sábado, 16 de agosto de 2014

Atraves da Bíblia - Deuteronômio 10.1-11.32

Deuteronômio 10.1-11.32
Olá amigo é com grande prazer e satisfação que iniciamos mais um programa da série "Através da Bíblia". E, para você que tem nos acompanhado fielmente declaramos a nossa gratidão pela possibilidade que temos de conversarmos a respeito das Escrituras Sagradas. Nos sentimos privilegiados quando recebemos a carta dos nossos amigos contando-nos suas experiências com Deus através do nosso programa. Por isso é que compartilhamos agora o e-mail que a irmã J de Porto Velho, Rondônia nos enviou com as seguintes palavras: "Olá, avise ao pastor Itamir que não tenho palavras para expressar o quanto a pregação do Através da Bíblia é boa. É inspiração de Deus. Que Deus o ajude sempre". Querida irmã, muito obrigado por suas palavras. Elas são um incentivo para nós e demonstram a comunhão cristã. Por outro lado, reconhecemos que a nossa responsabilidade aumenta porque cada vez mais desejamos que os programas edifiquem a cada um de vocês. Por isso é que contamos com sua parceria, escrevendo para nos contar como o programa tem chegado até você e contamos com você também unindo-se a nós em oração, pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a sua atenção nesse momento. Quero convidá-la a elevar a Deus a nossa oração: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de abrirmos a sua palavra e juntos ouvirmos a sua voz. Senhor, desejamos e necessitamos da iluminação do teu Espírito para podermos compreender a Tua Palavra e capacitados por ele mesmo cumprirmos os teus mandamentos. Senhor obrigado porque tu nos ouves e respondes as nossas orações. Por isso oramos em nome de Jesus, Amém".
Querido amigo, hoje temos como alvo estudarmos os capítulos 10 e 11 de Deuteronômio. Esses dois capítulos nos mostram os atributos e os requisitos divinos devidos ao Senhor, concluindo a segunda parte do esboço do livro, que abrage os capítulos 5 a 11 que tem como tema os Fundamentos da Lei Reafirmados.
Para que tenhamos condições de entender de modo geral o capítulo dez devemos fazer a leitura do texto completo repetidas vezes. E quando nos familiarizamos com o seu conteúdo percebemos que podemos ter como título deste capítulo A benção dos atributos divinos. Quando, por um lado, sintetizamos os 22 versos deste capítulo podemos encontrar como proposição, como a proposta do texto para todos nós que nos detemos para estudá-lo a seguinte frase desafiadora: Todos somos desafiados a reconhecer na história os atributos abençoadores de Deus. E, quando, por outro lado, detalhamos esse conteúdo encontramos sete atributos divinos que proporcionam a sua bênção para o seu povo.
Em 1º lugar, nos vs. 1-5 encontramos a graça de Deus.
Moisés continuava a chamar a atenção da 2ª geração para que tivessem um procedimento correto fruto da consciência do que Deus tinha feito em seu favor, dando-lhe a Palestina. Assim, o relato da preparação das novas tábuas de pedra, o desejo de Deus de novamente escrever nelas a Sua Lei e a construção da arca que Ele pediu a Moisés, sem dúvida alguma demonstravam a graça do nosso Deus. Mesmo tendo sido ofendido pelo povo que acabara de libertar do Egito, com quem tinha estabelecido a Sua aliança, e, de certa forma também tendo sido desrespeitado por Moisés que quebrou as duas primeiras tábuas da Lei, Deus foi extremamente gracioso e através dessas atitudes renovou a aliança que Israel acabara de quebrar. É dessa graça constante que só é vista em Deus que necessitamos para continuarmos em nossa jornada cristã.
Em 2º lugar, nos vs. 6-9 encontramos a misericórdia de Deus.
Na seqüência do relato, Moisés relembrou a caminhada pelo deserto e a morte de Arão, o sumo sacerdote. Mas relembrou-lhes também a escolha da tribo de Levi como a tribo dedicada exclusivamente a Deus para possibilitar que todas as outras tribos prestassem um culto correto a Deus. Deus separou os levitas para transportarem a arca da aliança, para estarem diante do Senhor, para o servirem e para abençoarem em Seu nome. A misericórdia para com Levi foi confirmada porque ele mesmo tinha sido um filho violento e malvado, que tinha trazido problemas ao seu pai quando junto com Simeão usou de violência contra os moradores de Siquém, inclusive ferindo os animais, deixando-os sofrer sem poderem andar (Gn 34.24-30; 49.5-6). Usar os descendentes de Levi para serem os responsáveis pelo culto santo ao Senhor era uma clara demonstração da misericórdia divina. Lembrando que misericórdia é a atitude de não punir quem deveria ser punido, é desse atributo que necessitamos para continuar desfrutando da comunhão com Deus ao desenvolvermos nossa vida cristã.
