quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Números 8

Números 8
Querido amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia. Iniciamos esse encontro com o propósito de estudarmos a Palavra de Deus. Este programa tem por objetivo levar até você a mensagem transformadora registrada nas Escrituras Sagradas. Para nós é um privilégio receber suas cartas compartilhando suas experiências. E, como temos recebido a capacitação do Senhor nos sentimos felizes em poder dividir o que Ele tem nos ensinado. Hoje registro a carta do EVC de Pedra Preta no MGrosso. Essas foram suas palavras: "É com entusiasmo e com alegria que escrevo para o Através da Bíblia. Pr.Itamir quanto mais conhecemos e nos aproximamos de Deus, mais bênçãos são derramadas em nossas vidas. Quero parabenizá-lo e agradecer pelos estudos". Querido irmão, muito obrigado por seu testemunho e suas palavras de incentivo. Graças a Deus Ele tem nos usado como instrumento em Suas poderosas mãos. Agradecemos também a Deus, pois em cada programa podemos ter um momento de oração pelos nossos ouvintes, sabendo também que muitos de vocês têm orado por nós. E exatamente para isso que quero convidá-lo agora. Vamos pedir as bênçãos de Deus para as nossas vidas e para o programa de hoje: "Pai querido, somos gratos por tua misericórdia sempre presente em nossas vidas. Baseados nela, oramos pedindo a tua bênção e a direção do teu Santo Espírito para cada um de nós e também para esta hora de estudo na tua Palavra pedimos a iluminação do teu Espírito. Pai te pedimos essas bênçãos, em nome de Jesus. Amém".
Querido amigo hoje temos diante de nós a tarefa de estudarmos mais dois capítulos do livro de Nm. Vamos estudar o cap. 8 e o cap.9.
No cap.8 temos sete parágrafos em que é relatada a consagração dos levitas.
Em 1º lugar, nos vs.1-2 temos a ordem divina para Moisés consagrar os levitas.
Querido amigo, o povo de Israel, depois de 12 dias de celebrações como vimos no programa passado agora consagraria os levitas para o serviço no tabernáculo. Deus ordenou a Moisés que passasse a Arão a tarefa de iluminar o santuário. Nessa ordem para que Arão acendesse as 7 lâmpadas para iluminar a área ao redor do candelabro, vemos o complemento das orientações estudadas em Êx25.31-40 em que Deus ordenou como o candelabro deveria ser construído. Sendo que os levitas começariam a ministrar, o ambiente dentro do santo lugar deveria estar bem iluminado. Assim também todo serviço a Deus deve ser feito às claras, sem que haja trevas no exterior ou no interior daquele que serve a Deus. Querido amigo, essa é nossa responsabilidade.
Em 2º lugar, nos vs.3-4 temos a obediência do sacerdote Arão.
Nesse trecho contatamos que Arão foi diligente em atender a ordem recebida acendendo as sete lâmpadas que constituíam o candelabro. Este era uma peça só de ouro batido, conforme o modelo que Deus tinha dado a Moisés. São duas as lições que podemos perceber nesse relato: 1)Sendo o candelabro feito de ouro e certamente produzido através do fogo e do malhar do ourives, nos lembra a Senhor Jesus que além a sua realeza, simbolizada no ouro também sofreu a dor do sofrimento tornando-se a luz do mundo, cf. Jo 8.12 e 2)As luzes acessas demonstravam a necessidade que o povo de Israel tanto quanto nós temos iluminação do Espírito Santo, pois ele é simbolizado pelo óleo, o azeite que ilumina, que enche e cura. Você tem usufruído da luz de Jesus e do Espírito Santo? Podemos caminhar com segurança, pois temos o Filho e o Espírito a nos iluminar.
Em 3º lugar, nos vs.5-11 temos a consagração, a dedicação dos levitas.
