segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Tiago 2.1-13

Tiago 2.1-13
Olá amigo é com grande prazer e satisfação que iniciamos mais um programa da série "Através da Bíblia". Somos gratos a você que tem nos acompanhado fielmente pela oportunidade que temos de passarmos esse tempo juntos estudando a Palavra de Deus. Nos sentimos privilegiados em poder abrir a Palavra de Deus e estudá-la com total liberdade, extraindo dela os princípios para vivermos adequadamente de tal modo a alegrarmos a Deus com nossas vidas. Hoje estudaremos os treze primeiros versos do capítulo dois da carta de Tiago, onde somos orientados sobre o relacionamento que devemos desenvolver no corpo de Cristo. Mantenha sua Bíblia aberta, pois, certamente conheceremos mais e melhor a vontade de Deus. Querido amigo, nos sentimos encorajados a continuar firme em nosso projeto quando recebemos as correspondências que vocês nos enviam contando-nos suas experiências com Deus através do nosso programa. Louvamos a Deus que tem nos usado na vida de muitos amigos e irmãos. E, hoje, confirmando essa palavra compartilho agora o e-mail da irmã Ofenia, uma irmã que serviu o Senhor em missões transculturais. A sua mensagem foi a seguinte: 1007“Querido irmão, Graça e Paz de Jesus, sempre. Ouço com muito interesse sua exposição - agora na carta a Timòteo - porque amo aprender e o irmão é perito na transmissão desses ensinos. Estou bastante interessada nas anotações dos livros estudados que o irmão está produzindo. Gostaria de receber todos. (ouvi hoje que o irmão é batista e me alegrei porque sou também e sei que os batistas amam a Palavra de Deus como eu amo com todo meu ser. Amo falar de Jesus! Fui missionária trans cultural e continuo na trincheira enquanto estiver deste lado). Um grande e afetuoso abraço,” Ofenia Antonini de Souza – email
Querida irmã, muito obrigado por suas palavras. Elas são um incentivo para nós e demonstram a comunhão cristã. Por outro lado, reconhecemos que a nossa responsabilidade aumenta porque cada vez mais desejamos que os programas edifiquem a cada um de vocês. Quanto a aquisição dos nossos estudos e dos nossos produtos é só escrever para vendas@transmundial.com.br que você terá todas as informações e será muito bem atendida. Damos graças a Deus porque temos tido a oportunidade de levar a palavra de Deus não apenas por meio desses programas, mas também através dos comentários produzidos. Estamos preparando o comentário do evangelho de João e logo o teremos pronto. Orem por cada detalhe do nosso projeto. Por isso é que temos pedido a vocês a sua parceria. Contamos com sua parceria, escrevendo para nos contar como o programa tem chegado até você e contamos com você também unindo-se a nós em oração, pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a sua atenção nesse momento. Quero convidá-la a elevar a Deus a nossa oração: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de abrirmos a sua palavra e juntos ouvirmos a sua voz. Senhor, desejamos e necessitamos da iluminação do teu Espírito para podermos compreender a Tua Palavra e capacitados por ele mesmo cumprirmos os teus mandamentos. Senhor obrigado porque tu nos ouves e respondes as nossas orações. Por isso oramos em nome de Jesus, Amém".
Querido amigo, hoje o nosso alvo é estudarmos a primeira parte do capítulo dois de Tiago. Vamos estudar Tg 2.1-13. Neste primeiro parágrafo do capítulo dois de Tiago vamos tratar de um tema sempre recorrente nas páginas do Novo Testamento. O tema que vamos tratar é o relacionamento que devemos desenvolver na comunidade cristã.
Como dissemos nos últimos programas as fontes dos testes são muitas e variadas.
Os testes podem vir diretamente de Deus, como por exemplo, aconteceu com Noé que recebeu uma estranha ordem de Deus para construir uma grande arca para nela salvar sua família e os mais diversos animais (conf. Gn 6.13). Você já imaginou a perplexidade de Noé ao receber essa ordem. Afinal o que seria o dilúvio? Como aconteceria esse juízo de Deus sobre toda a terra? Perguntas e mais perguntas devem ter ocupado a mente de Noé, porém em seu coração, no seu íntimo havia uma vontade tremenda. Mesmo sem entender ele obedeceu. Ele queria obedecer a Deus e assim fez. Foi testa e passou no teste. Foi aprovado.
Mas, os testes podem vir diretamente do diabo, com a permissão de Deus. O diabo queria destruir Jó, ele queria ver até quanto Jó suportava sem amaldiçoar ou se rebelar contra Deus. Jó foi testado também com a presença dos seus amigos, pois, sem poder ajudá-lo, na verdade, provocaram ainda mais o sofrido Jó. Em muitas ocasiões, acusaram-no de pecados, pois no entender deles, ele estava sofrendo todas aquelas dificuldades, porque era pecador. Mas, como reagiu Jó? Permaneceu firme, não amaldiçoou nem se rebelou contra Deus. Foi testado e foi aprovado.
E, ainda mais, os testes também podem vir das pessoas que nos cercam. Muitas vezes pessoas que estão e nos são bem próximas podem ser instrumentos de testes para todo cristão que quer viver corretamente diante de Deus. No caso de José, filho de Jacó, conhecido como José do Egito, foram os seus irmãos que desejaram mal para ele e assim foram usados como um poderoso teste para a vida deste homem de Deus. Eles intentaram o mal contra José, seu irmão (conf. Gn 37.14-28); porém José, depois de passar por diversas dificuldades conseguiu ver o lado positivo daquelas experiências. José reagiu positivamente e entrou num processo de provação, pois Deus queria trabalhar no seu caráter fazendo dele um exemplo marcante, um exemplo que ainda hoje nos desafia. Em Gênesis 50.20 lemos as palavras de José: Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, para que se conserve muita gente em vida. José foi testado. José foi aprovado. E, esse é o desafio do texto de hoje para todos nós.
Em nossos relacionamentos, na família cristã, somos testados a cada situação, e o que Tiago nos mostra nestes versos são orientações claras sobre como viver harmoniosamente no corpo de Cristo. O título que sugiro para esse texto é:
Orientações quanto a imparcialidade
Tg 2.1-13
Introdução
A tendência humana natural é admirar aqueles que são superiores a nós e desprezar aqueles que estão numa posição inferior à nossa. A tendência humana natural é fazermos acepção de pessoas, é tratar as pessoas com parcialidade. Mesmo sendo cristãos ainda somos tendenciosos a esse tipo de atitude para com as pessoas em geral e para com cristãos especificamente. É certo que essa não deve ser a atitude cristã, porém essa é a realidade. Como salienta o Manual Bíblico SBB (2008, p. 750), “o certo é tratar a todos com o mesmo respeito, isto é, amar nosso próximo como a nós mesmos, conforme o mandamento de Deus (conf. v. 8 e Mc 12.28-31)”. Esse foi o mandamento que Cristo nos deixou. Mas devemos nos lembrar que a lei de Cristo é a lei da liberdade, isso é, a lei da misericórdia, que liberta as pessoas fazendo-as desenvolver relacionamentos edificantes e amorosos.
Quando seguimos a Cristo e vivemos pela fé, essa fé que temos em Cristo não nos permite que tratemos os irmãos de modo diferente um do outro. A fé fará com que o cristão não valorize mais a amizade e o relacionamento com o irmão que tem mais posses financeiras, desprezando aquele que é mais necessitado. A fé fará com que o cristão valorize sem diferença a amizade e o relacionamento com o irmão pobre, com aquele que necessita de ajuda. O desafio cristão então é vivermos sem fazer acepção de pessoas. Aqueles que em suas comunidades cristãs fizerem diferença entre pobres e ricos estarão sendo preconceituosos, hipócritas e desobedientes a Deus. As diferenças, os preconceitos podem ser desenvolvidos em relação à raça: brancos, negros, amarelos ou asiáticos; em relação ao nível cultural: analfabetos ou estudados; em relação à classe social: pobres, médios ou ricos; em relação às funções na comunidade cristã: membros normais ou liderança. Enfim, podemos fazer acepção de pessoas, podemos ser preconceituosos em relação a muitas diferenças. Por essa não é a vontade de Deus para nós é que Tiago nos orienta. Em resumo, o princípio que o texto nos apresenta é visto nessa frase:
Somente quando tratamos os outros com imparcialidade cumprimos as ordens de Deus.
Nesse texto encontramos três ordens divinas que devemos cumprir para tratarmos a todos com imparcialidade:
A 1ª ordem é sermos imparciais no relacionamento com qualquer tipo de pessoa, vs. 1-4 e 9-11
2.1 Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. 2 Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, 3 e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, 4 não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos?
9 se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores. 10 Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. 11 Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei.
1. Porque a fé em Jesus não admite a parcialidade, vs. 1
2. Porque a parcialidade é um ato de evidente injustiça, vs. 2-4 a
3. Porque agindo assim nos tornamos juízes parciais, vs. 4 b
4. Porque estaríamos transgredindo a lei de Deus, vs. 9-11

