terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Josué 23.1-24.33 - (Através da Bíblia)

Josué 23.1-24.33
Querido amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia. Você sabe que este programa tem por objetivo estudar a Palavra de Deus, comentando detalhadamente os seus diversos textos, no propósito de proclamar todos os desígnios de Deus para cada um de nós. Você sabe também que não existe no mundo um livro que possa se comparar à Bíblia. Tudo quanto Deus tinha a nos dizer, Ele disse por meio da Bíblia, por isso é importante estudá-la. E hoje iniciamos o estudo do livro de Juízes. Ainda sobre o estudo da Bíblia recebemos um e-mail de SP, do estado de SP da irmã RFCR: “Amado Pr.Itamir, paz seja contigo. É com imensa alegria que posso dizer que os estudos que o senhor tem transmitido no Através da Bíblia tem me edificado muito. Que o Senhor Deus o abençoe grandemente. Paz a todos”. Querida irmã, obrigado por suas palavras. Queremos que você se sinta em unidade conosco. Esse é o nosso propósito, através desses estudos desejamos edificar muitos irmãos e amigos para que tenham cada vez mais condições de agradar a Deus no seu viver diário. Agora, convido-a para aquele momento sempre gratificante do nosso programa. Vamos orar! Junte-se a nós nessa oração, necessitamos da sua intercessão: "Pai celestial, abençoa-nos nesta hora de estudo e meditação da Sua Palavra. Dê a tua benção a essa irmã de São Paulo e a todos os que nos ouvem nesse momento. Senhor, também te pedimos que nos dê a iluminação do teu Santo Espírito. Pai querido, te pedimos essas bênçãos em nome de Jesus. Amém".
Querido amigo esse é o último programa do livro de Josué. Estudaremos os capítulos 23 e 24, que nos apresentam como tema a permanência e a continuidade da fé. Josué estava nos seus dias finais como líder de Israel e assim fez as suas últimas recomendações e se despediu do povo de Deus, da segunda geração que herdou a terra de Canaã. Os israelitas tinham entrado, tinham conquistado, tinham dividido a terra e agora a ocupavam. Mas, era necessário um tipo de vida para permanecerem na terra. Nestes capítulos, nas últimas palavras de Josué é possível observamos, como o fizemos com Moisés, o seu interesse, o seu amor para com o povo que ele tinha conduzido até a terra prometida. Israel já experimentava o descanso de Deus na terra de Canaã. Mas, o que dizer do futuro? Josué, em certo sentido, afirmou que o futuro dependia de Israel continuar fiel à aliança com o Senhor. As palavras de Josué não escondiam a sua preocupação. Por sete vezes ele se referiu às nações idolatras que ainda estavam em Canaã (23.3, 4, 7, 9, 13, 17 e 18). Ele sabia que estas nações poderiam ser uma armadilha para Israel.
Bom, diante desse conteúdo, para o capítulo vinte e três sugiro como título a seguinte expressão: As constatações de Josué e a permanência na fé. A afirmação teológica que emerge deste texto, a síntese desafiadora deste capítulo pode ser expressão nessa afirmação: Somente quando constatamos as verdades das palavras dos nossos guias temos a possibilidade de permanecermos na fé. E por isso é possível também dizer que nesses versos encontramos a necessidade de fazermos sete constatações que objetivam a nossa permanência na fé.
Em 1º lugar é necessário constatarmos a finitude da vida humana, vs. 1-2.
