Imprimir 2 timóteo 1.3.18 20
Olá amigo estamos iniciando mais um programa da série Através da Bíblia e nos sentimos muito contentes por que você está nos dando o privilégio da sua audiência. Você que tem nos acompanhado durante essa nossa jornada diária sabe que já passamos de dois terços do nosso projeto que é estudar toda a Bíblia em cinco anos, em aproximadamente 1.300 programas e também publicar os comentários que fazemos a partir do programa. É um projeto desafiador, mas o Senhor tem nos abençoado e certamente nos dará condições de levarmos adiante o estudo da Sua Palavra. Parte da certeza de que estamos caminhando com segurança vem de vocês mesmos, que tem nos acompanhado desde o inicio. As correspondências que vocês nos enviam nos mostra que estamos caminhando na direção certa. E, nesse sentido eu registro o e-mail que a irmã Neusa nos enviou da cidade de Toledo no estado do Paraná. As suas palavras foram as seguintes: “Queria parabenizar a equipe da trans mundial pela excelente programação em especial, quero destacar: Através da Bíblia, Mostrando o Caminho, Conversando com Luiz Sayão, e outros programas. Estou aprendendo muito, e, louvo a Deus pelas suas vidas, vocês tem abençoado muitas vidas. Oro para que continuem sendo instrumentos de Deus para alcançar e edificar vidas.Deus abençoe.” Neuza T.Scheuer - Toledo PR – email. Querida irmã, obrigado pelo seu interesse em nosso programa e em nossa programação. Nós louvamos a Deus que tem usado este programa para atingir muitas vidas, levando-as ao conhecimento do evangelho de Jesus Cristo e também tem atingido irmãos fortalecendo-os e incentivando-os a se manterem compromissados com o nosso Senhor. Bendizemos o Senhor por sua graça e misericórdia em nos usar. Agora quero convidar você e a todos os que estão me ouvindo nessa hora a buscarmos a presença de Deus numa palavra de oração: “Pai querido chegamos à tua presença agradecidos pelo privilégio de podermos falar contigo e termos certeza que tu ouves as nossas orações. Queremos te pedir que, conforme a tua vontade o Senhor atenda o anseio que vai em todos os corações que te buscam nessa hora. Pedimos-te também a iluminação do Teu Espírito para essa hora de estudo e pedimos a tua bênção sobre todo o projeto de estudarmos a tua Palavra. Oramos em nome de Jesus Cristo, Amém! Querido amigo hoje o nosso alvo é estudarmos o trecho de 2Tm 1.3-2.2. Neste texto, nos versos 3 a 5 encontramos Paulo louvando a Deus pela vida de Timóteo. O texto bíblico tem essas palavras: 1.3 Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia. 1.4 Lembrado das tuas lágrimas estou ansioso por ver-te, para que eu transborde de alegria 1.5 pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti. Paulo se lembrava de Timóteo de uma maneira muito especial: 1) lembrava-se das lágrimas de Timóteo, provavelmente quando se despediram, indo Paulo para a Macedônia na sua quarta viagem, até a Espanha, deixando Timóteo em Éfeso (cf. 1Tm 1.3). 2) Paulo se lembrava de Timóteo da alegria que sentia quando estava junto com o seu filho espiritual, e por isso ansiava em vê-lo (4.9, 21). E, 3) Paulo se lembrava da fé de Timóteo, uma fé não fingida, uma fé sincera. Uma fé dada por Deus, fazendo de Timóteo aquele ministro em quem Paulo confiava dando testemunho do seu valor (cf. Fl 2.20). Ao introduzir as instruções que iria deixar com o discípulo, além de agradecer a Deus pelas boas lembranças que tinha de Timóteo, Paulo também se lembra de que Deus o tinha separado para o ministério e testemunha de que tinha servido o Senhor com consciência pura desde o primeiro dia da sua conversão até aquele momento em que estava prestes a se encontrar com Jesus. Mas Paulo também disse que se lembrava da avó e da mãe de Timóteo, dona Loide e dona Eunice, que tinham transmitido a fé em Cristo. Desde a infância