Esses versos nos mostram que: 1)A dedicação dos levitas deveria ser iniciada com a aspersão da água da expiação, simbolizando a purificação dos pecados, cf. Jo 13.1-11; 17.17 e Ef. 5.26. 2)Seria necessário que eles rapassem todos os pêlos do corpo e também lavassem suas roupas simbolizando uma purificação completa, estariam despindo-se da velha natureza e revestindo-se da nova roupa que temos em Cristo. 3)Eles deveriam também oferecer ao Senhor um novilho com a oferta de cereal. 4)Moisés também deveria oferecer mais um novilho como oferta pelo pecado, significando que ao assumirem o ministério no tabernáculo estariam livres de todas as faltas, de todas as transgressões. 5)Os levitas seriam levados perante o Senhor, defronte ao Tabernáculo e toda a congregação de Israel estaria junta para consagrá-los ao ministério sagrado, no tabernáculo. 6)No v.10 lemos: “Quando, pois, fizerdes chegar os levitas perante o Senhor, os filhos de Israel porão as mãos sobre eles”. Você pode imaginar que cena maravilhosa? No pátio do Tabernáculo, dentro dos seus limites, todos os levitas estavam sendo dedicados e todo o povo de Israel rodeando os limites do Tabernáculo estava com suas mãos erguidas abençoando-os e aprovando-os para que fossem separados e consagrados no lugar dos primogênitos israelitas. 7)E, cf.o v.11, Arão os apresentaria como oferta movida dos filhos de Israel ao Senhor e assim seriam consagrados para o serviço sagrado. Querido amigo você tem consagrado sua vida ao Senhor e ao seu trabalho? Hoje não precisamos mais de nada exterior como água, cereais ou animais. Quando Deus olha o nosso coração Ele vê o nosso interior e a nossa consagração.
Em 4º lugar, nos vs.12-14 temos a ordem para o sacrifício que Moisés faria.
Nesses 3 versos encontramos mais uma etapa dessa consagração. 1)Os levitas deveriam colocar suas mãos sobre os dois novilhos demonstrando total identificação com quem perderia sua vida por eles, levitas. 2)E, então Moisés deveria oferecer cada um dos novilhos: um como oferta pelo pecado e o outro como holocausto para fazer expiação, promovendo assim a total purificação dos levitas para o ministério sagrado. 3)Moisés deveria organizar todos os levitas em frente a Arão e a seus filhos, que eram Eleazar e Itamar e o próprio Moisés deveria apresentá-los como oferta movida ao Senhor. 4)Os levitas seriam a oferta; é... a oferta dos filhos de Israel ao Senhor. 5)E, assim estariam Moisés e Arão e seu filhos separando os levitas dos filhos de Israel para esse ministério específico.
Querido amigo, quando você era bem pequeno seus pais o consagraram a Deus? Nós somos em 4 irmãos e conf. os relatos de minha mãe todos nós fomos dedicados a Deus. Você tem feito isso com seus filhos? Tem entregado eles nas mãos de Deus? E você? Mesmo se for sozinho você já se deu totalmente a Deus?
Em 5º lugar, nos vs.15-19 temos a tarefa ministerial dos levitas.
Parece-me que nesses versos chegamos ao ponto alto dessa cerimônia: 1)os levitas entrariam na Tenda da Congregação, isto é, no Tabernáculo, para ministrar. 2)Moisés os apresentaria ao Senhor e então eles começariam a ministrar ao Senhor. 3) Deus insistiu em confirmar que Ele escolhera os levitas para serem aqueles que se dedicariam a Deus no lugar dos primogênitos. 4)Deus reforça o seu direito sobre os primogênitos, cf. o v.17, recordando como Ele os tinha separado quando feriu o Egito. 5)E novamente afirma que Ele mesmo tinha escolhido os levitas para ficar no lugar deles. 6)Deus então reafirma, porque os levitas eram dEle então Deus os entregava a Arão e aos seus filhos para oficiarem no Tabernáculo. 7)E conf. o v.19 Deus diz claramente que a tarefa deles era ministrarem em nome dos israelitas para que nenhuma praga os atingisse ao chegarem no Tabernáculo.
Em 6º lugar, nos vs.20-22 temos a dedicação por Arão dos levitas ao Senhor.
Nesses versos temos a afirmação de que todas as ordens de Deus foram obedecidas por Moisés, por Arão, pelos filhos de Israel e também pelos levitas e assim eles começaram a ministrar no Tabernáculo, cf. o v. 22: “Depois disso chegaram os levitas para fazerem o seu serviço na tenda da congregação...”. Querido amigo, você tem obedecido as ordens divinas completamente? Deus espera isso de nós.
E, em 7º lugar nos vs.23-26 temos os limites dos trabalhos dos levitas.
Finalmente aqui, concluindo esse assunto e esse capítulo, Deus ainda reforça o que antes já ficara claro. O limite da idade dos levitas ministrarem seria de 25 anos para cima até a idade de 50 anos, após o quê estariam desobrigados do serviço e não serviriam mais no Tabernáculo, mas poderiam ajudar outros levitas mais novos nas suas tarefas. Essa limitação de idade se deu certamente porque o trabalho de um levita era penoso, era árduo. Além de tantos detalhes que já mencionamos eles teriam que desmontar, carregar e remontar o tabernáculo todas as vezes que Israel se movimentava ou parava no deserto. Querido amigo vemos aqui o cuidado de Deus com os seus filhos. O trabalho do Senhor deve ser feito com alegria e total disposição. O Senhor não precisa de sacrifícios, um coração quebrantado e que tenha disposição é que agrada o Senhor! É assim que você age? Deus te abençoe!
