Josué 9.1-27
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com grande alegria que estamos juntos para mais um tempo de estudo da Palavra de Deus para aplicá-la em nossas vidas. Somos gratos a Deus pelo privilégio de podermos conhecer mais a sua vontade e o seu querer para nós. Quero incentivá-lo a essa prática, pois o alvo desse programa é estudar toda a Bíblia. Quero aproveitar a oportunidade para agradecer a você que nos escreveu compartilhando sobre o programa e sobre a sua vida pessoal e ministerial. Hoje, por exemplo, registro o e-mail que a VM de Criciúma SC me enviou com as seguintes palavras: "Sou ouvinte do Através da Bíblia desde o tempo do Pr. Davi Nunes. Este programa tem sido uma bênção para a minha vida. Acompanho-o todos os dias pela internet, pois não consigo através do rádio. Que Deus continue iluminando o Pr. Itamir nesse dom de transmitir a Palavra de Deus a todos os ouvintes". Querida irmã, muito obrigado por suas palavras. Quero cumprimentá-la pela disciplina de reservar diariamente um tempo para o estudo da Palavra de Deus porque essa prática tão saudável infelizmente não se vê na maioria dos cristãos. O nosso desejo é ver essa rede de amigos que amam estudar a Palavra de Deus aumentando diariamente. Para isso convido-a nesse momento a elevar nossas orações a Deus: "Pai de amor, obrigado por podermos abrir a Tua Palavra e ouvirmos a Tua voz. Senhor que a prática de estudarmos a Bíblia possa atrair muitos amigos para que possam desfrutar dessa comunhão contigo. Abençoa-nos e oriente-nos no estudo de hoje. Que haja edificação e glória ao teu nome. Oramos em nome de Jesus, Amém!"
Querido amigo hoje o nosso propósito é estudarmos o capítulo nove do livro de Josué com os seus vinte e sete versos.
Neste texto vamos encontrar como o povo de Israel foi enganado nos seus primeiros dias na terra prometida. O estabelecimento da aliança com os gibeonitas mostra essa situação e revela-nos lições plenamente aplicáveis às nossas vidas espirituais.
Neste texto, simbolicamente é possível percebermos a astúcia de Satanás. Diante das últimas notícias, os gibeonitas perceberam que não tinham capacidade de enfrentar a Israel e assim formularam um estratagema ardiloso para não serem derrotados por Israel. Um grupo de gibeonitas foi destacado para se vestirem com roupas velhas e rasgadas; sandálias gastas; colocarem pães cheios de bolor em suas sacolas e apresentarem cantis envelhecidos para o vinho. Todos esses elementos serviriam para dar a impressão de que eram viajantes de terras bem distantes. Chegando diante de Israel, contaram uma história bem elaborada confirmando também que tinham conhecimento das recentes vitórias de Israel contra os reis dos amorreus na Transjordânia. Disseram que ao invés de guerrearem com Israel estavam dispostos a serem seus servos e pediam que se firmasse uma aliança entre os dois povos com objetivo de não haver guerra entre eles. “Tão bom era o disfarce, tão razoável a história, tão respeitosa a referência ao Senhor, tão penosa a situação deles, que Israel transbordou de compaixão. Acreditando não serem cananeus que estavam sob maldição, com quem não podiam fazer alianças, os israelitas fizeram um pacto com Gibeão. Três dias mais tarde foi descoberto o engano” (Baxter, 1992,p.262). Querido amigo as estratégias camufladas de Satanás são mais perigosas do que os seus ataques declarados e objetivos. Não devemos combater o inimigo com nossas forças. Devemos fazê-lo com o poder, a sabedoria e o discernimento do Espírito Santo. Devemos sempre nos lembrar da advertência de Paulo, em 2Co 11.14 quando disse que Satanás se transforma em “anjo de Luz”, e, da exortação de Pedro, em 1Pe 5.8 quando disse que Satanás está ao nosso redor “procurando alguém para devorar”. É interessante notar que Israel foi enganado porque conforme o verso 14: [os israelitas ... não pediram conselho ao Senhor.]
