quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Números 16

Números 16
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Certamente você tem aprendido lições importantes para aplicar em sua vida. E é exatamente isso que o C.T. com 8 anos de vida cristã de Osasco, SP, fez, escrevendo essas palavras: "Eu glorifico a Deus pelo Programa Através da Bíblia. Com toda certeza Deus tem alegria por este ministério e a cada dia tem acrescentado os que dele são beneficiados. Estou crescendo a cada versiculo explanado. Que Deus derrame mais e mais de sua Unção sobre os Irmãos! Existe alguma possibilidade de obter estudos passados? Obrigado!” Querido amigo como tenho anunciado, estamos trabalhando para que todo o material já divulgado seja colocado à disposição dos que quiserem adquiri-lo. Somos gratos a Deus pelo interesse de vocês, mas aguarde mais um pouco. Também agradecemos a Deus porque através desse programa muitos estão abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus. Muito obrigado por suas palavras de incentivo. Agora, quero convidá-lo àquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Como tu conheces a necessidade de cada um de nós, Pai buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Obrigado pela preciosa salvação em Jesus. Oramos em nome de Jesus. Amém!".
Querido amigo hoje temos como alvo estudarmos os caps. 16-17 do livro de Nm. Os 2 capítulos nos apresentam a narrativa de uma rebelião do povo contra a Moisés e Arão, os líderes que Deus escolhera para dirigir o povo. Esses capítulos nos mostram também as terríveis conseqüências que os rebeldes tiveram por seu pecado. Vamos dividir o cap.16 em 10 parágrafos e o cap. 17 em 3 parágrafos. Peço, então que você abra a sua Bíblia nessa passagem e vamos estudá-la com o objetivo de perceber o que Deus quer nos ensinar.
Em 1º lugar, nos vs.1-2 temos os responsaveis pela revolta.
Essa identificação dos que se rebelaram contra Moisés e Arão é importante para percebermos que esses revoltosos ocupavam posição de destaque na comunidade israelita. Corá era um levita, dos coatitas e tinha uma função bem específica: tinha o privilégio de juntamente com suas famílias transportar nos ombros os utensílios do santuário quando das locomoções de Israel. Corá se reuniu com rubenitas, descendentes do filho mais velho de Jacó, dentre os quais se destacaram Datã, Abirão e Om. Com eles se reuniram 250 israelitas bem conhecidos pois faziam parte do concílio de Israel. Todos esses se insurgiram contra Moisés. Quando deixamos o ciume e a inveja controlarem nossas vidas mesmo pessoas que tem posições de destaque podem cometer desatinos. Quando não cuidamos do nosso coração e das nossas motivações muitas vezes cometemos pecados contra nossos irmãos.
Em 2º lugar, nos vs.3-11 temos o motivos da revolta e o desafio de Moisés.
Corá e todos que o seguiram reclamaram da liderança espiritual de Moisés e Arão, pois entendiam que os 2 se colocavam acima de toda a congregação israelita. Disseram que se todo povo era santo não era direito Moisés e Arão ocuparem aquele lugar de líderes. Quando Moisés tomou conhecimento dessa queixa, Moisés prostrou-se com o rosto em terra e fez o deveríamos fazer nessas situações: certamente colocou o caso nas mãos do Senhor. Moisés então desafiou Corá a fazer um teste para saber quem deveria assumir o papel de liderança em Israel. O teste foi de ao amanhecer do dia seguinte, acender incesários para que o Senhor escolhesse quem deveria conduzir o povo. Moisés fez com que esses rebeldes também refletissem sobre a queixa deles. Deus os tinha abençoado fazendo deles, os levitas, a tribo que iria servi-Lo de modo especial. Deus tinha deixado os primogênitos que eram seus e tinha escolhido os levitas para ministrarem no Tabernáculo, diante dEle mesmo. Já era um grande privilégio servirem especificamente a Deus e agora estavam cobiçando as funções sacerdotais de Arão e sua família? Não era direito. Afinal, quem era Arão para que eles tivessem ciumes de suas responsabilidades? Arão também era descendente de Levi, portanto estava também servindo a Deus de acordo com a Sua vontade! É..., mas, a ingratidão, a falta de reconhecimento das bênçãos divinas pode nos cegar e impedir-nos de ver o que Deus tem feito de especial por nós.
Em 3º lugar, nos vs.12-15 temos a queixa dos rebeldes contra liderança de Moisés.