[23:1Passado muito tempo depois que o Senhor dera repouso a Israel de todos os seus inimigos em redor, e sendo Josué já velho e entrado em dias, 2 chamou Josué a todo o Israel, os seus anciãos, os seus cabeças, os seus juízes e os seus oficiais e disse-lhes: Já sou velho e entrado em dias,] Josué ao convocar os líderes de Israel nos mostra como era dirigida a nação israelita. As tribos se uniam baseadas na fé em Yahweh e no culto comum celebrado no Tabernáculo. Como sabemos essa forma de governo é a teocracia. A teocracia era o governo de Deus. Não havia em Israel, depois de Moisés e Josué um governo central ou um rei que administrasse o país. Somente depois do período dos juízes (os próximos 400 anos) é que haveria rei em Israel. A monarquia, que é o governo de um monarca, de um rei, só viria mais tarde. Mas a estrutura de governo era composta de um concílio formado por anciãos de todas as tribos. Esses anciãos atuavam nas suas localidades como juízes, nos tribunais que se reuniam nas portas das cidades e julgavam os casos locais. Mas quando uma decisão afetasse a todos os israelitas então todos eles formavam esse concílio geral. Josué convocou esses líderes israelitas constatando que seus dias e seu ministério estava chegando ao fim. Josué muito sabiamente, sabendo que todo ser humano tem um fim, deixou claro que sua etapa na realização da tarefa designada por Deus já estava completa. Como um líder sábio e não apegado à posição ele tomou a iniciativa de publicamente anunciar o seu fim. Essa mesma atitude deveriam ter muitos líderes que se apegam aos seus cargos e funções não dando qualquer espaço às novas lideranças que o próprio Senhor vai despertando. Precisamos entender que esse é o fim de todos nós e a diferença entre um bom e um mal líder se vê no quanto treinou e capacitou outros, afim de torná-lo totalmente substituível! Esse deve ser o nosso alvo!
Em 2º lugar é necessário constatarmos as lutas de Deus em nosso favor , v. 3.
[3 e vós já tendes visto tudo quanto fez o Senhor, vosso Deus, a todas estas nações por causa de vós, porque o Senhor, vosso Deus, é o que pelejou por vós.]
Josué constatou diante dos líderes de Israel uma verdade que eles já sabiam e não deveriam esquecer. Quem lutou, quem conquistou todas aquelas nações foi Deus em favor de Israel. O amor de Deus, a Sua graça e a Sua misericórdia faz com que as suas ações sejam benéficas a todos nós, porém muitas vezes nos esquecemos que é Ele quem age e pensamos que os méritos são nossos. Querido amigo, todo louvor, toda a honra e toda a glória devem ser tributadas somente a Deus!
Em 3º lugar é necessário constatarmos a tarefa vitoriosa, porém inacabada, vs. 4-5.
[4Vede aqui que vos fiz cair em sorte às vossas tribos estas nações que restam, juntamente com todas as nações que tenho eliminado, umas e outras, desde o Jordão até ao mar Grande, para o pôr-do-sol. 5O Senhor, vosso Deus, as afastará de vós e as expulsará de vossa presença; e vós possuireis a sua terra, como o Senhor, vosso Deus, vos prometeu.] Nesses versos Josué demonstrou a sua humildade, o reconhecimento da sua limitação. Josué fez o que um cristão maduro deve fazer. Josué lembrou que somos apenas instrumentos nas mãos de Deus e que é Ele quem luta por nós. Josué, sem orgulho e sem falsa modéstia mencionou claramente que tinha obtido vitórias e tinha repartido o território da Palestina para todas as tribos de Israel. Ele sabia considerar o bem que ele fizera, como fora capacitado por Deus. Mas Josué também lembrou os líderes de Israel que ainda existiam áreas a serem conquistadas e para que isso acontecesse teriam que confiar totalmente em Deus que expulsaria aquelas nações diante de Israel. Essa colocação de Josué nos faz lembrar de Paulo. Em Rm 12.3 ele recomenda: [... digo a cada um de vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação... ] Sim! Esse deve ser o procedimento do cristão não pensar além, nem aquém do que convém. Devemos reconhecer o que fizemos, mas o que ainda tem que ser feito. Devemos lembrar que só pela fé, só confiando no Senhor é que as realizações acontecerão.
Em 4º lugar é necessário constatarmos a importância da obediência a Deus, vs. 6-8.
[6Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e cumprirdes tudo quanto está escrito no Livro da Lei de Moisés, para que dela não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda; 7para que não vos mistureis com estas nações que restaram entre vós. Não façais menção dos nomes de seus deuses, nem por eles façais jurar, nem os sirvais, nem os adoreis. 8Mas ao Senhor, vosso Deus, vos apegareis, como fizestes até ao dia de hoje;] Josué não quis deixar nenhuma dúvida. Ele deu três ordens claras: 1)deveriam obedecer e cumprir completamente tudo o que estava escrito na Lei (6); 2)não deveriam se misturar com as outras nações; não deveriam nem mencionar o nome dos seus deuses (conforme recomendou Paulo em Ef 5.3-4), nem jurar por eles, nem servi-los ou adorá-los (7); e 3)deveriam apegar-se totalmente ao Senhor (8). Josué sabia que iria partir, mas deixou claro para a liderança israelita como deveriam proceder para permanecer na fé!