Assim, diante desse panorama geral do capítulo podemos ter como título a seguinte expressão: A aliança com Gibeão, a ameaça da fé! Lembrando que por todo o livro de Josué estamos vendo diversas verdades sobre a fé, resumindo esses vinte e sete versos o princípio desafiador e aplicável às nossas vidas que surge desse texto pode ser expresso através dessa afirmação Todo cristão deve estar atento contra as ameaças que atacam a nossa fé. E, por isso ao detalharmos estes versos encontramos sete ameaças à nossa fé que devem ser combatidas por todos nós:
1.A nossa fé é ameaçada quando os ímpios se reúnem contra os planos e ações divinas, v.1-2. Leiamos esses versos: [1Sucedeu que, ouvindo isto todos os reis que estavam daquém do Jordão, nas montanhas, e nas campinas, em toda a costa do mar Grande, defronte do Líbano, os heteus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus, 2se ajuntaram eles de comum acordo, para pelejar contra Josué e contra Israel.] Alguns fatos interessantes merecem destaque nesses versos: 1)Diferente dos episódios anteriores, ao invés de ficarem com medo e com os corações derretidos, quando ouviram as notícias sobre o avanço de Israel no território palestino, os reis dessas nações cananéias, se ajuntaram para enfrentar Israel. 2)Diante dessa nova postura, a pergunta que se faz e necessita ser respondida é sobre a razão dessa mudança de atitude. O que teria acontecido com esses reis, que ao invés de se apavorarem tomaram a iniciativa de formarem uma coligação de forças para atacar Israel? A resposta que podemos dar se encontra nas próprias palavras de Josué em 7.8-9 quando questionou Deus. Ali, ao orar Josué disse: [Ah! Senhor, que direi? Pois Israel virou as costas diante dos seus inimigos! Ouvindo isto os cananeus e todos os moradores da terra, nos cercarão e desarraigarão o nosso nome da terra...]. É. Essa questão que levantamos foi expressa por Josué quando Israel fugiu dos soldados de Ai. E resposta é a mesma. Tinha acontecido a derrota contra Ai! 3)Aquela derrota provocada pela desobediência de Israel e especificamente, pelo pecado de Acã, proporcionou a todos os habitantes de Canaã a visão de que Israel poderia ser derrotado. Esses reis cananeus, depois da derrota de Israel contra Ai, causada pelo pecado de Acã perceberam que Israel não era invencível. Querido amigo o pecado em nossas vidas traz como conseqüência o nosso afastamento de Deus, a perda de suas bênçãos, e, mostra ao inimigo as nossas fraquezas e debilidades. Que possamos manter-nos unidos constantemente a Deus para não sermos ameaçados em nossa fé!
2.A nossa fé pode ser ameaçada quando os ímpios enganam o povo de Deus, v.3-6. Assim diz o texto: [3Os moradores de Gibeão, porém, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai, 4usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores, e levaram sacos velhos sobre os seus jumentos e odres de vinho, velhos, rotos e consertados; 5e, nos pés, sandálias velhas e remendadas e roupas velhas sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento. 6Foram ter com Josué, ao arraial, a Gilgal, e lhe disseram, a ele e aos homens de Israel: Chegamos de uma terra distante; fazei, pois, agora, aliança conosco.] Nesses versos vemos como funciona a mentalidade do mundo: para se livrar de situações totalmente impossíveis o mundo recorre a mentira e ao engano e nós, cristãos, nos tornamos o alvo dessas tramas. 1)Entre as diversas nações que se uniram para lutar contra Israel estavam os heveus, moradores de Gibeão. Esta era uma das principais cidades e ficava no território central de Canaã. Diante da ameaça do avanço de Israel os gibeonitas tiveram a certeza de que mesmo fazendo parte da coligação de nações contra o povo de Deus seriam derrotados. Esses cananaeus ouvindo o que Israel fizera recentemente contra Jericó, Ai e Betel (que fora ajudar Ai) desistiram de lutar junto com os outros reis e particularmente, traindo a aliança feita, resolveram cuidar de si mesmos através de uma estratégia enganadora. 2)Os gibeonitas movidos por medo, como os inimigos iniciais de Israel, formularam um estratagema enganoso para se livrarem da morte. Mentindo, eles enviaram representantes a Josué para pedir-lhe paz, mencionando que eram de uma terra muito distante. Mentiram a respeito do local de onde vinham, mentiram sobre as suas montarias, mentiram sobre as suas roupas velhas, mentiram a respeito dos pães embolorados e mentiram a respeito os odres de vinho. 3)Conforme o verso seis, os gibeonitas foram direto a Gilgal, provavelmente não a Gilgal dos capítulos quatro e cinco, mas uma outra cidade com o mesmo nome e procuraram Josué pedindo-lhe uma aliança. Querido amigo é assim que o mundo age com os filhos de Deus. Por nos considerarem mais crédulos, nos enganam mais facilmente e, por causa disso é que Jesus contou a parábola e elogiou a sabedoria do mordomo infiel (Lc 16.1-9). Aquela parábola tem sido mal interpretada por alguns. Muitos acham que Jesus está recomendando as práticas daquele mordomo infiel. Mas, não é isso! Não, certamente não! A parábola elogia não as ações desonestas deste homem, mas o elogio é pelo seu atuar decisivo num momento de crise. Assim também agiram os habitantes de Gibeão. Diante da crise, diante da morte e do extermínio eles usaram de sabedoria para se livrarem da destruição.
