segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Espírito de Deus faz toda a diferença

O Espírito de Deus faz toda a diferença

Olá amigo é com grande prazer e satisfação que iniciamos mais um programa da série "Através da Bíblia". Somos gratos a você que tem nos acompanhado fielmente pela oportunidade que temos de passarmos esse tempo juntos estudando a Palavra de Deus. Nos sentimos privilegiados quando recebemos as correspondências que vocês nos enviam contando-nos suas experiências com Deus através do nosso programa. Por isso compartilhamos agora um e-mail da Sandra que nos escreveu de Jandira, no estado de São Paulo. Foi essa a sua mensagem: 1198“Sou ouvinte da Rádio Nova Difusora de Osasco e ouço a programação da RTM. Gosto muito da programação e aprendo muito, realmente é uma benção. Aprecio a forma como é conduzida a programação, pois vejo que o interesse de vocês é anunciar a Palavra de DEUS sem falar em denominações religiosas e principalmente em dinheiro. Tenho uma curiosidade e gostaria que vocês me esclarecessem, parece bobagem, mas é uma curiosidade minha. Gostaria de saber se vocês têm conhecimento de alguma citação ou passagem na Bíblia que diz que JESUS sorriu ou se ele era uma pessoa alegre. Fico no aguardo de uma resposta e desde já agradeço pela atenção” Sandra Cavalcante – Jandira – SP – email Querida irmão parabéns pelo seu interesse em dedicar alguns minutos durante o dia para ouvir a Palavra de Deus. Agradecemos também suas palavras amáveis. Quanto à sua pergunta, como lhe respondi creio que podemos afirmar que Jesus era uma pessoa alegre e de bom humor, embora não tenhamos um versículo especifico se Jesus sorriu, a profecia de Is 53.11 diz que o Senhor ficaria satisfeito com o seu trabalho. Temos também a citação de Lucas de que Jesus exultou no espírito (conf. Lc 10.21) e, além disso, temos a própria palavra de Jesus durante a última ceia quando ele disse que o seu desejo é que seus discípulos tivessem a sua alegria e que ela fosse uma alegria completa (conf. Jo15.11). Querida irmã, mais uma vez muito obrigado por suas palavras. Elas são um incentivo para nós e demonstram a comunhão cristã. Contamos com sua parceria, escrevendo para nos contar como o programa tem chegado até você e contamos com você também unindo-se a nós em oração, pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a sua atenção nesse momento. Quero convidá-la a elevar a Deus a nossa oração: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de abrirmos a sua palavra e juntos ouvirmos a sua voz. Senhor necessitamos da iluminação do teu Espírito. Senhor obrigado porque tu nos ouves e respondes as nossas orações. Por isso oramos em nome de Jesus, Amém". Querido amigo hoje estudamos o capítulo quatro de Zacarias. Está é a quinta visão que Deus concedeu ao seu profeta. Vamos estudar Zc 4.1-14. É a visão do Candelabro entre Duas Oliveiras. O texto apresenta-nos um relato interessante, pois nos mostra que o anjo teve que despertar Zacarias para esta visão, na qual ele viu um candelabro de ouro com sete lâmpadas recebendo azeite de duas oliveiras (4:1-3). O anjo explicou que a visão significava a força dada a Zorobabel pelo Espírito de Deus para completar sua missão, tirando qualquer obstáculo na construção do templo (4:4-10) Zacarias perguntou sobre o significado das duas oliveiras, e recebeu a resposta de que representam os dois ungidos que serviam ao Senhor (4:11-14). É interessante notarmos alguns detalhes importantes para que compreendamos o conjunto do texto: 1. No Antigo Testamento, os líderes religiosos (sacerdotes) e os líderes do governo (reis) foram ungidos (cf. Êxodo 30:30; 2 Reis 9:3) 2. Nessas visões, Deus mostrou seu apoio para os líderes em Jerusalém: o sumo sacerdote, Josué (3:1-8), e o governador, Zorobabel (4:6-10) 3. No capítulo 6, o Senhor juntará os ofícios de sacerdote e rei em outra profecia