Em 3º lugar, nos vs. 10-11 encontramos a fidelidade de Deus.
Podemos constatar mais esse atributo divino ao lermos esses versos. Neles Moisés destaca que ao invés de querer destruí-los, por seus pecados, Deus ouvindo a sua intercessão deu uma nova oportunidade para Israel e ordenou a Moisés que colocasse o povo em marcha porque Ele os faria entrar em Canaã. E faria isso, faria com que entrassem, conquistassem e morassem em Canaã porque Ele era fiel, isso é, Ele cumpriria o juramento que tinha feito aos patriarcas. Deus é fiel. As suas promessas se cumprem plenamente, mesmo que muito tempo possam passar. Deus é fiel. Essa fidelidade divina é que nos sustenta! Temos que reconhecer e louvar a Deus por esse precioso atributo!
Em 4º lugar, nos vs. 12-13 encontramos o senhorio de Deus.
Esse atributo divino foi claramente exposto por Moisés ao mencionar por três vezes nesses dois versos a palavra Senhor. E diante do Senhor o que era exigido, o que era requerido de Israel era o temor, o amor e o serviço, de todo o coração e de toda a alma. Essa era a postura que Deus esperava de Israel ao entrar na Palestina. E essa é a postura que Deus espera de cada um de nós. Porém, só Deus, o nosso Deus verdadeiro e Criador dos céus e da terra merece essa postura de obediência, de submissão ou de subserviência. E, como diz a última frase do verso 13, quando agimos dessa maneira estamos agindo para o nosso próprio bem. Que Deus mesmo nos conceda condições para assim procedermos.
Em 5º lugar, nos vs. 14-15 encontramos o amor de Deus.
Um grande e especial atributo divino é o amor. Em 1Jo 4.8 lemos: [Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor]. Quando a própria Bíblia, inspirada por Deus através do seu Santo Espírito caracteriza Deus, como amor, é necessário percebermos que esse é um atributo divino singular. Deus, por ser amor, se afeiçoou dos antepassados israelitas para os amar. Deus, por seu amor, escolheu Israel dentre todos os povos para deles fazer o seu povo, para fazê-los seu representante entre as nações, conforme o chamado de Deus a Abraão (Gn 12.1-3). Devemos sempre agradecer a Deus por seu tão grande amor que foi provado ao entregar o Seu Filho por todos nós.
Em 6º lugar, nos vs. 16-20 encontramos a soberania de Deus.
Diante de tantas características maravilhosas de Deus, Israel estava sendo encorajado, estimulado e desafiado por Moisés a ser um povo diferenciado. Deveriam circuncidar os seus corações e não endurecer a cerviz. Essas expressões devem ser bem explicadas. 1)Circuncidar o coração significava tornar o coração aberto e livre de impedimentos e obstruções, deixando-o em condições de obedecer a Deus e seus mandamentos. 2)Não manter a cerviz dura significava para Israel quebrantar-se, humilhar-se e curvar-se diante da soberania de Deus. Diante de Deus, [...o Deus dos deuses e o Senhor dos Senhores, Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes (v.17-18)] todos nós devemos nos curvar. Tanto Israel como nós, conforme o verso 20 devemos temer, servir, e nos chegarmos a Ele.
E, em 7º lugar, nos vs. 21-22 encontramos a onipotência de Deus.
Deus deve ser louvado pelo seu poder. Deus deveria ser o louvor de Israel pelas grandes e temíveis ações que tinha feito que tinham sido testemunhadas por toda aquela geração. E assim, por fim, Moisés recordou que através dos 70 antepassados israelitas que há mais de quatro séculos tinham entrado no Egito, eles agora, como uma nação, com provavelmente mais de dois milhões de pessoas estavam prestes a entrar e possuir Canaã, a terra prometida. Sem dúvida, todos esses acontecimentos eram frutos da onipotência de Deus!
Querido amigo, essas características, esses atributos divinos que pudemos perceber no relacionamento que Israel deveria ter com Deus, são os mesmos atributos e as mesmas características divinas com as quais estamos interagindo em nossos dias. Você e eu temos sido atingidos e impactados pelo nosso Deus, porque Ele é um Deus presente e pessoal.
