quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Daniel 6.1-28 (Através da Bíblia)

Daniel 6.1-28
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia e nos sentimos muito contentes por que você está nos dando o privilégio da sua audiência. Você que tem nos acompanhado durante essa nossa jornada diária sabe que já estamos na última etapa do nosso projeto, pois já vencemos setenta por cento dos estudos e reflexões que devíamos fazer para estudar toda a Bíblia em cinco anos, em aproximadamente 1.300 programas. Sabemos que é um projeto desafiador, mas o Senhor tem nos abençoado e certamente nos dará condições de levarmos adiante o estudo da Sua Palavra. Por falar nisso, no próximo programa estaremos entrando no estudo da segunda parte do livro do profeta Daniel. Estamos seguindo adiante e começaremos a trabalhar com aquelas profecias que se referem ao final dos tempos. Se houver possibilidade, forme um grupo para poder aproveitar bem esses estudos, pois o assunto é muito interessante. Estamos certos de que estamos caminhando na direção certa e com segurança porque vocês mesmos tem nos acompanhado e tem testemunhado sobre o efeito do programa em suas vidas. As correspondências que vocês nos enviam nos mostram que estamos caminhando na direção certa. E, nesse sentido eu registro o e-mail que recebemos do Samuel, morador em Pinhais, no estado do Paraná. Foi essa a sua mensagem: “Olá Pastor Itamir, meu nome é Samuel, tenho 18 anos, mas desde os meus 17 já ouço o Através da Bíblia pele BBN INTERNACIONAL. Sou de Pinhais - PR e continuo a ser um ouvinte assíduo do Atraves da Bíblia. Tenho acompanhado os estudos através do radio do celular e onde eu estiver, estou ligado ao programa que me ajuda a levar uma vida cada vez mais perto do Senhor Jesus. Agradeço a DEUS primeiramente, e segundo a equipe do Através da Bíblia que abençoa e trás muitas pessoas à Jesus e ao conhecimento da Verdade. Oro por vocês para que nada venha impedir que a Palavra seja divulgada.Que DEUS os fortaleça cada vez mais!Deus os Abençoe!!!” Samuel Rodrigues Honorato- Pinhais – PR – email. Querido irmão, prezado Samuel, obrigado por você compartilhar conosco sobre o efeito do nosso programa em sua vida. Nós louvamos a Deus que tem usado este programa para atingir muitas vidas, levando-as ao conhecimento do evangelho de Jesus Cristo e também tem atingido irmãos fortalecendo-os e incentivando-os a se manterem compromissados com o nosso Senhor. Bendizemos o Senhor por sua graça e misericórdia em nos usar e responder as nossas orações para que a sua bênção esteja sobre nós até o final do projeto. Por isso mesmo é que necessitamos das suas orações, e, agora quero convidar você e a todos os que estão me ouvindo nessa hora a buscarmos a presença de Deus numa palavra de oração: “Pai querido chegamos à tua presença agradecidos pelo privilégio de podermos falar contigo e termos certeza que tu ouves as nossas orações. Queremos te pedir que, conforme a tua vontade o Senhor atenda o anseio que vai em todos os corações que te buscam nessa hora. Pedimos-te também a iluminação do Teu Espírito para essa hora de estudo e pedimos a tua bênção sobre todo o projeto de estudarmos a tua Palavra. Pai amado, agradecidos, oramos em nome de Jesus Cristo, Amém!
Querido amigo, hoje o nosso objetivo é estudarmos todo o capítulo seis de Daniel. Vamos estudar Dn 6.1-28 E neste texto encontramos uma das histórias mais lidas, mais conhecidas e mais amadas da Bíblia. É uma história que mostra a fé e a confiança em Deus por quem conhece e confia em Deus (como se vê em Daniel), mas é uma história que revela o coração humano em toda sua desqualificação, pois nesse relato encontramos ciúme e inveja (como se vê nas ações dos sátrapas e presidentes), encontramos conspirações e ardis (como se vê nas ações desses mesmos homens), e, infelizmente encontramos inocência e despreparo (como se vê no rei Dario). Em meio a tantas reações que revelam o coração humano, encontramos a figura ímpar de Daniel.