essa fé prática, evidenciada no cumprimento dos princípios da Lei estavam sendo ensinadas àquele jovem rapaz. Certamente foi um trabalho árduo dessas senhoras, tendo em vista que o pai de Timóteo era grego, provavelmente descrente, e por isso mesmo Timóteo não tinha sido circuncidado. Para se tornar um discípulo (cf. lemos em At 16.1-2) Loide e Eunice tiveram que gastar tempo com aquele que certamente, naquele momento, lhes dava muita alegria. Esse tempo gasto para transformar alguém em discípulo de Cristo é importante e deve ser respeitado. Mas, infelizmente, não vemos isso ocorrendo em nossos dias. Sobre essa realidade quero chamar sua atenção para o que experimentamos nos dias de hoje: Vivemos em dias do urgente no lugar importante! Você certamente concordará comigo, pois nos dias de hoje nos agitamos quando há demora. Queremos tudo rápido. Vivemos num mundo do imediato, do já e do agora. Não estamos satisfeitos com a distância entre as cidades. Antes tínhamos que viajar à cavalo, depois em carroças, depois em carros, os carros foram ficando cada vez mais rápido, os ônibus vieram para transportar muitas pessoas de uma só vez. Depois vieram os aviões, mas estamos cada vez mais procurando um meio mais rápido. Agora temos o projeto do trem-bala, que andará tão rápido quanto um avião, só que sobre trilhos. E, mais, não suportamos a demora em preparar certos alimentos. Tudo deve ser rápido, e por isso, temos o “micro-ondas” e os alimentos ficam prontos em minutos ou segundos. Não estamos satisfeitos com a internet, que agilizou a nossa comunicação, precisamos de um modo “speed” para sermos mais rápidos ainda. É... essa é a época da rapidez. E por vivermos isso em nosso dia-a-dia, queremos transferir essa rapidez para nossa vida cristã. É... Mas, esquecemos que na vida cristã, na vida do discipulado cristão não é assim. Na verdade, no discipulado cristão o imediatismo não é recomendável. No discipulado cristão objetivamos formar um caráter. Desejamos formar no discípulo o caráter de Jesus Cristo. No discipulado cristão o urgente é substituído pelo importante; a rapidez é substituída pela perseverança e o imediato é substituído pelo processo. Essas são verdades inegociáveis quando pensamos em ser discípulos de Cristo, quando pensamos que somos ministros de Deus e quando desejamos fazer discípulos de Cristo. Ao considerarmos essas verdades, voltando ao texto, lembramos que Paulo aguardava sua iminente condenação (4.6), pois já tinha passado por um primeiro julgamento (4.16-18). Paulo sabia da proximidade da sua partida e estava pronto para se encontrar com Jesus Cristo, seu Senhor (4.7-8), portanto, diante dessa situação, Paulo, discípulo de Cristo, preocupava-se com o seu discípulo Timóteo, que iria dar continuidade à sua proclamação do evangelho (4.5) . Paulo desejava que o seu discípulo Timóteo se tornasse cada vez mais um discípulo confiável, um obreiro aprovado, um discipulador. E, o meu desejo, e sei também que é o desejo de todos vocês é que todos se tornem cada vez mais discípulos confiáveis, obreiros aprovados, verdadeiros discipuladores. Então, sabendo que esse é o alvo de todos que querem viver de modo a agradar a Deus e tendo essas orientações de Paulo à nossa frente, o título para esse texto é: As qualidades do ministro de Deus 2Tm 1.3-18 Introdução Sabedores de que todos nós cristãos somos ministros de Deus, creio que ao observarmos no texto dos versos 6 a 18 as qualidades do ministro de Deus é importante que tenhamos uma clara visão de como esta o mundo de hoje e como devemos nos pocisionar diante da realidade que temos à nossa frente. Vivemos em dias da chamada pós-modernidade, isto é, uma maneira de pensar, de agir e de viver que tem transformado o mundo numa verdadeira aldeia global. Tudo o que acontece a cada minuto de um lado do mundo é possível