Em 5º lugar é necessário constatarmos a importância de amar a Deus, vs. 9-11
[9pois o Senhor expulsou de diante de vós grandes e fortes nações; e, quanto a vós outros, ninguém vos resistiu até ao dia de hoje. 10Um só homem dentre vós perseguirá mil, pois o Senhor, vosso Deus, é quem peleja por vós, como já vos prometeu. 11Portanto, empenhai-vos em guardar a vossa alma, para amardes o Senhor, vosso Deus.] Josué enfatizou, então o mais importante! Ele relembrou as vitórias nas batalhas, o medo dos inimigos, lembrou-se ainda mais uma vez de quê o próprio Senhor lutava por Israel. Tudo era muito importante e eles deveriam se lembrar e assim agirem pela fé. Porém Josué declarou-lhes o que realmente tinha valor: amar a Deus, guardando a alma longe do pecado. O nosso amor a Deus reconhecido pelo próprio Deus é fundamental. Quando amamos a Deus, movemos o Seu coração em nosso favor!
Em 6º lugar é necessário constatarmos a certeza da disciplina de Deus diante da desobediência, vs. 12-13.
[12Porque, se dele vos desviardes e vos apegardes ao restante destas nações ainda em vosso meio, e com elas vos aparentardes, e com elas vos misturardes, e elas convosco, 13sabei, certamente, que o Senhor, vosso Deus, não expulsará mais estas nações de vossa presença, mas vos serão por laço e rede, e açoite às vossas ilhargas, e espinhos aos vossos olhos, até que pereçais nesta boa terra que vos deu o Senhor, vosso Deus.] A permanência na terra prometida dependia da fidelidade de Israel às normas da aliança. Conforme a Bíblia de Estudos NVI: “Permanecer na terra prometida dependia da condição prévia da fidelidade ao Senhor e da separação dos idólatras que ainda habitavam no seu redor. Se Israel deixasse de cumprir essas condições seria banido da terra... O Senhor proibia alianças, quer nacionais, quer domésticas, com o povo de Canaã, porque semelhantes alianças tenderiam a comprometer a lealdade de Israel ao Senhor” (2003, pg.355).
Em 7º lugar é necessário constatarmos a fidelidade de Deus em cumprir todas as Suas Palavras: bênçãos ou maldições, vs. 14-16.
[14Eis que, já hoje, sigo pelo caminho de todos os da terra; e vós bem sabeis de todo o vosso coração e de toda a vossa alma que nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o Senhor, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou. 15E sucederá que, assim como vieram sobre vós todas estas boas coisas que o Senhor, vosso Deus, vos prometeu, assim cumprirá o Senhor contra vós outros todas as ameaças até vos destruir de sobre a boa terra que vos deu o Senhor, vosso Deus. 16Quando violardes a aliança que o Senhor, vosso Deus, vos ordenou, e fordes, e servirdes a outros deuses, e os adorardes, então, a ira do Senhor se acenderá sobre vós, e logo perecereis na boa terra que vos deu.]
Josué despediu-se deixando um aviso significativo, que já fora dado anteriormente, mas, que necessitava ser reforçado. Assim como Deus abençoaria Israel diante da sua obediência, Deus, em Sua justiça, colocaria sua mão contra Israel, caso houvesse desobediência e infidelidade. A promessa já feita desde os dias de Moisés era que Israel seria expulso da terra se não cumprisse sua parte na aliança já estabelecida. Querido amigo, Deus é fiel, justo e não faz acepção de pessoas ou nações. Assim como essas nações estavam sendo expulsas por Israel por causa do seu pecado, assim também Israel, se pecasse, também seria expulso dessa terra prometida (e sabemos que isso ocorreu em 722AC quando o reino do Norte foi desalojado para a Assíria, e em 586AC quando o reino do Sul foi desalojado para a Babilônia).
