quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Daniel 7.15-28 (Através da Bíblia)

Daniel 7.15-28
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Você sabe que um dos objetivos do nosso programa é estudarmos detalhadamente a Bíblia Sagrada, pois cremos que ela nos revela toda a vontade de Deus e, nos mostra como Deus quer que vivamos para agradá-lo. Para que possamos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus é necessário conhecê-la e, só através do estudo bíblico conseguimos atingir esse alvo. Estamos dando seqüência aos estudos na parte apocalíptica do livro de Daniel e hoje concluiremos o estudo do capítulo sete, onde encontraremos a interpretação da visão que Deus concedeu a Daniel. Essas visões apocalípticas devem nos fazer refletir sobre nossa vida, aqui e agora, tendo em vista que no futuro enfrentaremos o julgamento de nossa vida e, por isso, podemos afirmar com certeza que, teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente esse estudo da Palavra de Deus. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente isso que o nosso irmão Darlan fez, enviando-nos um e-mail da cidade de Fortaleza, capital do Ceará. Foram essas as palavras da sua mensagem: “Graça e paz, Sou ouvinte da BBN - Programa através da Bíblia via Net em Fortaleza. Meu nome é Darlan. Sou Professor de Teologia, Ciências da Religião e Pastor. Deixo meu site para consulta e uso do material de minha autoria de graça aos amados.” Darlan Lima – Fortaleza – CE – email. Prezado irmão, querido amigo obrigado por seu e-mail e obrigado pela disponibilização dos seus materiais. Damos graças a Deus por esse ministério e esperamos que ele seja uma bênção nas vidas daqueles que o procurarem. Querido colega, como lhe respondi pelo e-mail, já passei essa informação para os meus alunos e ele ficaram muitos gratos por terem mais uma fonte de pesquisa para os seus estudos. Na verdade, esse é o nosso objetivo. Desejamos que através desse programa alcancemos três objetivos: 1) que as nossas vidas glorifiquem cada dia mais a Deus; 2) que muitos irmãos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais maduro e equilibrado, e, 3) que muitos amigos percebam a necessidade que têm e encontrem a salvação em Jesus Cristo. Muito obrigado por suas palavras de incentivo, e eu repito novamente o seu site para que outros tantos possam acessá-lo: www.discipuladosemfronteiras.com Agora, quero convidá-lo àquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Como tu conheces a necessidade de cada um de nós, Pai buscamos a iluminação do teu Espírito. Senhor necessitamos ouvir a tua voz. Obrigado pela preciosa salvação em Jesus. Fale conosco pela tua palavra. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo hoje nosso objetivo é concluirmos o estudo do capítulo sete de Daniel. Vamos estudar hoje o texto de Dn 7.15-28. Nesse texto conforme mencionamos anteriormente encontramos a própria interpretação divina do sonho que Daniel teve relativo aos quatro animais que simbolizavam os quatro impérios mundiais que existiriam até que chegasse, na plenitude dos tempos (Gl 4.4) o rei eterno que inauguraria o reino de Deus, reino eterno e que duraria e durará para todo o sempre. Neste texto que vamos tratar especificamente do significado e do simbolismo dessas figuras devemos atentar para a interpretação correta. E ela vem apenas de uma fonte. A fonte divina, que permitiu a própria visão ao profeta Daniel. Para esse texto o titulo que mais se adéqua é:
A interpretação divina do futuro
Dn 7.15-28
Introdução
Querido amigo você sabe que intenção destes estudos é ajudar a cada um de vocês que nos ouvem freqüentemente a adquirir uma compreensão básica do significado dos livros bíblicos e especificamente desse livro de Daniel e sua literatura apocalíptica. Quando não encontrarmos informações históricas para explicar o sentido de algum aspecto de uma profecia, ainda respeitaremos a veracidade da palavra de Deus acima dos registros dos historiadores, pois, Deus que inspirou os autores bíblicos é que tem capacidade para interpretá-la, e, é através da própria Bíblia que a interpretamos. Lembre-se que esse é um dos princípios básicos da hermenêutica. E exatamente por isso, é possível entendermos que o princípio que esse texto nos oferece pode ser assim apresentado:
Somente Deus que tem o controle da história em suas mãos pode interpretar antecipadamente o futuro.
Neste texto encontramos cinco detalhes da interpretação que antecipadamente nos revela o futuro.
