no que Deus disse a respeito da oração. Alguns pensam que, desde que os dias dos milagres acabaram, Deus não pode responder às orações. Ainda que não possamos entender a providência de Deus, podemos crer que Deus responderá às orações porque ele prometeu que o faria, pois mesmo disse: Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir (conf. Is 59.1).
3) Temos que crer que precisamos do que pedimos e que Deus pode nos dar. Tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebeste, e será assim convosco (Marcos 11:24). Tiago disse que aquele que duvida ... é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos (Tiago 1:6-8).
4) Temos que saber que a amizade com o mundo impede a resposta às nossas orações. ... pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus (Tiago 4.3-4). O nosso envolvimento com o mundo, a nossa dependência das soluções humanas e mundanas nos fazem sair da dependência de Deus e, assim não temos respostas às nossas orações.
5) Temos que entender que precisamos pedir de acordo com a vontade do Senhor. E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve (1 João 5:14). Nossa atitude precisa ser sempre ... se o Senhor quiser, não só viveremos, como faremos isto ou aquilo ..." (Tiago 4:15).
Mas, pergunta-se: Como podemos orar "com fé" e ainda ter a atitude "se o Senhor quiser"? Primeiro, precisamos examinar a vontade de Deus e harmonizar nossos pedidos com sua revelação. Tiago ilustrou o poder da oração usando o exemplo de Elias, que orou pela seca e depois orou pela chuva (Tiago 5:17-18). Deus respondeu a sua oração, não somente por causa da sua fé, mas porque era sua vontade. Moisés tinha escrito: Guardai-vos não suceda que o vosso coração se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos prostreis perante eles; que a ira do Senhor se acenda contra vós outros, e feche ele os céus, e não haja chuva, e a terra não dê a sua messe, e cedo sejais eliminados da boa terra que o Senhor vos dá (Deuteronômio 11:16-17). Primeiro, nossa dificuldade é que nem sempre sabemos o que Deus quer numa situação específica. Segundo, precisamos perceber que Deus ... sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais ... (Mateus 6:8), e assim como os pais terrenos não atendem a todos os pedidos, nosso Pai celestial nos dá o que necessitamos (Mateus 7:8-11).
Nossa fé não deve estar simplesmente no poder da fé, mas no poder de Deus. Fé como um grão de mostarda ... removerá ... montes ... (Mateus 17:20). Não, não montanhas literalmente falando, mas fortes obstáculos que ficam no nosso caminho. Você está tendo dificuldade com seus familiares, no seu serviço, na sua escola, em perdoar seu irmão, em sair de uma situação difícil? Apenas uma pequena fé em Deus que demonstrou ... seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:8) ajudará você a superar essa montanha! Pessoas que têm sido perdoadas não devem achar difícil perdoar. Pessoas que tiveram seus problemas resolvidos por Deus serão aquelas com maior facilidade para te ajudar, para interceder por você. Você está tendo dificuldades para superar? Uma pequena fé no Cristo, que deu a si mesmo por nós, o ajudará a entender o verdadeiro amor. Você está tendo alguma dificuldade com algum mau hábito ou vício? Ele não pode estar tão profundamente arraigado que Deus não possa removê-lo. Você está doente, com um diagnóstico muito grave dado pela medicina? Você crê que Deus pode removê-lo? Creia! Por que para Deus não há impossíveis. O Deus que move montanhas está agindo em seu favor!
Precisamos aumentar nossa fé. Porém, o poder não está no ato de crer, mas na pessoa em quem cremos! Jesus não exige uma grande fé, mas uma pequena fé em um grande Deus! Por isso é que Tiago nos diz que: ... Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo ... O título para essa reflexão é:
O valor da oração na vida cristã
Tg 5.13-18
Introdução
A relação destes versos com o verso doze que estudamos no programa passado pode não ser tão clara quando da primeira abordagem, mas depois percebemos que Tiago nos mostra que ao invés de jurarmos (v.12) os cristãos têm o recurso da oração. Este texto relaciona a oração com diversas circunstâncias da nossa vida cristã. Para essas e outras circunstâncias Tiago nos convoca a crer no poder de Deus e percebermos o valor da oração para todas as situações em nossa vida cristã: Em resumo, ele diz:
Em todas as circunstâncias da vida podemos levar tudo a Deus em oração.
Tiago nos mostra três circunstâncias que devemos levar a Deus
em oração.
A 1ª circunstância que devemos levar a Deus em oração é quando estamos sofrendo ou estamos alegres - v.13
5.13 Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores.