Querido amigo toda a terra fora conquistada, todavia restava “muitíssima terra” para ser possuída (11.23 e 13.1). É necessário percebermos a diferença entre “herança” e “posse”. A herança foi toda a terra dada por Deus a Israel, mas a “posse” foi, e é, aquela parte que nos apropriamos pela fé (mesmo com dificuldades e lutas). No texto de 21.43-45 vemos o que Deus fez a Israel: [...deu o Senhor a Israel toda a terra... o Senhor lhes deu repouso... a todos eles (inimigos) o Senhor lhes entregou nas mãos...] Esta foi a parte de Deus. Porém, a parte de Israel seria tomar posse: [e a possuíram e habitaram nela... (21.43)] Ora, que possamos “tomar posse” daquilo que Deus, em Cristo, já tem nos dado!
Querido amigo, depois de fazermos essas constatações para permanecermos na fé, quando observamos o capítulo vinte e quatro que registra as últimas palavras de Josué podemos dar-lhe o título: A despedida de Josué e a continuidade na fé.
Josué sabia que o seu ministério e sua vida estavam no fim e ao afirmar que ele e sua casa, isto é, os seus descendentes serviriam ao Senhor ele demonstrou seu compromisso inabalável de dar continuidade através de seus filhos, através de outras gerações na fé que o tinha conduzido até ali. Através do seu testemunho Josué fez um desafio para o povo de Israel (24.15). Percebendo a inclinação do povo para a idolatria, alertou-os do perigo do engano. Josué disse-lhes que a integridade e a fidelidade deveriam conduzir o relacionamento do povo com Deus. O seu testemunho e o desafio que fez foram objetivos e diretos [... escolhei hoje a quem servis ...] Que possamos aprender com Josué levar Deus a sério, servindo somente a Ele!
Bom, diante dessas colocações, a frase que sintetiza esse capítulo e nos desafia pode ser expressa dessa maneira: Somente quando damos a Deus o primeiro lugar em nosso viver conseguimos dar continuidade à nossa fé! Por isso, neste texto observamos sete ações que devemos realizar para dar continuidade à nossa fé:
A 1ª ação é conhecer os feitos do Senhor nos dias iniciais da nossa chamada, vs. 1-4
[24:1Depois, reuniu Josué todas as tribos de Israel em Siquém e chamou os anciãos de Israel, os seus cabeças, os seus juízes e os seus oficiais; e eles se apresentaram diante de Deus. 2Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses. 3Eu, porém, tomei Abraão, vosso pai, dalém do rio e o fiz percorrer toda a terra de Canaã; também lhe multipliquei a descendência e lhe dei Isaque. 4A Isaque dei Jacó e Esaú e a Esaú dei em possessão as montanhas de Seir; porém Jacó e seus filhos desceram para o Egito.] A Bíblia diz em Rm 10.17 que a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Cristo. Josué estava falando para a segunda geração depois da saída do Egito. Porém, essa mesma geração logo também passaria. Logo surgiria a terceira geração sem saber, sem conhecer a sua origem e a sua história (Jz 2.10-11). Moisés tinha recomendado em Deuteronômio 6 que os pais contassem aos filhos os grandes feitos do Senhor, a sua história e a sua origem. E Josué estava fazendo exatamente isso com os israelitas. Ele recordou-lhes a origem mais remota deles mesmos ao mencionar Terá, pai de Abraão e Naor seu irmão. Josué recordou que Deus chamara Abraão (Gn 12) quando sua família ainda adorava outros deuses. Josué recordou que Deus é quem tinha trazido Abraão à Canaã e tinha-lhe prometido esta terra, que agora estavam possuindo. Josué recordou da vinda e da vida de Isaque e da vinda e da vida de Jacó e Esaú. Josué por fim recordou que Esaú habitou no monte Seir e Jacó, transformado em Israel foi para o Egito, através de José, onde sua descendência, de 70 pessoas multiplicou-se em mais de 400 anos numa multidão de aproximadamente dois milhões e meio de pessoas! Querido amigo, quando recordamos a chamada inicial, da qual fomos alvo, alicerçamos a nossa fé na bondade e na soberania de Deus!
A 2ª ação é lembrar os feitos do Senhor quando da nossa libertação, v.5-10.