Bom, depois de estudarmos todos esses detalhes relativos a consagração dos levitas, agora vamos para o capítulo 9 com os seus 23 versos.
No cap.9 temos 7 parágrafos em que é estabelecida a celebração da Páscoa, Devemos prestar atenção, pois esta era a segunda Páscoa que Israel celebrava. A 1ª Páscoa fora celebrada ainda no Egito, na ocasião da libertação de Israel. Fazia exatamente um ano que esse povo tinha saído do Egito sob a poderosa mão de Deus. E deve-se acrescentar que por causa da rebelião, da incredulidade demonstrada pelo povo no cap.13-14 a Páscoa só seria celebrada depois de terem entrado na Palestina, cf. Js 5.10. Vamos então detalhar esse texto:
Em 1º lugar nos vs.1-3 temos a ordem para celebrar e a data da Páscoa
Depois de toda a celebração do cap.7 e da consagração dos levitas no cap.8 Deus ordena a Moisés que Israel deveria celebrar a Páscoa respeitando a data já estabelecida no Êxodo. A Páscoa deveria ser celebrada ao por do sol do 14º dia do 1º mês desse segundo ano. O pôr do Sol significava para o israelita o final de um dia e o início de outro. Era nesse horário que essa refeição cheia de simbolismo era celebrada.
Em 2º lugar nos vs.4-5 temos a ordem obedecida
Nesses 2 versos nos é relatado que os israelitas prontamente obedeceram a Deus e comeram a páscoa na tarde do 14º dia do 1º mês do segundo ano. Devemos recordar que os alimentos ingeridos tinham profundo significado: O cordeiro ou o cabrito cujos ossos não podiam ser quebrados simbolizavam o sangue aplicado nas portas livrando da morte os primogênitos; os pães asmos, sem fermento simbolizavam Jesus o verdadeiro pão da vida; e, as ervas amargas referiam-se as amarguras sofridas durante o período da escravidão. É importante lembrar também que eles alimentavam-se com os seus lombos cingidos, com as sandálias em seus pés e em suas mãos seguravam um cajado, relembrando a pressa que tinham de saírem da escravidão.
Em 3º lugar nos vs.6-7 temos o pedido dos que estavam impuros.
Nestes versos percebemos como a cerimônia da Páscoa era importante e era amada pelos israelitas. Por causa da pureza da cerimônia e da santidade de Deus, e, se por algum motivo um israelita estivesse impuro não poderia participar da celebração. Diante dessas duas constatações mesmo os que estavam impuros cerimonialmente por tocarem num cadáver foram pedir a Moisés e a Arão a possibilidade de participar daquela cerimônia tão significativa: conf. o v.7 perguntaram: “por que havemos de ser privados de apresentar a oferta do Senhor a seu tempo no meio dos filhos de Israel?”. Era uma pergunta justa que demonstrava o profundo desejo de poderem celebrar a festa. Será que temos esse mesmo desejo de participarmos nas celebrações em honra ao Senhor? Você tem esse desejo?
Em 4º lugar no vs.8 Moisés consulta o Senhor
O que se destaca aqui é a humildade de Moisés em procurar a Deus para obter a orientação certa. É importante percebermos 2 aspectos: 1)Mesmo com toda sua formação, sabedoria e experiência Moisés não agia sem a orientação de Deus. A sua relação com Deus era fundamental. 2)Embora pudesse responder que a lei devesse ser obedecida, Moisés sentindo o desejo sincero desses que vieram perguntar-lhe, como um bom pastor quis lhes dar a resposta certa atendendo-lhes a solicitação. Querido amigo, você tem esse coração humilde e interessado tal como vimos em Moisés?
Em 5º lugar nos vs. 9-12 temos resposta amorosa de Deus para os impuros.
Essa resposta divina, já revelava nesses tempos tão antigo que o que Deus valorizava era o espírito e não a letra da Lei. Não seria por um impedimento técnico, e até involuntário que Ele não permitiria que um adorador sincero o adorasse em espírito e em verdade. Deus estabeleceu uma nova oportunidade para que esses que estavam impuros pudessem lhe adorar. Poderiam celebrar a Páscoa no mês seguinte. Essa era uma prova da graça de Deus derramada sobre aqueles que de fato desejavam adorá-lo de maneira sincera. Esse é o procedimento do nosso Deus: misericordioso, cheio de graça e amoroso. Você tem experimentado a graça divina?
Em 6º lugar no vs.13 temos a punição por não se celebrar a páscoa.
