Josué 10.1-12.24
Querido amigo estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com grande alegria que chegamos a esse momento nos estudos no livro do Josué. Com o estudo desses capítulos concluímos a segunda divisão do livro onde estudamos a conquista de Canaã. A partir do próximo programa estudaremos a divisão e a ocupação da Terra da Promessa. Você que tem nos acompanhado sabe que o propósito de estudarmos a Palavra de Deus com profundidade e aplicá-la em nossas vidas é adequarmos as nossas vidas à vontade de Deus. Agradeço àqueles que têm escrito compartilhando conosco. É através da sua comunicação que ficamos sabendo do valor do programa. Hoje, registro o e-mail da M.A. de Brasília, DF me enviou dizendo: "Graça e paz, meu irmão em Cristo. Diariamente ouço a palavra através do Através da Bíblia no meu momento de almoço. Tem edificado a minha vida. Eu louvo e agradeço a Deus por esta oportunidade. Meu nome é M.A. sou servidora pública e congrego na 3ª Ig.Batista do Plano Piloto em Brasília". Querida irmã, muito obrigado por suas palavras. Quero cumprimentá-la pela disciplina de reservar diariamente um tempo para o estudo da Palavra de Deus. Obrigado pelo seu interesse pelo programa e conto com a sua divulgação entre seus colegas de serviço e os seus irmãos na igreja, incluindo os primeiros comentários já produzidos a partir deste programa. Nosso interesse é que cresça assim a rede daqueles que amam estudar a Palavra de Deus. Agora convido-a a orar a Deus colocando este programa nas mãos do Senhor: "Pai de amor, obrigado por podermos abrir a Tua Palavra e ouvirmos a Tua voz. Senhor que a prática de estudarmos a Bíblia possa atrair muitos amigos para desfrutar da comunhão contigo. Oriente-nos no estudo de hoje. Que haja edificação. Oramos em nome de Jesus, Amém!".
Querido amigo, hoje o nosso alvo é estudarmos os capítulos 10, 11 e 12 de Josué. Nesses capítulos encontramos outras batalhas enfrentadas por Israel. Exatamente com esses capítulos concluímos a segunda divisão do livro de Josué que nos relata a conquista de Canaã. A partir do próximo programa estudaremos do capítulo 13 até o 24 a terceira parte do livro que nos mostrará a divisão e a ocupação de Canaã.
Mas, como dissemos anteriormente, esses episódios acontecidos com Israel nos lembram as batalhas espirituais pelas quais passamos no decorrer de nossa jornada cristã. Assim, podemos ver que novos inimigos surgiram contra Israel, como também surgem constantemente novas ameaças às nossas vidas espirituais. Novos levantes ocorreram contra Israel, novos inimigos com estratégias diferentes se opuseram ao povo de Deus, mas conforme os planos divinos todos eles foram derrotados. “A estratégia militar de Josué torna-se clara aqui. Ao atacar primeiro Jericó e Ai, ele abriu uma brecha no centro de Canaã. Agora, no capítulo 10, ele se dirige para o sul e depois, no capítulo 11, vai para o norte. Temos assim a batalha central (6-9), a batalha ao sul (10) e a batalha ao norte (11); e o capítulo 12 completa o registro, dando um resumo de todos os reis e principais cidades que caíram diante da espada de Israel” (Baxter, 1992, p.262-263). Assim Israel conquistou uma grande parte da terra prometida.
Querido amigo, diante desses relatos fica cada vez mais comprovado que as nossas batalhas espirituais só serão vencidas mediante a clara e objetiva ação de Deus em nosso favor. Não há forças em nós para podermos resistir a tantos ataques! Que possamos, então, sempre procurar em Deus as forças para enfrentarmos os inimigos.
Muito bem, diante dessas verdades e aplicações podemos definir como título para esses capítulos: A expulsão de todos os inimigos, a completa vitória da fé!
