quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Daniel 11.1-45 (Através da Bíblia)

Daniel 11.1-45
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série “Através da Bíblia”. É com satisfação que me dirijo a você agradecendo a sua companhia e convidando-o para mais um tempo de reflexão e estudo com base na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Vivemos dias em que a pregação e o estudo bíblico têm atingido níveis preocupantes. Dos púlpitos das igrejas e das diversas plataformas onde pretensamente se afirma proclamar a Palavra de Deus, constatamos que o genuíno ensino bíblico não tem merecido a atenção daqueles que afirmam estar falando da parte de Deus. Estamos vivendo um tempo em que se valoriza pouco a palavra falada e a palavra escrita, vivemos num tempo em que se demonstra mais interesse pelas imagens e pelos sentimentos. Vivemos dias em que o prazer imediato e a satisfação emocional se tornaram o grande alvo a ser alcançado, por isso o estudo profundo da Bíblia é tremendamente necessário. E nesse sentido aviso novamente a você que dentro de três programas já estaremos estudando o livro de Hebreus, portanto prepare-se, pois esse é um dos livros mais ricos em conteúdo sobre a pessoa e a obra de Jesus Cristo. É por isso que temos dedicado todo o nosso esforço e empenho para que os programas que temos levado ao ar sejam relevantes e veículos úteis nas mãos de Deus para levá-lo à maturidade cristã ou à salvação, em Jesus Cristo, pois ele é o Senhor supremo de nossas vidas. Esses objetivos tem sido alcançados graças a Deus e sabemos isso através da comunicação que temos com vocês. Cartas, e-mails e telefonemas têm chegado até nós expressando o valor do programa, mas também compartilhando algumas dúvidas, perguntando-nos sobre alguns textos, enfim, sobre os mais variados assuntos. E, é essa liberdade que queremos que você tenha conosco para escrever e compartilhar aquilo que está no teu coração. Por isso mesmo, hoje, registro o e-mail da Maria Aparecida que nos escreveu da cidade de Rafard, no estado de São Paulo. Ela nos enviou a seguinte mensagem: “Querido irmão ITAMIR sou ouvinte do programa Através da Bíblia, pela Internet e quando possível acompanho os estudos, gosto muito das explicações que o irmão tem dado, sou professora da escola bíblica em minha igreja, (Missão Batista) e gostaria de saber se é possível adquirir esses estudos bíblicos em multimídia, ou outros meios indicados pelo irmão para uso na escola bíblica. No momento estamos estudando Os alicerces firmes da criação até Cristo, da Missão Novas Tribos. Louvo a Deus pelo programa que muito tem me ajudado, também sempre conto com ajuda do Pastor de nossa missão, mas o mesmo também não conhece nenhum estudo dessa forma. desde já agradeço”. Maria Aparecida de Oliveira da
Silva – Rafard, SP - email. Querida irmã, agradecemos o seu e-mail e nos sentimos felizes quando percebemos que Deus tem nos usado para a edificação de muitos irmãos. Como mencionei na resposta que lhe enviei, na verdade o que nos alegra é percebermos que aqueles que tem recebido as nossas mensagens, tem tido a oportunidade de compartilhá-las com outros irmãos e amigos. Com isso constatamos que alcançamos muitos outros amigos de uma maneira que só Deus conhece o seu número exato. Mas para adquirir o nosso material já publicado é só enviar um e-mail para vendas@transmundial.com.br que você e todos os ouvinte saberão como poderão adquiri-lo. Por isso, louvamos a Deus porque ele tem usado esse programa para edificação de muitos amigos e queremos contar com a parceria de todos vocês que nos dão o privilégio da sua audiência, queremos contar com as suas orações. Orem pelo nosso projeto, para que Deus nos dê condições de publicarmos todos os comentários dos livros bíblicos que temos estudado. Mas, orem também em favor de cada programa para que Deus fale a cada um De nós. Exatamente para isso, convido a todos que estão me sintonizando agora. Vamos orar: “Pai querido, agradecemos pelo teu cuidado e proteção e pedimos que o senhor nos ilumine através do teu Espírito para que possamos entender a tua Palavra. Pedimos também, que por ele mesmo sejamos capacitados para te obedecer. Tu sabes do desejo que temos de te glorificar. Abençoa-nos e recebe o nosso louvor, pois fazemos isso, em nome de Jesus, Amém”.
Querido amigo, hoje temos como alvo estudarmos o penúltimo capítulo deste livro profético. Vamos estudar Dn 11.1-45. Neste texto encontramos a revelação da última visão que Deus concedeu a Daniel, conforme mencionamos no programa passado. Nessa visão Deus permite Daniel perceber a continuidade da história do povo de Israel.
