domingo, 26 de outubro de 2014

Através da Bíblia - Efésios 2.11-22

Efésios 2.11-22
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com grande alegria que novamente reservamos esses 30 minutos para expormos a Palavra de Deus com o propósito de estudarmos cada um dos livros bíblicos com sinceridade e abertura de mente e coração para adequarmos as nossas vidas à vontade do Pai. Somos gratos a Deus pelo privilégio de podermos conhecer mais o seu querer para as nossas vidas, pois a sua vontade é boa, agradável e perfeita. Por isso quero incentivá-lo a essa prática, pois o alvo desse programa é estudar toda a Bíblia aplicando-a em nossas vidas. Quero aproveitar a oportunidade para agradecer a você que nos escreveu compartilhando sobre o sobre a sua vida pessoal e ministerial. Hoje, por exemplo, registramos o e-mail que o Rev. PSS nos enviou de Porecatu no estado de Pr. Este colega irmão nos enviou as seguintes palavras: "Graça e paz irmãos, estou ouvindo a programação de vocês, inclusive “um tempo com Deus”. Vocês estão de parabéns. Tenho alguns números antigos de “No Cenáculo” que foram do meu avô. São relíquias de família, assim como a sintonia da RTM, Abraços e Deus vos abençoe". Querido amigo, querido irmão, muito obrigado por suas palavras. Quero cumprimentá-lo por sua alegria e amor pelo estudo da Palavra de Deus. Essa prática tão saudável infelizmente não se vê na maioria dos lares cristãos. Por isso o nosso desejo é ver essa rede de amigos que amam estudar a Palavra de Deus aumentando diariamente. Para isso convido-o nesse momento a elevar a Deus as nossas orações: "Pai de amor, obrigado por podermos abrir a Tua Palavra e ouvirmos a Tua voz. Senhor que a prática de estudarmos a Bíblia possa atrair muitos amigos para que possam desfrutar dessa comunhão contigo. Abençoa as nossas famílias e o ministério que o Senhor tem nos dado. Renova em nós o amor por tua Palavra. Oriente-nos no estudo de hoje. Que haja edificação e glória ao teu nome. Oramos em nome de Jesus, Amém!".
Querido amigo hoje temos como alvo estudarmos a segunda e última parte do capítulo 2 da carta que Paulo escreveu aos efésios. Vamos estudar Efésios 2. 11 a 22. Se você tiver oportunidade abra a sua Bíblia para a leitura que farei desse texto tão importante da Palavra de Deus.
11 Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas,
12 naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.
13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.
14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,
15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,
16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.
17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto;
18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.
19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;
21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,
22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. 231

Quando lemos e refletimos sobre este texto o título que surge e que sintetiza o parágrafo é o seguinte:
A NOVA POSIÇÃO EM CRISTO
EF. 2.11-22
Introdução
Paulo, no parágrafo anterior (2.1-10) nos mostrou a restauração do indivíduo; nos mostrou como Deus já tinha planejado as boas obras para que cada um de nós andássemos nelas.
Nesse parágrafo ele nos apresenta a humanidade como um todo. Vemos o que Deus fez pela humanidade, unindo judeus e gentios numa só família, a Sua família. Neste parágrafo Paulo nos mostra a nova posição que temos, nos mostra o eterno propósito, de fazer por meio da redenção de Cristo, um novo homem.
Nos primeiros dez versículos deste capítulo Paulo tratou da restauração do indivíduo, da vida pessoal, do processo que Deus desencadeou para alcançar a cada um dos seres humanos. Nestes versículos Paulo trata da restauração da humanidade, da coletividade, da raça humana, do processo que Deus desencadeou para reconciliar, para eliminar a inimizade entre os judeus e os gentios, transformando-os num só povo, na família de Deus.
Especificamente, quando se fala em unidade da igreja, parece que se está falando de algo impossível. A Dificuldade reside no fato de que confundimos unidade com uniformidade. Uniformidade sgnifica todos colocados dentro de uma unida forma, como se fossem todos iguais, sem quaisquer diferenças. A unidade se alcança nas coisas essenciais, quando se respeita as práticas que são apenas exteriorizações da fé. A unidade é mais difícil de se alcançar porque se tem insistido nos aspectos culturais e externos. Mas, quando percebemos que existem conceitos e crenças fundamentais mais importantes, então é possível superar as diferenças exteriores e mantermos com firmeza o que nos une, “em Cristo”!
Paulo, ao mencionar no versículo 16 a reconciliação efetuada por Cristo, nos faz lembrar também de outras imagens que podem ilustrar a nova relação Deus-homem. Ao falar sobre a propiciação a figura nos relembra o cerimonial do Templo; ao mencionar o termo redenção a figura nos relembra a compra de um escravo na praça do mercado; ao declarar a justificação a figura nos relembra um tribunal onde o réu ao invés de ser condenado é inocentado, justificado, e, finalmente, ao mencionar o termo reconciliação Paulo nos faz vislumbrar o reatamento das relações no ambiente de uma família.
