terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Tiago 5.19-20

Tiago 5.19-20
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia e nos sentimos muito contentes por que você está nos dando o privilégio da sua audiência. Você que tem nos acompanhado durante essa nossa jornada diária sabe que já estamos na parte final do nosso projeto que é estudar toda a Bíblia em cinco anos, em 1.300 programas. Faltam apenas 280 programas para chegarmos até o último capítulo de Apocalipse. Faz parte desse projeto também publicar os comentários que fazemos a partir do programa. É um projeto desafiador, mas o Senhor tem nos abençoado e certamente nos dará condições de levarmos adiante o estudo da Sua Palavra. Hoje nos alegramos, pois concluímos o estudo de mais um livro bíblico, o livro de Tiago e já no próximo programa iniciaremos as nossas considerações sobre os aspectos introdutórios das profecias de Joel. Serão dez programas que trarão a viva voz de Deus para nós, portanto, prepare-se para esse importante estudo. Temos certeza de que estamos caminhando com segurança, pois vocês mesmos, que tem escrito para nós testemunham do valor do programa. As correspondências que vocês nos enviam nos mostram que estamos caminhando na direção certa. E, nesse sentido eu registro o e-mail que a irmã Marília nos enviou da cidade de Coari, no estado do Amazonas. Foi essa a sua mensagem: 1020 “Boa noite, Sou Marília Lira da Cunha, tenho ouvido a programação da Trans mundial, e o mesmo tem me ajudado crescer na Graça de Jesus. Sou membro da primeira Igreja Batista em Coari, que este ano completou 77 anos de trabalho a Cristo. Aqui na nossa região, tem bastante pessoas que acompanham a trans mundial pelo Rádio, eu aprendi a gostar da trans mundial pelo meu pai, ele ligava o rádio sempre pelas madrugadas, e ouvíamos as suas lindas mensagens. Abraços a todos os ouvintes da trans mundial. Deus abençoe a todos.” Marília Lira – Coari – AM – email Querida irmã, graça e paz. Muito obrigado por você compartilhar conosco o seu testemunho e o testemunho do seu pai. Nós louvamos a Deus que tem usado este programa para atingir muitas vidas de irmãos queridos, fortalecendo-os e incentivando-os a se manterem compromissados com o nosso Senhor. Bendizemos o Senhor por sua graça e misericórdia em nos usar. Um grande abraço para todos os ouvintes do nosso querido estado do Amazonas. Agora quero convidar você e a todos os que estão me ouvindo nessa hora a buscarmos a presença de Deus numa palavra de oração: “Pai querido chegamos à tua presença agradecidos pelo privilégio de podermos falar contigo e termos certeza que tu ouves as nossas orações. Queremos te pedir que, conforme a tua vontade o Senhor atenda o anseio que vai em todos os corações que te buscam nessa hora. Agradecemos o privilégio de novamente concluirmos o estudo de mais um livro bíblico e te pedimos a possibilidade de aplicarmos as verdades vistas em Tiago para termos vidas que te agradem. Pedimos-te também a iluminação do Teu Espírito para essa hora de estudo e pedimos a tua bênção sobre todo o projeto de estudarmos a tua Palavra. Oramos em nome de Jesus Cristo, Amém!
Querido amigo hoje o nosso alvo é concluirmos o estudo da carta que Tiago escreveu aos seus irmãos judeus que estavam na dispersão. O texto para nossa reflexão é Tg 5.19-20. Nesses dois últimos versos desse livro bíblico tão pratico vamos refletir sobre um tema muito importante para nossa vida de comunidade cristã. Vamos pensar, refletir e aprender como tratar um irmão que se desviou do evangelho. Esse tema é importante porque a cada momento temos tido irmãos que pelas mais diversas razões, vacilam na fé, não passam nos testes e cometem deslizes. Muitos cristãos desviam-se dos caminhos de Deus e necessitam da compreensão, do perdão e do carinho da família cristã para retornarem ao convívio com Deus e à caminhada firme na vida cristã.
Como, qualquer cristão pode passar por essas situações necessitamos saber como nos portar nessas ocasiões e o que podemos esperar quando nós mesmos estivermos distantes do Senhor.
Sobre essas situações a que todos nós estamos sujeitos precisamos lembrar que boa parte do Novo Testamento foi escrita para ajudar os cristãos manterem-se no caminho do Senhor. Não devemos desviar, mas existe o perigo real de cair na tentação e se afastar novamente de Deus. Pedro disse que é pior para o cristão voltar para o pecado do que nunca ter-se convertido (2 Pedro 2:20-22). Tiago admite a possibilidade de um cristão se desviar, mas também ele nos encoraja a cuidar desse desviado trazendo-o de volta aos caminhos do Senhor, conforme estudaremos nesses versos (Tiago 5:19-20).
