Tiago 3.13-18
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Para nós é um motivo de alegria sabermos que você está conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Sempre é bom sabermos que o nosso empenho tem sido reconhecido por muitos de vocês e sabemos isso pelas correspondências que vocês nos enviam. Hoje vamos estudar o segundo parágrafo do capítulo três dessa carta onde Tiago nos orienta sobre a necessidade que temos de diferenciar a sabedoria humana da sabedoria divina. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo dessa Palavra que é vinda diretamente de Deus para nós. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração e também compartilhando suas dúvidas sobre alguns textos bíblicos maios difíceis.. E é exatamente isso que o nosso irmão Valdecir da cidade de Joinville fez, enviando-nos o seu e-mail. Essa foi a sua mensagem: 1011“A paz do Senhor querido irmão Itamir. É com muita alegria que escrevo novamente, agradeço pelo Senhor estar me ajudando nesta caminha tão longa de estudo da Bíblia. Fiquei feliz em ouvir o programa quando o Senhor citou o meu email que lhe havia mandado. Nunca imaginava que um dia isso fosse acontecer, quando vim pra Joinville ouvia na radio como citei, o seu programa e pensava quando vc fazia a introdução do programa .Nossa que tanta gente que escreve pra este programa.Não pensava eu que um dia meu nome iria ser pronunciado também. Fiquei muito feliz, e também valorizado. Mas escrevo novamente para tirar uma duvida do programa do dia 26 hebreus cap. 4.1-11 o Sr. falou algo e fiquei na duvida ou não entendi muito bem a frase é o seguinte: nos não somos salvos pelas obras e sim pela graça amem .Sera que isso não descarta a necessidade de estarmos fazendo algo pro reino de Deus: por exemplo: evangelismo, discipulado, visitas aos irmãos que estão mais fracos etc. Gostaria de saber, de que obras, nos estamos isentos. Muito obrigado e que Deus o abençoe.” Valdecir – Joinville – SC – email.
Querido amigo obrigado por seu e-mail e estamos aqui exatamente para isso, para servir a cada um de vocês naquilo que Deus tem dado à nós. É com alegria que registramos as correspondências que vocês nos enviam e é com satisfação que na medida do possível, respondemos as questões que nos são apresentadas. Valdecir, em relação a sua pergunta sobre a salvação pela graça sem necessidade das obras, como lhe respondi por e-mail, de fato, é essa a doutrina correta sobre a nossa salvação. Qualquer obra que fizermos para demonstrarmos obediência, para demonstrarmos a nossa espiritualidade, ou ganharmos méritos diante de Deus não vale absolutamente nada. Como temos estudado nesse livro de Tiago, as obras que fazemos devem ser uma decorrência da fé e da graça que depositamos em Jesus que nos deu a salvação. Fazer evangelismo, visitar, discipular e desenvolver tantas outras praticas devem ser conseqüência da graça em nossas vidas, pois qualquer dessas obras que as fizermos sem fé, para obter a bênção de méritos diante de Deus não tem qualquer valor. Na verdade, conforme temos estudado, desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a realidade do reino de Deus. Mais uma vez muito obrigado por suas palavras de incentivo. Agora, quero convidá-lo para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia . Pai diante disso buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para desenvolvermos esse projeto na tua dependência. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo hoje o nosso alvo é estudarmos a segunda parte do capítulo três de Tiago, vamos estudar Tg 3.13-18. Neste texto encontramos algumas afirmações importantes sobre sabedoria. Mas, ao iniciarmos as nossas reflexões sobre sabedoria um texto bem conhecido de todos nós, nos vem à mente:
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria e o conhecimento do Santo é prudência (Provérbios 9:10).
Diante dessas palavras inspiradas podemos dizer então que a busca pela sabedoria jamais pode ser separada da busca por Deus. Se a nossa filosofia não é controlada por uma teologia firme, enfrenta uma barreira impossível de superar.
As verdades fundamentais sobre Deus constituem as bases do conhecimento. As verdades de Deus são os fatos mais importantes que devemos conhecer e também aquilo que é o mais óbvio para todo ser humano (Romanos 1:19-20). No abecedário do conhecimento, começamos com Deus. Aqueles que não crêem em Deus, muitas vezes se vêem como mais avançados no seu conhecimento. Mas “nenhuma arte, nenhuma filosofia, nenhuma ciência, nenhuma literatura, nada adquirido intelectualmente nem feitos de qualquer tipo compensarão conhecermos a pessoa Deus e os seus atributos. Na verdade podemos afirmar que o homem que não conhece Deus é um homem ignorante.
