domingo, 23 de agosto de 2015

Juízes 4.1-5.31

Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com satisfação que chegamos até você para compartilhar os princípios da Palavra de Deus que temos aprendido através dos estudos que temos feito no livro de Juízes. Como você que tem nos acompanhado continuamente sabe, inicialmente temos registrado em nossos encontros as correspondências que chegam de vocês compartilhando como tem sido a recepção programa, as suas necessidades e seus motivos de oração. Para nós é grande alegria podermos ter esse momento de comunhão. Registro hoje o e-mail que o NAF de Curitiba Pr, nos enviou dizendo: "Quero dizer que ouço diariamente seu programa Através da Bíblia. Não perco um. Tenho aprendido com os seus ensinamentos. Gostaria também que orasse por tinha tia que necessita ser operada. Obrigado por tudo e que Deus te conserve com saúde. A minha mãe Alice manda um abraço, pois ela é também sua ouvinte assídua". Querido irmão, obrigado por suas palavras. Como é bom ouvirmos sobre o valor do programa. Conte conosco, com nossas orações em favor da sua tia. Quer o Senhor a proteja e seja glorificado em sua vida. O nosso Deus é maravilhoso! E, como quer abençoar todo o Corpo de Cristo, nos usa como seus instrumentos! Por isso oramos dando graças a Deus. E, é exatamente isso que quero fazer agora e, para esse momento eu o convido. Vamos orar: "Senhor Deus e Pai, obrigado pela tua ação abençoadora sobre todo o teu povo. Obrigado porque tens fortalecido a fé do teu filho. Abençoa a sua tia. Obrigado porque tu ouves nossas orações. Senhor que através do programa de hoje muitos possam ouvir a tua voz e serem encorajados em sua vida cristã. Senhor, oramos, em nome de Jesus, Amém!" Querido amigo, hoje o nosso alvo é estudarmos os capítulos 4-5 de Juízes, com os seus versículos. Neste texto encontramos uma história muito bonita que certamente já é conhecida por alguns dos que me ouvem nesse momento. É a história em que vemos a participação de Débora, a única juíza daquele período em Israel. O registro dos atos e das palavras de uma mulher, de uma juíza é significativo, pois a mulher naqueles dias estava relegada ao papel de esposa, mãe e responsável pela casa. Essa bonita história em que se destaca o papel de Débora tem como atrativo o registro da atuação de Jael, uma outra mulher, esposa de Héber que teve papel ativo na libertação de Israel, do jugo cananeu que já durava vinte anos. Débora que já era juíza e profetiza convocou Baraque para comandar Israel. Deus em sua misericórdia e graça concedeu a Israel uma grande vitória, usando Jael, uma outra mulher. E Débora, demonstrou também o seu valor ao compor um hino de louvor ao Senhor pela vitória concedida a Israel. Muito bem, com esse panorama geral podemos dar ao capítulo quatro o seguinte título: Uma confiança vitoriosa. Quando estudamos esse episódio e quando refletimos sobre este acontecimento, contextualizando-o e aplicando-o às nossas vidas o desafio do texto para nós pode ser expresso através da seguinte afirmação: Somente quando confiamos na Palavra de Deus obtemos as vitórias que Ele já reservou para nós. E, assim neste texto é possível encontrarmos sete características da confiança vitoriosa. A 1ª característica da confiança vitoriosa refere-se a circunstância histórica, vs. 1-3. [4:1Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante o SENHOR, depois de falecer Eúde. 2Entregou-os o SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor. Sísera era o comandante do seu exército, o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim. 3Clamaram os filhos de Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos carros de ferro e, por vinte anos, oprimia duramente os filhos de Israel.] Vamos detalhar esses versos com algumas observações: 1)A circunstância histórica sempre nos mostra o mesmo começo. Quando há pecado, quando não fazemos o que é correto diante do Senhor, quando fazemos o que é mau perante o Senhor então já sabemos o que devemos esperar. Mesmo depois de oitenta anos de paz e tranqüilidade Israel, esquecendo-se do Senhor fez o que era mau