E, a frase desafiadora para nós, a afirmação teológica que surge do resumo desses três capítulos pode ser expressa da seguinte maneira: Mesmo tendo as conquistas garantidas por Deus todo crente deve batalhar com fé para obter as vitórias prometidas. E, assim encontramos sete verdades a respeito das batalhas a serem travadas pela fé para conquistarmos as vitórias prometidas:
A 1ª verdade refere-se a necessidade de percebermos as estratégias dos inimigos, v.1-7. Algumas observações são necessárias para o melhor entendimento destes versos: 1)O rei de Jerusalém (cidade dos jebuseus), Adoni-Zedeque ouviu duas notícias que o preocuparam e o fizeram temer muito: ouviu o que Josué e Israel fizeram com Jericó e Ai destruindo-as totalmente e ouviu que Gibeão fizera uma aliança com Israel e assim não seriam mais atacados pelos novos habitantes da terra. 2)Adoni-Zedeque então convocou mais quatro nações: Hebrom, Jarmute, Laquis e, Eglom para formarem uma aliança para enfrentar aquela situação tremendamente difícil para todos os moradores de Canaã. Mesmo que tivessem suas diferenças, e fossem inimigos, agora estavam diante de um inimigo comum e suas diferenças ficaram de lado. Israel era o foco de suas atenções. 3)A estratégia foi inteligente. Ao invés de atacar diretamente Israel, a proposta era atacar Gibeão por duas razões: em primeiro lugar para se vingar do que consideravam traição de Gibeão que se aliara a Israel deixando-os em segundo plano e, em segundo lugar para atrair Israel para a luta ao defender seu novo aliado. 4)Estabelecido o plano colocaram-no em execução atacando Gibeão, que por sua vez pediu socorro a Josué, colocando-se mais uma vez como servos dos israelitas (v.6). 5)Diante desse pedido e honrando a nova parceria, Josué reuniu todos os soldados, inclusive com os seus melhores guerreiros e saiu em defesa de Gibeão. Querido amigo, destaca-se aqui a fidelidade de Israel para com os seus aliados gibeonitas mostrando-nos a necessidade que temos de honrarmos os compromissos por nós estabelecidos. Que possamos sempre inspirar confiança e credibilidade naqueles que convivem conosco!
A 2ª verdade refere-se a necessidade de termos a garantia da ação divina em nosso favor, v.8-15. Outras observações devem ser feitas: 1)O verso 8 é muito significativo, pois Deus mais uma vez toma a iniciativa e encoraja Josué dizendo-lhe para não temer essa coligação de reis amorreus porque já os tinha entregue em suas mãos. Tal afirmação só é explicada pela soberania, onisciência e onipotência divina. 2)Quando se calcula o percurso noturno, subindo desde Gilgal, constata-se que Josué e o exercito de Israel marcharam cerca de 40 quilômetros até chegarem ao campo da batalha logo na manhã seguinte. 3)Confirmando a promessa, conforme o verso 10, Deus confundiu os exércitos inimigos de Israel e impôs grande derrota à coligação dos reis do sul de Canaã. No verso 11 novamente vemos a ação divina em favor de Israel lançando uma grande chuva de granizo sobre os que fugiam, mostrando mais uma vez o Seu controle sobre todas as forças da natureza. Houve mais mortes pela chuva de granizo do que pelas espadas dos israelitas como demonstração da luta ser do Senhor. 4)Nos versos 12-13 temos um relato especial, pois esse é um milagre que tem levantado muitas polêmicas. Algumas idéias têm sido sugeridas: alguns pensam que este texto é uma citação de Jaser, um antigo livro de canções e louvores aos heróis e sendo o livro poesia não deve ser interpretado literalmente. Outros entendem que o sol não parou, mas só pareceu ter parado. Entendem que aconteceu apenas o efeito de uma ilusão do sentido da visão, uma refração da luz solar no momento em que o sol estava se pondo, uma refração da luz nas camadas atmosféricas. Outros entendem que Josué não pediu para que o sol parasse, mas sim que deixasse de brilhar fortemente, diminuindo o calor para que Israel pudesse continuar a luta até aniquilar totalmente os inimigos. Mas, além dessas possibilidades vale a pena destacar um comentário da Bíblia de Estudos NVI: “Alguns acreditam que Deus estendeu as horas da luz do dia para que os israelitas pudessem derrotar os seus inimigos. Outros acreditam que o sol permaneceu brando (talvez em conseqüência de um céu nublado) durante um dia inteiro, permitindo que a batalha continuasse durante a tarde inteira. A verdade é que não sabemos o que aconteceu – mas sabemos que houve a intervenção divina” (2003, p.337). E, nessa colocação final, de fato, não existe qualquer razão para não acreditarmos que o Deus criador, o Deus dos milagres pudesse realizar tamanho feito. Eu creio que Deus interveio e assim Israel derrotou os exércitos inimigos. 5)Nos versos 14-15 o autor sagrado expressa sua admiração por não ter ocorrido nada igual na história, tendo Deus atendido à voz de um homem. E concluiu dizendo que tudo ocorrera porque Deus lutava por Israel! Querido amigo, que bênção sabermos que podemos contar com Deus em todos os momentos de nossas vidas. Deus tem total controle sobre a criação e através dela, sobrenaturalmente, pode nos abençoar conforme o Seu querer!
