segunda-feira, 18 de maio de 2015

A justa retribuição de Deus

A justa retribuição de Deus

Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" com nossos corações cheios de alegria, aquela alegria que só o Senhor Deus nos dá. Alegramo-nos porque o nosso projeto de estudarmos a Bíblia toda segue com segurança e estamos estudando novamente mais um trecho importante do antigo Testamento, especificamente as visões proféticas que foram registradas por Zacarias. Alegramo-nos também pelas correspondências que têm chegado até nós dando-nos o retorno e testemunhando sobre o valor do nosso programa. Somos gratos pelo privilégio de podemos a cada dia compartilharmos a Palavra de Deus com você. Hoje eu registro o e-mail que a Adriana nos enviou da cidade de Londrina, no estado do Paraná. Foi essa a sua mensagem: 1199“A Paz do Senhor Jesus. Pr. Itamir, louvo a Deus, pois existem pessoas como o senhor ainda neste mundo, espero que Deus o Preserve por muitos anos. Tenho tido sede de conhecer mais e mais a Palavra de Deus e gostaria de saber se há alguma ligação entre as palavras: imprecação, oração, intercessão, petição e suplica. Muito obrigada.” Adriana Santos- Londrina – PR -email. Querida irmã obrigado por seu e-mail e por suas palavras de apoio e incentivo. De fato, temos pedido a Deus que use o que aqui é transmitido para moldar o nosso caráter ao caráter de Jesus Cristo. Como lhe respondi todas essas palavras referem-se à pratica da oração. Intercedemos quando oramos em favor de alguém. Suplicamos quando clamamos e derramamos nosso coração diante do Senhor. Pedimos, colocamos nossa petição diante de Deus pedindo dele sua solução para um problema que nos deixa perplexos sem saber como agir. Oramos para manter comunhão com o Senhor, louvando-o, adorando-o, contando para ele, embora ele saiba, as nossas questões Também ao orarmos confessamos nossos pecados e pedimos o seu perdão. No caso das orações imprecatórias, elas refletem mais o ambiente do Antigo Testamento quanto o fiel pedia a Deus que castigasse severamente aquele que tinha era considerado seu inimigo. São orações em que se pede que Deus derrame a sua ira contra os inimigos, como o Sl 69.19-25 e 109. Nós cristãos, que andamos na Nova Aliança não devemos desejar o mal para ninguém. Podemos orar e devemos deixar nas mãos de Deus o malfeito que porventura nos fizerem. Devemos orar, sim, para mais pessoas se arrependam e se voltem para Deus, que é rico em perdoar. Podemos orar intercedendo por ministérios e por pessoas. E aproveitando essa oportunidade, peço as orações de você afim de que os nossos estudos e reflexões possam ser abençoadores para vocês que nos ouvem. Exatamente para isso convido você e a todos que estão sintonizados conosco nesse momento a orarmos falando com Deus a respeito desse projeto de estudarmos toda a Bíblia. Vamos orar: "Pai querido, chegamos à tua presença agradecidos porque a tua misericórdia dura para sempre. Agradecidos porque a tua misericórdia se renova constantemente sobre as nossas vidas. Agradecidos porque pela tua misericórdia o Senhor apaga de nós as nossas transgressões. Senhor, conforme a tua vontade, atende a necessidade de cada um de nós que te buscamos nessa hora. Senhor, conceda-nos também a iluminação do teu Espírito para essa hora de estudo. Nós oramos, em nome de Jesus, Amém!". Querido amigo hoje temos como propósito estudarmos a sexta visão que Deus concedeu ao seu profeta Zacarias. Vamos estudar Zc 5.1-4. Esta é a visão do “rolo voador” ou “livro em forma de rolo, que voava”. Mas, antes de refletirmos sobre essa visão creio que será muito bom relembrarmos de modo geral essa maneira especial de Deus revelar-se ao seu povo através de visões que ele concedeu ao seu profeta. É importante relembrarmos que nesses capítulos iniciais, de 1.7 a 6.8 temos o registro de oito visões que o Senhor concedeu ao seu profeta. Como temos visto até agora são visões com símbolos fortes, com figuras misteriosas que foram paulatinamente sendo interpretadas e comunicadas a Zacarias pelo “anjo intérprete”. Nessas visões foram sendo apresentadas mensagens