quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Através da Bíblia - Números 20

Números 20
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por sua sintonia e sua fidelidade em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo da Palavra eterna. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente isso que o D.A.O. da cidade de Gurupi, no Tocantins, escreveu com essas palavras: "Com muita alegria venho lhe dizer que os seus estudos tem sido uma fonte inesgotável de bênçãos. Creio que o Senhor o tem levantado para mostrar a verdade da Palavra de Deus. Em nome do Senhor Jesus, creio que você será grandemente abençoado para que contnue pregando...". Querido irmão o nosso objetivo é exatamente fazer com que a Bíblia seja entendida por todos nossos ouvintes. Desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus. Muito obrigado por suas palavras de incentivo. Agora, quero convidá-lo para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia . Pai, buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos capacite para desenvolvermos esse projeto.. Oramos em nome de Jesus. Amém!".
Querido amigo, hoje temos como alvo estudarmos os caps.20 e 21 de Números.
Você deve se lembrar conf. já mencionamos, depois do cap. 14 onde esta relatada a grande incredulidade de Israel, os capítulos 15-20 mostram o período de transição entre a 1ª e a 2ª geração e descrevem pouco sobre os 40 anos do povo no deserto. Notamos que a Bíblia não diz muito sobre aquele período em que o povo de Deus passou vagueando pelo deserto. E muito do quê aconteceu na vida do povo, aconteceu acidentalmente, porque o povo estava fora da vontade de Deus. Já estudamos e vimos que ocorreram diversas revoltas e houve também as punições divinas, pois o povo viveu a revelia da vontade de Deus. Era o povo escolhido de Deus, mas estava sofrendo por causa da desobediência.
Mas, nestes 2 capítulos temos alguns assuntos muito sugestivos. Vamos estudar cada um deles percebendo as lições que Deus quer nos ensinar, lembrando que no cap. 20 terminamos o período de transição entre a 1ª e a 2ª geração e no cap. 21 iniciamos a 3ª parte do esboço do livro que nos mostra o caminho de Israel até a Palestina.
Vamos então verificar cada uma dessas narrativas:
Em 1º lugar temos a morte de Miriã, no cap.20.1. Diz assim este verso: “Chegando os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim, no primeiro mês, o povo ficou em Cades. Ali morreu Miriã, e ali, foi sepultada”. Vamos fazer algumas observações para entendermos bem este verso. 1)Este cap. que começa com o relato da morte de Miriã termina com a morte de Arão, num simbolismo interessante, mostrando como foi triste o período que Israel passou no deserto. 2)Embora haja menção do mês não se relata o ano desse acontecimento. 3)Mas quando comparamos os vs. 22-29 com 33.38 percebemos que este capítulo se refere ao quadragésimo ano da caminhada de Israel rumo à Palestina. 4)A grande maioria do povo, que nos caps 13 e 14, tinha mais do que 20 anos de idade quando por incredulidade se rebelaram contra Deus e o testemunho de Josué e Calebe, a grande maioria do povo certamente já tinha morrido em cumprimento da promessa da punição divina. 5)É interessante notar que daquela geração de incrédulos poucos relatos temos, senão aqueles que vimos nos últimos programas que nos apresentaram mais rebeliões, ciúmes e invejas. 6)Foi de Cades que o povo tinha partido há 38 anos atrás, e novamente ali o povo chegava depois de sua grande peregrinação. Voltas e voltas foram dadas, e de novo estavam em Cades, diante da Palestina, o lugar onde deveriam tomar a decisão de crer no Senhor e entrar na terra. 7)Nesse local, morreu Miriã, a irmã mais velha de Moisés, uma profetiza, mas que também tinha se rebelado contra a liderança do seu irmão. Talvez tivesse sido uma líder entre as mulheres, mas não sabemos muito sobre ela. Miriã morreu, e, na sua morte, não vemos nenhuma cerimônia fúnebre. Não há discurso de apreciação pela sua pessoa, não há louvor ou elogio à sua pessoa. Morreu, foi sepultada e ali ficou no deserto.
Querido amigo, quando nos rebelamos contra Deus e sua vontade a nossa vida fica sem registro. Assim se deu com o próprio povo de quem não temos muitos relatos depois de sua crise de incredulidade, e nem de Miriã que também se rebelou contra a liderança de Moisés. Será que é possível aprendermos que vale mais a pena nos humilharmos e seguirmos as orientações e a vontade de Deus, sabendo que Ele sempre tem o melhor par nós? Esse é o desafio e certamente, essa é a vontade de Deus para nós!