Temos que agradecer por essa bênção e por esse privilégio. Temos que perceber que a nossa responsabilidade cresce, pois ao mesmo tempo em que Deus assim se apresenta e nos abençoa Deus também tem requisitos que devemos cumprir em nosso relacionamento com Ele.
E, exatamente sobre os requisitos exigidos por Deus que o capítulo onze trata. Por isso podemos dar-lhe o título de Os requisitos exigidos por Deus. E da mesma maneira que procedemos ao estudarmos o capítulo dez, assim deveremos fazer ao estudar estes 32 versos do capítulo 11. Depois de lermos diversas vezes, em resumo podemos dizer que este capítulo, que trata da história de Israel, pode se tornar relevante para os nossos dias quando percebemos que ele nos desafia através da seguinte frase: Todo cristão deve estar totalmente consciente dos requisitos exigidos por Deus para a sua vida cristã. Por isso, quando detalhamos estes versos encontramos sete requisitos que devemos cumprir no desenvolvimento de nossa jornada cristã.
Em 1º lugar, nos vs. 1-7 o requisito exigido é considerar na mente.
É isso mesmo. Mesmo que pareça redundância é na mente que devemos considerar, pensar e refletir. 1)Israel foi desafiado a considerar a grandeza, a poderosa mão e o braço estendido do Senhor. 2)Israel deveria refletir sobre os sinais, as obras e tudo o que Deus tinha feito ao exército do Egito ao afogá-los no mar Vermelho; tudo o que Deus tinha feito por Israel durante a caminhada no deserto. 3)E, Israel ainda deveria pensar no que Deus tinha feito aos rebeldes Datã e Abirão que unindo-se a Corá desafiaram a autoridade de Moisés (Nm 16). Esse é um requisito básico para todos nós. Considerar os feitos do Senhor e a partir daí deixar que Ele conduza os nossos passos.
Em 2º lugar, nos vs. 8-12 o requisito exigido é guardar no íntimo.
As ações que Israel deveria praticar aparecem no verso 8: guardar, entrar, possuir a terra, prolongar os dias na terra prometida. Essas ações deveriam ser praticadas porque esta terra que estavam herdando era uma terra diferente da do Egito.
O cultivo da terra no Egito era por meio de irrigação. A água do rio Nilo era usada para irrigar os campos. Era um trabalho muito espinhoso, no qual os israelitas estavam envolvidos como escravos. Mas, Moisés lhes disse que a terra na qual Deus iria introduzi-los, era uma terra diferente. Deus mesmo cuidaria da terra e os campos seriam molhados pelas chuvas do céu. Moisés disse também que Deus teria os seus olhos continuamente sobre aquela terra e sobre o seu povo, isto é, Deus teria um cuidado especial pelos seus filhos, pois era uma terra de vales e montes. Esse cuidado começava no princípio e ia até o final do ano. Essa bênção do cuidado divino deveria ser guardada bem no íntimo de cada israelita e a conseqüência seria o seu fortalecimento no manejar essa nova terra. Nós, como os israelitas podemos ser fortalecidos pelo próprio Senhor para o seu serviço, se também cumprirmos esse requisito de guardar os seus mandamentos!
Em 3º lugar, nos vs. 13-15 o requisito exigido é obedecer na prática.
Quando Moisés disse que a terra tinha vales e montes, isto indicava que o povo não poderia irrigá-la como fazia no Egito, pois não tinha o equipamento próprio, necessário para aquele tipo de serviço e porque lá no Egito mesmo não chovendo, era possível se fazer o serviço de irrigação nos campos através das águas do Nilo. Mas, Israel passando a viver numa terra de vales e de montes, não era poderia aplicar o mesmo sistema de irrigação. E por isso Deus garantia a eles a chuva para molhar a terra, a fim de lhes proporcionar o alimento necessário. Mas, esse fato tinha implicações. Israel deveria aprender a depender Deus. No Egito era só fazer irrigação, plantar e colher. Mas, agora o povo teria que depender da chuva. O povo agora iria esperar de Deus e depender Dele. É muito bom quando nós passamos a depender de Deus para a nossa sobrevivência. Há muita gente que só sabe se aproximar de Deus diante de uma circunstância difícil, quando os recursos humanos se esgotam, quando as circunstâncias fáceis e favoráveis desaparecerem. Israel deveria estreitar a sua comunhão com Deus. Deveria orar pedindo chuva para regar a terra e orar agradecendo a Deus pela chuva que tinha vindo em boa hora. Deus, muitas vezes, muda as circunstâncias em que nos achamos porque Ele quer que vivamos na dependência Dele. Quando dependemos de Deus podemos estar seguros que sempre teremos fartura.