que se referiam ao povo que recentemente tinham voltado para a Palestina, mas também essas mesmas mensagens referiam-se a época do Messias nas suas duas vindas. E, conforme o Manual Bíblico de Mapas e Gráficos (2003, p. 225), assim como os outros profetas, Zacarias viu apenas os pontos altos do programa de Deus, sem vislumbrar e revelar os detalhes das partes mais profundas desse mesmo programa divino. As visões de Zacarias tinham um significado histórico para os seus dias, mas também tinha um significado para os dias futuros, porém a mensagem era uma só Deus salvará o seu povo arrependido, trazendo seu julgamento contra o perverso. Em resumo podemos formar esse quadro das visões do Profeta Zacarias: VISÃO SIGNIFICADO 1. Homem e cavalo entre a murteira (1.8) O Senhor voltará a ser misericordioso com Jerusalém (1.14, 16-17) 2. Quatro chifres e quatro ferreiros (1.18-20) Aqueles que dispersaram Judá serão lançados fora (1.21) 3. Homem com cordel de medir (2.1) Deus será um muro de fogo protetor ao redor de Jerusalém (2.3-5) 4. Purificação do sumo sacerdotes Josué (3.4) O Servo, o Renovo, vem para salvar (3.8-9) 5. Candelabro de ouro e as duas oliveiras (4.2-3) O Senhor encoraja Zorobabel dando o seu Espírito para a obra (4.6) 6. O rolo voador (5.1) A desonestidade e impiedade é amaldiçoada (5.3) 7. Mulher dentro da cesta (5.6-7) A perversidade será removida (5.9) 8. Quatro carros (6.1) Os ventos (espíritos) celestes executam o julgamento de toda a terra (6.5-7) De, fato, quando contemplamos de modo geral esse quadro percebemos que a sua abrangência é bem maior do que uma mensagem apenas para aqueles dias do retorno de Judá à Palestina. É certo que aqueles que ouviram o relato dessas visões em primeiro lugar aplicaram essas verdades ao seu contexto, mas é certo também entendermos e termos certeza de que diante de Deus o nosso proceder está sendo considerado. Se andarmos bem, seremos abençoados; se andarmos erroneamente enfrentaremos o justo juízo de Deus. Depois dessas considerações sobre o quadro geral das visões dadas ao profeta Zacarias, é possível percebermos que essas visões para aqueles dias transmitiram uma mensagem de esperança e ânimo para o povo que estava desanimado diante da grande tarefa da reconstrução do templo de Jerusalém, mas ao mesmo tempo transmitiram a mensagem da justa retribuição divina. A justiça divina contra os que pecaram, contra os que andavam contrariamente à sua lei e aos seus princípios não tardaria. Os judeus não estavam apenas desanimados, mas estavam temerosos pelos inimigos, mas tinham que saber que a mão de Deus ao abençoá-los puniria os que não o obedecem. Nessa visão então temos mais encorajamento, com bênçãos prometidas e maldições consequentes aos erros cometidos: Vamos agora atentar para esta sexta visão: A visão do rolo que voava (conf. 5:1-4) Nesta visão, Zacarias viu um rolo voante que mediu 20 x 10 côvados, ou aproximadamente 9 metros por 4,5 metros (5:1-2). Esta visão pode facilmente ser dividida em duas partes: A primeira parte onde o profeta registra o que viu e a segunda parte onde ele registra o significado dessa mensagem divina. Este rolo representava a maldição contra os malfeitores, enviada pelo próprio Senhor, mostrando que todo o pecado será castigado, mostrando que Deus zela pelo seu povo (5:3-4). O tema do juízo divino, da sua justa retribuição também foi abordado pelo apóstolo Paulo. Quando Paulo escreveu à igreja de Tessalônica, ele comentou sobre as pessoas que perseguiam Jesus e seus discípulos, e disse que estavam enchendo sempre a medida de seus pecados (conf. 1Ts 2:16). Compreendendo o sentido dessa frase, entenderemos melhor o juízo de Deus. Linguagem semelhante aparece algumas outras vezes na Bíblia. Em Gênesis 15, Deus prometeu que os descendentes de Abrão, depois de servir como escravos num outro país tomariam posse da terra de Canaã. A promessa não seria cumprida antes porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus (conf. Gn 15:16). Deus já tinha visto o pecado desse povo, mas estava esperando mais alguns séculos antes de trazer o castigo contra ele. Ele