A verdade simples é esta: não ficaremos sábios sem buscar a Deus, e não buscaremos a Deus sem humildade, respeito e reverência. Por isso o temor do Senhor é o “princípio” da sabedoria. O orgulho sempre corrompe o processo de aprendizagem. A ilusão de que sabemos mais do que realmente sabemos (junto com a falta de vontade de aceitar verdades que podem ter conseqüências indesejadas) farão com que não progredimos na busca da sabedoria. É o respeito pelo Criador que abre a porta para o crescimento intelectual. Quando nós buscamos a Deus e, em Deus buscamos sabedoria, conforme diz o próprio Tiago, Deus dá sabedoria a quem pede e, a dá liberalmente e nada lhes impropera ... (conf. 1.5), isso é, Deus nos concede a sabedoria de bom grado, sem nos afrontar, sem nos ofender, sem má vontade. Deus tem prazer em atender a esse pedido.
Paulo escreveu sobre certos indivíduos que ... detêm a verdade ... (Romanos 1:18). Há aqueles, ele disse, que evitam os fatos e ... desprezam o conhecimento de Deus (Romanos 1:28). Estas são palavras fortes, sem dúvida, mas precisamos escutá-las. Permitimos que Deus seja o princípio da nossa sabedoria do mundo real? Honesta-mente aceitamos isso, a mais fundamental de todas as verdades: No princípio criou Deus os céus e a terra (Gênesis 1:1)? Essa é uma afirmação que define nossa vida, que define o nosso viver. Ou cremos em Deus e o aceitamos como Criador e buscamos nele a verdadeira sabedoria, ou, não cremos em Deus e temos que por nós mesmos, tentando, sem grandes resultados, conseguir a sabedoria através das experiências da vida.
Na carta de Paulo aos colossenses, logo no primeiro capítulo, ele faz uma oração em favor daqueles irmãos embora eles irmãos já estivessem produzindo fruto, Paulo sabia que corriam risco de serem induzidos abandonar a verdade (veja 2:8). Como santos de Deus, esses precisavam não somente receber o evangelho em verdade, mas também deviam ficar firmes na verdade de Cristo, não se desviando (veja 2:6-7; Efésios 4:11-16; Gálatas 1:6-9; Judas 3). Tendo essa preocupação em mente, Paulo colocou a necessidade deles em oração. Ele orou para que tivessem sabedoria espiritual, ele orou para que:
1) transbordassem de conhecimento da vontade de Deus (1:9). A vontade de Deus foi livremente revelada no evangelho (veja 1 Coríntios 2:6-13; Efésios 3:3-5). É dever de todo cristão conhecer e viver de acordo com essa vontade (veja 1 Pedro 3:15). Paulo orou que esses recebessem ... pleno conhecimento... edificando sobre o que já tinha sido ensinado a eles "em toda a sabedoria e entendimento espiritual". O evangelho não é uma revelação da sabedoria humana, mas a revelação da sabedoria divina, da mente espiritual de Deus (veja 1 Coríntios 1:18-20; 2:1-13). Portanto, Paulo não orou por seu entendimento intelectual do evangelho, mas por um entendimento espiritual mais profundo.
2) vivessem de modo digno do Senhor (1:10). Diferente da pessoa que tem apenas um entendimento intelectual do evangelho, aquela que o entende espiritualmente, aquela que tem sabedoria espiritual terá uma vida transformada. Não é aquele que apenas conhece o evangelho, mas a pessoa que pratica o evangelho, essa crescerá em discernimento espiritual para agradar ao Senhor (veja Efésios 5:10,17; Filipenses 1:9-10; Hebreus 5:13-14). O discernimento espiritual produzirá um povo que conhece o Senhor, produz o fruto de boas obras (veja Efésios 2:10), é fortalecido pelo poder dele, e que lhe agradece pela herança celestial.
Afirmações sobre a sabedoria
Tiago 3.13 a 18
Introdução
Ao introduzirmos mais especificamente as nossas considerações sobre esse texto nos lembramos que em Jeremias capítulo 8 o profeta descreveu os motivos pelos quais Deus iria castigar o povo de Jerusalém. Através deste profeta fiel, Deus condenou o povo por desviar da verdade, seguindo os falsos ensinamentos dos líderes religiosos. Esses líderes e seus seguidores cegos se exaltavam, dizendo: Somos sábios, e a lei do SENHOR está conosco ... (8:8). A mesma coisa continua acontecendo hoje. Há muitas pessoas religiosas que se acham seguras na sua sabedoria e nas doutrinas dos homens. Acreditam que estão salvas, e que estão em comunhão com Deus. Mas, se a sabedoria que os dirije não é de Deus, tais sentimentos de segurança não passam de auto-engano.