A 3ª verdade refere-se a necessidade de eliminarmos totalmente os inimigos causadores do conflito, v.16-27. O relato desses versos merece nossa atenção: 1)Ao verem a derrota dos seus exércitos, os reis de Jerusalem, Hebrom, Jarmute, Laquis, e Eglon fugiram e se esconderam numa caverna temendo por suas próprias vidas. Josué sabendo desse estratagema mandou que rolassem grandes pedras para frente da caverna e os prendessem ali. 2)Josué queria que o seu exército terminasse a tarefa que tinham começado, isto é, de eliminar completamente o inimigo. Conforme o verso 19, Deus já tinha entregue os inimigos aos soldados de Israel, mas mesmo assim teriam que batalhar, teriam que lutar. Como dissemos: Mesmo tendo as conquistas garantidas por Deus todo crente, todo israelita deveria batalhar com fé para obter as vitórias prometidas. 3)Nos versos 20-21 descreve-se que a tarefa foi cumprida com a morte de todos os oponentes de Israel e diante disso ninguém ousava falar mal do povo de Deus. Ninguém ousaria mostrar-se hostil a Israel diante de tantas e completas vitórias que esta nação peregrina estava alcançando pelo poder de Deus. 4)Josué então se apropria completa e totalmente da vitória concedida por Deus, fazendo com que os reis fugitivos fossem trazidos à sua presença para que tivessem a condenação e a execução merecidas. Os capitães do exército israelita sob a ordem de Josué colocaram seus pés sobre os pescoços dos reis e ouviram do seu comandante que não deveriam temer, pois assim Deus faria com os outros inimigos que se opusessem a Israel. 5)Conforme o texto parece-nos que o próprio Josué matou os cinco reis mandando-os pendurar em cinco árvores (madeiros) até a tarde para que expostos, antes de serem enterrados na própria caverna onde se esconderam, servissem de confirmação da grande vitória do Senhor e do seu povo. Querido amigo, Paulo diz em Rm 16.20 que Deus, em breve, esmagará debaixo dos nossos pés a Satanás, o nosso inimigo. Assim como Josué fez com seus inimigos, na força do Senhor, o nosso inimigo também está derrotado pelo poder de Deus!
Mas, também é bom termos uma clara compreensão desses fatos, pois, como diz Hess: “Para o cristão, essas cenas brutais parecem bem distantes da adoração do Príncipe da Paz (Is 9.6). Jesus, porém, alertou seus próprios seguidores que o discipulado traria guerra (Mt 10.34-39; Lc 22.36) e perseguição (Mt 24). Os horrores da guerra não são estranhos ao cristão nem a Bíblia nunca negou que aquele que veio em paz e sofreu por ela voltará com uma espada (Ap 19-10)” (2006, p.179).
