terça-feira, 5 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Tiago 5.12

Tiago 5.12
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia, quero saudá-lo, desejando sobre você e toda a sua família as mais preciosas bênçãos do Senhor. É um prazer estar junto com você nesse encontro em que temos estudado a Palavra do Senhor e especificamente hoje nos alegramos muito quando estudaremos mais um trecho desse último capítulo da carta de Tiago. Hoje estudaremos somente o verso 12 do capítulo cinco, que nos leva a refletir sobre o uso que fazemos da nossa boca. Como temos repetido, para nós é muito bom saber que você está dedicando esse tempo específico para a meditação na Palavra de Deus. Você sabe que o estudo contínuo da Bíblia é um privilégio, mas é também um dever, pois ela é nosso alimento espiritual. E, por falar no valor do estudo da Palavra, quero lembrá-lo que daqui a três programas estaremos estudando os aspectos introdutórios do livro do profeta Joel. Prepare-se para isso, convidando os seus amigos para estudar com você. Serão apenas dez programas, mas a mensagem de Joel é riquíssima e, certamente vocês serão edificados pela Palavra de Deus. No início desse programa quero registrar as palavras do Valdemir que mesmo não nos dando o seu endereço nos enviou a seguinte mensagem: 1018 “Sou ouvinte desse maravilhoso programa, Espaço Trans Mundial, da radio trans mundial, tenho acompanhado todas as tardes e quando possível no meu trabalho. O programa Através da Bíblia com o pastor Itamir, tem sido uma benção para o meu coração, que Deus continue abençoando a todos vocês. Atenciosamente.” Valdemir Mendes – email. Querido amigo, muito obrigado por suas palavras. Ficamos muito alegres quando recebemos essas palavras de apoio, afinal o nosso propósito é esse: tanto estudar a Bíblia com vocês como manter esse diálogo sempre construtivo com cada um de vocês que nos tem dado o privilégio de sua audiência. Temos dado graças a Deus pela acolhida tão fraterna que temos tido do nosso programa. Louvamos a Deus pela vida de todos vocês que nos trataram com muito carinho. Mas ficamos também muito alegres quando ouvimos que temos irmãos que estão comprometidos em viver conforme a vontade de Deus. Nossa oração é que esses estudos possam ajudá-lo no seu testemunho pessoal. Obrigado por suas orações em favor do programa. Saiba também que estaremos orando por você. Conte com o nosso apoio. Por isso mesmo quero convidar a todos vocês e você especificamente a nos colocar então diante do Senhor com nossos pedidos e agradecimentos. Por isso oramos assim: "Querido Deus e Pai, chegamos à tua presença reconhecendo tua soberania, teu poder, tua onisciência. Reconhecemos que tudo conheces e sabes que necessitamos da iluminação do teu Espírito para o nosso estudo de hoje. Pai misericordioso, te pedimos então que tenhamos nossas mentes abertas para ouvirmos Tua Palavra e capacitação para obedecê-la. Te agradecemos pelas bênçãos que o Senhor tem nos dispensado, pela salvação que recebemos através do teu filho Jesus Cristo e pela possibilidade de sermos considerados dignos para te servir. Usa-nos Senhor, para tua honra e tua glória. Oramos com gratidão, em nome de Jesus Cristo, Amém"!
Querido amigo hoje o nosso objetivo é estudarmos o verso 12 do capítulo cinco de Tiago. Quando lemos esse verso percebemos que ele nos traz uma ordem clara e objetiva sobre os juramentos. Em outras palavras o texto de hoje nos ordena: Não juramentos, mas verdade.
Em Mateus 5:33-37, Jesus apresenta a quarta de suas seis antíteses, ... ouvistes o que foi dito, eu porém vos digo ... que confrontam as perversões farisaicas da lei com a justiça do reino do céu. As exatas palavras do ensinamento tradicional que Jesus cita (versículo 33) não são encontradas em nenhum lugar no Antigo Testamento, mas foram criadas de afirmações como aquelas: . . . nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus (conf. Levítico 19:12; Números 30:2).
A abordagem dos juramentos, pela lei, era semelhante a sua abordagem do divórcio. A aliança Mosaica não ordenou o divórcio, mas procurava regular e restringir o que já era praticado. Assim também, a lei não deu origem aos juramentos nem ordenou a Israel que jurasse, mas indicou que quaisquer juramentos feitos teriam que ser em nome de Deus (Deuteronômio 6:13; 10:20) e não poderiam ser falsos (Levítico 19:12; Zacarias 8:17; Malaquias 3:5). Mas estas restrições nunca foram para serem entendidas como permissões para mentir, quando não estavam sob juramento. O ódio de Deus a todas as mentiras é mostrado muito claramente no Antigo Testamento (Provérbios 6:17; 12:22).