ferindo a santidade de Deus. 2)Porque Deus tem uma aliança conosco, porque Deus é Pai e nos ama Ele tem que nos disciplinar diante do que fazemos. A disciplina é o resultado do nosso modo de agir, da nossa maneira de desenvolvermos a nossa vida. A disciplina acontece quando Deus nos entrega nas mãos dos adversários (Dt 32.30). E porque Deus é soberano Ele usa a quem quiser como instrumento de Sua disciplina. Israel pecou e fez o que era mau diante do Senhor. Deus permitiu que Jabim (provavelmente um monarca com o mesmo nome do anterior, conforme Js 11.1), o rei de Canaã, que reinava em Hazor se fortalecesse e durante vinte anos submetesse Israel a uma dura opressão. Nessa ocasião os cananeus tinham como seu comandante Sísera e possuíam novecentos carros de ferro, o maior avanço em termos de tecnologia de guerra. 3)Seguindo os passos do circulo vicioso a que nos referimos, tendo Israel pecado e sendo submetido a dura punição, se arrependeu, sentiu pesar pelos seus atos e clamou, isto é, elevou uma prece a quem o poderia salvar. E, Deus em sua graça e misericórdia levantou um preceptor que liderasse Israel, conduzindo-o a liberdade. Deus novamente perdoou Israel e concedeu-lhe pacificação em mais um período de quarenta anos (5.31). Os instrumentos de libertação que Deus usou para abençoar foram Débora e Baraque. Uma verdade que devemos entender, aprender e aceitar é que existem fatores na esfera moral e religiosa que sempre estarão ligados. Uma dessas duplas que não se desfaz é o pecado e o sofrimento. Não vivem separados. Nós seríamos sábios se nos lembrássemos constantemente dessa verdade! Que possamos evitar o pecado para não sofrermos a disciplina divina. Mas se pecarmos que possamos rápida e sinceramente pedirmos o perdão de Deus, que é rico em perdoar (Is 55.7)! A 2ª característica da confiança vitoriosa se vê na convocação para a batalha, vs. 4-7. [4Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. 5Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo. 6Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura, o SENHOR, Deus de Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? 7E farei ir a ti para o ribeiro Quisom a Sísera, comandante do exército de Jabim, com os seus carros e as suas tropas; e o darei nas tuas mãos.] Vamos fazer algumas observações: 1)Quanto a Débora, cujo nome significa “abelha” (Dt 1.44), já nos referimos a ela. Embora tenhamos a menção de outras mulheres de destaque no Antigo Testamento, como Miriã (Êx 15.10) e Hulda (2 Rs 22.14), Débora, além de ser a única mulher mencionada neste rol de juízes, era a única que já exercia a função de juíza quando teve o seu chamado. Provavelmente era efraimita e era casada com Lapidote exercendo o seu ministério de juíza entre Ramá e Betel, sob uma palmeira, no território de Efraim, na região central da Palestina, portanto sendo acessível a qualquer israelita que necessitasse do seu julgamento. Sendo também uma profetiza, foi orientada por Deus a convocar Baraque para dirigir um exército de dez mil homens para enfrentar Sísera e seus soldados para livrar Israel da dura opressão cananita. 2)Baraque era filho de Abinoão, morador da cidade de Quedes, pertencente a tribo de Naftali. Sendo da tribo de Naftali habitava bem ao norte do território onde provavelmente estava acontecendo os piores ataques a Israel. Pelas palavras do texto, Deus estava convocando-o através das palavras de Débora. 3)É digno de nota constatarmos nesses versos que a ordem dada a Baraque foi uma ordem totalmente detalhada. Em relação ao local ele deveria levar o seu exercito para o Monte Tabor. Em relação a formação do exército Baraque deveria reunir 10.000 soldados das tribos de Zebulom e da sua própria tribo de Naftali. E finalmente a Palavra de Deus foi clara sobre estratégia que deveria usar: Deus mesmo faria com que o exército de Sísera com seus novecentos carros de ferro fosse até Baraque e seu exército no ribeiro de Quisom. A promessa é que Deus mesmo entregaria Sísera e seus soldados e todo o seu poderio militar nas mãos de Baraque. Temos que ser ousados e confiantes, pois temos um Deus onisciente, onipresente e onipotente. A nossa confiança na Palavra de Deus nos fará desfrutar das vitórias que Ele mesmo já preparou para nós! A 3ª característica da confiança vitoriosa refere-se a companhia apreciada, vs. 8-11. [8Então, lhe disse Baraque: Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. 