A pergunta que se faz é: E se isso acontecer comigo, o que eu preciso fazer? Preciso ser batizado novamente cada vez que tropeço? Não! Veremos o princípio que podemos extrair das Escrituras, usando o exemplo de Simão, em Samaria que caiu. Lucas relata que Simão abraçou a fé e foi batizado (Atos 8:13) mas, em seguida, demonstrou que ainda era dominado pelo pecado. Alguns discutem se esse Simão era de fato um cristão, se tinha experimentado o novo nascimento, ou se era apenas um entusiasta do evangelho, um crente professo, porém superficial, alguém que aceitou rapidamente a mensagem, mas a semente não germinou em sua vida. Embora haja essa discussão, é possível reunir as informações do caso dele com alguns outros trechos, para aprendemos que:
1) O pecado condena o homem. Pedro disse que Simão estava no “laço da iniqüidade” (Atos 8:23).
2) O pecador precisa se arrepender. Pedro lhe disse: “Arrepende-te” (Atos 8:22).
3) O pecador, por seu pecado precisa orar e pedir perdão. Pedro disse a Simão: “Roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração” (Atos 8:22).
4) Quando confessamos os nossos pecados, Deus nos perdoa (1João 1:7 - 2:2).
5) Quando pecamos contra outras pessoas, devemos confessar e pedir perdão a elas (Mateus 18:15-17; Lucas 17:3-4; Tiago 5:16).
O convite das Escrituras para todos nós é: Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar (Is 55.7)
Todos nós pecamos. Deus é misericordioso e quer nos perdoar. Cabe a nós aceitarmos os termos dele para alcançar a bênção da vida eterna na presença do nosso Senhor! Sendo que todos nós podemos cair e queremos ser tratados com amor, perdão e misericórdia, temos que aprender também como tratar com aqueles que caem. Na família cristã deve imperar o amor que vemos em Cristo Jesus. Por isso o título para nossa última reflexão em Tiago é:
Como tratar um irmão desviado
Tiago 5.19-20
Introdução
As figuras dos pastores e das ovelhas eram comuns em Israel, nos tempos antigos. Essas figuras se tornaram uma metáfora muito utilizada pelos escritores bíblicos. O terno cuidado dos pastores com suas ovelhas levaram Davi e seus companheiros salmistas a falar do Senhor como o pastor de Israel (Salmos 23; 80:1), e de Israel como ... as ovelhas do teu pasto ... (Salmos 100:3; 95:7; 79:13; 78:52).
Os profetas também, em suas visões messiânicas, viram o Messias de modo semelhante: Isaías expressou essa idéia através dessas palavras: Como um pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente. (Isaias 40:11); e o profeta Ezequiel ainda acrescentou: Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e as farei repousar, diz o Senhor Deus. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei... (Ezequiel 34:15-16).
Nessas descrições metafóricas os escritores do Antigo Testamento destacaram a disposição bem conhecida das ovelhas se desgarrarem. Dos nossos caminhos pecaminosos Isaías escreveu: Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas (Isaías 53:6) e o mais longo dos salmos termina com este queixoso apelo: Ando errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos (Salmo 119:176).
Em sua ilustração do pastor e das ovelhas (conf. Mateus 18:12-14; Lucas 15:3-7), Jesus estava mostrando aos seus ouvintes uma prática bem conhecida, mas também estava também ilustrando o seu ensino com uma metáfora bíblica bem conhecida. Não havia meio deles perderem a lição. Jesus, fez como o seu Pai, via os homens como ... aflitos e exaustos, como ovelhas sem pastor (Mateus 9:35).
As ovelhas comumente se perdem devido a sua própria despreocupação. Esquecendo tanto o rebanho como o pastor elas perambulam sem destino, tendo na mente nada mais do que a próxima moita de capim. Não há pensamento em lobos ou profundos precipícios. Essa maneira de uma ovelha se conduzir exemplifica de modo claro a nossa maneira de agirmos. Não é que um dia tenhamos a idéia de ser ímpios e então comecemos metodicamente a cumprir nossa ambição. Estamos meramente tão preocupados com os desejos e circunstâncias presentes que nos tornamos distraídos das conseqüências de nossas escolhas. Vidas vividas sem propósito tornam-se escravas das nossas paixões e, seja de propósito ou não, antes que percebemos, nos encontramos longe de Deus, miseráveis em nosso desamparo e feridos. Essas ovelhas desgarradas não representam os orgulhosos e os teimosos, que acham que não pecaram. Essas ovelhas desgarradas são aqueles que admitem o próprio pecado, a própria insensatez, reconhecendo que estão perdidos.
Mas o foco da parábola da ovelha perdida está no pastor. Jesus toma a atitude conhecida de um pastor para com uma ovelha perdida, para justificar sua atitude para com as pessoas perdidas, e para expor o espírito que deve reinar entre os seus discípulos, totalmente diferente do espírito sem misericórdia daqueles que o criticavam. Ele tinha antes usado o mesmo tipo de argumento, da atitude de um médico para com o doente (Mateus 9:12). Os fariseus sabiam que nenhum pastor verdadeiro jamais abandonaria uma ovelha perdida sabendo que o resto do seu rebanho estiva seguro. Com os verdadeiros pastores a preocupação não era somente econômica, mas sentimental. Eles ficavam freqüentemente ligados às ovelhas até o ponto de chamar cada uma delas por seu próprio nome especial (2 Samuel 12:3; João 10:3).