Essas são verdades fundamentais e essenciais da nossa fé cristã e certamente nelas somos unidos, e usufruirmos dessa nova posição que implica na unidade a que Paulo nos encoraja a batalharmos, conforme suas palavras no capítulo 4 verso 3.
Entretanto, como disse anteriormente, Efésios é o livro por excelência que trata sobre a Igreja. No Novo Testamento temos várias figuras sobre a Igreja: comunidade, lavoura, noiva, edifício, videira, etc. Neste texto encontramos mais algumas figuras que descrevem a Igreja: aproximados (v. 13 e 17), novo homem (v.15), um corpo (v.16), concidadãos dos santos (v.19), família de Deus (v.19), e, santuário dedicado ao Senhor (v.21).
Nesse texto Paulo repete a estrutura do 1º parágrafo: a) O que éramos sem Deus (v.1-3 e 11-12); b) O que Deus fez por nós em Cristo (v.4-9 e 13-18); e, c) O que somos (v.10 e 19-22). Assim, diante de todas essas considerações, em resumo, podemos dizer que
Todo cristão deve reconhecer que é um grande privilégio usufruirmos da nova posição que temos diante de Deus, por meio de Cristo Jesus.
Nestes versículos encontramos cinco verdades sobre a nova posição que temos por estarmos “em Cristo”:
A primeira verdade sobre a nova posição diante de Deus recorda a situação do homem antes de Cristo, vs. 11
11 Lembrem que vocês, os não-judeus, eram chamados de incircuncidados pelos judeus, que chamam a si mesmos de circuncidados por praticar a circuncisão. Lembrem do que vocês eram no passado.
Assim o apóstolo fala da nossa situação sem Cristo – v.11
1. Era uma situação que deve ser lembrada. A lembrança, a recordação em toda a Bíblia é fundamental, pois Deus sabe da nossa tendência para o esquecimento. Tanto é verdade que Jesus pediu que nos lembrassemos do seu sacríficio todas as vezes que comermos o pão e bebermos do cálice. Recordar, lembrar da nossa antiga situação certamente nos faz ser gratos continuamente ao Senhor!
2. Era uma condição passada. Quem está em Cristo é nova criatura, pois todo o passado já passou, mas é necessário lembrarmos, para sabermos claramente de onde saimos.
3. Éramos gentios, na carne, isto é, estrangeiros. Certamente ao escrever para uma igreja cuja membresia era mista fez com que Paulo tocasse no ponto certo, no ponto de atrito daqueles irmãos. Ainda havia o sentimento de se manter a diferença entre gentios e judeus, entre judeus e gentios. Paulo então apelou para os gentios. Eles eram estrangeiros, eram o enxerto na oliveira israelita.
4. Éramos chamados incircuncisos. A circuncisão era o sinal externo de que aquele homem pertencia ao povo de Deus. Todo homem que não fosse judeu era um gentio não circuncidado. Somente quando um estrangeiro aceitasse o judaísmo e fosse circuncidado se tornaria um com os judeus.
5. Éramos desprezados pelos que tinham sinais humanos. No tempo do Antigo Testamento e até os dias de Paulo os judeus valorizavam demais esse sinal externo, porém o próprio Paulo repreendeu essa atitude, dizendo que o verdadeiro israelita é circuncidado em seu coração (Rm 2.28-29; Gl 5.6)
A segunda verdade sobre a nova posição diante de Deus descreve a condição do homem sem Cristo, vs. 12
12 Naquele tempo vocês estavam separados de Cristo; eram estrangeiros e não pertenciam ao povo escolhido de Deus. Não tinham parte nas suas alianças, que eram baseadas nas promessas de Deus para o seu povo. E neste mundo viviam sem esperança e sem Deus.
Assim como nos versos 2-3, a segunda ação da graça divina é fazer-nos constatar a situação do ser humano sem Deus, agora, aqui, temos a descrição da sociedade sem Cristo:
Assim o apóstolo fala sobre a nossa condição sem Cristo – v.12
1. Estávamos sem Cristo, sem a expectativa de um redentor. Não importa a raça, a religião. Sem Cristo não há redenção, continuamos aprisionados ao antigo Senhor.
2. Estávamos separados da comunidade de Israel, sem identidade coletiva. Embora os próprios israelitas não valorizaram o que receberam como privilégio, somente os gentios que entendessem que o caminho da fé era agradável a Deus é que poderiam pertencer a essa comunidade separada por Deus.
3. Estávamos estranhos às alianças da promessa, sem garantias do favor de Deus. As alianças ocorreram porque o homem pecou quebrando cada uma delas. Mas a nova aliança é definitiva, pois, quem está em Cristo está seguro. O próprio Senhor nos faz ser fiéis.
4. Estávamos sem esperança, sem sentido para a vida. O que nos move agora, que é a esperança certa de estarmos para sempre junto com o Senhor (1Ts 4) não era a realidade do passado. Éramos desesperados.
5. Estávamos sem Deus no mundo, sem o amparo divino, contando com os ídolos. Ora, contar com os ídolos é contar com nada. Essa é a situação de um povo sem Cristo.