1. O sofrimento e a alegria são comuns a todos - FI. 1.7, 13; 4.4
- Todos cristãos podem ser afligidos (desanimados ou deprimidos) –
- Todos buscamos e experimentamos a alegria (exultação) em nosso viver -
2. Como reagir ao sofrimento? - v.10
- Buscando modelos de homens piedosos -
3. A solução para o sofrimento -
- Entregar o sofrimento a Deus, em oração (com gemidos espirituais) -
4. Como reagir a alegria? -
- Compartilhamos esse sentimento com outros -
5. Qual a nossa postura diante de momentos alegres? -
- Cantar louvores, com fé jubilante, agradecendo a Deus, em oração –
A 2ª circunstância que devemos levar a Deus em oração é quando estamos enfermos - v.14 e 15a
14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. 15 E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará ...
1. A enfermidade é comum a todos - FI.2.25-27
- Os cristãos não estão imunes às enfermidades -
2. Como reagir diante da enfermidade? -
- Chamar os presbíteros da igreja para que orem pelo enfermo -
3. Como os presbíteros devem agir quando são convidados a orarem?
- Os presbíteros devem ungir o enfermo com óleo, em nome do Senhor –
- Os presbíteros devem orar com fé -
4. Qual o significado dessa unção com óleo?
- Conforme a BEV (, p. 1895), na época do Novo Testamento o óleo era usado com propósitos medicinais (conf. Is 1.6; Lc 10.34). Quando ministrado pelos presbíteros, em nome do Senhor, porém, assumia um caráter espiritual. Simboliza o derramamento do Espírito Santo sobre a pessoa necessitada de uma cura sobrenatural, milagrosa. Os cristãos reconhecem que toda cura vem de Deus, seja por meio da oração, seja pela medicina.
5. Qual a conseqüência dessa prática? -
- A oração da fé (não o presbítero, nem o óleo) salvará (curará) o enfermo (cura física) -
- O Senhor o levantará (do seu leito de enfermidade) –
A 3ª circunstância que devemos levar a Deus em oração é quando enfrentamos o pecado - v.15b e 16a
... e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. 16 Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados.
1. O pecado atinge a todos - FI.2.14-15
- Todos pecaram ... -
- A relação entre doença e pecado nos tempos antigos – Era comum imaginar-se que as doenças eram causadas por algum pecado (conf. Jó 8.1-10; Jo 9.2-3)
2. Como reagir diante do pecado -
- A oração de confissão mútua, a confissão feita a Deus, trás o perdão dos pecados -
3. Qual a prática nos relacionamentos cristãos? –
- Confessar os nossos pecados uns aos outros – A confissão terapêutica cura
4. O que acontece quando confessamos nossos pecados aos irmãos?
- Ao confessar nos relacionamos com os irmãos - 16b; Criamos uma marca histórica
- Como membros da família de Deus nos relacionamos uns com os outros –
- O desenvolvimento da mutualidade é esperado pelo Senhor - F1.4.6
5. O que acontece quando a mutualidade é desenvolvida?
- Através da confissão e orações mútuas criamos mais empatia uns com os outros -
- A conseqüência do desenvolvimento da mutualidade é a cura, é o perdão dos pecados –
- É importante lembrarmos que Tiago usa dois verbos: levantar e perdoar, com o sentido de restaurar. Quando ungimos com óleo e oramos pela cura ou pelo perdão dos pecados é correto pressupor que Deus responderá à nossa oração. A cura física depende de muitos fatores, incluindo a vontade de Deus. Porém a saúde espiritual, deve ser o nosso desejo supremo. Deus pode ou não conceder a cura física, mas ele sempre esta disposto a perdoar o pecador arrependido.
Conclusão -
Muito pode por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhantes a nós sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos (conf. v.16c, 17 e 18).
1. O exemplo do profeta Elias-
- Elias era um homem justo, com sentimentos iguais aos nossos -
- Elias orou com instância -
- Elias foi atendido por sua súplica -
2. O desafio para nós -
- Nós somos justificados por Deus, e temos sentimentos iguais aos de Elias -
- Nós somos desafiados a orar com instância -
- Nós somos atendidos conforme a vontade de Deus.
Querido amigo, a oração é um exercício que pode solucionar os problemas ao mesmo tempo em que ajuda quem está sofrendo a suportar com paciência as tribulações. A oração é um exercicio espiritual que conduz a pessoa à melhoria de sua vida por confiar e depender do cuidado de Deus. E mesmo nas horas de alegria, nos momentos em que tudo vai bem devemos reconhecer que todas as bênçãos vem do Senhor.
Que o Senhor te abençoe a exercitar essa área tão importante em sua vida cristã.
Que Deus te abençoe. Um grande abraço. Até o próximo programa.

© 2014 Através da Biblia

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