O período que abrange essa visão se concentra entre o tempo da volta do povo à Palestina nos dias de Esdras, Neemias, nos tempos do próprio Daniel até o nascimento do Messias, o nosso Senhor Jesus Cristo. Esse período é aquele que os estudiosos denominam de “período interbíblico”, uma época desconhecida para a maioria dos cristãos. Nesse período de 400 anos Deus silenciou-se e somente pela história secular temos as informações necessárias para compreendê-lo.
Mas é impressionante percebermos e constatarmos que os diversos detalhes desvendados nessa visão, todos foram cumpridos exatamente, comprovando a veracidade da Palavra de Deus, a sua soberania e o seu controle sobre a história humana. Reconhecendo que essa visão ocorreu por volta de 535 aC. e que os acontecimentos por ela desvendados ocorreriam até a chegada do império romano ao poder, por volta de 63 a 37 aC., quando Julio Cesar assumiu o governo de Roma, sim é impressionante que a previsão ocorreu exatamente cinco séculos antes dos acontecimentos, comprovando mais uma vez que Deus é soberano!
Diante disso, o título que escolhi para esse texto é:
Os eventos futuros desvendados por Deus
Dn 11.1-45
Introdução
Querido amigo, depois de estudarmos sobre as reações de Daniel diante da aparição do mensageiro celeste que traria mais uma revelação de Deus, constatamos que a mensagem profética tem inicio no versos, primeiramente mostrando os acontecimentos da história imediata que envolvia os impérios da Pérsia e da Grécia. O império persa logo seria derrotado pelo império grego tendo à sua frente Alexandre, o grande. Cambises, Smedis e Dario Histaspe, ou Dario o grande, governariam, mas a Pérsia cairia diante dos gregos, em Salamina, quando Xerxes estava no poder. Posteriormente ele mostrou a ascensão e a rápida queda de Alexandre e, em conseqüência, o seu império dividido entre os seus generais: 1) Ptolomeu ficou com o território do Egito e a África do Norte, incluindo também a Palestina, que posteriormente passou para o controle de Seleuco; 2) Seleuco I ficou com o território da Síria e a Mesopotâmia; 3) Antípater e Cassandro ficaram com o território da Macedônia, que incluía a própria Grécia; e, 4) Lisímaco ficou com o território que alcançava a Trácia e a Ásia Menor. Desses, destacaram-se Ptolomeu e Seleuco. Na profecia, a história das duas maiores divisões do império de Alexandre foram denominadas de reino do Norte, referindo-se aos ptolomeus, com sua sede no território da Síria e, reino do Sul, referindo-se aos selêucidas, com sua sede no território do Egito. Como o território da Palestina se encontrava no meio desses dois reinos, quando havia luta entre os dois lados a Palestina, território do povo de Israel era afetado diretamente e hora ficava sob o domínio de um, hora ficava sob o domínio do outro reino. É impressionante como a profecia dos versos 5 a 20 se cumpriu em todos os detalhes. E como essa profecia referia-se a eventos futuros, como mencionamos, mais uma vez fica confirmada a veracidade da Bíblia e a soberania de Deus sobre a história humana, e assim o princípio que extraímos desses versos se vê nessa frase:
Somente Deus pode desvendar os eventos futuros dando-nos segurança, pois ele tem o controle da história em suas mãos.
Neste texto encontramos cinco etapas dos eventos futuros que Deus tem sob o seu controle:
A 1ª etapa dos futuros eventos desvendados refere-se ao domínio persa e grego que sucumbiria, vs. 1-4
1. Daniel foi disposto a ajudar Dario, o rei medo, vs. 1
2. Daniel foi informado sobre o domínio persa que terminaria, vs. 2
3. Daniel foi informado sobre o domínio grego que seria poderosos, mas passageiro, vs. 3-4
Nesses versos temos o ambiente no qual o conflito greco-pérsico, foi revelado a Daniel.
Nos versos 1-2, o anjo revela que três reis ainda ficariam na Pérsia, mas o quarto que se seguiria enfrentaria a Grécia e seria derrotado. A ordem dos reis persas a partir de Ciro foi: 1) Cambises, 2) Smerdis, 3) Dario Histaspes (Dario, o Grande), e 4) Xerxes (chamado Assuero no livro de Ester), que era forte e rico e provocou distúrbio contra a Grécia.