9Ela respondeu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Baraque para Quedes. 10Então, Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em Quedes, e com ele subiram dez mil homens; e Débora também subiu com ele.] Como entender essas palavras? 1)Baraque não confiou totalmente em Deus? Baraque não foi ousado e corajoso? Baraque pediu o auxílio e a presença de Débora junto consigo. É certo valorizarmos a comunhão, a amizade e o trabalho em equipe, mas quando Deus nos dá um tarefa individual temos que saber que se Ele chama, Ele também capacita e nos sustenta para realizarmos o que Ele pretende. Temos que nos lembrar sempre que a luta não é nossa, mas do próprio Deus. Quando buscamos auxilio em outros não valorizamos o propósito divino, onde a glória seria totalmente Dele! 2)Débora foi sincera e aceitando o convite de Baraque lhe disse que indo lutar junto com ele, certamente os louvores não seriam dados a ele, pois uma mulher estaria conquistando uma vitória já dada por Deus. Baraque, neste aspecto, não estava tão interessado com a honra, pois estava mais interessado na sua segurança, no êxito da batalha. Talvez estivesse pensando que sendo Débora uma profetiza, que ouvia Deus, certamente Deus estaria presente com eles na batalha. E os dois se foram para Quedes. 3)Baraque desempenhou a sua parte e convocou, reuniu um exército de dez mil homens das tribos de Zabulom e Naftali, embora outras tribos (Manassés, Issacar e Aser) também estivessem sendo afetadas pelos cananeus. A lição que surge destes versos para nós pode ser aprendida através da atitude de Baraque que demonstrou falta de intrepidez, enquanto o Senhor já tinha garantido a vitória. Ao contrário de Baraque, que possamos ser ousados no Senhor e depender Dele para as batalhas em que Ele mesmo nos colocar. A 4ª característica da confiança vitoriosa se vê na compreensão das circunstâncias, v.11. Assim diz esse texto: [11Ora, Héber, queneu, se tinha apartado dos queneus, dos filhos de Hobabe, sogro de Moisés, e havia armado as suas tendas até ao carvalho de Zaananim, que está junto a Quedes.] Que observações são necessárias para entendermos esse verso colocado aqui? 1)Destaca-se nesse verso 11 a presença do casal queneu, Héber (que significa “aliado”) e Jael (que significa “cabra montanhesa”), descendentes do sogro de Moisés (talvez neto de Jetro), gentios, queneus que acompanhavam Israel desde os dias do Sinai. 2)Sendo queneu, Héber provavelmente era um dos que naquele tempo trabalhavam manuseando os metais, eram artífices de instrumentos de metais ou armamentos feitos com metais. 3)Como o seu próprio nome revelava estava aliado, tanto com Israel, com que tinha ido para a Palestina, como vivia em paz com Jabim o rei cananeu. Este casal queneu morava bem perto do local do conflito, na região norte da Palestina e, provavelmente através de Héber é que Sísera soube das operações militares de Baraque e o exército de dez mil homens. Destaca-se aqui uma lição que podemos ver através das atitudes de Héber. Héber e Jael mesmo acompanhando o povo de Deus pelo deserto e tendo um lugar para morar na terra prometida nesse momento preferiu aliar-se aos inimigos israelitas protegendo-se sob o poderio militar de Sísera. Mas, como veremos a seguir, quando perceberam as ações de Deus em favor de Israel, logo mudaram o seu apoio. Que a nossa atitude não seja como a de Héber que se inclinava para um ou outro dependo das circunstâncias. Que possamos ser totalmente leais a Deus! A 5ª característica da confiança vitoriosa refere-se a conquista proporcionada por Deus, vs.12-16. Assim diz o texto: [12Anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, tinha subido ao monte Tabor. 13Sísera convocou todos os seus carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele, de Harosete-Hagoim para o ribeiro Quisom. 