A 4ª verdade refere-se a necessidade de destruir todos os inimigos que se levantam contra as nossas conquistas, vs.28-40. Vamos verificar alguns detalhes: 1)Com a estratégia bem planejada, entrando e conquistando a região central de Canaã, dividindo o território em duas porções, impedindo assim uma associação maior de inimigos, Israel, sob o comando de Josué caminhou na direção sul. E aqui temos uma descrição detalhada das vitórias israelitas sobre mais sete cidades do sul de Canaã: Maquedá, Libna, Laquis, Gezer, Eglon, Hebrom e Debir. 2)Essas batalhas podem ser consideradas batalhas-relâmpagos desferidas conta as cidades mais importantes da parte sul de Canaã. Essas batalhas eram fulminantes e destruíam todos os que nelas estavam. 3)Embora não haja nenhuma referência específica à morte do rei de Jericó, o rei de Ai que teve o mesmo fim (8.2) foi enforcado e pendurado num madeiro (árvore) até a tarde (8.29). E, assim os outros reis pagãos também tiveram o mesmo fim, sendo expostos publicamente à humilhação. 4)Destaca-se no verso 33 a referência a Gezer, a cidade mais importante daquela região. Posteriormente esta cidade veio a cair nas mãos dos egípcios que a transformaram em um dote para a filha do Faraó que se casou com Salomão (1Rs 9.16). 5)E, como detalhe final, vale a pena destacar que a expressão “pelejou contra ela” foi repetida por cinco vezes; a expressão “feriu à espada” foi repetida por seis vezes; e, a expressão “fez ao seu rei como fizera ao rei de...” também foi repetida por seis vezes. Todas essas expressões indicavam a rapidez, a abrangência e o resultado dessas batalhas. E como diz o verso 40, toda essa destruição ocorreu por ordem de Deus. Josué e Israel destruíram tudo o que tinha fôlego, [sem deixar nem sequer um, como ordenara o Senhor, Deus de Israel.] Querido amigo, temos que ter consciência de que travamos constantemente batalhas contra os nossos inimigos. O que Deus quer é que enfrentemos com coragem e ousadia cada um dos inimigos, derrotando-os na Sua força!
A 5ª verdade refere-se a certeza de que as vitórias ocorrem porque Deus luta em nosso favor, vs.41-43. Essa declaração merece alguns destaques: 1)No verso 41 em que se mencionam quatro locais geográficos: Cades-Barnéia, até Gaza, e Gósem até Gibeão nos revela que uma grande região ficara sob o domínio de Israel. Mas, ainda não era a ocupação definitiva da terra. 2)Embora o domínio de Israel era visível, isto não significava que os israelitas já tivesse ocupado toda a região. As batalhas travadas eram de destruição e extermínio e não de ocupação e assentamento imediato. 3)Mas, será que o autor dessas narrativas não exagerou na sua descrição? Será que os israelitas não deixaram nem sequer um em alguns lugares? 4)Essa questão deve ser bem entendida. Nessas batalhas, eles foram vitoriosos, mas haveriam ainda outras batalhas a serem vencidas, como veremos nos capítulos posteriores. 5)Destacamos, finalmente, no verso 42 essas palavras: [E, de uma vez, tomou Josué todos estes reis e as suas terras, porquanto o Senhor, Deus de Israel, pelejava por Israel.] Esta é uma grande verdade. É Deus quem luta por seu povo, e quando nos submetemos à Sua direção e orientação a vitória é certa e assim como Josué e o exercito de Israel, podemos retornar à comunidade onde encontramos comunhão e descanso. Querido amigo, como é bom ter o Senhor como nosso grande general. A batalha é Dele, nós somos meros instrumentos nas Suas poderosas mãos!