O 1º detalhe da interpretação refere-se a reação humana diante da visão, vs. 15-16
1. A reação humana diante das revelações divinas é alarmar-se pelo futuro que virá, vs.15
2. A reação humana diante das revelações divinas é perturbar-se e não entender, vs. 15
3. A reação humana diante das revelações divinas é buscar entendimento em Deus, vs. 16
Nesses versos 15-16, Daniel afligiu-se no espírito e pediu uma interpretação dessa tremenda visão. Provavelmente um anjo e não o Filho do Homem que apareceu no verso 13 é que veio interpretar. Foi explicado a Daniel que estes quatro animais eram quatro reinos que futuramente se levantariam poderosos sobre a face da terra. Certamente, quando queremos entender e aplicar a Palavra de Deus às nossas vidas, devemos pedir a iluminação do Espírito Santo. Você tem lido a Bíblia e a tem estudado pedindo o discernimento espiritual?
O 2º detalhe da interpretação refere-se a descrição compacta da visão, vs. 17-18
1. A descrição compacta da visão mostra a seqüência dos futuros reinos mundiais, vs. 17
2. A descrição compacta da visão mostra que os santos do Altíssimo receberão o reino, vs.18
3. A descrição compacta da visão mostra que os santos herdarão o reino para sempre, vs. 18
No verso 17 a mensagem esclarece para Daniel que os quatro animais eram símbolos de quatro grandes impérios que surgiriam. Incluindo o reino o império daqueles dias, a Babilônia reinou de 626 a 539 aC. A Pérsia reinou de 539 a 330 aC. A Grécia reinou de 330 a 63 aC. Roma reinou de 63 aC., a 476 dC.
A declaração do verso 18 nos encoraja e nos anima, pois os santos receberão o reino e o possuirão para todo o sempre (cf. 7:22,27), demonstrando que grandes privilégios serão desfrutados pelos seguidores do Messias na era do seu reino (conf. Mt 19.28-29; Lc 22.29-30; Ap 1.6; 20.4-6). O que você deve saber é se você já participa desse reino!
O 3º detalhe da interpretação refere-se a especificação do quarto animal, vs. 19-22
1. A especificação do 4º animal mostra a sua natureza terrível e destruidora, vs. 19
2. A especificação do 4º animal mostra que o pequeno chifre era forte e insolente, vs. 20
3. A especificação do 4º animal mostra que o pequeno chifre batalha contra os santos até a intervenção de Deus Pai, vs. 21-22
Nesses versos 19-22, foi dada a explicação com respeito à batalha travada pelo quarto animal contra o reino de Deus (veja Apocalipse 13:6-7). Nos dias do império romano, a igreja foi colocada sob a prova mais severa de toda a história. A perseguição foi causada não somente pela falsa religião, mas era apoiada pelo poder político de um império mundial! Quando o império romano caiu, não houve outro império mundial dominado por uma nação. O verso 22 diz que o Ancião de Dias fez justiça aos santos passando a mensagem de que o pequeno chifre, isto é, o Anticristo poderá dominar até o limite que Deus lhe permitir. Depois disso o reino será os santos, de todas as nações e, do seu Cristo. O reino de Cristo é mundial por natureza (Marcos 16:15-16), e permanecerá para sempre. Espero encontrá-lo lá nessa ocasião gloriosa.
O 4º detalhe da interpretação refere-se a explicação sobre o pequeno chifre, vs. 23-27
1. O pequeno chifre do 4º animal será um poder mundial destruidor, vs. 23
2. O pequeno chifre do 4º animal além das insolências ditas, mudará tempos e dias e os santos lhe serão entregues, vs. 24-25
3. O pequeno chifre do 4º animal será julgado, condenado e os reinos da terra serão dados aos santos, o povo do Altíssimo, vs. 26-27
Nos versos 23-24, é incerto que os dez reis sejam uma expressão literal. É provável que signifique simplesmente “o número completo ou pleno.” Em relação ainda aos 10 chifres embora alguns os interpretem como dez nações que se formaram a partir da dissolução do império romano, outros estudiosos entendem que os dez chifres só aparecerão no futuro, quando uma liga de dez nações, ou dez blocos de nações, desafiará o poder e a autoridade de Deus. Por isso, não se pode arbitrariamente determinar quem é o chifre menor, nem quem são os três que foram destruídos. Houve períodos quando Roma esteve em paz com a igreja, mas houve mais do que um rei que forçou a adoração ao imperador e perseguiu aqueles que se recusavam a curvar-se a eles. Talvez este chifre menor signifique a disparidade entre os dominadores.