Mas, na verdade, não só Daniel foi submetido a essa prova e demonstrou confiança em Deus. Assim ocorreu com José, do Egito; assim aconteceu com Elias; assim aconteceu com o profeta Jeremias; em fim, com diversos servos que se mantiveram íntegros. Assim acontece conosco também. E, na verdade, todo homem piedoso que exerce sua profissão em alguma esfera importante, nos negócios, na administração pública, na direção, ou na diretoria de uma grande empresa se vê constantemente submetido a fortíssimas pressões. A falta de ética, os negócios ilícitos, as ações realizadas às escondidas são pressões que estão constantemente atacando essas pessoas.
O que se percebe de extraordinário nessa narrativa é que Daniel se manteve íntegro ao longo dos seus setenta anos de ministério, servindo na corte de reis ímpios e de padrão moral duvidoso. Mesmo assim ele se manteve puro e convicto nos seus propósitos (1.8).
Mas, surge uma pergunta que merece ser respondida, com sinceridade. Como foi possível a Daniel, em meio a uma situação como aquela, num país idolatra e num reino pecaminoso manter-se puro? O segredo para esse comportamento admirável, certamente, não estava em Daniel, mas sim em Deus. Quando ele decidiu ser fiel ao Senhor, não contaminando-se com o que a sociedade pagã lhe oferecia, ele sensibilizou o coração de Deus e Deus concedeu-lhe graça e força para manter essa vida exemplar. O Senhor é capaz de guardar-nos para que o seu próprio nome seja glorificado: Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém (Jd 24). Sim! O segredo para essa vida bonita e exemplar só é explicado através da ação poderosa de Deus.
Lembrando que no capítulo 5 estudamos sobre a queda da Babilônia e a morte do rei Belsazar, é importante marcarmos esse episódio de Daniel na cova dos leões, pois essa ocorrência se deu já no tempo do império persa, quando Daniel tinha por volta de 75 a 80 anos de idade. Deve-se destacar também que Daniel teve um dos ministério mais longos como profeta, pois durante setenta anos, o tempo todo do exílio ele ministrou na corte babilônica e na corte medo-persa.
Nesse momento da história Ciro era o rei da Pérsia e Dario, o medo, ficou com a responsabilidade de governar a Babilônia. Mas é impressionante o fato de que mesmo que tivesse por volta de oitenta anos de idade, Daniel permaneceu no seu alto posto e isso é um testemunho evidente da sua capacidade administrativa, sua integridade, sua sabedoria, mas, sobretudo a capacidade que Deus lhe dera para enfrentar os desafios da sua posição. Portanto, Daniel, que já tinha experimentado a bondade de Deus em outras circunstâncias, sabia que embora as circunstâncias, por vezes, mesmo que se apresentam difíceis, não nos derrotam porque temos um Deus que está sempre conosco a nos orientar, a nos encorajar e dirigir nossos passos. Por isso é que podemos dar a este capítulo que nos conta esta história tão bonita o seguinte título:
As ações de Deus em favor dos seus servos
Dn 6.1-28
Introdução
Querido, merece destacar que este texto encerra a primeira porção do livro de Daniel, aquela parte que muitos estudiosos consideram como a parte histórica do livro. Vindo logo a seguir, a partir do capítulo sete, a parte que temos identificado como literatura apocalíptica. Nessa parte vamos refletir sobre profecias, sobre sonhos e visões que mostram o agir de Deus no controle absoluto da história humana daqueles dias, mas nos mostra também o controle divino sobre o nosso futuro, sobre o futuro desse tempo, até que venha o “dia do Senhor”. Por isso mesmo Deus deve ser louvado, honrado e adorado. E o princípio que temos a nos desafiar, em síntese se apresenta nessa frase:
Só Deus merece ser exaltado e glorificado por suas ações em favor dos seus fiéis
Neste texto encontramos cinco evidências das ações divinas realizadas em favor dos seus fiéis.