Infelizmente, os fariseus, em vez de encontrar nas regulamentações dadas de Deus em relação aos juramentos um apelo à verdade constante, acharam neles uma brecha para a fraude, o desengano e a liberdade. O ponto principal de sua tradição dizia: "Não jure falso quando o nome de Deus estiver envolvido". "Para com o Senhor" era a frase usada na sua perversão. Para facilitar sua desonestidade, os fariseus faziam distinções sofísticas entre juramentos obrigatórios e não obrigatórios (Mateus 23:16-22). Estes hipócritas tinham uma delicada preocupação em evitar o perjúrio (como eles o definiam), mas nenhum compromisso com a honestidade, a verdade e o amor ao próximo.
Esta parte do sermão do monte onde Jesus nos orienta sobre os juramentos tem que ser bem entendida. O texto diz assim: 5.33 Também ouviste o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. 34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; 35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; 36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que passar disto vem do maligno. O mal que Jesus ataca em sua proibição de jurar (versículo 34) não são os juramentos em si, mas a fraude, a mentira, o engano. Jesus repudiou os juramentos vãos dos fariseus, com suas sutilezas enganosas, e mostrou que não havia nada pelo que eles poderiam jurar (o céu, a terra, Jerusalém, suas próprias cabeças) que não estivesse ligado diretamente a Deus e ao seu poder (versículos 34-36; 23:16-22). O Senhor Jesus simplesmente ressaltou a verdade essencial de que toda palavra que emitirmos está "diante de Deus" e sujeita ao julgamento divino (Mateus 12:36-37). Os juramentos nunca tiveram a intenção de aumentar a obrigação daquele que jurava de dizer a verdade, pois esse conceito, a necessidade de dizer a verdade já existia. A intenção dessa orientação de Jesus foi dar maior segurança àqueles que recebiam os juramentos, aqueles que aceitavam uma aliança ou um contrato (conf. Hebreus 6:13-18). Por isso é que Jesus disse que a nossa palavra deve ser sim, sim ou não, não.
Mas, quais são as lições práticas que aprendemos dessas recomendações? Alguns têm visto aqui uma sólida advertência contra o mal uso das palavras. A lição que aprendemos e temos que reconhecer é que, sem dúvida, a nossa geração não tem respeitado esse princípio de usar bem as palavras. A preocupação fundamental de nosso Senhor Jesus é com a honestidade, com a verdade e com a lealdade.
O que devemos ao nosso irmão e ao nosso próximo é a verdade, em todas as nossas palavras. Há muitas tentações para mentir e para ser infiel, para jurarmos falsamente. Temos a prática de esticar a verdade, até que ela se rompa. Egoísmo ou desejos pecaminosos nos instigam a quebrar os votos solenes do casamento. Somos estimulados a esquecer, como sem importância, as promessas do dia-a-dia que fazemos aos outros. Somos estimulados pela própria sociedade a não cumprirmos os compromissos, os contratos, os acordos que fazemos, que deveriam ser respeitados. Alguns cristãos mancham sua integridade por acusações sem fundamento e declarações sem apoio. Outros desgastaram sua honra por compromissos não cumpridos. Tal procedimento é inaceitável em um cidadão do reino. Servimos a um Deus que não pode mentir (Tito 2:1) e, temos que desenvolver o seu serviço em honestidade e verdade transparentes (Colossenses 3:9; Efésios 4:15,25). Ora, diante dessas verdades e, considerando o texto de Tg 5.12, o título sugerido para a reflexão é:
Orientação sobre os juramentos
Tiago 5.12
Introdução
Quando consideramos de forma ampla esse assunto, lembramos que uma das qualificações que Deus exige dos cristãos é que sejam "amigos do bem" e, especificamente ele exige esse pré-requisito dos líderes (conf. Tito 1.8). Muitas vezes em nossos estudos detalhamos e enfatizamos mais algumas características do que outras, algumas dessas características são mais facilmente "medidas" do que outras. Não devemos diminuir a importância de nenhuma exigência que Deus fez. Líderes, e todos os cristãos, todos os discípulos de Cristo, farão bem em meditar no significado do requisito que nos mostra o dever de sermos “amigos do bem”. A palavra grega traduzida "amigo do bem" traz a idéia de ser amigável em relação às coisas boas e excelentes, de amar tudo que é verdadeiramente bom.
Se parece fácil amar o bem, pense um pouco mais na maneira que a Bíblia coloca amizade contra inimizade. O ponto aqui não é de meramente gostar mais de algumas coisas boas enquanto continuamos gostando de coisas erradas. É Tiago quem nos chama a atenção com objetividade: Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus (Tiago 4:4). Mesmo entre cristãos, é difícil aprender como detestar o mal e amar o bem como Deus o faz. Enquanto procuramos ser pessoas santificadas, não mantendo comunhão com as obras das trevas, enfrentamos constantes tentações de aceitar as idéias pecaminosas do mundo. Este pré-requisito serve para todos os cristãos, não somente para os líderes (1Coríntios 13:6).