14Então, disse Débora a Baraque: Dispõe-te, porque este é o dia em que o SENHOR entregou a Sísera nas tuas mãos; porventura, o SENHOR não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens, após ele. 15E o Senhor derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque; e Sísera saltou do carro e fugiu a pé. 16Mas Baraque perseguiu os carros e os exércitos até Harosete-Hagoim; e todo o exército de Sísera caiu a fio de espada, sem escapar nem sequer um.] Vamos detalhar o texto para compreendê-lo melhor: 1)Aqui vemos a estratégia divina. Sísera, vendo o exército israelita no monte Tabor e não conseguindo manobrar com facilidade os seus novecentos pesados carros de ferro nas montanhas, saiu para o campo de batalha e reuniu seu poderoso exército nas margens do rio Quison. Mal ele sabia que essa localização determinaria o seu fim. 2)Pelo que lemos em 5.20-21, assim como acontecera com os cinco reis que lutaram contra Josué (Js 10.11), Deus fez chover sobre o local e as planícies do rio Quison ficaram alagadas impedindo a movimentação dos pesados carros cananeus. Eles ficaram atolados pela enchente. E conforme o verso 15: [E o Senhor derrotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército a fio de espada, diante de Baraque.] A luta e a vitória foram de Deus, Baraque foi apenas um instrumento, assim como nós também o somos, apenas instrumentos! 3)Baraque perseguiu todo o exército cananeu e matou a todos, sem deixar escapar nenhum. Embora Sísera, demonstrando-se um comandante egoísta, fugiu a pé, deixando o seu exército a mercê dos soldados israelitas podemos ter certeza de que essa vitória foi arrasadora. Ora, diante desses fatos devemos reconhecer que todo o poder é do Senhor e que nós somos apenas instrumentos nas Suas poderosas mãos! Devemos nos lembrar da afirmação de Paulo aos coríntios, em 1Co 3.7: [De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que nos dá o crescimento.]. A 6ª característica da comunhão vitoriosa refere-se a competência dos anônimos, vs. 17-21. O que diz o texto? [17Porém Sísera fugiu a pé para a tenda de Jael, mulher de Héber, queneu; porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu. 18Saindo Jael ao encontro de Sísera, disse-lhe: Entra, senhor meu, entra na minha tenda, não temas. Retirou-se para a sua tenda, e ela pôs sobre ele uma coberta. 19Então, ele lhe disse: Dá-me, peço-te, de beber um pouco de água, porque tenho sede. Ela abriu um odre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu. 20E ele lhe disse mais: Põe-te à porta da tenda; e há de ser que, se vier alguém e te perguntar: Há aqui alguém?, responde: Não. 21Então, Jael, mulher de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo, e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele em profundo sono e mui exausto; e, assim, morreu.] Vamos conhecer em detalhes essa heroína anônima: 1)Quando Sísera se viu perdido em meio ao temporal provocado por Deus e também se viu cercado de soldados israelitas de todos os lados fugiu a pé deixando os seus comandados cada um cuidando de si mesmo. Os seus novecentos carros não foram de nenhuma ajuda naquele momento. Ele mesmo fugiu e foi se esconder na tenda de Héber e de Jael. Porque Jabim estava em paz com Héber, Sísera pensou que fosse achar refúgio na tenda de Héber e Jael. Jael foi recebê-lo e ocultou-o na tenda enrolando-o num tapete. Sísera lhe pediu água e Jael lhe deu leite, provavelmente leite de cabra. Sísera ainda recomendou que se alguém chegasse na tenda Jael deveria responder que ela estava só. Jael esperou que Sísera dormisse. 