conhecer no mesmo minuto no outro lado do mundo. As distâncias se encurtaram, a maneira de cada um viver ficou conhecida por todos, a posição de cada um, com respeito a política, à ética, à religião, aos negócios ficou conhecida por todos e todos devem se respeitar mutuamente e deve se aceitar educadamente. É essa a maneira que o mundo propõe como a maneira certa de viver. Na época da modernidade proclamava-se a centralidade do homem em relação ao universo, bem como a possibilidade da construção de um mundo melhor a partir das potencialidades humanas. Porém, a pós-modernidade jogou toda esta esperança fora. Na modernidade, Deus estava morto e o sonho do homem estava vivo. Na pós-modernidade, nem Deus, nem os sonhos do homem sobreviveram. Se na modernidade, os filósofos e os pensadores proclamavam: Deus está morto, na pós-modernidade proclamam: Marx também morreu e eu estou doente de morte. De maneira simples, podemos dizer que na pré-modernidade, o centro do mundo era Deus; na modernidade, o centro do mundo era o homem; mas na pós-modernidade, o mundo não tem centro. Na pós-modernidade não há mais sonhos para sonhar. Todos os sonhos já foram sonhados. Todos os sonhos fracassaram. E, por isso é importante todos se aceitarem mutuamente, pois isso é o “politicamente correto”! Mas, ai surge uma pergunta muito aguda. Como ministros de Deus qual é a melhor maneira de ministrar a um mundo desses? Como mostrar-lhes a verdade? Existe uma verdade absoluta? Qual é a nossa resposta? Querido amigo, creio que esse texto nos dá a resposta: A nossa resposta tem que afirmar a Palavra de Deus como a fonte absoluta da verdade! A nossa resposta deve afirmar que cremos na Bíblia Sagrada como a resposta divina para a vida do homem de todos os tempos. Sim! O estudo da Palavra de Deus, a reflexão sobre os seus princípios e, a aplicação desses princípios às nossas vidas, certamente, nos ajudarão a saber como nos posicionar nesses dias atuais. Por isso convido-os a observar na própria Bíblia uma palavra de desafio de um mestre experimentado, que estava prestes a partir, para um novo ministro, palavras essas, plenamente aplicáveis a todos nós. Diante dessas colocações e tendo por base essas orientações iniciais desta segunda carta podemos dizer que o princípio que estes versos nos apresenta é assim colocado: Diante da chamada divina devemos desenvolver as qualidades que nos farão ministros de Deus que desempenham bem a tarefa a nós designada. Neste texto encontramos três qualidades que devemos desenvolver com bons ministros de Deus. A 1ª qualidade que o ministro de Deus deve desenvolver é a fidelidade com o dom ministerial, vs. 6-7 1. A fidelidade com o dom ministerial deve ocorrer por sabermos que ele nos foi concedido por Deus, de modo específico, vs. 6. Para Timóteo foi através profecias e imposição de mãos (1Tm 1.18; 4.14; e 2Tm 4.5), para mim, foi através de uma viagem missionária com um grupo de louvor, e para você, Deus teve, ou, tem uma maneira específica de te chamar. 2. A fidelidade com o dom ministerial deve nos fazer agir sem temor, sem covardia, vs. 7. A covardia, o temor, a inibição, a timidez e a insegurança são irmãs venenosas e destroem o ministério. Invalidam a ação de Deus em nossas vidas. A fé sem fingimento (1.5) é o antídoto contra esses venenos destruidores. 3. A fidelidade com o dom ministerial deve nos fazer agir com poder, amor e moderação, vs.7 O Espírito que Deus nos deu é poderoso e nos capacita para a tarefa ministerial; o Espírito que Deus nos deu é amoroso para servirmos como ministros; e, o Espírito que deus nos deu é de moderação, isto é, é de domínio próprio para que haja equilíbrio em nosso ministério. Reconhecendo que o poder é de Deus e que o amor é o nosso dever há o equilíbrio, há a moderação em nosso ministério. A 2ª qualidade que o ministro de Deus deve desenvolver é a firmeza ministerial, mesmo diante do sofrimento, vs. 8-14 1. O sofrimento ministerial em favor do evangelho deve nos fazer superar qualquer vergonha. