terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Tiago 4.1-6

Tiago 4.1-6
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Agradecemos a sua sintonia e a sua audiência. Você que tem sido fiel em nos acompanhar nos trás muita alegria por sabermos do seu interesse no estudo da Palavra de Deus. Somos gratos a Deus pois Ele tem despertado o seu interesse e também o interesse de muitos irmãos no estudo sistemático que temos feito da Plavra de Deus. Estamos estudando nesses programas a carta de Tiago com suas instruções bem práticas. Hoje vamos estudar a primeira parte do capítulo 4 onde Tiago mostra as razões pelas quais as nossas orações muitas vezes não são respondidas. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo da Palavra eterna. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. Mas quero abrir a possibilidade de você nos escrever também sobre a interpretação de textos difíceis, sobre as suas lutas espirituais, sobre seus motivos de oração. Afinal, a nossa disposição é fazer desse pequeno espaço um canal onde tenhamos liberdade de compartilhar com outros irmãos da família da fé as nossas experiências. Gostaria que soubessem que não só nós da RTM oramos por vocês ouvintes, mas temos cada vez mais notícias de que muitos irmãos que ouvem nossos programas também oram pelos nomes e experiências que aqui compartilhamos. E é exatamente isso que o nosso irmão Alexandre da cidade de Ponta Grossa fez, compartilhando essa experiência: 1012“Queridos Irmãos em Cristo, tenho sido alvo de injúrias e difamação. Gostaria de receber aconselhamento por parte dos irmãos da Rádio Trans Mundial.Obrigado! Paz de Cristo! Grande abraço!” Alexandre – email Querido amigo obrigado por seu e-mail e pela confiança depositada em nós. De fato, como lhe respondi por e-mail quando somos injuriados e caluniados injustamente estamos diante de uma situação difícil e dolorosa. Mas, a Bíblia é muito clara em nos recomendar uma atitude firme e extrema, porém uma atitude que agrada a Deus. Devemos lembrar que a vingança é do Senhor conforme Paulo disse em Rm 12.17-21. E devemos nos lembrar das palavras de Pedro em 1Pe 2.21-23 em diante. Não é correto nos vingarmos, não é correto darmos o troco a quem tem nos feito mal. Devemos sim, entregar-nos a Deus, pois ele tem cuidado de nós e ele tratará da maneira mais prática com aqueles que nos fazem mal. Esteja certo de nossas orações em seu favor. Em Cristo você será abençoado. Querido amigo conte sempre com esse espaço, pois o nosso desejo é que através desses programas, das correspondências e dos materiais que temos publicado muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a realidade do reino de Deus. Muito obrigado por sua audiência e confiança. Agora, quero convidá-lo para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Deus querido te pedimos capacitação para vivermos conforme o teu querer mesmo quando enfrentamos as injustiças do mundo. Fortaleça-nos para sempre testemunharmos de Cristo. Por isso te pedimos especificamente: abençoa o Alexandre que tem sido injuriado. Senhor, também pedimos e buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para desenvolvermos esse projeto na tua dependência. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo, hoje o nosso alvo é iniciarmos o estudo do capítulo quatro de Tiago. Vamos dividir esse capítulo bem prático em quatro porções e o texto sobre o qual vamos estudar hoje é Tg 4.1-6. Quando lemos, mesmo que superficialmente esses versos é possível percebermos que o tema desses versos nos leva a refletir sobre a origem dos conflitos e os próprios conflitos espirituais que enfrentamos em nosso desenvolvimento da vida cristã, conflitos esses que impedem Deus responder as nossas orações, impedem Deus de nos abençoar como é a sua vontade.
Quando entendemos ser esse o tema e olhamos para o Novo Testamento, e, de um modo específico, para as cartas apostólicas, que são orientações para as igrejas, lembramos da carta de Paulo aos gálatas, que trata exatamente sobre essas verdades.
A carta de Paulo aos gálatas ataca com força a doutrina falsa que alguns cristãos judeus estavam ensinando, pela qual tentavam obrigar os cristãos a obedecer a lei que Deus havia dado aos israelitas, no Antigo Testamento. Ele demonstra efetivamente que nossa justificação é pela fé em Cristo, e não pelas obras de obediência à lei de Moisés. Os primeiros quatro capítulos do livro apresentam e defendem seus argumentos para mostrar que não somos escravos sob a velha lei, mas livres em Cristo. Em Gálatas 5:1, ele faz este forte apelo: para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.