Em 4º lugar, nos vs. 16-18 o requisito exigido é não se enganar nem se desviar.
Esse requisito de não ser enganados e não se desviar referia-se a idolatria. Referia-se a servir e a prostrar-se diante dos ídolos, dos falsos deuses dos cananeus. Cometemos grande engano e nos desviamos dos caminhos do Senhor quando colocamos qualquer coisa no lugar que pertence somente a Deus. Israel, se deixasse se enganar ou se fosse idolatra corria o risco de ter a intempéries da natureza despertadas por Deus, contra as suas plantações e suas colheitas. Essas orientações eram fundamentais para os israelitas e são fundamentais para nós também!
Em 5º lugar, nos vs. 19-21 o requisito exigido é ensinar as gerações futuras.
Assim como tinha assinalado no capítulo seis, os filhos dos israelitas e as próximas gerações deveriam estar totalmente seguras do procedimento correto para com Yahweh, para que se multiplicassem e fossem numerosos em Canaã. Mas, para que isso acontecesse aquela 2ª geração deveria ensinar aos seus filhos e esses aos seus filhos e assim a tradição oral dos feitos do Senhor deveria ser transmitida continuamente! Nós também devemos repartir com os mais novos as ações abençoadoras do nosso Deus!
Em 6º lugar, nos vs. 22-25 o requisito exigido é amar a Deus e andar no seu caminho.
Prezado amigo, de acordo com estas palavras, a terra que Deus deu ao seu povo, era realmente um grande território. Os judeus poderiam tomar posse de uma imensa área de terra. Mas Israel só chegou a possuir uma parte desse território descrito no v.24. E isso só ocorreu nos dias dos reis Davi e Salomão.
Mas, é interessante percebermos que o requisito aqui não era uma obediência formal e legalista. Deus prometia a posse de toda a terra, mas para isso requeria uma obediência baseada no amor e na íntima comunhão com Ele, como se expressou nos versos 22-23: [Porque, se diligentemente guardardes todos estes mandamentos que vos ordeno para os guardardes, amando o Senhor, vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes, o Senhor desapossará todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós]. Será que estamos dispostos a obedecer o Senhor amando-O e tendo íntima comunhão com Ele? Essa é a Sua oferta, será que desejamos aceitá-la?
Em 7º lugar, nos vs. 26-32 o requisito exigido é escolher sabiamente.
E o capítulo termina com esses versos muito desafiadores. Moisés colocou Israel diante de duas alternativas, diante de duas opções. A bênção viria por meio do cumprimento dos mandamentos, e a maldição viria por meio da desobediência aos mandamentos. E dizendo isto, Moisés estava se referindo as bênçãos materiais e espirituais decorrentes da conquista de Canaã. Não podemos confundir, pensando que em relação a salvação podemos alcançá-la através da nossa obediência à Lei. Não! Esse tema é totalmente diferente. A salvação só se alcança pela fé em Cristo. A salvação é uma dádiva graciosa de Deus. Não nos custa nada, porque ela já foi ganha por Cristo na cruz. A graça de Deus nos providencia salvação. Unicamente pela graça de Deus vamos viver eternamente com Deus.
Israel estava sendo advertido de que a terra seria abençoada, seria irrigada com chuva; mas isso só aconteceria enquanto eles estivessem cumprindo os requisitos estipuladas, e vistos neste estudo.
Este capítulo 11 termina com as palavras dos vs. 29-32. Em relação ao monte Gerezim deveriam pronunciar as bênçãos sobre ele e sobre o monte Ebal, deveriam se pronunciar as maldições sobre ele. Esses montes ficavam bem na região central do novo território e dali, bem no coração do território, conforme Thompson (2006, pg.151) “se achavam as duas testemunhas silenciosas da exigência feita por Yahweh a Israel, que escolhesse a quem iria dedicar a sua lealdade”. Em relação ao v.30 temos as indicações geográficas de onde Israel deveria fazer a sua aproximação definitiva para atravessar o Jordão. E os vs. 31-32 nos dão um resumo final de toda a porção que começou em 5.1 e termina aqui. Nesta parte final do esboço mais uma vez Israel era alertado para cuidar em cumprir todos os mandamentos do Senhor.
Bom chegamos assim ao final de mais um tempo de estudos. Agradeço a Deus por sua capacitação e a você a sua companhia. Oro para que você coloque em prática os ensinamentos que vimos durante esse programa.
Que o Senhor te abençoe.
Um abraço.
© 2014 Através da Biblia

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