Datã e Abirã foram convocados à presença de Moisés para que soubessem do teste que deveriam fazer na manhã seguinte. Mas, por estarem com o coração fechado, por estarem tomados pelo ciúme e pela inveja não compareceram diante de Moisés e ainda reclamaram de que a sua liderança era ineficiente, pois, tinha prometido leva-los a uma terra que mana leite e mel e não tinha conseguido cumprir a sua palavra. Certamente esquecendo-se do relatório negativo dos 10 espias e da conseqüência daquela incredulidade eles mais uma vez desafiaram a liderança de Moisés e Arão. Em outras palavras eles disseram: pensa que todo o povo é cego e não está percebendo que você não cumpriu a promessa? Nós não iremos até você. Moisés se irou tremendamente e busco novamente a Deus em oração. Na oração de Moisés percebemos o seu lado humano justificando-se diante de Deus dizendo que não tinha prejudicado nenhum deles, pediu a Deus também que não aceitasse a oferta deles. Querido amigo a rebeldia nos leva por caminhos mais distantes da submissão às autoridades divinas. Foi essa a lição que Abirão e Datã nos deixaram. Mas a reação de Moisés buscando a Deus em oração nos ensina 2 outras lições: 1)Diante de qualquer problema é certo buscarmos a Deus em oração e Moisés fez isso! 2)Em nossas orações não precisamos nos justificar diante de Deus, pois Ele sabe como somos e sabe o quê as pessoas fazem para nós.
Em 4º,lugar, nos vs.16-18 temos a prova de fogo com os 250 rebeldes.
Moisés explicou que os 250 mais Arão deveriam acender seus incensários e se apresentar diante do Senhor. Pela aceitação do incenso, ficaria provado a quem Deus escolhia. Conf. o v.18 pegaram todos “cada qual o seu incensário, neles puseram fogo, sobre eles deitaram incenso e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moisés e Arão”. Querido amigo, todas as nossas ações devem ser feitas diante de Deus. Quando procedemos assim estamos nos abrindo diante do Senhor e diante dos homens. A nossa vida deve ser assim, clara e transparente. Devemos ter nossa consciência limpa diante dos homens e diante de Deus.
Em 5º lugar, nos vs.19-22 temos Moisés e Arão intercedendo pelo povo.
Convocou-se toda a congregação à porta da tenda, diante do Senhor para que o próprio Senhor desse a sentença. Corá incitou todos os seus seguidores e os israelitas contra Moisés e Arão. A glória do Senhor apareceu a todo o povo. Certamente houve um clima de temor diante dessa manifestação tão poderosa. Mas aprendemos que por Sua presença, Deus se importa com as nossas causas. Deus disse a Moisés e Arão para se afastarem dos rebeldes porque Ele iria fulminá-los. Mas, com o coração amoroso de Moisés e Arão se colocaram diante do Senhor intercedendo em favor de todo o povo, pois só um se manifestara rebelde. Querido amigo, a generosidade, o perdão, a certeza de que Deus ouve a nossa oração nos faz descansarmos no poder do juízo divino. Você tem agido dessa maneira para com os seus irmãos? É assim que você age em relação ao seu trabalho?
Em 6º lugar, nos vs.23-34 temos o juízo de Deus contra Corá e os seus
Deus ouviu a oração de Moisés e Arão e por não querer punir indiscriminadamente disse a Moisés que avissasse a congregação sair de perto das tendas, de onde estavam Corá, Datã e Abirão. Moisés avisou toda a congregação do perigo que corriam se ficassem proximos àqueles rebeldes. Numa atitude de afronta, Datã e Abirão estavam em pé à entrada das suas tendas com suas famílias. Provavelmente quando a glória do Senhor apareceu, como vimos, esses rebeldes saíram de diante do Tabernáculo e foram de volta às suas tendas, e assim o povo todo foi atrás. Você pode imaginar essa cena? O ambiente certamente era tenso. Havia temor no ar. Havia uma grande expectativa. Diante de toda a dureza de coração e para finalizar o assunto, cf. ov.29 Moisés tomou a palavra e lançou o desafio: se aqueles rebeldes morressem como normalmente morrem as pessoas, mesmo que fosse por meio de alguma doença isso indicava que Moisés não era o líder que Deus tinha colocado sobre Israel, mas se Deus fizesse