sabia que a maldade do povo ultrapassaria o limite de sua paciência. Deus é longânimo, mas não inocenta o culpado (Êxodo 34:6-7). Essa é uma verdade que temos que assimilar, pois somente assim podemos entender um texto como essa em que Zacarias registra essa visão do “rolo voador”. Vamos, então, estudar este texto dando-lhe o seguinte título: A justa retribuição de Deus Zc 5.1-4 Introdução Ao introduzirmos as nossas reflexões específicas sobre esse texto e sobre esse tema é necessário lembrarmos que temos um Deus justo que retribui nossas ações conforme sua justiça. A mensagem aqui é que os pecadores e iníquos serão castigados, porque a bênção divina somente virá ao se afastar a iniquidade. Para a maioria dos seres humanos pensar e imaginar sobre a manifestação da ira divina é algo amedrontador. Normalmente as pregações evitam esse assunto, ele é totalmente negligenciado em muitos púlpitos, pois não atraem muitos ouvintes. Os que ouvem mensagens sobre esse tema ficam impressionados. Porém esse é um tema recorrente tanto no antigo como no Novo Testamento. O Senhor Jesus contou-nos duas parábolas sobre esse tema (conf. Mt 22.1-14 e Lc 14.15-24). Em ambas as parábolas da “festa” esse tema é ressaltado. Em Lucas, o anfitrião enraivece-se pela desdenhosa rejeição da sua bondade e declara definitivamente que nenhum daqueles homens que foram convidados provará da minha ceia (Lucas 14:21, 24). Na parábola registrada por Mateus, a ira do rei é grande. Furioso com aqueles que desprezaram sua festa e brutalizaram seus mensageiros, ele envia seus exércitos para destruir tanto eles como sua cidade, talvez uma referência à destruição de Jerusalém, pelos romanos, em 70 dC. (conf. Mateus 22:7). E se a punição do homem sem vestimenta adequada parece branda, em comparação (Mateus 22:13), precisamos lembrar que Jesus freqüentemente usou estas mesmas palavras para descrever o julgamento dos ímpios (Mateus 8:12; 25:30). Eles serão sinistros, com angústia eterna. Quando Jesus censurou os fariseus, ele comparou a iniqüidade deles com a rebeldia dos judeus do passado. Enquanto os fariseus se identificavam com os profetas, Jesus os comparou com os assassinos dos profetas. Ele disse: Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei, pois, a medida de vossos pais (Mateus 23:31-32). No contexto, não há dúvida que Jesus está lhes advertindo sobre o juízo vindouro. Desde capítulo 21 até ao capítulo 25 de Mateus, Jesus enfrentou a hipocrisia dos líderes judeus com desafios diretos, profecias e parábolas que nitidamente atacaram os pecados desses homens e avisaram sobre o castigo futuro. Encher a medida dos pais é a mesma coisa de continuar na rebeldia até que chegue o julgamento. Deus vendo o pecado dos ímpios contra Cristo, contra os cristãos e contra as pessoas do mundo que necessitam do evangelho, resolveu trazer sua ira sobre esses inimigos. Os homens facilmente se enganam, achando que a demora no castigo mostra que Deus não pretende punir os pecadores. Ele é longânimo, mas quando os ímpios enchem a medida dos pecados, ele os castiga (Leia 2Pe 3:1-18) Agora, vou ler todo o texto sobre o qual iremos refletir e peço sua atenção para a Palavra de Deus. Leio Zc 5.1-4. Diz assim a Palavra de Deus 5.1 Tornei a levantar os olhos e vi, e eis um rolo voante. 5.2 Perguntou-me o anjo: Que vês? Eu respondi: vejo um rolo voante, que tem vinte côvados de comprimento e dez de largura. 5.  Então, me disse: Esta é a maldição que sai pela face de toda a terra, porque qualquer que furtar será expulso segundo a maldição, e qualquer que jurar falsamente será expulso também segundo a mesma. 