terça-feira, 23 de setembro de 2014

Daniel 2.1-23 (Através da Bíblia)

Daniel 2.1-23
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com grande alegria que novamente reservamos esses 30 minutos para expormos a Palavra de Deus com o propósito de estudarmos cada um dos livros bíblicos com profundidade e abertura de mente e coração para adequarmos as nossas vidas à vontade do Pai. Somos gratos a Deus pelo privilégio de podermos conhecer mais o seu querer para as nossas vidas, pois a sua vontade é boa, agradável e perfeita. Por isso quero incentivá-lo a essa prática, pois o alvo desse programa é estudar toda a Bíblia aplicando-a em nossas vidas. E, por falar nisso quero relembrá-los que ainda está em tempo de você convidar alguns amigos, alguns irmãos da igreja ou alguns parentes seus para estudarem comigo esse livro tão precioso que revela o plano de Deus para o nosso futuro. Teremos ainda mais dezessete estudos, com temas muito importantes para o desenvolvimento de nossa vida cristã. Agora, quero aproveitar a oportunidade para agradecer a você que nos escreveu compartilhando sobre o sobre a sua vida pessoal e ministerial. Hoje, por exemplo, registramos o e-mail que a Claudete, nos enviou de Curitiba, com a seguinte mensagem: “Bom dia Pr. Itamir!! Muito obrigada pela suas palavras e orientações, Deus o abençoe ricamente e que através de seus ensinamentos muitas pessoas possam conhecer a Verdade que é e que esta em Cristo Jesus.Graça e Paz!” Claudete Alberti - email. Prezada irmã Claudete, obrigado por suas palavras de incentivo e encorajamento. Louvamos a Deus, pois só ele nos conduz ao conhecimento da verdade através do seu Espírito Santo, o Espírito da Verdade. O meu desejo é esse, que muitos ouçam a verdade da Palavra de Deus e tenham suas vidas transformadas. Eu oro para que isso aconteça o mais rapidamente possível. Quando temos Jesus, a nossa vida é transformada, e mesmo passando por situações difíceis e complicadas experimentamos a sua presença e o seu consolo. Por isso oramos pedindo que a cada dia o Senhor use o programa como um veículo da sua graça e misericórdia para alcançar a todos que nos ouvem. Agora quero convidá-la exatamente para orarmos. Vamos orar, vamos orar por você e sua família, por todos os que nos dão o privilégio de sua audiência, oremos pelo programa de hoje, pedindo que Deus fale com cada um de nós e, vamos orar também por esse projeto pedindo que Deus nos dê forças para concluí-lo com êxito. “Pai querido, chegamos à tua presença no nome de Jesus Cristo. Por teu amor, graça e misericórdia te agradecemos. E, baseados na tua bondade colocamos os nossos pedidos diante do Senhor. Tu conheces as necessidades de todos nós que te procuramos agora. Pedimos a tua bênção de proteção e consolo para nós e nossas famílias. Pedimos que o senhor supra todas as necessidades, conforme a tua vontade. E, quanto a nós, pedimos que o senhor fale conosco hoje através da tua Palavra e conceda-nos o privilégio de levar esse projeto adiante, na tua força e dependência. Oramos, gratos, em nome de Jesus, Amém!