O relato continua e os versos 3-4, apontam que um poderoso rei da Grécia enfrentaria a Pérsia (cf. 8:5-21). Este foi Alexandre, o Grande, mas seu reino mais tarde seria partido em quatro (cf. 8:22-25). Depois da morte de Alexandre, sua esposa e seu filho foram mortos, assim sua posteridade não recebeu nenhum império. O reino foi repartido em quatro divisões: 1) Seleuco fundou o Império Selêucida; 2) Cassandro tomou a Macedônia; 3) Lisimaco tomou a Trácia; e 4) Ptolomeu I governou o Egito. Em todos esses detalhes se vê que a exatidão profética é admirável.
A 2ª etapa dos futuros eventos desvendados refere-se ao domínio dos ptolomeus e selêucidas, vs. 5-20
1. Os ptolomeus e os selêucidas foram originários do império grego, vs. 5
2. Os ptolomeus e os selêucidas foram os poderosos que se alternaram no poder, vs. 6-19
3. Os ptolomeus e os selêucidas foram os dominadores da Palestina, mas caíram, vs.20
Nesses versos encontramos uma das passagens proféticas mais detalhadas de toda a Bíblia.
O verso 5, nos mostra que o reino do Sul é o Egito (veja 8), e seu rei, Ptolomeu . Esse era um chefe forte, mas outro príncipe, outro dos generais de Alexandre era mais forte ainda. Este era Seleuco I Nicator, rei do Norte (Síria). Judá se tornou uma espécie de bola jogada de um lado para o outro entre estas duas potências dominantes.
Nos versos 6-8, a filha do rei do Sul (Berenice) foi dada em casamento ao filho do rei no Norte (Antíoco I) num esforço para formar uma aliança entre estas duas potências. Mas não deu certo porque a esposa que Antíoco afastou (Laodice) foi cúmplice na tentativa de matar Berenice. Contudo, um irmão dela (“renovo da linhagem dela”), Ptolomeu III, veio e batalhou com sucesso contra o Norte e levou cativos na volta para o Egito.
Nos versos 9-11, o rei do Norte ataca o rei do Sul, sem sucesso; por isso ele voltou para casa. Seus filhos, estimulados com isto, invadem o Egito com um grande exército. Contudo eles também foram batidos e, de fato, muitos foram levados cativos.
Nos versos 12-13, O rei do Egito orgulha-se de si devido ao seu grande sucesso, mas seu tempo de jactância dura pouco, pois o rei do Norte retorna com um exército maior, melhor equipado.
Nos versos 14-16, a profecia mostra que certos judeus ... dados à violência dentre o teu povo... (vs. 14) percebendo que o Egito estava para cair, se revoltaram e se juntaram em esforço para derrubar o Egito. Mas não conseguiram, pois quando o rei da Síria derrubou o Egito, e assim, ele também veio contra a “terra gloriosa” (Palestina), e ninguém foi capaz de resistir-lhe.
No verso 17, o rei do Norte (Antíoco, o Grande) tentou estabelecer-se dando sua filha, Cleópatra I, a primeira com esse nome, em casamento num esforço para manter uma aliança com o Egito, em 194 aC.; porém ela se voltou contra ele, sendo leal ao seu esposo antes que a seu pai. A Cleópatra mais conhecida cuja história foi vista em filme é a Cleópatra VII
Nos versos 18-19, ele, Antíoco, o Grande então voltou sua atenção para as ilhas do Mediterrâneo e conseguiu capturar muitas, mas logo seus avanços são impedidos e ele tropeça e cai.
E, finalmente, no verso 20 encontramos a profecia mostrando que se levantaria depois desse tempo outro personagem identificado com Seleuco IV, que teve um fim vergonhoso, como nos diz Wallace (1985, p. 198), certamente ele foi melhor que o seu irmão mais novo, que o sucedeu, um rei tremendamente vil, bem conhecido pela história como Antíoco Epifânio IV.
A 3ª etapa dos futuros eventos desvendados refere-se ao domínio do rei Antíoco Epifânio, vs. 21-35
Antíoco Epifânio IV (c. 215 - 162 a.C.) foi um rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria entre 175 e 164 a.C. Ele era o terceiro filho do rei Antíoco III Magno, e irmão de Seleuco IV. Após a derrota do seu pai pelos romanos na Batalha de Magnésia (189 a.C.), viveu 14 anos como refém em Roma. Depois desse tempo, em 175 aC. Tornou-se rei da região da Síria.70
1. Antíoco Epifânio IV tomou o poder impetuosamente, vs. 21-23
2. Antíoco Epifânio IV tornou-se um algoz dos egípcios, vs. 24-30
3. Antíoco Epifânio IV tornou-se um algoz dos judeus ameaçando a cultura e a fé judaica, provocando a revolta dos macabeus, provocando o templo, vs. 31-35
Nos versos 21-22 esse “homem vil” que obtém o reino por manobra política (“intrigas”) é Antíoco Epifânio IV, que governou a Síria de 175 a 164 a.C., de com o acordo do Senado romano. Este é o mesmo chamado “chifre menor” em Daniel 8:9-12. Com grande força ele conseguiu derrubar o príncipe da aliança, provavelmente se referindo ao sumo sacerdote. Nos anos de 169 - 167 a.C., Antíoco tomou a cidade de Jerusalém e saqueou o templo.