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê (Rm 1.16-17) 2. O sofrimento ministerial tem como base o próprio Senhor Jesus Cristo que morreu por nós. Ao se dar por nós, Jesus: 1) nos salvou, 2) nos chamou, 3) se manifestou, 4) destruiu a morte, 5) trouxe luz à vida, 6) trouxe imortalidade, isto é, vida eterna, e, 7) nos designou um ministério específico. 3. O sofrimento ministerial não deve nos envergonhar, pois sabemos em quem cremos. Cremos em Jesus, pois Ele é: 1) poderoso; 2) nos deu o seu depósito; 3) quer que tenhamos um padrão elevado; 4) nos ajuda a guardar o bom depósito até o dia final (Paulo transferiu o depósito recebido para o seu filho na fé Timóteo. O bom deposito é o evangelho que deve ser proclamado. E, 5) Ele nos deu o Espírito Santo para habitar em nós. A 3ª qualidade que o ministro de Deus deve desenvolver é a fraternidade ministerial, ao invés do abandono, vs. 15-18 1. A fraternidade é contraria ao abandono, vs. 15. O abandono dos irmãos simboliza negar o amor a Deus, pois amar a Deus é amar os irmãos (1Jo 4.20-21) 2. A fraternidade é recompensada com a benção divina da misericórdia sobre toda nossa família, vs. 16-17. Quem trata com misericórdia é tratado por Deus com misericórdia. A fraternidade lança fora a vergonha. Onesífero, de quem não sabemos nada além do seu nome e que provavelmente morava em Éfeso (4.19), provou ser um irmão amado e fraterno, pois procurou a Paulo, certamente, quando o apóstolo estava preso ainda na sua primeira prisão, conforme Atos 28. 3. A fraternidade é prática e nos leva a buscar ajudar a quem necessita de nós. Onesífero não só serviu a Paulo em Roma, mas o serviu também em Éfeso. Ao invés de abandonar o apóstolo, como fizeram Fígelo e Hermógenes e outros irmãos da Ásia (vs. 15), Onesifero provou que a fraternidade é uma virtude cristã que brota no coração que é habitado pelo Espírito Santo. Conclusão Querido amigo, a primeira recomendação, a primeira instrução, a primeira ordem de Paulo a Timóteo ficou claramente estabelecida: GUARDE A PALAVRA! Guarde o bom depósito! Guarde intacto, o genuíno evangelho! E, guardar, não é esconder, mas viver, defender, pregar, anunciar corretamente a mensagem que pode salvar! Conforme lemos Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouvistes com fé e com o amor que esta em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós (1.13-14). Timóteo tinha que cuidar de viver e pregar o evangelho. Eu e você temos a mesma responsabilidade! Por que? A Palavra é a verdade absoluta para todas as gerações: Por que guardar a Palavra de Deus? 1.1. Porque nela temos a essência da salvação – O poder de Deus – v.8 1.2. Porque nela temos a origem da salvação – Deus nos chamou não pelas obras, mas por sua própria determinação e graça – v.9 1.3. Porque nela temos o fundamento da salvação – Manifestação de Jesus Cristo, destruindo a morte, trazendo luz à vida e imortalidade para o que crê – v.10 Diante desses imperativos só nos resta pedir a capacitação do Espírito Santo, para todos nós ministros de Deus para que cumpramos totalmente o ministério que ele nos deus para a sua glória! Esta não é uma palavra apenas para os ministros profissionais. Esta é uma palavra para nós profissionais ministros. Esta é uma palavra para nós, igreja de Cristo. Que possamos todos nós sermos fiéis com os dons recebidos, que possamos ficar firmes mesmo diante dos sofrimentos, e, que possamos ser fraternos, servindo-nos uns aos outros. Querido amigo, oro para que o Senhor te abençoe nesse propósito. Um abraço e até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia
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