Com base no verso 25, percebemos que a blasfêmia do pequeno chifre, do Anticristo, contra o Altíssimo será forte. De fato, é lhe dado poder contra os santos por “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. Isto corresponde a Apocalipse 12:14 como o período em que a mulher (a igreja ou a totalidade do povo de Deus) foi alimentada pelo Senhor, quando ela teve que fugir para o deserto. Representa um período de 3 anos e meio, um tempo quebrado, mas curto. É também igual a 1260 dias (Apocalipse 11:3; 12:6), ou os 42 meses (Apocalipse 11:2; 13:5), e tudo isto descreve este mesmo período de severa perseguição.
Porém, finalmente, nos versos 26-27, o julgamento recai contra o chifre menor e seu reino chega ao fim (cf. Apocalipse 19:19-21). Os santos foram vitoriosos ao enfrentarem o mal. A causa pela qual muitos tinham morrido foi vingada. E, como o reino permaneceu, assim também aqueles que tinham morrido sempre “reinarão”. O período descrito em Apocalipse 20 como “os mil anos” parece ser o período descrito em Daniel 7:18,22,27 como o tempo em que “os santos possuíram o reino”. O reino de Deus agüentou a prova feita pelo império romano. Ele continuará a permanecer durante um período de tempo pleno, completo (10 x 10 x 10 = 1.000). Nem Satanás nem qualquer outra força pode levá-lo ao fim, mas somente na plenitude do tempo Deus concluirá os eventos deste mundo (2 Pedro 3:9-13).
O 5º detalhe da interpretação refere-se a atitude humana diante das explicações, vs. 28
1. A atitude humana diante das revelações divinas mostra os seus limites, vs. 28a
2. A atitude humana diante das revelações divinas mostra a perplexidade, vs. 28b
3. A atitude humana sábia ante as revelações divinas é conferi-las no seu coração, vs. 28c
Nesse verso final do capítulo 28 encontramos a reação de Daniel, as atitudes de Daniel frente à essa visão tão impactante. O ser humano tem limites para entender a Deus e por isso algumas vezes não tem mais condições de continuar no assunto. Os mistérios divino não apenas mexem com nossas mentes, mas impactam o nosso físico também. Mas, certamente, os mistérios de Deus devem ser aprendidos por nós e devem merecer as nossas melhores considerações, as nossas mais profundas reflexões. E esse é o meu desejo para você. Que a partir desses programas você tenha coragem de se debruçar sobre a Bíblia para estudá-la, compreendê-la, praticá-la, preparando-se para esse momento final da história humana.
Antes de concluirmos esse estudo é necessário darmos algumas ...
Explicações importantes para os símbolos
Em primeiro lugar precisamos identificar os reinos que aparecem nas diversas profecias. Quando identificados e comparados a partir dos seguintes textos: Daniel 2; Daniel 7; Daniel 8; e, Apocalipse 13 entendemos que:
1) No capítulo 2, a cabeça de ouro; no capítulo 7, o leão; em Apocalipse 13.2, a boca como de leão simbolizam o império babilônico.
2) No capítulo 2, o peito e os braços de prata; no capítulo 7, o urso; no capítulo 8, o carneiro, em Apocalipse 13.3, os pés como de urso, simbolizam o império medo-persa.
3) No capítulo 2, o ventre e os quadris de bronze; no capítulo 7, o leopardo; no capítulo 8, o bode; em Apocalipse 13. 2, a besta semelhante ao leopardo, simbolizam o império grego.
4) No capítulo 2, as pernas de ferro; no capitulo 7, os dentes de ferro; em Apocalipse 13.1, uma besta com dez chifres, simbolizam o império romano.
Desses 10 chifres, ou dez reinos, um reino (um império mundial) surgirá e pelejará contra os santos (Dn 7:25; Ap 13:7), mas o reino de Deus permanece para sempre! (conf. Dn 2:44-45; 7:18,22,27; Ap 13:9-10,18; 19:15-21).
