👉🏿 Notas📝 LC 2:8-12
(1)É QUE HOJE VOS NASCEU. Impossível saber com precisão o dia histórico em que o Salvador nasceu, porque a data não foi anotada na época. O dia 25 de dezembro foi escolhido pelos cristãos por volta do ano 350, com o propósito de substituir uma festa pagã muito popular na Antiguidade – a Saturnalia – comemorada de 17 a 24 de dezembro pelos romanos em homenagem a Saturno, o deus da colheita. No dia 25 os romanos comemoravam o Natalis Invictus Solis – o Nascimento do Sol Invicto, em função do solstício de inverno no hemisfério norte, época em que o Sol se encontra mais afastado do Equador e parece, naqueles dias, fraco e estacionado no céu, porém pronto para ressurgir mais forte e trazer vida à Terra. Esta festa dos adoradores do sol, a maior do mundo pagão, rivalizava com o cristianismo. Como os pagãos comemoravam a festa comendo pão, consagrados a Saturno, os cristãos de então tiveram a ideia de proclamar 25 de dezembro como o dia natalício do Senhor, já que Ele é o Pão da Vida (Jo 6:48). Para reforçar a data e incentivar a troca do deus- sol pela Luz do mundo (Jo 9:5), os cristãos passaram a proclamar aquele dia como o Dia do Nascimento do Sol da Justiça, porque em Malaquias 4:2a está escrito: “Mas para vós que temeis o meu Nome nascerá o Sol da Justiça e salvação trará debaixo das suas asas”. Com isto, a festa pagã foi absorvida pelo cristianismo, assim como os novos convertidos vindos do paganismo, até extinguir totalmente aquele culto pagão. A escolha desta data foi muito criticada pelos cristãos egípcios, sírios e armênios – as Igrejas do Oriente – que preferiam comemorar o nascimento de Cristo em 6 de janeiro, para não confundi-la com nenhum culto pagão. Foi o início da polêmica. Porém, todos os estudiosos, inclusive não-cristãos, concordam que Jesus não nasceu em nenhuma destas datas, por ser época do inverno. Seria impossível aos pastores estar pernoitando ao ar livre com seus rebanhos porque, além do frio, naquela época do ano também chove muito e, como diz a Bíblia, “é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora” (Ed 10:13). Tampouco o recenseamento, que obrigou José e Maria a viajar a Belém, teria sido convocado em um período de difícil locomoção. Vários estudos, pesquisas e cálculos já foram feitos para apontar o mês em que o Salvador nasceu, e os resultados são diversos: abril, maio, setembro ou outubro. Na verdade, Deus ocultou o conhecimento de tal Dia porque, desde que Ele veio, morreu e ressuscitou, Seu nascimento ocorre no exato momento em que a pessoa O recebe como Único Salvador, Cristo e Senhor. O SALVADOR, QUE É CRISTO, O SENHOR. O nome Cristo é a versão grega da palavra hebraica Meshihâ, que quer dizer “o Ungido”. De Meshihâ derivou a palavra Messias. Observe a Trindade no Nome: “o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. MANJEDOURA. É notável que Cristo, “O Rei dos reis” (Ap 17:14), que teve o Seu nascimento planejado há milhares de anos, tenha preferido um berço improvisado numa manjedoura a um berço de ouro em um palácio. Mais do que uma marca de humildade, ao ser colocado na manjedoura – um cocho de madeira onde o gado se alimenta –, o Senhor já mostrava que o Seu corpo estava sendo destinado como alimento para o mundo (Jo 6:51). Também é profundamente significativo que a madeira estivesse ligada à vida do “carpinteiro”, tanto no início como no fim da Sua jornada terrestre: trinta e três anos depois de Seu nascimento, ao levar a Cruz nas costas, Ele Se comparou ao madeiro e disse às mulheres que choravam por causa da Sua condenação: “Se ao madeiro verde fazem isto, o que se fará ao seco?” (Lc 23:31).
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