3.A nossa fé é ameaçada quando não investigamos criteriosamente aqueles que surgem em nosso meio, v.7-13. Este texto deve ser lido atentamente: [7E os homens de Israel responderam aos heveus: Porventura, habitais no meio de nós; como, pois, faremos aliança convosco? 8Então, disseram a Josué: Somos teus servos. Então, lhes perguntou Josué: Quem sois vós? Donde vindes? 9Responderam-lhe: Teus servos vieram de uma terra mui distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus; porquanto ouvimos a sua fama e tudo quanto fez no Egito; 10e tudo quanto fez aos dois reis dos amorreus que estavam dalém do Jordão, Seom, rei de Hesbom, e Ogue, rei de Basã, que estava em Astarote. 11Pelo que nossos anciãos e todos os moradores da nossa terra nos disseram: Tomai convosco provisão alimentar para o caminho, e ide ao encontro deles, e dizei-lhes: Somos vossos servos; fazei, pois, agora, aliança conosco. 12Este nosso pão tomamos quente das nossas casas, no dia em que saímos para vir ter convosco; e ei-lo aqui, agora, já seco e bolorento; 13e estes odres eram novos quando os enchemos de vinho; e ei-los aqui já rotos; e estas nossas vestes e estas nossas sandálias já envelheceram, por causa do mui longo caminho.] Vamos atentar para esse diálogo entre os gibeonitas e os israelitas: 1)Depois de ouvirem o pedido dos gibeonitas por uma aliança, os israelitas os questionaram querendo saber se eles habitavam perto deles, pois Israel havia estava proibido de fazer aliança com qualquer povo que habitasse próximo a ele. No verso oito, a resposta que deram a Josué foi surpreendente: colocaram-se como servos diante de Israel e ainda acrescentaram no verso nove uma série de razões pelas quais deveriam ser aceitos em aliança com Israel. Eles disseram que tinham ouvido falar do nome do Senhor Deus de Israel e de tudo o quanto tinha feito aos reis dos amorreus. 2)Certamente essas palavras chamaram a atenção de Josué e dos principais de Israel, mas de qualquer forma não era um atestado de que tinham se convertido ao Deus de Israel. O que eles pretendiam e finalmente conseguiriam era escapar da morte certa diante de Israel. Ao invés de os vermos com pessoas rendidas aos pés de Deus, reconhecendo o seu pecado, podemos vê-los como bons negociadores que usando sua pequenina fé como a de um grão de mostarda conseguiram o seu objetivo: salvar as suas vidas. 3)Disseram que tinham sido enviados pelos anciãos do seu povo e confirmaram toda a falsa história já contada. O que percebemos é que houve uma falha gritante na atitude dos israelitas: Provavelmente vangloriando-se pelo elogio recebido pelas vitórias sobre Jericó e Ai, diante desse relato ninguém se preocupou em verificar essas afirmações, se eram verdadeiras ou falsas! Diante de tão grande mentira, nem Josué ou nenhum outro líder israelita teve a prudência de verificar a veracidade daquele relato antes de firmarem um pacto proibido por Deus, conf. Êx 34.12 e 15. Querido amigo quando nos achamos auto-suficientes para resolver as questões por nossa própria sabedoria sem dependermos de Deus somos enganados e nossa fé fica realmente ameaçada. Que possamos nos humilhar sob a mão de Deus para usufruirmos Dele mesmo e de suas bênçãos!
4.A nossa fé é ameaçada quando tomamos decisões sem consultarmos a Deus, vs. 14-15. Diz assim a Palavra de Deus: [14Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao Senhor. 15Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento.] Esses dois versos confirmam o que tínhamos dito anteriormente. 1)Mas de que maneira Israel poderia ter pedido conselho a Deus? Ora, é possível entendermos que essa orientação divina viria ou através do Urim e do Tumim, as pedras sacerdotais que eram usadas para se perceber a vontade divina; ou algum outro método usado como no caso em que se detectou a mentira de Acã. 2)Mas não era a primeira vez que Israel estava agindo por conta própria. Já no caso da batalha contra Ai nem Josué, nem qualquer outro líder de Israel consultou ao Senhor. Pelo contrário, porque acharam que era uma batalha simples e fácil só foram com três mil homens e foram derrotados violentamente. 3)Quando confiaram em sua própria sabedoria, quando se deixaram levar por uma bonita história triste, quando se orgulharam pelos elogios recebidos, os israelitas sem o discernimento espiritual tão necessário nessas ocasiões, firmaram o acordo, estabeleceram uma aliança com os gibeonitas, algo que certamente não era da vontade de Deus. Que tenhamos os nossos olhos abertos para não cometermos tais erros!