Paulo faz, então, uma transição dos argumentos doutrinários contra este erro de alguns irmãos judeus, para os argumentos práticos que todos podemos e devemos aplicar em nossas vidas. Pondo de lado a lei do Antigo Testamento, ele continua dizendo: Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor (Gálatas 5:13). Este contraste entre nossa liberdade em Cristo e a escravidão à carne é desenvolvido nos versículos finais do capítulo 5, onde ele mostra que devemos andar no Espírito recusando-nos a satisfazer os desejos pecaminosos de nossa carne. Ele nos diz que estamos em uma batalha espiritual e que só através do Espírito Santo podemos vencer, só vivendo plenos do Espírito Santo experimentaremos as bênçãos de Deus e teremos nossas orações respondidas. Para ajudar-nos a ser abençoados, ele enumera as obras da carne e coloca-as em contraste direto com o fruto do Espírito. Só o Espírito Santo pode nos ajudar a vencer o inimigo, os desejos carnais, as disputas com os irmãos, as quebras dos relacionamentos, enfim, tudo aquilo que impede Deus de nos abençoar e responder nossas orações.
Quando não dependemos do Espírito Santo as nossas orações não são respondidas e, por isso mesmo é que Tiago nos dirige o desafio dos versículos 2-4: Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; 3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. 4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?
Queremos experimentar as bênçãos de Deus? Queremos ter nossas orações respondidas? Precisamos de atentar para as orientações que Tiago nos dá nesse texto. Quando examinamos mais detalhadamente o texto, o título que melhor o expressa é:
As bênçãos dos amigos de Deus
Tiago 4.1 a 10
Introdução
Todo cristão deseja a bênção de Deus sobre a sua vida e seu ministério, mas é inegável que as Escrituras demonstram que em hipótese alguma Deus abençoa aqueles que têm motivos impuros. Isaías foi claro em nos alertar: ... as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os seus pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. Tiago, neste texto, também se expressa, instruindo-nos sobre como obter as bênçãos de Deus, como ter nossas orações respondidas. Em resumo, este texto afirma:
As bênçãos de Deus somente serão experimentadas pelos cristãos que são “amigos de Deus”.
Neste texto encontramos três verdades sobre as bênçãos de Deus que são experimentadas pelos “amigos de Deus”.
A 1ª verdade demonstra que a busca egoísta impede as bênçãos de Deus em nossas vidas, vs.1-3
4.1 De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne? 2 Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; 3 pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.
A busca egoísta caracteriza-se:
1. Prazeres carnais, v.1
2. Cobiça, v.2
3. Morte, v.2
4. Inveja, v.2
5. Lutas e contendas, v.2
6. Não pedir (orgulho), v.3
7. Pedir mal (com motivações incorretas), v.3
A 2ª verdade demonstra que Deus dando-nos o Seu Espírito Santo, manifesta o seu zelo por nós – v.4 a 6
4 Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. 5 Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós? 6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
O zelo divino, o seu desejo de nos abençoar e nos responder é demonstrado através:
1. Deus rejeita a infidelidade, v.4
2. Deus rejeita os que são amigos do mundo, v.4
3. Deus quer ser nosso amigo, v.5
4. Deus tem ciúme do seu povo, v.5
5. Deus faz o Espírito Santo habitar em nós, v.5
6. Deus resiste aos soberbos, v.6
7. Deus concede graça aos humildes, v.6 Deus responde as orações dos submissos
A 3ª verdade demonstra que existem condições para obtermos as bênçãos de Deus, vs. 1-3, 6
1. Devemos nos questionar qual a origem dos conflitos internos, vs. 1
2. Devemos nos questionar qual a origem dos conflitos externos, vs. 1
3. Devemos reconhecer que ainda habita em nós a velha natureza, isto é, a carne, vs. 2
4. Devemos reconhecer que a velha natureza quer a satisfação dos seus desejos, vs. 2
5. Devemos perceber que através da velha maneira de viver não temos nada, vs. 2
6. Devemos perceber que através da velha maneira de viver não recebemos nada, vs. 3 As nossas orações não serão atendidas se continuarmos vivendo como antes.