Ao mesmo tempo em que Deus derrama sua graça sobre quem é sincero e O ama de verdade, Deus também demonstra a sua justiça para com os obstinados. Quando um israelita sem qualquer impedimento legal ou cerimonial não participasse da Páscoa, demonstrando desinteresse e rebeldia, esse tal seria punido severamente com a morte ou no mínimo com a excomunhão do povo de Deus. Querido amigo, minha oração é que você sempre experimente a graça e não a justiça; o amor e não o juízo de Deus. Caminhemos na sua misericórdia!
Em 7º lugar no v. 14 temos as normas para o estrangeiro celebrar a páscoa.
Essas orientações sobre essa cerimônia de salvação terminam nesse verso, mais uma vez destacando a graça maravilhosa de Deus. O fato de Deus permitir que um estrangeiro participar da Páscoa certamente é uma prova de que a salvação deveria ser usufruída por todos os povos. Deus é um Deus missionário que ama a todos indistintamente. Você tem participado da proclamação do evangelho para todos? Esse é o nosso desafio como novo povo de Deus!
Bom, depois desse assunto tão importante...
Ainda no cap.9 temos a narrativa da nuvem que cobria o tabernáculo. Na verdade a nuvem era a maneira dos israelitas saberem qual a vontade de Deus em sua caminhada no deserto.
Em 1º lugar, no v.15 temos a constatação do cuidado de Deus para com o povo
Esse cuidado se evidenciava através da nuvem e através da coluna de fogo que ficava sobre o Tabernáculo como sinal da vontade de Deus para com o povo, fazendo-o marchar ou acampar.
Em 2º lugar, no v.16 temos a definição dos dois sinais.
Conforme este verso, durante o dia a nuvem cobria o Tabernáculo e durante a noite a coluna de fogo também ficava sobre o Tabernáculo. Esses dois sinais tinham o propósito de proteger Israel. Durante o dia a nuvem trazia sombra sobre todo o acampamento de Israel enquanto durante a noite o clarão produzido pela coluna de fogo servia para iluminar todo o acampamento trazendo-lhes mais segurança.
Em 3º lugar, no v.17 a orientação divina era dada através dos sinais.
Querido amigo, certamente estamos diante de uma manifestação sobrenatural. Essa nuvem e essa coluna de fogo eram uma manifestação especial de Deus e demonstravam a sua orientação ao povo: Se a nuvem se levantava os israelitas partiam; se a nuvem parava os israelitas acampavam. Era assim que Deus conduzia o caminhar do seu povo.
Em 4º lugar, nos vs.18-19 temos a obediência de Israel aos sinais divinos.
Esses versos nos mostram a seriedade com que o relacionamento de Israel com Deus era desenvolvido. Quando a ordem do Senhor era percebida havia total obediência, afinal esse era o método de Deus expressar o seu querer. Temos que nos lembrar que sendo Deus quem Ele é, pode-se comunicar e comunicar a sua vontade das maneiras mais diferentes. A nós só nos resta obedecer.
Em 5º lugar, nos vs.20-21 vemos a disponibilidade da obediência israelita.
O que deve ser destacado nesses dois versos é a disponibilidade, a facilidade, a prontidão, e a mobilização em obedecer ao Senhor. “Poucos dias”; “desde à tarde até a manhã”; “quer de dia, quer de noite” são frases que provam essa mobilidade transitória de Israel em obediência aos sinais que indicavam a vontade de Deus para Israel. É assim que nos comportamos diante do Senhor, ou temos ficado mais fixos no alcançar os nossos alvos e propósitos
Em 6º lugar, no v. 22 temos uma repetição do sinal divino.
Novamente a demonstração de desinstalação destaca-se nessas palavras: “por dois dias”; “um mês”; “por mais tempo”. Israel tinha consciência de que Deus tinha o melhor para ele e O obedecia ficando acampado ou se mobilizando em marcha. A nuvem parada sobre o tabernáculo era sinal de acampamento, por outro lado se a nuvem se erguia era sinal de movimentação, era sinal de caminhada.
Em 7º lugar, no vs.23 registramos ser essa era a maneira de Deus falar.
Mais um vez se destaca a expressão “por ordem” como aparece nos vs. 18 e 20 demonstrando que essa era a maneira de Deus expressar a sua vontade e a motivação para a obediência de Israel. No NT a nuvem de glória é a própria presença de Jesus como nosso Deus e bendito Salvador. Você tem experimentado a presença e a direção de Jesus em seu viver?
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos da Palavra de Deus. Sou grato por sua companhia e sou grato a Deus por Sua capacitação.
Oro para que Deus te dê condições de aplicar essas verdades em sua vida.
Que Deus te abençoe,
Um abraço,
© 2014 Através da Biblia

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