Em 2º lugar temos Moisés ferindo a rocha em Meribá, em 20.2-13. Este é um episódio dos mais marcantes na história de Israel. Façamos também algumas observações: 1)O texto é claro em apontar que não havia água para o povo e o povo contendeu contra Moisés e Arão. 2)Devemos lembrar que essa é a 2ª geração, e parece que já tinham esquecido da punição que tinha ocorrido na rebelião de Corá, Datã e Abirão quando por volta de 15.000 israelitas morreram num só dia. 3)A reclamação, a murmuração foi a mesma que tinham feito os seus pais há quarenta anos atrás, demonstrando que também lhes faltava confiança nas providências divinas. 4)Moisés e Arão demonstrando uma atitude de dependência em Deus, e demonstrando o cuidado pastoral para com o povo, se colocaram na brecha da intercessão e simplesmente se colocaram com os rostos prostrados em terra. Eles demonstraram o principio que vemos no NT de que não precisamos falar, pois Deus já conhece nossas palavras antes que as pronunciemos. Basta nos humilharmos que Deus já sabe a nossa necessidade. 5)Deus disse-lhes quais os passos a serem dados: 1º)deveriam pegar a vara com que os milagres do Êxodo tinham acontecido; 2º)deveriam reunir o povo, 3º)deveriam falar à rocha; 4º)a rocha daria água; 5º)deveriam tirar água da rocha e assim dar ao povo e aos animais para beberem. 6)Mas, o que Moisés e Arão fizeram? 1º)Reuniram o povo; 2º)Advertiram duramente o povo, demonstrando frustração e descontentamento; 3º)chamaram o povo de rebeldes, demonstrando falta de mansidão e paciência e conf. o Sl 106.33 Moisés falou irrefletidamente; 4º)Moisés levantou a vara e feriu a rocha por duas vezes, desobedecendo a ordem divina; 5º)a rocha deu água e dessedentaram o povo e os animais, como Deus prometera. E, 7ª observação) Conf. o v.12 e 13, nessas águas chamadas de Meribá ou Massá, que significa “teste”, “questionamento” ou “pleito” Deus deu a Moisés e a Arão a notícia de que por não O santificarem diante do povo os dois morreriam sem entrarem na posse da Terra prometida.
Querido amigo porque Moisés teve essa punição tão dura? Mesmo sem ter desejado essa missão, como o vimos recusando desde as primeiras palavras de Deus convocando-o, mesmo tendo passado 40 anos no deserto suportando todas as tribulações provocadas pelo povo e mesmo tendo rebeldias declaradas à sua pessoa, por que Deus o puniu tão severamente? Creio que podemos alistar várias respostas mas, queria mencionar pelo menos 5 para que possamos refletir sobre nossas próprias vidas: 1)Talvez porque Moisés tomou para si a responsabilidade de providenciar a água quando disse: “porventura, faremos sair água dessa rocha para vós outros”, cf. o v.10, excluindo Deus dessa provisão miraculosa. E nós sabemos que toda a glória pertence ao Senhor e não a nós, que somos meros instrumentos. 2)Talvez tenha faltado fé a Moisés. Num momento, vacilou a sua fé, e esta possibilidade aparece nas palavras que Deus dirigiu a Ele no v.12: “visto que não crestes em mim...”. E, nós sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus! 3)Talvez por ter pecado em público e sendo o líder do povo não foi admissível aquele procedimento, conf. a palavra de Deus, ainda no v.12: “visto não me santificardes diante dos filhos de Israel”. E, nós sabemos que santificar significa honrar, dar destaque em obediência à Deus, pois também orarmos: “santificado seja o teu nome”! e o nosso dever é continuamente honrar a Deus, através de nossas ações. 4)Talvez porque Moisés de fato desobedeceu frontalmente a ordem de Deus. Deus tinha dito: ajunta o povo e fale à rocha e Moisés falou ao povo e feriu a rocha praticando ações que demonstraram desobediência. E, 5)Moisés foi duramente punido, pois como dissemos, mencionando o Sl 106.32-33, num acesso de raiva, falou irrefletidamente, chamando o povo de rebeldes e feriu a rocha.
Querido amigo será que por vezes não agimos também assim? As nossas emoções muitas vezes nos levam a pecar fazendo-nos desagradar o coração do Pai. Que Ele mesmo nos ajude a não pecarmos assim!