Os fariseus também sabiam que o pastor, quando achasse sua ovelha, não a esmurraria com raiva, mas carregaria a desgarrada, agora severamente enfraquecida, gentilmente em seus ombros. Mais ainda, quando ele retornasse, ele voltaria em franca alegria.
Com esta simples ilustração Jesus levantou uma questão implícita com seus opositores: como poderiam eles ter tal compaixão por uma ovelha e tratar os homens com tal arrogância e dureza egoísta? Eles não somente não tinham buscado o pecador perdido, mas não se regozijariam com sua recuperação. E com isto eles tinham mostrado dramaticamente como sua própria disposição era oposta à disposição divina. Enquanto Deus se regozija com a volta do pecador, os legalistas, os que se acham santos ficam quietos e não sentem nada. Enquanto o céu perdoa, eles desprezam os pecadores. Enquanto o bom Pastor busca recuperar o rebanho espalhado, eles vivem para devastá-lo. É um quadro sombrio.
Alguns mais duros podem ficar sem entender a observação conclusiva de Jesus de que ... haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos (retos) que não necessitam de arrependimento ... (Lucas 15:7). Ele está sugerindo que Deus sente uma alegria menor pelos justos do que pelo pecador recuperado? As duas coisas. A alegria de recuperar o perdido é um tipo especial de alegria, uma alegria cheia de alívio, mas ela nunca exclui a alegria por aquele que nunca se desviou. E, afinal, será que existe alguém no mundo, que é tão justo que não precisa de arrependimento? Infelizmente, os fariseus pensavam que eram esses super justos. A verdade é que todas as ovelhas desgarraram (Romanos 3:9, 10) e precisam da misericórdia daquele ... grande Pastor das ovelhas ... que nos redime ... pelo sangue da eterna aliança ... (Hebreus 13:20). Este grande Pastor ... apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seu seio; as que amamentam, ele guiará mansamente (Isaías 40:11).
Querido amigo, se esta é maneira que Deus trata com o seu povo, se esta é a maneira de Deus tratar com os seus filhos, nós também somos desafiados a tratar com esse mesmo carinho e desvelo os nossos irmãos que tiveram a infelicidade de caírem. O princípio que estes versos finais de Tiago nos apresentam é visto nessa frase:
É responsabilidade do verdadeiro cristão ser um canal da graça divina na recondução de um irmão que desviou-se dos caminhos de Deus.
Neste texto encontramos três considerações sobre como tratar um irmão desviado:
Antes de fazermos essas três considerações, vamos ao texto bíblico.
5.19 Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, 20 sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.
Muito bem, agora sim podemos fazer essas três considerações que o texto nos apresenta
Em 1º lugar devemos considerar a responsabilidade cristã diante do desvio da verdade - v. 19
1. Quem está em foco nessa advertência? Cristãos ou não cristãos?
2. Todos cristãos correm o risco de desviarem-se da verdade
3. O que significa desviar-se da verdade? Comportamento ou doutrina?
Desviar-se da verdade significa entrar por caminho errado. Fala de comportamento e não de doutrina.
4. É responsabilidade cristã estar atento aos irmãos - Hb.10.24
5. É responsabilidade cristã levar o irmão faltoso ao arrependimento mudando de caminho –
Converter o faltoso significa fazê-lo voltar atrás, retornar ao bom senso
Em 2º lugar devemos considerar a recondução ao caminho da verdade - v. 20
1. Jesus orientou claramente como tratar o irmão que pecou - Mt.18.15-18
2. A recondução à verdade se dá através da admoestação - Rm.15.14
3. A recondução à verdade implica em repreensão - 1Tm.5.20; Tt.1.13
4. A recondução à verdade exige que tratemos cada caso individualmente – 1Ts 5.14
5. A recondução à verdade pode chegar à exclusão - 1Co.5.11, 13
Em 3º lugar devemos considerar o resultado da recondução bem sucedida - v.20
1. Conversão do pecador - mudança de caminho reatando a comunhão com Deus, v. 20
2. Salvação da perda da comunhão com a família da fé, do irmão convertido 2Co 2.5-8
3. Absolvição de multidão de pecados, do irmão arrependido, convertido – v. 20
4. Retorno à sensatez – 2Tm 2.26
5. Libertação dos laços do diabo em que estava preso – 2Tm 2.26
Conclusão
Sendo que o ministério de Jesus era salvar, libertar e restaurar (Lc 4.18-20);
Sendo que o ministério da igreja é dar seqüência ao ministério de Jesus (Jo.14.12 e Jo.20.21);
Sem dúvida, é responsabilidade do verdadeiro cristão ser um canal da graça divina na recondução de um irmão que desviou-se dos caminhos de Deus.
Peço a Deus que você tenha um coração misericordioso e perdoador. Um abraço. Deus te abençoe. Até o próximo programa quando já estudando em Joel.
© 2014 Através da Biblia

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