Consideremos apenas dois exemplos das diversas maneiras que o mal penetra nossos pensamentos:
1) As mentirinhas. O ensinamento da Bíblia sobre a honestidade é totalmente claro que é difícil entender como alguns supostos seguidores de Jesus justificam suas mentiras. Como lemos anteriormente, foi Jesus quem disse: Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno" (Mateus 5:37). E, Paulo desenvolvendo essa palavra do Senhor também nos orienta: Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros (Efésios 4:25). Há situações em que podemos e devemos recusar responder algumas perguntas inapropriadas que outras pessoas fazem, mas a mentira nunca deve sair da boca do servo de Deus (Provérbios 12:22-23).
2) A letra mata. O diabo deve ter feito uma grande festa com seus anjos no dia que ele convenceu alguém a distorcer 2Coríntios 3:6 para justificar o erro. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: ... Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. O versículo claramente distingue entre a letra gravada em pedras da Antiga Aliança e o espírito da Nova Aliança. Mas o diabo, na sua astúcia, treinou seus ministros a usar esse versículo para evitar o estudo cuidadoso da Bíblia. Quando mostramos uma coisa na Bíblia que vai contra a tradição de alguns homens, alguém replica: "Isso não tem importância, pois a letra mata, mas o espírito vivifica". Então, usando a metade de um versículo tirada do contexto, a pessoa recusa ouvir as palavras da Nova Aliança, recusa-se a estudar desobedecendo a recomendação bíblica de examinarmos as Escrituras (conf. Jo 5.39; 2Tm 3.15-17). Ao invés de atendermos a sagaz intenção do diabo devemos estudar cuidadosamente tudo que o Espírito revelou no Novo Testamento.
Com esses exemplos e considerando os textos que citamos e examinamos, o princípio que percebemos nesse pequeno, mas fundamental texto é visto nessa frase:
Todo cristão maduro deve seguir a orientação bíblica sobre os juramentos.
Nesse texto encontramos três considerações sobre os juramentos.
Antes de fazer os nossos comentários sobre esse tema vamos ler este verso para basearmos nele as nossas reflexões:
5.12 Acima de tudo, porém, meus irmãos, não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto; antes, seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não, para não cairdes em juízo.
Muito bem, agora podemos fazer as três considerações sobre os juramentos:
A 1ª consideração refere-se a ordem bíblica:
A ordem: Não jureis nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outro voto...
Tiago já tinha tratado sobre o uso correto do nosso falar em 1.19; 3.1-12 e 4.11-12. Mas ele volta a insistir no tema, pois é tremendamente pratico e muitos têm sido tentado e têm caído nessa área.
Ele inicia a sua exortação com a sua costumeira frase, a sua maneira pastoral de encorajar os cristãos hebreus que estavam dispersos. Ele se dirige aos seus leitores tratando-os de ... meus irmãos ... terminologia que usa por dez vezes nessa carta (conf. 1.2, 16; 2.1, 5, 14; 3.1, 10, 12; 5.12, 19) demonstrando essa unidade, essa irmandade que deve existir entre nós, mesmo quando temos que advertir ou quando encorajamos uns aos outros.
A 2ª consideração refere-se à razão da ordem bíblica:
A razão: ... para não cairdes em juízo ...
Afinal, por que o Novo Testamento não aprova o juramento? Por pelo menos três razões: 1) Porque o juramento tende a invocar o nome de algo ou alguém superior a si mesmo para dar crédito ao que se está falando. 2) Porque já havia no Antigo Testamento muitas dificuldades na pratica dos juramentos (conf. Jr 5.2; 7.9; Os 4.2; Zc 5.3-4; Ml 3.5). 3) Porque a nossa palavra deve ser confiável dispensando qualquer juramento para confirmá-la, pois o preço de um juramento pode ser muito alto (conf. Mc 6.23-25)
A 3ª consideração refere-se ao estímulo para o cumprimento da ordem bíblica:
O encorajamento: ... seja o vosso falar sim, sim e não, não ...
Tiago, seguindo o exemplo de Jesus exige do cristão que ele seja absolutamente fiel e digno de confiança em todas as suas palavras, pois Deus é quem vai julgar-nos por toda e qualquer palavra.
Conclusão
O julgamento de Deus é o padrão que os cristãos devem temer e observar.
Embora alguns acham que seja proíbido fazer juramentos em um tribunal, é provavel que essa proibição não se refira aos juramentos solenes exigidos legalmente. A maneira pela qual devemos agir em relação aos juramentos proíbidos é entender que a referência foi feita àqueles juramentos falsos e mentirosos que realmente não devem ser feitos por qualquer cristão que queira agradar a Deus.
Querido amigo, minha oração é que você seja fiel em suas palavras e em seus compromissos, lembrando que em primeiro lugar temos um compromisso sério com Deus.
Que o Senhor te abençoes e capacite a viver assim. Um abraço.

© 2014 Através da Biblia

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