algo sobrenatural, algo nunca visto, então isso comprovaria que o seu lugar era de fato a liderança do povo. O que Moisés queria demonstrar, queria ensinar ao povo é que se houvesse um castigo fora do padrão natural era um juízo direto da parte de Deus contra aqueles rebeldes. Assim, se a terra abrisse e engolisse aqueles rebeldes ficaria provado que Deus os estava punindo. Querido amigo, mais uma lição importante. Quando colocamos as nossas orações, quando colocamos as nossas causas diante de Deus temos que esperar que Ele complete a obra. É Ele quem vai agir. A batalha é dele e não é mais nossa. Temos que ter paciência e deixar que Deus aja. “Minha é a vingança, diz o Senhor”, cf. já vimos em Lv.19.18 e veremos em Rm 12.19; portanto devemos aguardar sua ação. E, foi isso que Moisés fez. Entregou o caso a Deus. Mal Moisés terminou de falar, Deus agiu conf. as suas palavras. A terra se abriu e e engoliu todos aqueles rebeldes, com suas famílias e todos os seus pertences. O juízo de Deus foi fulminante. A rebeldia, a insubmissão é punida severamente por Deus. Mas, um detalhe que ainda veremos, no cap. 26.11, é que os filhos de Corá, provavelmente nos últimos segundos percebendo o erro do seu pai, saíram de perto deles e se salvaram, não sendo engolidos nesse evento tão trágico. Querido amigo, quando nos arrependemos Deus está sempre pronto a nos perdoar, mesmo que seja no último suspiro. A salvação do ladrão na cruz é um bom exemplo dessa longanimidade divina. Mas,... não espere até lá, você não sabe quando Deus vai te chamar a prestar contas com Ele. Hoje, nesse momento é a hora do arrependimento, de deixar os caminhos errados e nos voltarmos para Deus e nos envolvermos com o seu povo!
Em 7º lugar, nos vs.35-40 temos o juízo de Deus contra os 250 sacerdotes.
O juízo de Deus também atingiu todos os que se rebelaram contra a liderança de Moisés e Arão, dando ouvidos a Corá, Datã e Abirão. Assim, aqueles que queriam a posição de sacerdotes e queimavam incenso foram consumidos pelo fogo do juízo do Senhor. Ora se os 250 morreram a pergunta lógica é: o que se faria com aqueles 250 incensários? Deus já tinha uma solução para aquela situação. Eleazar, filho de Arão que era um legítimo sacerdote deveria limpá-los longe do arraial, desfazê-los, transformando-os em lâminas para servirem como cobertura do altar como sinal da desobediência daqueles que se autoproclamaram sacerdotes. Querido amigo você percebe como a associação com aqueles que não se submetem ao Senhor pode trazer-nos conseqüências terríveis? Foi isso que experimentaram esses 250 sacerdotes. Cuide sempre com quem você anda, com quem você se associa. Querido amigo, em nossos dias, em meio à igreja brasileira, devemos ter muito cuidado com aqueles que se auto intitulam “servos de Deus”, “representantes de Deus”, como aqueles que se auto proclamaram sacerdotes, sem a aprovação de Deus. Seguir esses que se auto denominam pode trazer conseqüências fatais aos desavisados.
Em 8º lugar, nos vs.41 temos a reclamação do povo pela morte dos rebeldes.
Poderíamos imaginar que todo episódio tivesse terminado com a punição dos culpados e a afirmação de Moisés e Arão como os líderes dados por Deus a Israel. Mas, não. Quando o vírus da insubmissão ataca, mesmo depois de eliminados os seus portadores, muitas vezes alguma contaminação ainda persiste. E foi o que aconteceu. A população ainda murmurou. Essa murmuração, apesar do terrível juízo divino nos mostra quão grave foi a rebelião. A rebeldia de Corá e seus aliados havia contaminado o povo. A acusação do povo, conf este verso, literalmente foi: “vós matastes o povo do Senhor” e, com isso percebemos que o povo não conseguiu enxergar que fora Deus quem os punira pela rebelião. Querido amigo, quando estamos com nossos corações contaminados pelo mal, não conseguimos ver as ações de Deus. Olhamos com os olhos humanos e vemos somente as circunstâncias. Precisamos olhar a vida com olhos espirituais, vendo as ações Deus!
Em 9º lugar, nos vs.41-48 temos a ira de Deus interrompida pela oração.