[5Então, enviei Moisés e Arão e feri o Egito com o que fiz no meio dele; e, depois, vos tirei de lá. 6Tirando eu vossos pais do Egito, viestes ao mar; os egípcios perseguiram vossos pais, com carros e com cavaleiros, até ao mar Vermelho. 7E, clamando vossos pais, o Senhor pôs escuridão entre vós e os egípcios, e trouxe o mar sobre estes, e o mar os cobriu; e os vossos olhos viram o que eu fiz no Egito. Então, habitastes no deserto por muito tempo. 8Daí eu vos trouxe à terra dos amorreus, que habitavam dalém do Jordão, os quais pelejaram contra vós outros; porém os entreguei nas vossas mãos, e possuístes a sua terra; e os destruí diante de vós. 9Levantou-se, também, o rei de Moabe, Balaque, filho de Zipor, e pelejou contra Israel; mandou chamar Balaão, filho de Beor, para que vos amaldiçoasse. 10Porém eu não quis ouvir Balaão; e ele teve de vos abençoar; e, assim, vos livrei da sua mão.] Josué prosseguiu com sua lembrança histórica e mencionou toda a fase de Israel sob o comando de Moisés. Mencionou o êxodo; a passagem pelo mar Vermelho; a vitória sobre os amalequitas e moabitas que tinham contratado Balaão para amaldiçoá-los, mas que foi impedido pela intervenção do Senhor; e, mencionou também a vitória sobre os reis amorreus do leste do Jordão. Nessa recordação estava aos mais velhos e nesse ensino aos mais novos, Josué estava estimulando-os a dar continuidade à fé!
A 3ª ação é agradecer os feitos do Senhor em cumprimento das Suas promessas, v.11-13. [11Passando vós o Jordão e vindo a Jericó, os habitantes de Jericó pelejaram contra vós outros e também os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os heteus, os girgaseus, os heveus e os jebuseus; porém os entreguei nas vossas mãos. 12Enviei vespões adiante de vós, que os expulsaram da vossa presença, bem como os dois reis dos amorreus, e isso não com a tua espada, nem com o teu arco. 13Dei-vos a terra em que não trabalhastes e cidades que não edificastes, e habitais nelas; comeis das vinhas e dos olivais que não plantastes.] Diante de toda a congregação reunida em Siquém, em meio aos montes Ebal e Gerezim (v.1), numa assembléia solene de gratidão; Josué também recordou-lhes as suas recentes experiências vividas sob sua própria liderança. Recordou a vitória sobre Jericó e como Deus tinha infundido medo e pânico nos inimigos mostrando claramente, que fora Deus quem tinha entregue os cananeus em suas mãos. E Josué também recordou-lhes que toda a terra e os bens (moradias e plantações) que tinham herdado não foram eles que construíram. Tudo era presente de Deus, por sua graça e misericórdia. Ora, todos esses fatos deveriam motivar os israelitas a dar continuidade à fé que professavam em Yahweh.
A 4ª ação é confirmar a aliança feita anteriormente com o Senhor, vs.14-24.
[14Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor. 15Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. 16Então, respondeu o povo e disse: Longe de nós o abandonarmos o Senhor para servirmos a outros deuses; 17porque o Senhor é o nosso Deus; ele é quem nos fez subir, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da servidão, quem fez estes grandes sinais aos nossos olhos e nos guardou por todo o caminho em que andamos e entre todos os povos pelo meio dos quais passamos. 18O Senhor expulsou de diante de nós todas estas gentes, até o amorreu, morador da terra; portanto, nós também serviremos ao Senhor, pois ele é o nosso Deus. 19Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao Senhor, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. 20Se deixardes o Senhor e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem. 21Então, disse o povo a Josué: Não; antes, serviremos ao Senhor. 22Josué disse ao povo: Sois testemunhas contra vós mesmos de que escolhestes o Senhor para o servir. E disseram: Nós o somos. 23Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no meio de vós e inclinai o coração ao Senhor, Deus de Israel. 24Disse o povo a Josué: Ao Senhor, nosso Deus, serviremos e obedeceremos à sua voz.] Josué quis também, que além de confirmar a fé que tinham em Yahweh, os israelitas confirmassem a aliança feita anteriormente com o Senhor. Pediu que eles abandonassem e jogassem fora os deuses que seus pais ainda carregavam. Josué disse-lhes que deveriam decidir a quem iriam servir, mas de uma coisa ele estava certo: [Eu e a minha casa serviremos ao Senhor (15).] E assim, depois desse testemunho e dessa confirmação publica, como uma conseqüência o que observamos é que todo o povo renovou a sua aliança com Deus, com Yahweh! Querido amigo, o nosso posicionamento objetivo e sincero diante do Senhor é visto e pode abençoar outros a também desejarem andar corretamente diante de Deus!