Querido amigo hoje o nosso alvo é iniciarmos o estudo do texto do capítulo dois de Daniel. Vamos estudar Dn 2.1-23 e no próximo programa vamos estudar a parte final deste capítulo.
Neste capítulo encontramos uma das passagens mais impressionantes desse livro, pois nos relata a interpretação do sonho que Nabucodonosor tivera. E o destaque que se faz é que esse sonho revelaria o futuro da história humana aproximadamente pelo próximo milênio, a partir daquela data.
Deus tinha concedido dons especiais, condições especiais de vida a Daniel e seus três amigos, porém a Daniel, Deus concedera algo além desses dons especiais. Conforme lemos no capítulo um, Deus foi generoso com Daniel, pois ele seria usado de forma diferenciada. Lemos o texto: Ora, a estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda a cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos (Dn 1.17).
Será que Daniel ficou orgulhoso por ter sido agraciado com essas capacitações além das concedidas aos seus amigos? Será que Daniel desprezou os seus amigos e os outros jovens hebreus que também tinham sido exilados? Podemos afirmar com segurança que isso não ocorreu. Pelo caráter de Daniel, que podemos perceber quando estudamos o livro por completo, certamente, Daniel não teve uma atitude petulante e arrogante. Provavelmente, com a experiência de ter sido levado para o exílio, Daniel, sabia que Deus tinha o poder e o controle de todas as circunstâncias de nossas vidas. Portanto, Daniel sabia que aquela capacitação especial recebida tinha um objetivo, tinha um alvo que Deus revelaria no momento adequado.
Embora saibamos que os judeus estavam no exílio porque tinham se desviado das leis do Senhor; embora saibamos que a disciplina do exílio era conseqüência da incredulidade do povo em não crer mais nas promessas de Deus; e, embora saibamos que o povo tinha trocado a crença em Deus pelas superstições que envolviam a cidade de Jerusalém e o templo, que eles acreditavam que lhes garantia a segurança contra os ataques dos inimigos, sabemos que mesmo sendo um povo de coração fechado, ouvidos surdos e cerviz dura (cf. Is 48), Deus poderia usar o seu povo, como nação, ou poderia usar indivíduos do povo para que as outras nações soubessem quem era Deus e lhe rendessem glória.
Muito bem, estando já na Babilônia, tendo ultrapassado a experiência daquele tempo de preparo (conforme o capítulo um), chegou a ocasião especial onde Deus usaria Daniel, e, seus amigos, com as capacitações especiais recebidas, para que ele mesmo, o próprio Deus fosse glorificado e o seu nome fosse honrado entre os gentios. Esse era o momento adequado.
O grande Nabucodonosor, o todo poderoso, o rei de reis, o “senhor do mundo”, teve uma noite mal dormida, pois teve um sonho que era um verdadeiro pesadelo. Talvez num dos momentos de esplendor, numa festa de comemoração, numa celebração com os demais do seu reino, tendo jantado os mais finos manjares, tendo bebido as mais finas bebidas, esperando ter uma noite tranqüila e sossegada, o grande imperador tem um pesadelo que lhe tirou a paz, que o deixou perturbado a ponto de não poder dormir mais. Mas é interessante que a falta de paz do imperador trouxe como conseqüência a falta de paz para a corte e especificamente para os magos e sábios do império babilônico. Diante do ocorrido o rei queria e ordenou que os seus sábios e magos exercessem suas funções e satisfizessem o seu pedido, ou melhor, a sua ordem. O rei ordenou que os sábios lhe revelassem o que ele sonhara e lhe revelassem também a interpretação do sonho.
Imagine você. Era uma tarefa praticamente impossível, como disseram os sábios. Dar uma interpretação de um sonho, até que é possível, para alguns. Mas, saber o que alguém sonhou e depois interpretar esse sonho, você deve convir comigo, que parece ser uma tarefa impossível para qualquer ser humano.
E, exatamente, essa era a ocasião onde Deus usaria esse dom especial que tinha concedido a Daniel, para que o seu nome fosse honrado entre os gentios. O rei não entendera o seu sonho ou o seu pesadelo. Os sábios não tinham a revelação do sonho ou pesadelo e não sabiam qual a interpretação. Quem poderia resolver a situação? Somente alguém especial, somente alguém que tivesse contato direto com Deus poderia revelar esse segredo, que certamente, fora dado por Deus a Nabucodonosor, mostrando-lhe os seus divinos planos para os reinos do mundo.
Provavelmente orgulhoso pelo seu poder, arrogante pelas suas conquistas e soberbo pelas suas riquezas e vitórias, Nabucodonosor teve através desse sonho, pesadelo, a revelação de que a glória dos reinos humanos é passageira. Daniel, o servo de Deus é quem traria essa revelação.

O título para o nosso estudo é, pois:

A revelação dos segredos divinos - Dn 2.1-23

Introdução

Como vai a sua vida de comunhão com Deus? Você tem intimidade com ele? Como você tem desenvolvido o seu relacionamento com Deus? A Bíblia é clara em dizer que Deus revela seus segredos para aqueles que confiam e vivem de acordo com os seus princípios. No capítulo 48 de Isaias, registrado um pouco mais de um século antes, Deus repreendeu a infidelidade do povo, dizendo que não revelava seus planos antecipadamente, pois eles agiam perfidamente (Is 48.1-8). E, foi no livro do profeta Jeremias, que atuou nas mesmas décadas em que atuou Daniel, que está registrado um texto muito conhecido por todos nós: Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes (Jr 33.3). Sim! O nosso Deus é maravilhoso por isso também. Embora seja Deus, ele se revela à nós e revela os seus planos para nos confortar, nos encorajar e nos incentivar. Deus, porém, revela seus segredos para aqueles que nele acreditam, para aqueles que crêem no seu poder controlador de toda a história humana. Nesses versos, alvo do nosso estudo, encontramos esse princípio que pode e deve ser vivenciado por nós. Em resumo, essa é a mensagem do texto para nós:
Somente os que crêem em Deus obtém como resposta a revelação dos segredos divinos.