7. Devemos saber só através da dependência em Deus obteremos suas bênçãos, vs. 6
A bênção de termos nossas orações respondidas implica em deixarmos o passado.
Conclusão
Querido amigo ao concluirmos o nosso estudo temos que voltar novamente ao livro de Paulo escrito aos gálatas, ainda no capítulo cinco. Ali o apóstolo nos mostra várias tendências carnais como os pecados de impureza sexual, os pecados de impureza espiritual e religiosa, os pecados que demonstram falta de autodomínio e tantas outras coisas semelhantes a estas (conf. Gl 5.23), que tentam nos afastar de Deus, impedem que ele responda nossas orações e impedem as suas bênçãos sobre nós. Mas, especificamente, Paulo também menciona os pecados na área dos relacionamentos. Nessa área tão importante da vida cristã as obras da carne incluem sete itens que se referem a conflitos e divisões entre pessoas, por causa de atitudes egoístas e pecaminosas, que destroem as relações pessoais. Estes pecados têm destruído muitas amizades, famílias e igrejas, e têm que ser vencidos pela vida e pelo andar no Espírito Santo para que tenhamos as bênçãos de Deus e suas respostas às nossas orações. As obras carnais, os desejos carnais que impedem que Deus nos abençoe e responda nossas orações são alistados:
1) Inimizades (20) é uma palavra comum para descrever a separação entre inimigos. É a mesma palavra que Paulo usou em outro lugar para falar da separação de Deus (Romanos 8:7), ou a divisão entre os judeus e os gentios que foi removida pelo sacrifício de Cristo (Efésios 2:14-16). Os cristãos têm que amar seus inimigos, e não podem imitar ao ódio do mundo (Mateus 5:43-48).
2) Porfias (20) são o comportamento que resulta da atitude de inimizade. Esta palavra descreve debates, disputas e lutas que freqüentemente ocorrem quando pessoas estão preocupadas, de modo egoísta, em proteger seus próprios interesses.
3) Ciúmes (20) é uma palavra que fala do medo de perder alguma coisa, que leva a conflitos com outros e até mesmo a ressentimento e ódio contra outras pessoas. Ciúmes pode ser mencionado com Invejas (21) pois os dois são similares. Os ciúmes resultam do temor de perder algo que alguém já tem; as invejas são o ódio e o ressentimento que uma pessoa sente quando outros prosperam.
4) Iras (20) é uma palavra forte que descreve a fúria e o impulso violento contra coisas ou pessoas que nos ofendem. É, freqüentemente, vista na tendência de pessoas a reagirem quando se sentem lesadas. Em contraste, Paulo disse que não temos que procurar vingança, mas devemos deixar a Deus o exercício da justiça (Romanos 12:19-21).
5) Discórdias (20) descrevem as dissensões que resultam de ambições egoístas. É uma palavra política que descreve a campanha partidária pela honra e posição. Tal política não tem lugar entre os servos de Cristo. Paulo disse que a solução para tais conflitos é imitar a atitude altruísta e sacrificial de Cristo (Filipenses 2:1-8).
6) Dissensões (20) descrevem as divisões que resultam quando as pessoas satisfazem seus próprios desejos em vez de buscar agradar ao Senhor. Para evitá-las, precisamos basear nossa unidade na palavra de Deus (1 Coríntios 1:10) e no exemplo que Jesus nos deu (João 17:20-23).
7) Facções (20) são seitas ou partidos. Os primeiros três capítulos de 1 Coríntios mostram que tais seitas não deveriam existir na igreja do Senhor. Não devemos seguir as várias doutrinas humanas que dividem o mundo religioso, mas devemos nos unir a Cristo e com aqueles que o seguem fielmente.
Desejamos as bênçãos de Deus em nossas vidas? Desejamos a sua resposta às nossas orações? Queremos a amizade de Deus? Tiago nos orientou claramente sobre o nosso procedimento. Diante disso resta-nos tomar uma decisão. Obedecer ou não a Palavra de Deus.
Que o Senhor te abençoe nessa decisão. Um abraço. Até o próximo programa.

© 2014 Através da Biblia

Nenhum comentário:

Postar um comentário