Em 3º lugar temos a negação de Edom ao pedido de Israel, em 20.14-21. Será que você se lembra quem é Edom? Nós já demos essa resposta quando estudamos Gn 25, 26 e 27. Se lembra? Edom que significa vermelho é o outro nome de Esaú, o irmão gêmeo de Jacó, filhos de Isaque. Esaú deu origem aos edomitas e Jacó deu origem aos israelitas. Você deve se lembrar também de alguns episódios entre os 2 irmãos e como eles passaram a maior parte da vida, um afastado do outro, com ações e sentimentos ruins uma para com o outro. Agora, quase 500 anos depois estavam os dois povos um defronte ao outro. 1)Moisés enviou mensageiros pedindo-lhe que considerasse o caso dos israelitas. 2)Moisés fez com que a história dos israelitas fosse contada aos edomitas certamente para sensibilizá-los, e se comprometeu a não causar nenhum prejuízo aos edomitas, garantindo que só usariam a estrada real para o trajeto. 3)Edom respondeu que não poderiam passar por seu território, relembrando as antigas desavenças entre os 2 povos ameaçando-os atacá-los com espadas. 4)Os israelitas insistiram dizendo que até pagariam pela água que porventura o povo e os animais bebessem; queriam apenas atravessar a pé. 5)Os edomitas arrogantes e duros, não permitiram e os atacaram com um exercito, com mão forte. Mas, por que Edom não deixou passar Israel? Conf. podemos perceber em 21.26 Moabe, que era uma nação irmã de Edom já estava lutando com os amorreus que já tinham conquistado a parte norte do seu território. Edom sabendo que Israel teria que enfrentar os amorreus, provavelmente se prevenindo contra uma guerra de 2 nações em suas terras não permitiu Israel atravessar seu território. 6)Percebemos que Moisés usou de muita cortesia para conseguir esta permissão de Edom, descrevendo como seria a passagem, e garantindo que não causaria nenhum prejuízo. É assim mesmo que o crente deve tratar os outros. Deve ser polido, justo, cortez, mesmo que seja tratado com dureza. Foi o que aconteceu: Edom não atendeu o pedido de Israel, pois não tinha o temor de Deus, só pensava no que era seu, e não tinha nenhum interesse de ajudar Israel.
7)Mas certamente Edom não deu permissão a Israel passar por seu território por uma ação divina, pois Moisés não tinha que pedir permissão a Edom. Ele deveria ter seguido simplesmente a nuvem. A direção que a nuvem tomasse, então era esta a direção que tinha que seguir, pois era aquela a orientação de Deus. Moisés não tinha que consultar a Edom. Se Deus tivesse de levar o povo por ali, era por ali que seria o caminho.
Querido amigo, o erro que Moisés cometeu, é o mesmo que muitos de nós cometemos quando deixamos de seguir a direção de Deus, para buscar os conselhos do mundo e dos homens. É aí onde nós sofremos os maiores desastres espirituais. Respeitemos as portas que Deus fecha, mesmo quando as fecha através de mãos tão ímpias como as de Edom. Como você está nesse aspecto? Tem buscado o conselho e a parceria com o mundo ou tem confiado na direção divina?
Em 4º lugar temos o relato da morte de Arão, em 20.22-29.
A morte de Arão foi um acontecimento muito triste para o povo de Israel. Arão era o sumo sacerdote, uma figura indispensável para o povo de Israel, portanto, para a vida espiritual de Israel. Mas, a morte de Arão nos lembra que Jesus, o nosso sumo sacerdote não morre, não teve princípio nem terá fim e sendo Ele Deus, não morrerá nunca, pois é eterno. Eleazar filho de Arão, o substituiu. Mas, Cristo não precisa de substituto, pois Ele é sacerdote para sempre. E como nosso sumo sacerdote pode compadecer-se de nós. Você tem se apropriado da sua bondade, você tem recorrido a Jesus como seu sumo sacerdote? Lembre-se de Hb 4.14-16
Em 5º lugar temos o relato das vitórias de Israel sobre Arade, e o relato sobre a serpente de bronze, em 21.1-9. 1)Querido amigo, aqui temos o relato da 1ª batalha da 2ª geração de Israel. 2)Quem entrou em luta aqui foi a geração dos filhos dos incrédulos que tinham sido derrotados pelos amalequitas e cananeus, cf. vimos em 14.41-45, pois lutaram sem a presença de Deus, simbolizada na Arca da Aliança. 3)Nesse episódio Israel fez voto ao Senhor, prometendo obedecer a sua ordem de eliminar por completo os gentios. 4)Diante disso o Senhor lhes entregou os cananeus e Israel derrotou-os completamente. 5)Mas, infelizmente, o espírito de murmuração não tinha sido eliminado do meio do povo; parece-nos que o “gene” da reclamação tinha passado para essa nova geração e cf. o v.5 reclamaram de tudo e inclusive do maná, chamando-o de “pão vil” ou “pão miserável”. 6)Deus os disciplinou enviando serpentes venenosas para o meio do povo e muitos morreram. Percebendo que tinham errado, recorreram a Moisés e Moisés pediu a misericórdia de Deus. 7)A resposta de Deus foi especial. Mandou Moisés construir uma serpente de bronze e pendurá-la numa haste. Se alguém fosse mordido e olhasse para essa serpente seria salvo. Era um teste de fé. Teriam que crer num símbolo de quem era a causa da morte. Ao enfrentar a morte, pela fé, encontrariam vida!