Nesses versos encontramos cinco atitudes dos homens diante dos segredos divinos:

A 1ª atitude dos homens diante dos segredos divinos se vê na intranqüilidade dos poderosos, vs.1-3
1. Mesmo sendo poderoso o homem enfrenta o desasossego da alma, vs. 1
2. Mesmo sendo poderoso o homem procura ajuda em quem não pode ajudar, vs. 2
3. Mesmo sendo poderoso o homem perturbado expõe sua vulnerabilidade interior, vs. 3
Nesses versos iniciais temos o relato de Nabucodonosor pedindo aos sábios que lhe revelassem seu sonho e a sua interpretação.

2:1, Os críticos se referem a esta data do “segundo ano do reinado de Nabucodonosor” como prova de que o livro não foi inspirado porque, dizem eles, Daniel, por este tempo, não poderia ter terminado seus três anos de preparação. Mas, de acordo com o sistema babilônio de contagem, o segundo ano de Nabucodonosor seria realmente seu terceiro ano no trono, desde que um ano não seria contado enquanto não se completasse (veja 1:1). Portanto, isto não contradiz a possibilidade do sonho ter ocorrido no fim do “segundo ano” de Nabucodonosor, e que Daniel assim interpretou o sonho logo que ele tivesse completado seu terceiro ano de preparação. Outra explicação plausível é que Daniel e seus três amigos estavam ainda em preparação, mas bastante avançados para serem contados entre os sábios, 2:14-18,24-28.

2:2-3, Mágicos, astrólogos, feiticeiros e caldeus representam todos os tipos de sábios na Babilônia. Ainda que Caldeia literalmente descrevesse o território ao sul da Babilônia, o termo “caldeus” chegou a representar a nata da sociedade babilônia, homens de grande conhecimento que influenciaram os negócios políticos e religiosos do reino.
Foi a esses sábios que Nabucodonosor recorreu em primeiro lugar, revelando-lhe um coração perturbado. A intranqüilidade descreve o homem sem Deus. A Bíblia afirma que para o ímpio não há paz (Is 48.22; 57.21). Essa é a dura realidade que vive o homem sem Deus, mesmo que seja muito poderoso.

A 2ª atitude dos homens diante dos segredos divinos se vê na insensatez da sabedoria dos sábios, 4-9
1. A sabedoria dos sábios é dissimuladora, vs. 4
2. A sabedoria dos sábios é desafiada a comprovar sua sabedoria, vs. 5-7
3. A sabedoria dos sábios é prova de que a sabedoria humana não passa de loucura, vs. 8-9
Diante do desafio, os sábios perguntaram primeiro sobre o sonho para que pudessem interpretá-lo, 2:4-13.

2:4, Começando neste versículo e continuando até 7:28, os manuscritos existentes de Daniel são escritos em aramaico (siríaco). Todo o restante do livro é escrito em hebraico (conforme mencionamos na introdução). O aramaico era a língua predominante falada no reino e foi adotada até pelos exilados judeus, que continuaram a falá-la quando retornaram à Palestina.

2:5-6, O decreto do rei punha à prova a autenticidade destes sábios. Se tivessem realmente capacidade sobrenatural, eles poderiam revelar a Nabucodonosor tanto o sonho como a interpretação. Se pudessem fazer isso receberiam grande honra, mas se não pudessem, então morreriam.

2:7-9, Eles começaram a ganhar tempo repetindo o pedido para que o rei revelasse seu sonho. Nabucodonosor percebeu o seu estratagema de preparação de mentiras quando eles se detiveram algum tempo na esperança de que a situação pudesse mudar. Mas se recusou a alterar o seu decreto. Como se diz popularmente: “Palavra de rei não volta atrás”, principalmente quando o rei percebe que não está sendo ajudado por aqueles que deveriam ajudá-lo. Os homens sem Deus são assim mesmo, enganam e são enganados (2Tm 3.13), enganam e são desafiados a comprovarem suas verdades. Será que suas palavras tem sido completamente verdadeiras?