5.A nossa fé pode ser ameaçada quando descobrimos que fomos enganados pelos ímpios, vs.16-18. Assim diz a Palavra de Deus: [16Ao cabo de três dias, depois de terem feito a aliança com eles, ouviram que eram seus vizinhos e que moravam no meio deles. 17Pois, partindo os filhos de Israel, chegaram às cidades deles ao terceiro dia; suas cidades eram Gibeão, Cefira, Beerote e Quiriate-Jearim. 18Os filhos de Israel não os feriram, porquanto os príncipes da congregação lhes juraram pelo Senhor, Deus de Israel; pelo que toda a congregação murmurou contra os príncipes.] Vamos analisar esses versos que mostram algumas verdades: 1)A primeira verdade que os israelitas descobriram é que tinham sido alvo de uma mentira bem montada pelo gibeonitas. Foram enganados, pois não tinham dependido de Deus, não tinham sido cautelosos nem prudentes. Foram surpreendidos com as notícias de que os gibeonitas ao invés de morarem em terras distantes, moravam bem perto deles e nos territórios que deveriam conquistar matando todos os seus habitantes. 2)A segunda verdade que os israelitas descobriram é que quando agiam por conta própria tomavam decisões totalmente erradas, desagradavam a Deus e quebravam a aliança que garantia a bênção divina sobre eles. Descobriram que os ímpios têm habilidade de se apresentar agradavelmente para ocultarem suas reais intenções como veremos em Esdras 4.2. 3)E, a terceira verdade que os israelitas descobriram foi que, tomada a decisão de se pactuar com esses gentios não podiam mais voltar atrás, pois tinham jurado pelo nome do Senhor, Deus de Israel, expressão essa que só no livro de Josué é usada 14 vezes (7.13, 19-20; 8.30; 9.18-19; 10.40, 42; 13.14, 33; 14.14; 22.24; 24.2 e 23). A conseqüência para os gibeonitas foi que não morreram ao fio da espada tornando-se escravos dos israelitas, mas a conseqüência para Israel foi a insatisfação do povo, foi a pratica de uma das suas características mais negativas de Israel, a murmuração do povo, diante desse juramento precipitado. Provavelmente a congregação de Israel reclamou por três razões: 1)a aliança divina fora quebrada; 2)temiam a possibilidade de serem novamente derrotados por outros cananeus; e 3)não conseguiriam conquistar as terras em que os gibeonitas habitavam. Querido amigo, temos que nos lembrar sempre que pertencemos a um só povo. As nossas decisões afetam o ambiente, afetam a unidade dos nossos irmãos. Daí a necessidade de agirmos sempre com cautela, com prudência, de acordo com a vontade de Deus!
6.A ameaça à nossa fé pode ser vencida pela manutenção do juramento feito, vs.19-23. Diz assim o texto: [19Então, todos os príncipes disseram a toda a congregação: Nós lhes juramos pelo Senhor, Deus de Israel; por isso, não podemos tocar-lhes. 20Isto, porém, lhes faremos: Conservar-lhes-emos a vida, para que não haja grande ira sobre nós, por causa do juramento que já lhes fizemos. 21Disseram-lhes, pois, os príncipes: Vivam. E se tornaram rachadores de lenha e tiradores de água para toda a congregação, como os príncipes lhes haviam dito. 22Chamou-os Josué e disse-lhes: Por que nos enganastes, dizendo: Habitamos mui longe de vós, sendo que viveis em nosso meio? 23Agora, pois, sois malditos; e dentre vós nunca deixará de haver escravos, rachadores de lenha e tiradores de água para a casa do meu Deus.] Vamos fazer nossas considerações a partir desses versos: 1)Mesmo tendo errado por uma decisão apressada e incorreta, os líderes de Israel que tinham jurado por Deus, não poderiam matar ou sequer tocar nos gibeonitas. Em cumprimento ao voto feito, conf. Nm 30.2, os gibeonitas viveriam entre os israelitas (Muito tempo depois, a família de Saul foi castigada por ter Saul matado alguns gibeonitas, conforme 2Sm 21.1-14). Então, reconhecendo que a congregação estava certa em reclamar contra eles, os líderes, conforme os versos 20-21 comprometeram-se em definir claramente a posição desses estrangeiros entre o povo de Israel. Eles se tornariam escravos de Israel, rachadores de lenha e tiradores de água para o santuário e também para o povo de Israel. 