A 6ª verdade refere-se a confirmação da dependência divina ao invés das técnicas humanas, 11.1-23. Quando detalhamos o capítulo onze é possível percebermos cinco destaques: 1)A descrição agora, volta-se para a conquista da região norte. 2)Percebe-se um ritmo mais acelerado por parte do autor, pois nas descrições das conquistas da parte central de Canaã ele foi longo e detalhista. Neste capítulo ele avançará tão rápido em seu relato que só mencionará os nomes dos lugares conquistados. 2)Na região norte de Canaã uma outra coligação de cidades-estados estava se formando para enfrentar Israel. Encabeçada por Jabim, rei de Hazor, a principal cidade da região, essa coligação reunia grandes exércitos das áreas ao norte e ao oeste da Galiléia. 3)Mais uma vez o Senhor tomou a iniciativa e prometeu a Josué que no próximo dia todo esse grande número de soldados já estaria entregue em suas mãos. Josué obedeceu em tudo ao Senhor, derrotando-os inapelavelmente, inclusive queimando seus carros e ferindo os cavalos dos seus inimigos (11.9); certamente com o propósito divino de mostrar a Israel que a mais recente tecnologia militar: carros e cavalos não mereceriam a confiança do povo de Deus. Deus queria que Israel só confiasse Nele mesmo (Sl 20.7; 33.17). 4)Do verso 16 ao 20 encontramos um resumo das cidades conquistadas. 5)E, nos versos finais de 21 a 23 destacamos a vitória contra os gigantes, que anteriormente provocaram medo nos espiões incrédulos (Nm 13-14) e também se destaca que essas ações foram feitas em concordância com as ordens dadas a Moisés que foram repassadas a Josué. A obediência às ordens divinas trouxe vitórias para Israel e o descanso, o repouso da guerra.
A 7ª verdade refere-se a importância da identificação de todos os participantes das batalhas, 12.1-24. Também em relação ao capítulo doze de Josué podemos fazer cinco destaques: 1)A identificação de todos os participantes das batalhas inicia-se com a menção dos locais conquistados. As primeiras conquistas foram feitas na Transjordânia (v.1). 2)Identificou-se também os reis conquistados: Seom e Ogue e as terras deles conquistadas pertenceram às tribos de Rubem, Gade e meia tribo de Manassés (v.2-5). 3)Identificou-se também o instrumento humano usado na conquista desses territórios: o grande líder Moisés foi reverenciado e citado por duas vezes como “servo do Senhor” (v.6). 4)Nos versos 7-8 identificou-se Josué e os filhos de Israel (exército israelita) como os instrumentos humanos usados na conquista da terra prometida. 5)E, nos versos 9-24 são nominados os 31 reis que foram derrotados pelos israelitas tendo sobre eles a presença, a direção e a supervisão de Deus através dos seus atos poderosos. Querido amigo é encorajador perceber como o próprio Deus, inspirando o autor, registrou este resumo. Isso prova que Ele jamais esquece de um triunfo que temos sob a Sua poderosa mão, triunfo esse que muitas vezes representa esforço e sacrifício de cada um de nós, porém valorizados pelo Senhor! Que Deus nos conceda a graça de mesmo tendo as conquistas garantidas por Deus sermos guerreiros que batalhem com fé para obter as vitórias prometidas.
Querido amigo chegamos ao final de mais um tempo de estudos concluindo a analise da 2ª parte do esboço do livro de Josué. Espero que você tenha sido desafiado por essas lições e peço a Deus que te capacite a obedece-Lo.
Obrigado por sua companhia e que o Senhor Deus te abençoe,
Um grande abraço.