2)Cansado e exausto ele dormiu profundamente e não percebeu aproximação de Jael com uma estaca e um martelo. Esses eram instrumentos totalmente domésticos, pois com eles se armavam e se firmavam as tendas. Sísera estava dormindo, ele estava seguro. Foi procurar refúgio, mas o que ele encontrou ali foi a morte. Com um martelo e uma estaca Jael conseguiu, certamente, pelo poder de Deus, fazer o que muitos soldados inimigos gostariam de ter feito. Jael, a “cabra montanhesa” com o seu coração mudado, em favor dos israelitas foi o instrumento pelo qual Deus exterminou o malvado Sísera, instrumento maléfico à serviço de Jabim, rei de Canaã. Querido amigo, quando descansamos e colocamos nossa confiança nas pessoas, como Sísera fez, corremos o risco de sermos mortos como ele foi. Por outro lado, assim como Jael, que teve o seu coração mudado por Deus, que possamos aos sermos convocados pelo Senhor sermos instrumentos úteis em suas mãos. A 7ª característica da confiança vitoriosa se vê na concretização da vitória, vs. 22-24. [22E eis que, perseguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu ao encontro e lhe disse: Vem, e mostrar-te-ei o homem que procuras. Ele a seguiu; e eis que Sísera jazia morto, e a estaca na fonte. 23Assim, Deus, naquele dia, humilhou a Jabim, rei de Canaã, diante dos filhos de Israel. 24E cada vez mais a mão dos filhos de Israel prevalecia contra Jabim, rei de Canaã, até que o exterminaram.] Vamos as últimas observações nesse capítulo: 1)Baraque ainda perseguia Sísera quando se deparou com uma situação inusitada. Ele encontrou Jael no caminho por onde perseguia o comandante cananeu. Jael por certo fez com que ele parasse, pois queria lhe “mostrar algo surpreendente”. Baraque foi realmente surpreendido. Encontrou o seu inimigo morto por uma mulher. Baraque perdeu a sua parte na vitória, exatamente como Débora lhe tinha dito. Mas, como dissemos, parece que não era pela fama que ele estava interessado. 2)Com a morte de Sísera o reino de Jabim deixou de ser uma ameaça. O rei Jabim foi perseguido e morto pelos israelitas e assim houve paz durante um bom período (40 anos, conforme 5.31) e os israelitas puderam usufruir de mais um período de paz na terra que lhes concedia “leite e mel”. 3)Em relação a Baraque, como só Deus conhece o nosso coração e sabe avaliar as nossas motivações percebemos que a avaliação de Deus foi bem diferente da nossa. Quando observamos Hb 11.32, onde o autor alista alguns dos heróis da fé, no tempo dos Juízes e no início da monarquia, lá aparece o nome de Baraque e não o de Débora. Diz assim a palavra de Deus: [E que mais direi? Certamente, me faltará tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas.] Querido amigo, Baraque conseguiu experimentar a concretização da Palavra de Deus. Mesmo com uma fé vacilante ele foi aceito por Deus tornando-se assim também um exemplo de fé. Que possamos depositar no Senhor a nossa pequena fé, menor que um grão de mostarda, mas que sendo sinceramente colocada nas mãos de Deus será valorizada pelo Senhor, para que suas ações ocorram através de nós, seus instrumentos! Diante dessa vitória espetacular Débora e Baraque cantaram uma canção de gratidão ao Senhor conforme o texto de 5.1-31. Sugerimos para esse hino o seguinte título: A vitória do Senhor, a nossa vitória. E, em termos resumidos o princípio que se origina desse cântico de louvor é: Todos nós somos desafiados a reconhecer nas nossas vitórias a vitória de Deus. Por isso através de sete estrofes devemos reconhecer e louvar a Deus: Vale a pena mencionar como introdução que este é um dos cânticos mais antigos da Bíblia e celebra os atos justos do Senhor! [5:1Naquele dia, cantaram Débora e Baraque, filho de Abinoão, dizendo: 2Desde que os chefes se puseram à frente de Israel, e o povo se ofereceu voluntariamente, bendizei ao SENHOR.] Primeira estrofe: O propósito do canto é celebrar a vitória de Deus! [3Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes: eu, eu mesma cantarei ao SENHOR; salmodiarei ao SENHOR, Deus de Israel. 4Saindo tu, ó SENHOR, de Seir, marchando desde o campo de Edom, a terra estremeceu; os céus gotejaram, sim, até as nuvens gotejaram águas. 5Os montes vacilaram diante do SENHOR, e até o Sinai, diante do SENHOR, Deus de Israel. 6Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram as caravanas; e os viajantes tomavam desvios tortuosos. 7Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, até que eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel. 8Escolheram-se deuses novos; então, a guerra estava às portas; não se via escudo nem lança entre quarenta mil em Israel. 