A terceira verdade sobre a nova posição “em Cristo” descreve as ações de Deus em nosso favor – v.13-18
13 Mas agora, unidos com Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para perto dele pela morte de Cristo na cruz. 14 Pois foi Cristo quem nos trouxe a paz, tornando os judeus e os não-judeus um só povo. Por meio do sacrifício do seu corpo, ele derrubou o muro de inimizade que separava os judeus dos não-judeus. 15 Ele acabou com a lei, juntamente com os seus mandamentos e regulamentos; e dos dois povos formou um só povo, novo e unido com ele. Foi assim que ele trouxe a paz. 16 Pela sua morte na cruz, Cristo destruiu a inimizade que havia entre os dois povos. Por meio da cruz, ele os uniu em um só corpo e os levou de volta para Deus. 17 Assim Cristo veio e anunciou a todos a boa notícia de paz, tanto a vocês, os não-judeus, que estavam longe de Deus, como aos judeus, que estavam perto dele. 18 É por meio de Cristo que todos nós, judeus e não-judeus, podemos ir, pelo poder de um só Espírito, até a presença do Pai.
1. Deus elimina o nosso triste passado
1.1. Não precisamos estar longe – v.13
1.2. Não precisamos estar separados – v.14
1.3. Não precisamos estar sob o jugo da lei em forma de ordenanças – v.15
1.4. Não precisamos estar em inimizade – v.16, 14 e inimizade entre os povos e inimizade entre Deus e o homem. Essa é a novidade! Isso não é mais necessário.
1.5. Não precisamos estar separados do Pai – v.17-18. Na verdade, não tínhamos Deus como Pai
2. Deus nos dá um alegre presente, em Cristo
2.1. Através do sangue de Cristo fomos aproximados – v. 13
2.2. Através de Cristo temos paz, a parede da inimizade foi derrubada – v.14
2.3. Através de encarnação de Cristo a antiga aliança foi abolida – v.15
2.4. Através da cruz de Cristo promoveu-se a reconciliação formando um só corpo – v.16
2.5. Através da evangelização de Cristo temos paz e acesso ao Pai, em um Espírito – v.17-18
A quarta verdade sobre a nova posição “em Cristo” mostra o contraste existente entre a antiga e a nova condição, vs. 19-22
19 Portanto, vocês, os não-judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele. 20 Vocês são como um edifício e estão construídos sobre o alicerce que os apóstolos e os profetas colocaram. E a pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus. 21 Ele mantém o edifício todo bem firme e faz com que cresça como um templo dedicado ao Senhor. 22 Assim vocês também, unidos com Cristo, estão sendo construídos, junto com os outros, para se tornarem uma casa onde Deus vive por meio do seu Espírito.
1. A posição antiga
1.1. Não somos mais estrangeiros – v. 19
1.2. Não somos mais peregrinos – v. 19
1.3. Não estamos soltos sem uma base – v. 20
1.4. Não somos raquíticos sem crescimento – v. 21
1.5. Não somos sem propósito – v.22
2. A nova posição em Cristo
2.1. Somos os concidadãos dos santos – v.19
2.2. Somos da família de Deus – v.19
2.3. Temos Jesus como a pedra angular e os apóstolos e profetas como fundamento – v.20
2.4. Vamos crescendo em dedicação ao Senhor – v.21
2.5. Somos edificados para a habitação do Espírito de Deus – v.22
A quinta verdade sobre a nova posição “em Cristo” responde as questões fundamentais da nova condição, vs. 19-22
Neste texto Paulo nos responde cinco questões fundamentais
Quem são os cristãos? São os que pertencem à família de Deus. Somos pedras vivas (1Pe 2.5)
Quem é o fundamento? Os apóstolos que Deus usou para formar a igreja. A doutrina dos apóstolos.
Quem é a pedra angular? O próprio Senhor da igreja. O Senhor Jesus Cristo
Quem é o habitante deste edifício? O próprio Deus, através do Espírito Santo!
Qual o propósito deste edifício? É um santuário dedicado a Deus. E como diz Pedro: [também vós mesmo, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, afim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo (1Pe 2.5).]
Conclusão
1. Através da obra de Cristo
1.1. Temos nova posição;
1.2. Chamamos a Deus de Pai;
1.3. Chamamos a Deus de Pai nosso;
1.4. Temos muitos e diversos irmãos; e
1.5. Formamos com os nossos irmãos a grande família de Deus (Lc 18.28-30).
2. Como membros da família de Deus
2.1. Devemos ser unidos (Sl 133.1);
2.2. Devemos nos amar mutuamente;
2.3. Devemos nos edificar mutuamente;
2.4. Devemos chegar à maturidade; e
2.5. Devemos abençoar-nos mutuamente (Sl 133.3b).
Já que somos família de Deus, vivamos como família de Deus!
Que o Senhor te abençoe e que você viva nessa nova posição recebida em Cristo, para o louvor do Senhor!
© 2014 Através da Biblia

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