5.4 Fá-la-ei sair, diz o SENHOR dos Exércitos, e a farei entrar na casa do ladrão e na casa do que jurar falsamente pelo meu nome; nela, pernoitará e consumirá a sua madeira e as suas pedras. Muito bem, depois dessa leitura, com base nessas palavras inspiradas vamos iniciar nossas reflexões sobre essa quinta visão que nos traz como princípio, em resumo, essa afirmação: Somente Deus através da sua justa retribuição pode nos encorajar mostrando que os ímpios serão punidos. Neste texto encontramos sete detalhes sobre a visão que mostra que Deus punindo os ímpios, concede seu encorajamento ao seu povo: O primeiro detalhe refere-se ao panorama da visão Zacarias registrou que teve ainda outra visão. Essa ênfase que ele dá nos faz perceber que provavelmente, como dissemos anteriormente, essas visões ocorreram na mesma noite, isto é, no vigésimo quarto dia do décimo primeiro mês, correspondente aos meses de janeiro-fevereiro do segundo ano de Dario, em 15 de fevereiro de 519 aC. Zacarias registra que viu um livro em forma de rolo, que estava voando. O segundo detalhe refere-se aos personagens da visão Embora o rolo que estava voando não seja um personagem, vale a pena notarmos que ele estava em movimento, como um ser vivo. Então, temos dois personagens nessa visão: Zacarias, o profeta e o anjo intérprete, mas, além deles, temos a voz do Senhor dos Exércitos que proferiu a maldição contra os que juram falsamente. O terceiro detalhe refere-se às perguntas e respostas para entender a visão Conforme o verso dois o anjo perguntou a Zacarias o que ele estava vendo. Essa foi a única pergunta do texto e Zacarias então respondeu que estava vendo um rolo voando. Certamente este rolo estava aberto, para que todos vissem o que estava escrito, qual era o conteúdo das suas palavras. O quarto detalhe refere-se à descrição da visão Zacarias, o profeta, descreveu as medidas do rolo voador: ele tinha nove metros de comprimento por quatro metros e meio de largura, uma metragem muito grande, mas a mesma medida que as portas do Templo de Salomão (conf. 1Rs 6.3). Nesse rolo estavam escritas as maldições contra os ímpios, contra os culpados especialmente dos crimes de roubo, perjúrio, crimes que se tornaram comuns naquela comunidade castigada pela pobreza, crimes contra o próximo e contra Deus. O quinto detalhe refere-se ao significado da visão A cuidadosa proteção de Deus não é uma licença para o pecado nem imunidade contra as suas conseqüências. O fato de que o rolo voava quer dizer a iminência do juízo divino contra os pecados e, o seu vôo pelo céu significou que o justo juízo sempre procede de Deus que é santo e justo em suas manifestações. O sexto detalhe refere-se às lições percebidas na visãoAs palavras dos versos 3 e 4, pronunciadas pelo anjo intérprete, palavras contra os que furtavam e contra os que juravam falsamente são palavras de advertência dirigidas contra os que praticam o males contra os santos de Deus. Qual é sua posição? Você tem praticado males contra os servos de Deus? Ou, você tem sofrido nas mãos dos maldosos? Nos dois casos, devemos estar conscientes de que Deus é compassivo, mas não deixa o mal impune. O sétimo detalhe refere-se às aplicações da visão às nossas vidas. A santidade de Deus não suporta o pecado. Por isso mesmo, por toda a Bíblia, encontramos os diferentes meios e maneiras pelas quais os autores sagrados assinalam, destacam, descrevem, enfatizam e denunciam o pecado advertindo todos os homens de todas as épocas a abandonarem e rejeitarem a prática pecaminosa herdada dos nossos pais (conf. 1Pe 1.18). O pecado não pode estar mesclado, ligado a pureza e a santidade de Deus. O cristão verdadeiro deve estar num processo continuo de purificação, de santificação. Quando um cristão cai em pecado, cai sobre ele uma mancha que é vista por todo o mundo. É visível o pecado na vida daquele que já morreu para o pecado (conf. Rm 6.1-4). Por esta razão o cristão deve continuamente lutar contra o pecado em sua vida. Você tem mantido essa luta contra a sua velha natureza? Conclusão Querido amigo, ao concluirmos nossa reflexão podemos afirmar que ninguém com bom senso roubaria um bom amigo, nem juraria em nome de Deus se o amasse verdadeiramente. O cristão verdadeiro tem outro procedimento. O castigo apresentado por esse rolo voador é um só: esse tal será excluído. A maldição entrará em sua casa, e, não só ele sofrerá, mas sua descendência será completamente eliminada. Que o Senhor te abençoe, um forte abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia

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