Querido amigo, essa serpente de bronze, cf. as palavras do próprio Jesus, em Jo 3.14-15 era um símbolo dEle mesmo sendo levantado na cruz para a salvação daquele que nele cresse. Você tem tido um espírito de murmuração, de reclamação, ou tem fixado o seu olhar em Jesus, o autor e consumador da nossa fé?
Em 6º lugar temos, em 21.10-20 a viagem de Israel para Moabe. Esse relato é muito significativo. 1)Foram varias as etapas dessa jornada de Israel, agora no quadragésimo ano de sua peregrinação. 2)Israel estava rumando objetivamente para Canaã. 3)Estavam rodeando o território de Edom, pois Deus mesmo tinha lhes dito para não entrarem em conflito com os edomitas, cf. veremos em Dt 2.1-8. 4)Em relação ao Livro das Guerras do Senhor que aparece no v.14 provavelmente era uma coletânea de cânticos de guerra que foi perdido e não preservado com os livros canônicos. 5)Quanto ao cântico dos vs.17-18 era um hino de louvor, mas também de esperança. 6)Era um local onde não tinha água, pois essa era uma realidade do deserto e Moisés ajuntou o povo sob a ordem do Senhor para cantar. 7)Deve ter sido um acontecimento grandioso ver os poços jorrando água para aquela grande multidão.
Querido amigo, o desafio que este texto nos dá é de confiarmos completamente no Senhor. Confiarmos na sua direção. Mesmo que passemos por diversos lugares, ao obedecermos a Deus podemos saber que Ele tem sempre o melhor para nós.
Em 7º lugar temos o relato da vitória de Israel sobre Seom e Ogue, em 21.21-35
Façamos algumas observações: 1)Israel teve o mesmo procedimento que teve com Edom, e pediu autorização para atravessar as terras dos amorreus, garantindo-lhes que só usariam a estrada real. 2)Tiveram uma resposta negativa e todo o exército amorreu atacou Israel. 3)Israel revidou e destruiu o exército amorreu invadindo e tomando suas cidades, inclusive Hesbom a cidade do Rei Seom. 4)O cântico dos vs. 27-30 expressava um louvor pela vitória dos amorreus contra os moabitas, cf. v.26, mas diante da sua derrota para Israel, os israelitas o adaptaram e o cantaram contra os próprios amorreus. 5)A partir do v.33 ao 35 temos o relato da luta e da vitória contra Ogue, o rei de Basã que partiu para o ataque contra Israel. 6)Mas o Senhor disse a Moisés que não temesse aquele povo, pois Ele mesmo o tinha entregue a Israel. Israel derrotou o povo de Basã e tomou posse a terra deles. 7)Essas vitórias de Israel eram uma garantia de que a promessa divina em relação a toda Palestina dalém do Jordão seria cumprida. A Palestina seria de Israel. Esses territórios da Transjordânia seriam das tribos de Gade, de Rúben e da meia tribo de Manassés, cf. veremos no cap.32.33.
Querido amigo Deus é fiel em suas promessas. Você tem crido na Palavra de Deus?
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos no livro de Números e sou grato a Deus por sua capacitação e por sua companhia conosco.
Escreva para nós, por carta ou e-mail, contando como Deus falou ao seu coração. Seu compartilhamento nos ajuda a avaliar o programa.
Desejo a você as mais preciosas bênçãos de Deus.
Um abraço.
© 2014 Através da Biblia

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