2)No verso 22 Josué repreendeu severamente os gibeonitas, mostrando-lhes a mentira que tinham cometido. E, no v.23 amaldiçoou os gibeonitas por sua mentira. 3)Mas é interessante percebermos que “a maldição de Josué contra os gibeonitas transformou-se em uma bênção, pois eles foram condenados a servirem perpetuamente como escravos na casa de Deus e perante o altar, ‘no lugar onde Jeová escolhesse’ (9.27). Puderam experimentar a alegria expressada pelo salmista Davi: ‘Bem-aventurado o que habita em sua casa’ (Sl 84.4), pois o tabernáculo foi colocado em Gibeão (2Cr 1.3). Muitos séculos depois, quando os sacerdotes e os levitas foram infiéis, Deus os substituiu pelos gibeonitas (Ed 2.43; 8.20)” (Hoff, 1992, p.47). Querido amigo, de fato, Israel venceu a ameaça à fé quando manteve o juramento feito. O fato de Gibeão ser amaldiçoado com esse desprezível trabalho braçal de carregador de água e rachador do lenha, transformou-se em bênção, pois como o culto exigia muita lenha e muita água para os sacrifícios e as lavagens cerimoniais, os gibeonitas, a partir, daquela ocasião tornaram-se participantes do serviço do santuário (primeiramente do Tabernáculo e posteriormente do Templo), possivelmente num sistema de turnos. Conforme a Bíblia de Estudo NVI: “Quando Salomão se tornou rei, o tabernáculo e o altar estavam em Gibeom (2Cr 1.3, 5)” (2003, p. 336). Quando honramos nossa palavra estamos agindo de acordo com o caráter divino, pois Deus é fiel!
7.A ameaça à nossa fé pode ser vencida quando valorizamos o pedido de proteção feito em submissão, vs. 24-27. Essas são as palavras finais deste texto: [24Então, responderam a Josué: É que se anunciou aos teus servos, como certo, que o Senhor, teu Deus, ordenara a seu servo Moisés que vos desse toda esta terra e destruísse todos os moradores dela diante de vós. Por isso, tememos muito por nossa vida por causa de vós e fizemos assim. 25Eis que estamos na tua mão; trata-nos segundo te parecer bom e reto. 26Assim lhes fez e livrou-os das mãos dos filhos de Israel; e não os mataram. 27Naquele dia, Josué os fez rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do Senhor, até ao dia de hoje, no lugar que Deus escolhesse.] Esses versos finais merecem alguns destaques: 1)Diante das palavras duras de Josué os gibeonitas admitiram que tinham usado do engano e da mentira para se protegerem contra a morte certa, pois tinham ouvido que Deus ordenara a Moisés que Israel ao entrar na terra de Canaã deveria matar todos os seus habitantes. Confessaram que com muito temor por suas vidas (v.24) procederam daquele modo para não morrerem. 2)Os gibeonitas então se colocaram à mercê de Josué, numa atitude de total submissão. As palavras do verso 25 são bem expressivas: [Eis que estamos na tua mão; trata-nos segundo te parecer bom e reto.] Através dessas palavras eles apelaram para quem os podia salvar. Josué, cujo nome significa salvação, salvou, pois os gibeonitas da morte (v.26). 3)A partir daquele dia (v.27) os gibeonitas ficaram atrelados à vida de adoração de Israel, como auxiliares dos serviços do santuário. Destaca-se mais uma vez o fato deles terem sido fiéis no desenvolvimento de suas tarefas a tal ponto de séculos depois, quando da volta de Israel do exílio da Babilônia, terem os gibeonitas retornado junto com os judeus e terem o privilégio de participarem na reconstrução de Jerusalém (Ne 7.25, 73). Querido amigo que possamos tratar com prudência, com sabedoria, buscando a orientação do Senhor, mas sobretudo que possamos usar de misericórdia para com todos, deixando com Deus o desfecho da história!
Muito bem, terminamos o estudo do penúltimo capítulo da segunda parte do livro que nos mostra a conquista de Canaã. Sou grato a Deus por sua capacitação em nos fazer entender a Sua Palavra, e agradeço a você a sua sintonia. Fico no aguardo da sua correspondência,. Por carta, e-mail ou um recado no orkut, sempre é bom nos comunicarmos com você.
Que Deus te abençoe,
Um forte abraço.
© 2014 Através da Biblia
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Josué 9.1-27 -(Através da Bíblia)
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