9Meu coração se inclina para os comandantes de Israel, que, voluntariamente, se ofereceram entre o povo; bendizei ao SENHOR.] Segunda estrofe: Todos são conclamados à confiar no Senhor. [10Vós, os que cavalgais jumentas brancas, que vos assentais em juízo e que andais pelo caminho, falai disto. 11À música dos distribuidores de água, lá entre os canais dos rebanhos, falai dos atos de justiça do SENHOR, das justiças a prol de suas aldeias em Israel. Então, o povo do SENHOR pôde descer ao seu lar.] Terceira estrofe: O apelo de Israel a Débora e a Baraque. [12Desperta, Débora, desperta, desperta, acorda, entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos os que te prenderam, tu, filho de Abinoão.] Quarta estrofe: O privilégio da vitória só pertence a quem da batalha participa. [13Então, desceu o restante dos nobres, o povo do SENHOR em meu auxílio contra os poderosos. 14De Efraim, cujas raízes estão na antiga região de Amaleque, desceram guerreiros; depois de ti, ó Débora, seguiu Benjamim com seus povos; de Maquir desceram comandantes, e, de Zebulom, os que levam a vara de comando. 15Também os príncipes de Issacar foram com Débora; Issacar seguiu a Baraque, em cujas pegadas foi enviado para o vale. Entre as facções de Rúben houve grande discussão. 16Por que ficaste entre os currais para ouvires a flauta? Entre as facções de Rúben houve grande discussão. 17Gileade ficou dalém do Jordão, e Dã, por que se deteve junto a seus navios? Aser se assentou nas costas do mar e repousou nas suas baías. 18Zebulom é povo que expôs a sua vida à morte, como também Naftali, nas alturas do campo.] (Gileade, v.17 refere-se as duas tribos e meia do lado oriental do Jordão). Quinta estrofe: A ação e a vitória de Deus, a nossa vitória! [19Vieram reis e pelejaram; pelejaram os reis de Canaã em Taanaque, junto às águas de Megido; porém não levaram nenhum despojo de prata. 20Desde os céus pelejaram as estrelas contra Sísera, desde a sua órbita o fizeram. 21O ribeiro Quisom os arrastou, Quisom, o ribeiro das batalhas. Avante, ó minha alma, firme! 22Então, as unhas dos cavalos socavam pelo galopar, o galopar dos seus guerreiros. 23Amaldiçoai a Meroz, diz o Anjo do SENHOR, amaldiçoai duramente os seus moradores, porque não vieram em socorro do SENHOR, em socorro do SENHOR e seus heróis.] Sexta estrofe: O surpreendente triunfo de Israel através de Jael, instrumento de Deus! [24Bendita seja sobre as mulheres Jael, mulher de Héber, o queneu; bendita seja sobre as mulheres que vivem em tendas. 25Água pediu ele, leite lhe deu ela; em taça de príncipes lhe ofereceu nata. 26À estaca estendeu a mão e, ao maço dos trabalhadores, a direita; e deu o golpe em Sísera, rachou-lhe a cabeça, furou e traspassou-lhe as fontes. 27Aos pés dela se encurvou, caiu e ficou estirado; a seus pés se encurvou e caiu; onde se encurvou, ali caiu morto.] Sétima estrofe: A frustração dos que esperam pelos inimigos de Deus. [28A mãe de Sísera olhava pela janela e exclamava pela grade: Por que tarda em vir o seu carro? Por que se demoram os passos dos seus cavalos? 29As mais sábias das suas damas respondem, e até ela a si mesma respondia: 30Porventura, não achariam e repartiriam despojos? Uma ou duas moças, a cada homem? Para Sísera, estofos de várias cores, estofos de várias cores de bordados; um ou dois estofos bordados, para o pescoço da esposa?] Conclusão: Um pedido e uma certeza! [31Assim, ó SENHOR, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que te amam brilham como o sol quando se levanta no seu esplendor.] Querido amigo, depois desse cântico tão especial, o capítulo termina com essa nota abençoada: [E a terra ficou em paz quarenta anos.]. É assim que acontece quando deixamos Deus agir em nosso favor, usando-nos como seus instrumentos. Há paz, há descanso, há segurança. Que Deus nos abençoe e nos faça experimentar essa vida vitoriosa! Bom, finalizamos mais um tempo de estudos no livro de Juízes. Foram lições e desafios importantíssimos. Que Deus te capacite a aplicá-las em sua vida. Deus te abençoe, Um grande abraço. © 2015 Através da Biblia

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