A 1ª evidência é que Deus age de tal forma em favor dos seus fiéis tornando-os pessoas de confiança, vs. 1-3
1. O fiel é considerado digno de confiança por diferentes autoridades, vs.1
2. O fiel é destacado dentre os que adquirem responsabilidades, vs. 2
3. O fiel é identificado como alguém que é dirigido pelo Espírito de Deus, vs. 3
6:1-2, Dario (Gubaru, veja Daniel 5:31) estabeleceu a administração do seu reino, nomeando 120 sátrapas (governadores). Sobre esses sátrapas ele nomeou três presidentes ou comissários.
6:3, Um excelente espírito estava em Daniel, e Dario procurou fazer dele governador de toda a área. Que elogio! Não admira que Dario o colocasse na primeira posição no reino. Daniel deveria agora estar nos seus oitenta anos, mas não cessou de ser um dirigente, em atitude e em trabalho.
A 2ª evidência é que Deus age de tal forma em favor dos seus fiéis que desperta a inveja dos que se opõe a eles, vs. 4-9
1. Os opositores do fiel se frustram diante da integridade pelo seu temor a Deus, vs. 4-5
2. Os opositores do fiel envolvem inocentes nas suas tramas invejosas e ciumentas, vs. 6-7
3. Os opositores do fiel maquinam o mal contra ele que teme a Deus, vs. 8-9
6:4-5, Ciúme e inveja levaram os outros presidentes e príncipes a procurarem pretexto para
apontarem falta em Daniel. Eles queriam que Daniel fosse removido não somente porque eles podiam ter desejado sua posição, mas talvez porque ele complicasse a vida deles, por sua defesa da retidão. (p. ex., se você gostasse de tomar um pouco de bebida, poderia seu amigo do peito ser um que não gostasse? cf. João 3:20.) Outro elogio é feito a Daniel pelo fato que eles sabiam que o único meio para fazerem alguma acusação contra ele seria relacionado com seu serviço a Deus.
6:6-9, Eles decidiram ir ao rei e usá-lo como armadilha para Daniel. Eles bajulam Dario, e então seduzem o seu ego engrandecido sugerindo que emita um decreto real proibindo a adoração de quem quer que seja, além do próprio rei, durante um período de trinta dias. A desobediência a este decreto seria o lançamento do culpado na cova dos leões. O rei Dario
assinou um decreto fazendo que isso fosse um estatuto que não poderia ser cancelado ou mudado, nem mesmo pelo próprio rei.
A 3ª evidência é que Deus age de tal forma em favor dos seus fiéis que desperta o interesse dos que são servidos por eles, vs. 10-15
Nesses versos vemos que Daniel deu graças diante de seu Deus "como costumava fazer".
1. O fiel, mesmo diante das piores circunstâncias mantêm sua fidelidade a Deus, vs. 10
2. O fiel, mesmo sem saber é alvo da trama ferina dos ímpios maldosos, vs. 11-12
3. O fiel, mesmo sem saber desperta o interesse e o cuidado dos que o conhecem, vs. 13-15
6:10, A lealdade de Daniel a Deus vinha em primeiro lugar. A trama que tinha sido lançada
desafiava sua lealdade ao rei. Contudo, Daniel não mudou sua prática usual. Ele era leal ao rei, mas Deus seria sempre o primeiro. Ele era um homem de oração. Sua vida exterior era sem falta porque sua vida interior era totalmente devota e pura. Três vezes por dia, ele se ajoelhava e orava.
6:11-13, Os inimigos de Daniel observaram-no infringindo o decreto do rei e correram para contar. Primeiro, eles lembraram o rei do estatuto que assinou, depois acusaram Daniel de violar sua ordem três vezes por dia.
6:14-15, O rei ficou descontente consigo mesmo e procurou achar um modo de livrar Daniel, mas o decreto real não podia ser alterado. O rei Dario que conhecia quem era Daniel, que tinha depositado a sua confiança nele, mesmo tendo assinado o decreto, não queria condenar a Daniel. Tentou salvá-lo, mas encontrava a barreira de que “a palavra de um rei não volta atrás”!