Nos versos 23-24, submetendo pequenos grupos, um de cada vez, Antíoco se tornou progressivamente mais forte. Ele entrou numa rica cidade egípcia atrás da outra por trapaça (enganosamente), quando o povo realmente pensava que ele estava trazendo paz e segurança. Assim ele foi capaz de fazer o que seu pai não tinha feito: ele conquistou o Egito.
Na seqüência, nos versos 25-26, o rei do Egito subiu à batalha contra ele com um exército poderoso, mas não resistiu. Até mesmo seus amigos (“os que comerem os seus manjares”) ajudaram na sua derrota, dando mau conselho militar.
No verso 27, temos mais uma prova da soberania e do controle divino sobre os reinos humanos. Os dois reis sentaram-se à mesa de paz, mas diziam mentiras um ao outro. E, assim, os seus reinados durariam de acordo com o cronograma divino, “porque o fim virá no tempo determinado”. Deus tem suas mãos nos controles da história!
Nos versos 28-30, Epifânio retornou à Síria levando grande espólio de guerra. Seu coração, contudo, estava contra a aliança santa, que se refere a Israel e sua adoração a Deus. Os navios de Quitim (os romanos) também estavam no Egito. A história diz que os romanos traçaram um círculo na areia e ordenaram a Antíoco que não saísse dele enquanto não retornasse ao lugar donde tinha vindo.
E, nos versos 31 em diante, vemos que cheio de amargura, ele retornou e descarregou sua ira em Israel. Nos anos 169-167 a.C. Antíoco tomou a cidade de Jerusalém, pilhou o templo, e ordenou que os judeus adorassem o ídolo grego que ele colocara no templo. Ele acabou com os sacrifícios diários e poluiu o altar oferecendo um porco sobre ele. Proibiu a circuncisão, a observância do sábado, e a posse de cópias da lei.
O verso 32, mostra que associado com alguns apóstatas dentre os judeus, ele levou muitos enganados a cometer erros contra o Senhor, porém os fiéis e fortes não cediam a Antíoco e resistiriam a ele. Provavelmente essa é uma referência aos hasidim ou aos macabeus.
Nos versos 33-35, descreve-se a grande perseguição contra o povo de Deus que separou o restolho do bom. Os “sábios”, os fiéis, se mantiveram com a verdade, mas muitos foram mortos. Isto foi cumprido com os macabeus que começaram em 168 aC. com a revolta de Matatias, o velho sacerdote, que foi seguido por seus cinco filhos.
A 4ª etapa dos futuros eventos desvendados refere-se ao surgimento do inimigo maior do povo de Deus, vs. 36-39
1. O inimigo maior do povo de Deus atuará livremente e com sucesso até o tempo determinado chegar, vs. 36
2. O inimigo maior do povo de Deus também chamado de “besta”, no Apocalipse se elevará contra todos os deuses adorados, vs. 37-38
3. O inimigo maior do povo de Deus em sua grande idolatria adorará o “deus das fortalezas”, vs. 39
Quem é este rei do verso 36? Há várias interpretações: 1) Alguns tomam a posição que Antíoco Epifânio ainda está em consideração; 2) Alguns comentaristas vêem este rei como o anticristo escatológico; 3) Ainda outros dizem que são os romanos, pois foram os próximos a conquistar o mundo mantendo-o sob o seu império durante séculos.
Em vista do contexto a seguir, o anticristo escatológico parece ajustar-se melhor à interpretação. Parece-nos que Daniel percebe que os eventos desvendados ultrapassam aqueles dias mais próximos. Na verdade temos que observar que embora os atos descritos até o final do capítulo ainda possam descrever ações de Antíoco Epifânio elas se tornam também uma referência do que acontecerá nos últimos dias. A razão principal para essa interpretação aparece no verso 4 do capítulo doze que é a parte final dessa última profecia. Ali lemos: Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim ...
Como bem comentou Wallace (185, p. 204), o tempo do fim é algo remoto e, certamente mais grandioso até mesmo do que os pormenores históricos de todas ações já estudadas.