A 3ª atitude dos homens diante dos segredos divinos se vê na impossibilidade dos que não crêem, vs.10-11
1. A impossibilidade do que não crê é constatada diante dos desafios mais graves, vs. 10
2. A impossibilidade do que não crê tenta safar-se dos desafios mais graves, vs. 10
3. A impossibilidade do que não crê demonstra que o homem está distante de Deus, vs. 11
Nesses versos os sábios foram ousados e descreveram a exigência do rei como insensata e impossível de ser cumprida. Naturalmente, isto era admitir que eles eram embusteiros, era admitir que eles não tinham qualquer poder sobrenatural, não tinham qualquer relacionamento com alguma divindade que pudesse revelar o segredo do sonho de Nabucodonosor.
Ao admitirem a impossibilidade revelavam sua limitação, pois o homem sem Deus só consegue agir dentro dos parâmetros humanos.

A 4ª atitude dos homens diante dos segredos divinos se vê na inabalável segurança dos que crêem, vs. 12-16
1. A segurança dos que crêem é submetida à prova mais terrível, vs. 12-13
2. A segurança dos que crêem age com prudência e cautela, vs. 14-15
3. A segurança dos que crêem desafia as impossibilidades humanas, vs. 16
Nos versos12-13, vemos que Nabucodonosor enfureceu-se e emitiu o decreto para que os sábios fossem mortos. Mas, tal decreto incluía também Daniel e seus companheiros.
E, nos versos 14-16, Quando Arioque, o capitão dos algozes do rei, veio prender Daniel, ele lhe fez saber tudo o que tinha acontecido. Daniel, cheio de ousadia e confiança no Senhor Deus requereu ao rei que lhe desse tempo para estudar a situação, pois confiava que revelaria o sonho e sua interpretação ao rei. Essa, sem dúvida foi uma prova de fé. Algo que é impossível ao homem, só Deus pode fazer e, Daniel confiou que Deus o faria.

A 5ª atitude dos homens diante dos segredos divinos se vê na intrepidez respondida aos que crêem, vs. 17-23
1. A intrepidez respondida tem por base o pedido pela misericórdia divina, vs. 17-18
2. A intrepidez respondida vem da parte de Deus, de modo especial, vs. 19
3. A intrepidez respondida produz louvor e reconhecimento da grandeza de Deus, vs.20-23
O que vemos aqui é Daniel rendendo glória a Deus pela revelação do sonho, pois ele confiou, ele acreditou que Deus poderia revelar o sonho e a interpretação e isso aconteceu.

Conforme os versos 17-18, A fé de Daniel em Deus era inabalável. Ele tinha firme esperança que este segredo seria revelado, mas buscou seus três companheiros para juntarem-se a ele em orações a Deus, pedindo a revelação. A confiança não lhe permitiu esquecer sua dependência de Deus e nem a ajuda, o apoio dos seus amigos, dos seus parceiros de fé.

Nos versos 19-22, Daniel registra que o segredo do sonho foi revelado numa visão noturna e ele, agradecido, louvou o Deus do céu, o seu Deus. Ele adora a Deus com essas frases:
“Dele é a sabedoria e o poder” (Ele é absoluto em todos os seus caminhos).
“É ele quem muda o tempo e as estações.” (Ele é quem controla a natureza).
“Remove reis e estabelece reis.” (Deus é o soberano que estabelece ou derruba poderosos).
“Dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes” (É a fonte da sabedoria).
“Ele revela o profundo e o escondido” (É capaz de conhecer o futuro, ele faz o futuro).
“Com ele mora a luz” (Ele é a própria luz que é a vida; a luz que ilumina os homens)

2:23, Daniel agradeceu a Deus pela sabedoria e poder concedidos a ele. Qualquer êxito que tivesse com Nabucodonosor não seria por sua própria força, mas pela força e sabedoria de Deus, e Daniel humildemente reconhecia esse fato. Será que reconhecemos Deus assim?

Conclusão
Querido amigo, diante desse texto que aplicações podemos fazer para torná-lo relevante para nós? Creio que podemos mencionar essas três aplicações:
1. De nada adianta termos poder e riquezas. As nossas vidas são suscetíveis às perturbações.
2. A sabedoria humana e as mágicas humanas não passam de embuste e mentira quando comparadas com a sabedoria divina.
3. A fé é para quem tem coragem de crer, mesmo diante do impossível. Você crê assim?
Que o Senhor te abençoe nessa avaliação.
Um abraço e até o próximo programa.

© 2014 Através da Biblia

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