3.000 palavras, (5.209 c/texto)
1Tendo Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, ouvido que Josué tomara a Ai e a havia destruído totalmente e feito a Ai e ao seu rei como fizera a Jericó e ao seu rei e que os moradores de Gibeão fizeram paz com os israelitas e estavam no meio deles, 2temeu muito; porque Gibeão era cidade grande como uma das cidades reais e ainda maior do que Ai, e todos os seus homens eram valentes. 3Pelo que Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, enviou mensageiros a Hoão, rei de Hebrom, e a Pirã, rei de Jarmute, e a Jafia, rei de Laquis, e a Debir, rei de Eglom, dizendo: 4Subi a mim e ajudai-me; firamos Gibeão, porquanto fez paz com Josué e com os filhos de Israel. 5Então, se ajuntaram e subiram cinco reis dos amorreus, o rei de Jerusalém, o rei de Hebrom, o rei de Jarmute, o rei de Laquis e o rei de Eglom, eles e todas as suas tropas; e se acamparam junto a Gibeão e pelejaram contra ela. 6 Os homens de Gibeão mandaram dizer a Josué, no arraial de Gilgal: Não retires as tuas mãos de teus servos; sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos, pois todos os reis dos amorreus que habitam nas montanhas se ajuntaram contra nós. 7Então, subiu Josué de Gilgal, ele e toda a gente de guerra com ele e todos os valentes. 8Disse o Senhor a Josué: Não os temas, porque nas tuas mãos os entreguei; nenhum deles te poderá resistir. 9Josué lhes sobreveio de repente, porque toda a noite veio subindo desde Gilgal. 10O Senhor os conturbou diante de Israel, e os feriu com grande matança em Gibeão, e os foi perseguindo pelo caminho que sobe a Bete-Horom, e os derrotou até Azeca e Maquedá. 11Sucedeu que, fugindo eles de diante de Israel, à descida de Bete-Horom, fez o Senhor cair do céu sobre eles grandes pedras, até Azeca, e morreram. Mais foram os que morreram pela chuva de pedra do que os mortos à espada pelos filhos de Israel. 12Então, Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom. 13E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. 14Não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, tendo o Senhor, assim, atendido à voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel. 15Voltou Josué, e todo o Israel com ele, ao arraial, a Gilgal. 16Aqueles cinco reis, porém, fugiram e se esconderam numa cova em Maquedá. 17E anunciaram a Josué: Foram achados os cinco reis escondidos numa cova em Maquedá. 18Disse, pois, Josué: Rolai grandes pedras à boca da cova e ponde junto a ela homens que os guardem; porém vós não vos detenhais; 19persegui os vossos inimigos e matai os que vão ficando atrás; não os deixeis entrar nas suas cidades, porque o Senhor, vosso Deus, já vo-los entregou nas vossas mãos. 20Tendo Josué e os filhos de Israel acabado de os ferir com mui grande matança, até consumi-los, e tendo os restantes que deles ficaram entrado nas cidades fortificadas, 21voltou todo o povo em paz ao acampamento a Josué, em Maquedá; não havendo ninguém que movesse a língua contra os filhos de Israel. 22Depois, disse Josué: Abri a boca da cova e dali trazei-me aqueles cinco reis. 23Fizeram, pois, assim e da cova lhe trouxeram os cinco reis: o rei de Jerusalém, o de Hebrom, o de Jarmute, o de Laquis e o de Eglom. 24Trazidos os reis a Josué, chamou este todos os homens de Israel e disse aos capitães do exército que tinham ido com ele: Chegai, ponde o pé sobre o pescoço destes reis. E chegaram e puseram os pés sobre os pescoços deles. 25Então, Josué lhes disse: Não temais, nem vos atemorizeis; sede fortes e corajosos, porque assim fará o Senhor a todos os vossos inimigos, contra os quais pelejardes. 26Depois disto, Josué, ferindo-os, os matou e os pendurou em cinco madeiros; e ficaram eles pendentes dos madeiros até à tarde. 27Ao pôr-do-sol, deu Josué ordem que os tirassem dos madeiros; e lançaram-nos na cova onde se tinham escondido e, na boca da cova, puseram grandes pedras que ainda lá se encontram até ao dia de hoje. 28No mesmo dia, tomou Josué a Maquedá e a feriu à espada, bem como ao seu rei; destruiu-os totalmente e a todos os que nela estavam, sem deixar nem sequer um. Fez ao rei de Maquedá como fizera ao rei de Jericó. 