segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Cerca do ano 6, antes da era atual. E o Verbo se fez carne...

👉🏿O Nascimento de Jesus 

(LC) Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado. Este primeiro recenseamento foi feito  quando Quirínio era  governador da Síria. E  todos iam  alistar-se, cada um à sua própria cidade. Subiu também José, da Galileia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que  ela  havia de dar à  luz, pois a verdadeira Luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao  mundo.  
(LC) E  teve  a  seu  filho primogênito.  Envolveu-o  em  faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. E o  Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. E vimos a Sua Glória, como a Glória do Unigênito do Pai.

👉🏿 Notas 📝 LC 2:1-6; Jo 1:9; LC 2:7; JO 1:14

(1) CÉSAR AUGUSTO.  Governou Roma e o mundo no período de 31  a.C. a 14 d.C. Seu  nome  original  era  Otávio  e  adotou  o  título  César  com  o  objetivo de homenagear o antecessor e  agregar o carisma de Júlio, o primeiro César. Com isto, deu  origem ao clã cesariano (leia a nota em “Não temos rei, senão César”, p. 468). Otávio cultuava a si mesmo como um deus  e,  ególatra, autodenominou-se  Augusto,  que quer dizer “venerável” ou “digno de veneração”. Nas províncias dominadas ao redor do mundo, seus generais e procuradores o  louvavam  como  filius  dei  (filho  de deus) e  lhe dedicavam templos e cidades, como Cesareia, na Judeia, construída por Herodes, o Grande. Foi  de  Roma  a  ideia  de  usar  a  moeda como o meio mais eficiente e duradouro para divulgar esta devoção ao “divino César”. Um denário de prata, daquela época, trazia a efígie de César em relevo e a inscrição T. CAESAR DIVI AVG. F. AVGVSTVS, que significa: “Tibério César Divino Augusto, filho do Augusto”. Foi justamente este “venerável” imperador que Deus usou para fazer o decreto do recenseamento mundial e, com isto, preparar a Terra para receber o Divino Rei do Universo, o Único e Verdadeiro Filius Dei que é digno de ser louvado e adorado. 

(2)PARA QUE TODO O MUNDO. O Império Romano havia dominado o mundo e se espalhado por uma extensão territorial de quase cinco mil quilômetros, que ia da África à Ásia, passando por toda Europa, numa região que envolve, hoje, mais de cinquenta países. O mundo todo tinha um único imperador, um único exército, um único Código de leis e uma única moeda. Roma impunha o seu modo de vida ao mundo, que vivia a Pax Romana, ironicamente garantida pela força do seu incrível poderio bélico. É por esta causa que o decreto de César Augusto foi prontamente obedecido em Israel. 

(3)FOSSE RECENSEADO. Mais do que simplesmente querer saber o número de habitantes, o Imperador decretava o censo porque cobrava de cada pessoa um imposto chamado tributum capitis, equivalente a um dia de salário, ou “um denário per capita”. Sabendo o número exato de habitantes, não havia como os governadores locais desviarem ou sonegarem o imposto que Roma cobrava por cabeça. E TODOS IAM ALISTAR-SE, CADA UM À SUA PRÓPRIA CIDADE. Para facilitar o controle e a cobrança deste imposto, o decreto de César determinava que cada um se cadastrasse na sua cidade natal. SUBIU TAMBÉM JOSÉ... À CIDADE DE DAVI, CHAMADA BELÉM, PORQUE ERA DA CASA E FAMÍLIA DE DAVI. José morava em Nazaré, na Galileia, e era descendente do rei Davi. Em obediência ao decreto, viajou cerca de 122 quilômetros até Belém, sua cidade natal, que ficava na Judeia. A FIM DE ALISTAR-SE COM MARIA. Apesar de sua esposa estar grávida, José foi obrigado a levar a mulher para se cadastrar, pois, da mesma forma, Maria era descendente do rei Davi. ENQUANTO ESTAVAM ALI, CHEGOU O TEMPO EM QUE ELA HAVIA DE DAR À LUZ. José pensava que cumpria apenas um decreto de César e nem imaginava que, na verdade, estava cumprindo o Decreto do Altíssimo, escrito no livro de Miqueias, cerca de 750 a.C., que determinava que o Messias deveria nascer na inexpressiva Belém: “Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti é que me sairá Aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da Eternidade” (Mq 5:2). E por que Belém? Além do Decreto de Deus, havia outros motivos: Esta é a mesma cidade em que nasceu Davi – o rei ungido de Deus. Porque Deus não se esqueceu da promessa feita a Davi, por intermédio do profeta Natã: “A tua casa, porém, e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (II Sm 7:16). Beth lehem, em hebraico, quer dizer “Casa do Pão”. É ali que tem de nascer “O Pão da Vida” (Jo 6:48). Davi foi o ungido temporário. Jesus é O Ungido Eterno de Deus. O extraordinário poder de Deus sobre toda a Terra: As peças que Deus moveu para que Jesus nascesse em Belém, e não em outra cidade, realmente dão o que pensar sobre o Seu extraordinário Poder para controlar tudo e cumprir a Sua vontade, planejada muito tempo antes. Veja só: Deus moveu o coração do homem mais poderoso do mundo, entronizado a 2.250 quilômetros de distância, para que César elaborasse um decreto mundial, que obrigou José e Maria a sair de Nazaré e viajar até Belém, onde Jesus teria de nascer. Deus calculou tudo cuidadosamente para que, entre a divulgação e o cumprimento do decreto em Israel, a mobilização do casal sagrado numa longa e difícil viagem a Belém coincidisse exatamente com o tempo em que ela deveria dá-Lo à Luz. José e Maria são descendentes do rei Davi e este é um dos motivos por que Deus escolheu aquele casal: Jesus, tanto por parte do pai adotivo como por parte de mãe é descendente do rei Davi e, por isso, tem direito real e legítimo ao Trono de Israel. NÃO HAVIA LUGAR PARA ELES NA ESTALAGEM. A ida de tantos belemitas provocou superlotação na pequena Belém, que não tinha infraestrutura hoteleira para acomodar toda aquela gente. É curioso que o mesmo Deus que calcula tudo tão antecipadamente não se tenha preocupado em fazer uma “reserva” na estalagem. Na verdade, isto foi intencional e profético, pois o Senhor já demonstrava que os homens não Lhe dariam lugar.

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