Diante dessa reação do povo, novamente Deus queria destruí-los. A santidade divina exige o castigo pelo pecado. Mas, como já tinha ocorrido na ocasião do bezerro de ouro, cf. estudamos em Êx 32, Moisés se colocou como mediador diante de Deus. Sua intercessão nos faz lembrar de Jesus Cristo que é o nosso único e perfeito mediador entre Deus e os homens, cf. 1Tm 2.5. Moisés e Arão tiveram um papel fundamental em desviar o furor de Deus de sobre o povo. Provavelmente enquanto Moisés orava e pedia a misericórdia divina, o texto nos diz que Arão se apressou e queimou incenso em meio ao povo, em meio aos mortos e vivos. Que praga foi essa? Embora o texto não esclareça, provavelmente foi o fogo consumidor da glória divina. Mas outra pergunta importante é: somente a queima de incenso era suficiente para apagar os pecados do povo? Conf estudamos em Lv 16.12-13 o incenso fazia parte do processo de expiação do pecado. Foi o próprio Senhor que instituiu essa possibilidade de obtenção do perdão. Sendo que somente os sacerdotes poderiam queimar incenso diante do Senhor, essa atitude de Arão foi providencial e a praga, o castigo que já começara, cessou, o que ocorreu também em 25.8, que estudaremos posteriormente.
Em 10º lugar, nos vs.49-50 temos o resultado da rebelião:14.700 morreram.
E, assim o capítulo termina, mas, infelizmente mostra a conseqüência daquele ato de rebeldia, de insubmissão a Deus e aos líderes que Ele designou para liderarem Israel. Foram 14.700 israelitas que morreram além dos que tinham morrido com Corá, Datã e Abirão. Querido amigo, a rebeldia é filha do mau coração e mãe de toda sorte de pecados. Que você e eu possamos nos distanciar da rebeldia e da insubmissão!
Muito bem, passemos agora para o cap.17 que ainda relata um 3º desdobramento relativo a comprovação da liderança de Moisés e Arão. Você deve se lembrar que a 1ª prova foi vista quando Deus puniu a revolta de Corá, Datã e Abirão; a 2ª prova acabamos de ver nesse último episódio quando Deus puniu com a morte os 250 e mais 14.700. E, o texto do cp. 17 nos mostra o 3º episódio que comprovou definitivamente a escolha de Arão como sacerdote escolhido por Deus. Vamos analisar este capítulo fazendo 3 divisões:
Em 1º lugar, nos vs.1-7 temos o desafio de produzir vida.
É... esse foi o desafio que Deus propôs para que cessasse contra Moisés e Arão as murmurações do povo. O desafio era fazer reviver um ramo de amendoeira com o nome da tribo gravado, arrancado do seu tronco. Para a tribo de Levi o nome gravado seria o nome de Arão. Deus tinha a intenção de mostrar de modo definitivo que tinha chamado os levitas para serem ministros e Arão e sua família para serem sacerdotes. Cada chefe das tribos deveria trazer e trouxe o seu ramo e Moisés os colocou diante do Senhor no Tabernáculo. Todos aqueles ramos estavam mortos. Mas, o ramo que revivesse esse era o escolhido de Deus!
Esse teste nos faz antever a nossa situação. Todos nós ao nos apresentarmos diante de Deus estávamos mortos. Só Ele pode conceder-nos vida. Você já a tem?
Em 2º lugar, nos vs.8-11 temos temos o florecimento da vara de Arão
Querido amigo esse sinal foi totalmente claro: era a vida saindo da morte. Aquele ramo de Arão, a vara estava morta, estava seca, porém ela reviveu, floresceu, frutificou dando amêndoas. Este sinal nos lembra a ressureição. Era uma demonstração de Deus a favor do sacerdócio de Arão. Por que? Porque Arão e o seu sacerdócio eram tipos de Cristo. Cristo depois de morto ressuscitou, e está a direita do Pai, lá no céu, exercendo o seu sacerdócio em nosso favor. Você tem apresentado suas necessidades a Jesus? Ele tem compaixão de cada um de nós!
Em 3º lugar, nos vs.12-13 temos o temor dos israelitas diante do juízo divino.
Finalmente o povo se deu conta do seu pecado de murmuração contra a liderança espiritual de Arão. Mas, por que eles só reconheceram esse fato sem levar em consideração as mortes pela abertura da terra e as mortes pelo fogo do Senhor? Querido amigo, provavelmente porque nas 2 provas anteriores Deus agiu de modo a interromper a rebelião, e nessa prova era Deus que tomava a iniciativa demonstrando o seu pode de forma sobrenatural também, mas de forma a trazer vida e não a morte. Ora, diante desse ato de amor de Deus, o povo temeu e preocupou-se em não se aproximar mais indevidamente do tabernáculo do Senhor!
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos! Quantas lições, quantos desafios Deus trouxe a cada um de nós. Minha expectativa é que você, capacitado pelo Espírito Santo possa aplicar essas verdades em sua vida, praticando aquilo que você aprendeu, ser a vontade de Deus.
Depois, escreva para nós, por carta ou e-mail, compartilhando como Deus falou ao seu coração.
Deus te abençoe,
Um grande abraço.
© 2014 Através da Biblia

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