Deus respondeu aos "sábios" de Jerusalém: Os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos; eis que rejeitaram a palavra do SENHOR... Então que sabedoria é essa que eles têm?" (8:9). Havia em Jerusalém pessoas cultas e bem formadas na sabedoria do homem. Algumas dessas pessoas conheciam bem as palavras das Escrituras, mas não as aplicavam na vida. Estudavam para achar maneiras de "jeitosamente" rejeitar a palavra de Deus (Marcos 7:9). Desafiaram ousadamente os fiéis servos de Deus e conseguiram enganar muitas pessoas, mas não tinham poder para mudar a palavra do Senhor (veja o exemplo de Hananias em Jeremias 28).
Muitas pessoas, hoje em dia, confiam na sabedoria, nas afirmações ousadas de líderes religiosos. Como filhotes de passarinhos que deixam as mães escolher e mastigar sua comida, algumas pessoas confiam em pastores e aqueles que se dizem ungidos para escolher e preparar seu alimento espiritual, e engolem tudo sem examinar nada. Essas pessoas esquecem que a salvação é individual. Infelismente não são sábios, pois quem segue os enganadores também será perdido. O próprio Jesus disse: Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco (Mateus 15:14).
Tiago continua a discorrer de modo prático sobre a vida cristã. Ele apresenta afirmações sobre a vida cristã sábia, ele nos mostra o contraste entre a falsa e a verdadeira sabedoria, pois dependendo da sabedoria que seguimos produzimos determinado tipo de fruto, colhemos determinados resultados. Em sua instrução ele nos diz que a distinção entre uma e outra não está naquilo que conhecemos, possuímos ou naquilo que proclamamos, mas sim no fruto que produzimos. Por isso podemos dizer que em resumo Tiago diz que:
Somente o cristão genuíno demonstrará ser sábio ao produzir o fruto da sabedoria divina
Neste texto encontramos três afirmações sobre a sabedoria:
Antes de tratarmos dessas três afirmações vamos ler esses versos:
3.13 Quem entre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. 14 Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. 15 Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. 16 Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins. 17 A sabedoria, porém, lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento. 18 Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.
Muito bem agora, sim, podemos detalhar essas três afirmações sobre a sabedoria
A 1ª afirmação revela a existência da sabedoria humana, a falsa sabedoria – v. 14-16
1. A sua origem – não é do alto – v.15
1.1. É a sabedoria humana
1.2. É a sabedoria que se adquire através da própria vida
2. As suas características – v.15
2.1. É terrena
2.2. É animal
2.3. É demoníaca
A 2ª verdade revela a existência da sabedoria divina, a verdadeira sabedoria – v.17
1. A sua origem – é do alto – v.17
1.1. É divina, vs. 1.5
1.2. É dada por Deus liberalmente, vs. 1.5
2. As suas características – v.17
2.1. É pura
2.2. É pacífica
2.3. É indulgente
2.4. É tratável
2.5. É plena de misericórdia e bons frutos
2.6.É imparcial
2.7.É sem fingimento
A 3ª afirmação revela os frutos da vida sábia, vs. 13-18
1. Os frutos da sabedoria humana
1.1. Inveja amargurada , vs. 16
1.2. Sentimento faccioso, vs.16
1.3. Confusão, vs. 16
1.4. Toda espécie de coisas ruins, vs. 16
2. Implicações práticas em relação à sabedoria humana
2.1. Parar de auto gloriar-se, vs. 14
2.2. Parar de mentir contra a verdade, vs. 14
3. Os frutos da sabedoria divina
3.1. Mansidão de sabedoria, vs. 13
3.2. Através de um procedimento condigno, vs. 13
4. Implicações práticas em relação à sabedoria divina
4.1. Semear o fruto da justiça, vs. 18
4.2. Viver e promover a paz, vs. 18
Conclusão
O cristão genuíno demonstrará ser sábio e inteligentes, vs. 13
O cristão genuíno demonstrará sua sabedoria através de suas obras, vs. 13
O cristão sábio é aquele que se submete a Cristo e sendo pacificador, semeia
o fruto da justiça, vs. 18
© 2014 Através da Biblia
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