29Então, Josué, e todo o Israel com ele, passou de Maquedá a Libna e pelejou contra ela. 30E o Senhor a deu nas mãos de Israel, a ela e ao seu rei, e a feriu à espada, a ela e todos os que nela estavam, sem deixar nem sequer um. Fez ao seu rei como fizera ao rei de Jericó. 31Então, Josué, e todo o Israel com ele, passou de Libna a Laquis, sitiou-a e pelejou contra ela; 32e o Senhor deu Laquis nas mãos de Israel, que, no dia seguinte, a tomou e a feriu à espada, a ela e todos os que nela estavam, conforme tudo o que fizera a Libna. 33Então, Hoão, rei de Gezer, subiu para ajudar Laquis; porém Josué o feriu, a ele e o seu povo, sem deixar nem sequer um. 34E Josué, e todo o Israel com ele, passou de Laquis a Eglom, e a sitiaram e pelejaram contra ela; 35e, no mesmo dia, a tomaram e a feriram à espada; e totalmente destruíram os que nela estavam, conforme tudo o que fizeram a Laquis. 36Depois, Josué, e todo o Israel com ele, subiu de Eglom a Hebrom, e pelejaram contra ela; 37e a tomaram e a feriram à espada, tanto o seu rei como todas as suas cidades e todos os que nelas estavam, sem deixar nem sequer um, conforme tudo o que fizeram a Eglom; e Josué executou a condenação contra ela e contra todos os que nela estavam. 38Então, Josué, e todo o Israel com ele, voltou a Debir e pelejou contra ela; 39e tomou-a com o seu rei e todas as suas cidades e as feriu à espada; todos os que nelas estavam, destruiu-os totalmente sem deixar nem sequer um; como fizera a Hebrom, a Libna e a seu rei, também fez a Debir e a seu rei. 40Assim, feriu Josué toda aquela terra, a região montanhosa, o Neguebe, as campinas, as descidas das águas e todos os seus reis; destruiu tudo o que tinha fôlego, sem deixar nem sequer um, como ordenara o Senhor, Deus de Israel. 41Feriu-os Josué desde Cades-Barnéia até Gaza, como também toda a terra de Gósen até Gibeão. 42E, de uma vez, tomou Josué todos estes reis e as suas terras, porquanto o Senhor, Deus de Israel, pelejava por Israel. 43Então, Josué, e todo o Israel com ele, voltou ao arraial em Gilgal.
11:1Tendo Jabim, rei de Hazor, ouvido isto, enviou mensageiros a Jobabe, rei de Madom, e ao rei Sinrom, e ao rei Acsafe, 2e aos reis que estavam ao norte, na região montanhosa, na Arabá, ao sul de Quinerete, nas planícies e nos planaltos de Dor, do lado do mar, 3aos cananeus do oriente e do ocidente: aos amorreus, aos heteus, aos ferezeus, aos jebuseus nas montanhas e aos heveus ao pé do Hermom, na terra de Mispa. 4Saíram, pois, estes e todas as suas tropas com eles, muito povo, em multidão como a areia que está na praia do mar, e muitíssimos cavalos e carros. 5Todos estes reis se ajuntaram, e vieram, e se acamparam junto às águas de Merom, para pelejarem contra Israel. 6Disse o Senhor a Josué: Não temas diante deles, porque amanhã, a esta mesma hora, já os terás traspassado diante dos filhos de Israel; os seus cavalos jarretarás e queimarás os seus carros. 7Josué, e todos os homens de guerra com ele, veio apressadamente contra eles às águas de Merom, e os atacaram. 8O Senhor os entregou nas mãos de Israel; e os feriram e os perseguiram até à grande Sidom, e até Misrefote-Maim, e até ao vale de Mispa, ao oriente; feriram-nos sem deixar nem sequer um. 9Fez-lhes Josué como o Senhor lhe dissera; os seus cavalos jarretou e os seus carros queimou. 10Nesse mesmo tempo, voltou Josué, tomou a Hazor e feriu à espada o seu rei, porquanto Hazor, dantes, era a capital de todos estes reinos. 11A todos os que nela estavam feriram à espada e totalmente os destruíram, e ninguém sobreviveu; e a Hazor queimou. 12Josué tomou todas as cidades desses reis e também a eles e os feriu à espada, destruindo-os totalmente, como ordenara Moisés, servo do Senhor. 13Tão-somente não queimaram os israelitas as cidades que estavam sobre os outeiros, exceto Hazor, a qual Josué queimou. 