A 4ª evidência é que Deus age de tal forma em favor dos seus fiéis permitindo-lhes experimentar a sua libertação, vs. 16-23
Em resumo esses versos mostram como Daniel foi salvo das bocas dos leões.
1. Deus permite ao fiel passar por terríveis tribulações para alicerçar sua fé, vs. 16
2. Deus permite que os incrédulos comprovem o seu poder libertador, vs. 17-20
3. Deus permite ao fiel experimentar a sua libertação confirmando sua fé, vs. 21-23
6:16-19, O rei expressou esperança de que o Deus de Daniel o livrasse. Ainda que ele dissesse isto, passou uma noite sem dormir. De manhã bem cedo foi até a cova dos leões para ver se Daniel ainda vivia. Alguns dos que declaram fé em Deus parecem ser mais ou menos como Dario: seus atos não correspondem a suas palavras (Hebreus 13:5-6). Dario se admirou, algo que ele esperava, mas não acreditava, aconteceu. Daniel respondeu!
6:20-23, Quando o rei gritou por Daniel, para ver se Deus o tinha salvo, Daniel respondeu com simpatia ao rei. Daniel sabia que o rei não era seu inimigo, e assegurou-lhe que Deus tinha enviado um anjo para fechar as bocas dos leões, porque era inocente de qualquer má ação.
E a última frase do verso 23 é muito significativa, pois nos dá o resumo da vida de Daniel. Ele era crente, ele era fiel, e, por isso “Nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus.” Será que as pessoas podem testemunhar assim de nossas vidas?
A 5ª evidência é que Deus age de tal forma em favor dos seus fiéis que castiga os opositores e recebe glória e louvor, vs. 24-28
1. Deus abre os olhos das autoridades para punirem exemplarmente os descrentes, vs. 24
2. Deus usa as mãos das autoridades para decretar a adoração a ele mesmo, vs. 25-27
3. Deus usa a mente das autoridades dando discernimento para honrarem seus fiéis, vs. 28
6:24, Aqueles que tramaram contra Daniel foram, então, lançados na cova dos leões. Aqueles que tramam contra os servos de Deus tem o seu pagamento muito específico, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6.23)
Nos versos finais do capítulo vemos o decreto de Dario para louvar o Deus vivo, 6:25-28.
6:25-27, O rei emitiu um decreto dirigido a todos sob seu domínio, que declarava que o Deus de Daniel era o Deus vivo, cujo reino jamais seria destruído. Este é o Deus onipotente que livrou Daniel da força dos leões.
6:28, Daniel prosperou durante o domínio babilônio, cerca de setenta anos, por causa de sua fidelidade, por causa da sua fé em Deus. Agora ele prospera durante o reinado de Ciro, o rei da Pérsia, e de Dario, o Medo, o governante da província caldaica sob Ciro.
Aplicações para os Dias Atuais
1. Daniel 6:10 – Deus tem que ser obedecido mesmo acima da lei do país (Atos 4:18-20; 5:29). Somos submetidos às provas, aos testes. Se pensarmos que somos fortes, preparemo-nos para ter nossa lealdade desafiada (1 Coríntios 10:12; 1 Pedro 5:8-9).
2. Daniel 6:22-23 – As crianças se emocionam com esta história de Daniel na cova dos leões, porém ela é mais do que uma história de crianças. É para homens de grande coragem que têm fé e humildade de criança. A razão pela qual Daniel não foi ferido é porque ele acreditava em Deus. Deus livrará todos os que crêem verdadeiramente nele. Daniel pôs a fé em ação! (Hebreus 13:5-6; Mateus 6:33; 2Coríntios 9:8; Efésios 3:20-21; Apocalipse 14:12-13).
3. Daniel 6.27 – Deus é quem livra e salva. Ele faz sinais e maravilhas no céu e na terra. Foi Deus quem livrou Daniel da boca dos leões. Se Deus não muda, o mesmo Deus que agiu assim com Daniel, também age assim conosco.
Querido amigo, oro para que você usufrua da comunhão e da fé com Deus.
Um abraço, até o próximo programa.

© 2014 Através da Biblia

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