A 2ª ordem é sermos imparciais no relacionamento com os necessitados, vs. 5-7
2.5 Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam? 6 Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais? 7 Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado?
1. Porque Deus os escolher para serem ricos espiritualmente, vs. 5
2. Porque os poderosos já os maltratam, vs. 6
3. Porque os poderosos insultam a Deus, vs. 7
4. Porque os poderosos ignoram o nome de Deus sobre os cristãos, vs. 7

A 3ª ordem é sermos imparciais tratando a todos com misericórdia, vs. 8, 12-13
2.8 Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem;
12 Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.13 Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.
1. O amor ao próximo deve reger os nossos relacionamentos e isso é bom, vs. 8
Amar o próximo como a nós mesmos
2. O falar e o procedimento para com o próximo é julgado pela lei da liberdade, vs. 12
Amar exige ação e responsabilidade. Amar é mais do que sentimentos emotivos.
3. A misericórdia só será usada para com o misericordioso, vs. 13
É sentir o mesmo que os outros sentem
4. A misericórdia suplanta o juízo, vs. 13
Porque ela age com perdão e o perdão não condena, pelo contrário, liberta

Conclusão
Necessitamos avaliar seriamente o nosso relacionamento com os outros:
1. Conhecemos o nome do pessal que trabalha na faxina do prédio onde moramos ou no local em que trabalhamos; conhecemos o nome dos nossos vizinhos?
2. Será que apresentamos os visitantes em nossas comunidades usando o mesmo critério para todos? Como você apresenta o seu superior e um colega de serviço?
3. Temos orado e tido algumas atitudes praticas em favor dos pobres e dos menos favorecidos?
Conforme Barnett & Oliveira (2005, p. 34) considere três verdades sobre a discriminação, acepção de pessoas e preconceito:
1) A acepção de pessoas vai contra o caráter de Deus, que nos criou à sua imagem e semelhança (conf. Gn 1.26-27
2) A discriminação vai contra o caráter de Deus, que oferece oportunidades iguais de salvação para todos os povos, independente da raça, posição social e educacional (conf. 1Tm 2.3-6)
3) O preconceito vai contra o caráter de Deus, que julga de maneira imparcial as ações dos homens (conf. At 10.34-35)

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