Em segundo lugar precisamos identificar as expressões “tempo, tempos e metade de um tempo” que aparecem nas diversas profecias. Quando identificados e comparados a partir dos seguintes textos: Daniel 7; Daniel 12; e, Apocalipse 12.14 entendemos que:
1) Em Daniel 7.25: um tempo, dois tempos e metade de um tempo, simbolizam 1 ano + 2 anos + meio ano, que são: três anos e meio.
2) Em Apocalipse 11.3 e 12.6 “1260 dias” simbolizam os três anos e meio.
3) Em Apocalipse 11.2 e 13.5 “42 meses” simbolizam os três anos e meio.
Este é o período de tempo quando a mulher foge para o deserto e o povo de Deus estará sob a extrema prova de sua fé. Será o reino capaz de permanecer? Depois deste período, a resposta é clara: “os santos possuirão o reino”!
Em terceiro lugar precisamos compreender o domínio de Cristo como Rei, tendo por base o texto de Atos 2:31-36
Quando lemos no Novo Testamento que o reino de Deus chegou e está entre nós, conforme as palavras de Jesus (Mt 12.28) e quando lemos as palavras do autor do livro aos Hebreus, confirmando que Jesus veio destruir, veio derrotar o diabo (Hb 2.14) devemos entender que haverá um momento na história em que os santos possuirão o reino, conforme lemos neste capítulo sete de Daniel, nos versos 18, 22, e 27, que alguns interpretam como o milênio, que só Deus sabe quando começa e quando termina. Segundo essa linha de interpretação, logo no final desse tempo, Satanás será solto e fará uma rebelião, uma batalha, a do Armagedom.
Quando associamos essas verdades a outros textos entendemos que haverá por fim o grande julgamento (Mt 25:31-46), e então haverá a separação final, conforme as palavras do próprio Jesus registradas por João (conf. Jo 5:28-29).
Conclusão
Ao concluirmos o nosso estudo temos que fazer três considerações com base em Motyer (1985, p137-143):
1. Ao invés de ficarmos preocupados em querer adivinhar quando acontecerão esses eventos e quem será este ou aquele personagem devemos perceber que essas profecias podem ser um tipo de guia para os nossos e para os tempos futuros, se tivermos disposição de observar e conservar a perspectiva que o próprio texto nos oferece. Por isso, se nos voltarmos para o texto entenderemos que ele nos adverte quanto ao possível surgimento, vez por outra, de um único e grande governo animalesco (vs. 19), procurando dominar exclusivamente pela possessão e força bruta (vs. 20), a qual será empregada com presunção e autoconfiança (vs. 20), com o objetivo de introduzir alterações nas leis e nas tradições honradas durante longos anos, baseadas em costumes profundamente arraigados e plenamente aceitos por toda a humanidade (vs. 25). Um exemplo dessa mudança de leis secularmente aceitas estamos vendo crescer em diversos países a aceitação da lei que autoriza o casamento homossexual, o casamento de pessoas do mesmo sexo.
2. Sem quereremos achar ou adivinhar as datas dos acontecimentos, cuidando para não nos precipitarmos em nossos posicionamentos, temos que ficar atentos aos sinais dos tempos. Enquanto a vitória do Filho do Homem não se concretiza na história, e, as forças demoníacas ainda não foram destruídas e ainda têm algum poder para causar devastação e tragédia, a melhor maneira de nos comportarmos durante o tempo que se chama “Hoje” (Hb 3.12-13) é lutarmos em oração e jejum, vigiando com temor e tremor (Ef 6.12; 1Pe 5.8). Pelo fato do inimigo ter sido expulso do céu, temos que ter consciência de que ele está sobre a terra atormentando e induzindo os homens ao pecado. É por isso a palavra diz: ... festejai, ó céus, e vós os que nele habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta (Ap 12.12). O mal existente na terra ainda tem o poder de possuir e controlar indivíduos, instituições e comunidades, de tal maneira que nunca podemos nos esquecer da advertência: vigiai e orai!
3. Porém, por outro lado, devemos perceber que nesse próprio texto (conf. vs. 18, 22 e 27) é enfatizada claramente a vitória do Filho do Homem e dos seus santos sobre o diabo no tempo final. Essa verdade deve nos encher de alegria e expectativa de um futuro abençoado.
Minha oração é que você tenha certeza de participar com Cristo desse momento vitorioso.
O Senhor te abençoe. Até o próximo programa.

© 2014 Através da Biblia

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