Mas o texto prossegue e vemos no verso 36, que esse maior inimigo do povo de Deus exalta-se e engrandece-se acima de todos os deuses e blasfema contra o Deus dos deuses. Isto certamente se ajusta ao anticristo escatológico que forçará a adoração dele mesmo como deus e perseguirá os cristãos (Apocalipse 13:5-7). Enquanto Antíoco Epifânio era devoto aos deuses da mitologia grega e quis impor o politeísmo da religião grega aos judeus, esse maior inimigo do povo de Deus, o anticristo escatológico ... se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis ... e, ... não terá respeito aos deuses de seus pais ... (vs. 36-37)
Ainda nesse verso 36, vemos que ele prosperará até que a indignação seja completada, ou seja, até que a indignação do Senhor contra o seu povo se complete. Assim, como um instrumento, o Senhor Deus usará esse homem vil e ímpio na disciplina contra o seu povo (conf. Daniel 12.7), demonstrando mais uma vez que todo poder está submisso ao poder divino.
Nos versos 37-39, esse maior inimigo do povo de Deus é descrito como devotado ao “deus das fortalezas”, isto é, o poder era o seu deus. Ele adoraria e serviria o seu próprio poder. E, aos que lhe derem atenção ele lhes fará prósperos dando-lhe a terra como prêmio. Parece um quadro triste para o povo de Deus. Porém temos que lembrar das últimas palavras do verso 36: ... porque aquilo que está determinado será feito ... Essa é a segurança que podemos ter, nada acontecerá fora do controle e da permissão de Deus.
A 5ª etapa dos eventos futuros desvendados refere-se aos conflitos finais promovido pelo anticristo, vs. 40-45
1. O conflito final provocará derrota de Israel, Egito, Líbia e Etiópia, vs. 40-43
2. O conflito final terá como base a grande ira do anticristo, vs. 44
3. O conflito final seguirá com a derrota imposta pelo anticristo, mas o seu fim chegará, vs.45
Nos versos 40-41, esse maior inimigo do povo de Deus derrotaria tanto o Norte como o Sul, e entraria, também, na “terra gloriosa”, isto é, no território de Israel.
Nos versos 42-43, percebemos que também acontecerão conflitos entre o anticristo e os seus inimigos políticos. A todos ele derrotará e terá seguidores. Conforme alguns intérpretes o verso 44 poderia se referir à batalha do Armagedom (conf. Ap 16.13-16), mas ele terá o seu fim.
No verso 45, a esperança que nos anima a continuarmos andando com o Senhor é que ainda que esse homem vil e iníquo plantasse seus próprios tabernáculos na Palestina (a terra entre o mar Mediterrâneo e o monte santo, monte Sião), o fim deste reino mundial já está determinado por Deus, ele ... chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra ... Vitória divina!
Conclusão
Que lições podemos apreender desse estudo? Como temos feito, vamos destacar três lições que podemos aplicar às nossas vidas, tornando a Palavra de Deus relevante para nós;
1) Embora não tenhamos nenhuma menção a Deus nesse capítulo, certamente Deus é quem está agindo e fazendo a história andar de acordo com os seus planos. Os seus anjos e mensageiros efetuam a sua vontade e revelam os seus planos aos seus servos. Assim como a vontade de Deus é feita no céu, assim ela deve ser obedecida em nossas vidas.
2) Em relação aos dias finais da nossa era é importantíssimo que enfrentaremos grande oposição e tribulação, na manifestação do homem da iniqüidade, o anticristo escatológico. Sendo que os dias finais serão difíceis necessitamos estar atentos e vigilantes diante da grande prova que enfrentaremos. Conforme Lopes (2005, p. 144), precisamos nos acautelar sobre a frivolidade e a superficialidade tão características do cristianismo contemporâneo.
3) A grande certeza que este texto nos dá é que no final o mal será totalmente derrotado. Além dos versos 27, 29 e 35, muitos outros versos nos dão conta de que todo poder humano será derrotado. Quando um poderoso sobe o tempo do seu domínio é determinado por Deus e, assim toda a história, todos os eventos, nesse texto, desvendados chegarão ao seu final. Os maus, os ímpios, os iníquos terão que acertar-se com Deus. Nessa ocasião a verdade de Deus prevalecerá. Podemos contar com isso e, assim, vivermos seguros de que o nosso Deus justo olha e controla também a nossa história particular.
Oro para que você creia nisso e usufrua da paz que só Deus pode nos dar!
Um abraço. Até o próximo programa.

© 2014 Através da Biblia

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