14E a todos os despojos destas cidades e ao gado os filhos de Israel saquearam para si; porém a todos os homens feriram à espada, até que os destruíram; e ninguém sobreviveu. 15Como ordenara o Senhor a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué; e assim Josué o fez; nem uma só palavra deixou de cumprir de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés. 16Tomou, pois, Josué toda aquela terra, a saber, a região montanhosa, todo o Neguebe, toda a terra de Gósen, as planícies, a Arabá e a região montanhosa de Israel com suas planícies; 17desde o monte Halaque, que sobe a Seir, até Baal-Gade, no vale do Líbano, ao pé do monte Hermom; também tomou todos os seus reis, e os feriu, e os matou. 18Por muito tempo, Josué fez guerra contra todos estes reis. 19Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeão; por meio de guerra, as tomaram todas. 20Porquanto do Senhor vinha o endurecimento do seu coração para saírem à guerra contra Israel, a fim de que fossem totalmente destruídos e não lograssem piedade alguma; antes, fossem de todo destruídos, como o Senhor tinha ordenado a Moisés. 21Naquele tempo, veio Josué e eliminou os anaquins da região montanhosa, de Hebrom, de Debir, de Anabe, e de todas as montanhas de Judá, e de todas as montanhas de Israel; Josué os destruiu totalmente com as suas cidades. 22Nem um dos anaquins sobreviveu na terra dos filhos de Israel; somente em Gaza, em Gate e em Asdode alguns subsistiram. 23Assim, tomou Josué toda esta terra, segundo tudo o que o Senhor tinha dito a Moisés; e Josué a deu em herança aos filhos de Israel, conforme as suas divisões e tribos; e a terra repousou da guerra.
12:1São estes os reis da terra, aos quais os filhos de Israel feriram, de cujas terras se apossaram dalém do Jordão para o nascente, desde o ribeiro de Arnom até ao monte Hermom e toda a planície do oriente: 2Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom e dominava desde Aroer, que está à beira do vale de Arnom, e desde o meio do vale e a metade de Gileade até ao ribeiro de Jaboque, limite dos filhos de Amom; 3desde a campina até ao mar de Quinerete, para o oriente, e até ao mar da Campina, o mar Salgado, para o oriente, pelo caminho de Bete-Jesimote; e desde o sul abaixo de Asdote-Pisga. 4Como também o limite de Ogue, rei de Basã, que havia ficado dos refains e que habitava em Astarote e em Edrei; 5e dominava no monte Hermom, e em Salca, e em toda a Basã, até ao limite dos gesuritas e dos maacatitas, e metade de Gileade, limite de Seom, rei de Hesbom. 6Moisés, servo do Senhor, e os filhos de Israel feriram a estes; e Moisés, servo do Senhor, deu esta terra em possessão aos rubenitas, aos gaditas e à meia tribo de Manassés. 7São estes os reis da terra aos quais Josué e os filhos de Israel feriram daquém do Jordão, para o ocidente, desde Baal-Gade, no vale do Líbano, até ao monte Halaque, que sobe a Seir, e cuja terra Josué deu em possessão às tribos de Israel, segundo as suas divisões, 8a saber, o que havia na região montanhosa, nas planícies, na Arabá, nas descidas das águas, no deserto e no Neguebe, onde estava o heteu, o amorreu, o cananeu, o ferezeu, o heveu e o jebuseu: 9o rei de Jericó, um; o de Ai, que está ao lado de Betel, outro; 10o rei de Jerusalém, outro; o rei de Hebrom, outro; 11o rei de Jarmute, outro; o de Laquis, outro; 12o rei de Eglom, outro; o de Gezer, outro; 13o rei de Debir, outro; o de Geder, outro; 14o rei de Horma, outro; o de Arade, outro; 15o rei de Libna, outro; o de Adulão, outro; 16o rei de Maquedá, outro; o de Betel, outro; 17o rei de Tapua, outro; o de Héfer, outro; 18o rei de Afeca, outro; o de Lasarom, outro; 19o rei de Madom, outro; o de Hazor, outro; 20o rei de Sinrom-Merom, outro; o de Acsafe, outro; 21o rei de Taanaque, outro; o de Megido, outro; 22o rei de Quedes, outro; o de Jocneão do Carmelo, outro; 23o rei de Dor, em Nafate-Dor, outro; o de Goim, em Gilgal, outro; 24o rei de Tirza, outro; ao todo, trinta e um reis.
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