A 5ª ação é testificar através de um memorial do compromisso com o Senhor, vs.25-28
[25Assim, naquele dia, fez Josué aliança com o povo e lha pôs por estatuto e direito em Siquém. 26Josué escreveu estas palavras no Livro da Lei de Deus; tomou uma grande pedra e a erigiu ali debaixo do carvalho que estava em lugar santo do Senhor. 27Disse Josué a todo o povo: Eis que esta pedra nos será testemunha, pois ouviu todas as palavras que o Senhor nos tem dito; portanto, será testemunha contra vós outros para que não mintais a vosso Deus. 28Então, Josué despediu o povo, cada um para a sua herança.] Querido amigo, as palavras são importantes, mas elas se perdem ao vento. Os sentimentos do nosso interior são importantes e são conhecidos por Deus, mas também eles se perdem em razão das circunstâncias. Por isso tem valor quando estabelecemos memoriais palpáveis e concretos, das alianças ou votos que fazemos diante do Senhor. E, como já mencionei anteriormente, o nosso caderno de oração pode ser um memorial concreto de nossa relação de intimidade com Deus. Josué ergueu, através de uma grande pedra, o sétimo memorial (conforme 22.27) para que futuras gerações se lembrassem da aliança com Yahweh. E, assim Josué completou a sua tarefa encaminhando cada tribo para as suas possessões! Estava concluída a sua tarefa!
A 6ª ação é valorizar os que nos lideraram fielmente no Senhor, vs. 29-31.
[29Depois destas coisas, sucedeu que Josué, filho de Num, servo do Senhor, faleceu com a idade de cento e dez anos. 30Sepultaram-no na sua própria herança, em Timnate-Sera, que está na região montanhosa de Efraim, para o norte do monte Gaás. 31Serviu, pois, Israel ao Senhor todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué e que sabiam todas as obras feitas pelo Senhor a Israel.] Nesse versos temos o relato final da vida (110 anos) e do ministério de Josué (Israel serviu a Deus todos os dias do seu ministério). Um resumo simples porém profundo de alguém que serviu o Senhor e conduziu o seu povo a também servir o Senhor! Que possamos, capacitados por Deus vivermos assim!
A 7ª ação é honrar os que serviram fielmente ao Senhor, vs.32-33.
[32Os ossos de José, que os filhos de Israel trouxeram do Egito, enterraram-nos em Siquém, naquela parte do campo que Jacó comprara aos filhos de Hamor, pai de Siquém, por cem peças de prata, e que veio a ser a herança dos filhos de José. 33Faleceu também Eleazar, filho de Arão, e o sepultaram em Gibeá, pertencente a Finéias, seu filho, a qual lhe fora dada na região montanhosa de Efraim.] Querido amigo, o livro termina com mais dois nomes de destaque sendo honrados. José, que proporcionou a ida de se pai Israel e seus irmãos para o Egito, onde se tornaram essa grandioso povo, agora foi enterrado bem no meio da fronteira dos territórios de Efraim e Manassés, seus filhos. E destaca-se a morte e o sepultamento de Eleazar, o sumo sacerdote, filho de Arão, que durante muito tempo, sob Moisés e sob Josué, serviu integralmente ao Senhor! Que a vida desses homens, instrumentos de Deus, possa servir de estímulo para que tenhamos cada vez mais uma vida digna do Senhor!
Bom, querido amigo chegamos ao final de mais um tempo de reflexões e concluímos o estudo dos últimos capítulos do livro de Josué. Agradeço a Deus por Sua capacitação e a você por suas companhia e interesse. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a obedece-Lo. No próximo programa já estudaremos as questões introdutórias do livro de Juízes. Lembre-se de se organizar, formar o seu grupo e já ler antecipadamente o livro para que tenhamos alguma familiaridade com o seu conteúdo.
Obrigado por sua sintonia e, fico aguardando a sua carta, seu email ou um recado no orkut.
Que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.

© 2014 Através da Biblia

Nenhum comentário:

Postar um comentário