messiânica (6:12-13) Assim com esses primeiros esclarecimentos, podemos estudar este texto dando-lhe o seguinte título: O Espírito de Deus faz toda a diferença Zc 4.1-14 Introdução Como sabemos, o povo de Judá que voltara do exílio, em virtude da oposição dos samaritanos que tiveram o respaldo do imperador Dario, ficaram durante dezesseis anos sem trabalharem na reconstrução do templo. A frieza espiritual se instalou no coração dos líderes e do povo e Deus teve que usar Ageu e Zacarias para despertá-los para a sua tarefa. Além de ser vontade de Deus essa reconstrução, o próprio imperador Ciro ao decretar a volta dos judeus para sua terra afirmara que eles voltariam para cumprir essa tarefa (conf. 2Cr 36.22-23). Portanto, com as palavras de Ageu e agora de Zacarias os judeus não deveriam ficar esperando mais. Deveriam estar mobilizados e encorajados para desempenharem o seu papel. Porém ao realizarem suas responsabilidades deveriam ter como força o Espírito de Deus e não a força humana. Esse era o sentido dessa visão especial para o povo de Deus. Vou ler todo o texto sobre o qual iremos refletir e peço sua atenção para a Palavra de Deus. Leio Zc 4.1-14. Diz assim a Palavra de Deus 4.1 Tornou o anjo que falava comigo e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono, 2 e me perguntou: Que vês? Respondi: olho, e eis um candelabro todo de ouro e um vaso de azeite em cima com as suas sete lâmpadas e sete tubos, um para cada uma das lâmpadas que estão em cima do candelabro. 3 Junto a este, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda. 4 Então, perguntei ao anjo que falava comigo: meu senhor, que é isto? 5 Respondeu-me o anjo que falava comigo: Não sabes tu que é isto? Respondi: não, meu senhor. 6 Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. 7 Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela! 8 Novamente, me veio a palavra do SENHOR, dizendo: 9 As mãos de Zorobabel lançaram os fundamentos desta casa, elas mesmas a acabarão, para que saibais que o SENHOR dos Exércitos é quem me enviou a vós outros. 10 Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra. 11 Prossegui e lhe perguntei: que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do candelabro? 12 Tornando a falar-lhe, perguntei: que são aqueles dois raminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro, que vertem de si azeite dourado? 13 Ele me respondeu: Não sabes que é isto? Eu disse: não, meu senhor. 14 Então, ele disse: São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra. Muito bem, depois dessa leitura, com base nessas palavras inspiradas vamos iniciar nossas reflexões sobre essa quarta visão que nos traz como princípio, em resumo, essa afirmação: Somente Deus através do seu Espírito Santo pode nos conceder força suficiente para realizarmos as tarefas para as quais nos designou: Neste texto encontramos sete detalhes sobre a visão que mostra que a força para realizarmos as obras de Deus deve vir do Espírito Santo: O primeiro detalhe refere-se ao panorama da visão Nessa quinta visão Zacarias viu um candelabro de ouro alimentado por duas oliveiras. Esse candelabro era uma lâmpada, uma lamparina de sete braços. Esse candelabro é conhecido até hoje como a Menorá (do hebraico מנורה - menorah - "lâmpada, candelabro"), um dos principais e mais difundidos símbolos do judaísmo. Originalmente era um objeto constituído de ouro batido, maciço e puro, feito por Moisés para ser colocado dentro do Santo Lugar - átrio intermediário entre o Átrio Exterior do Santuário e o Santo dos Santos - juntamente com o Altar de Incenso e a Mesa dos Pães da Proposição. Alguns entendem que simboliza os arbustos em chamas, a sarça ardente, que Moisés viu no Monte Sinai, quando Deus o chamou. A Menorá existia tanto no Tabernáculo quanto no Primeiro e, posteriormente, no Segundo Templo. Só no ano 70 d.C., com a invasão romana a Jerusalém e a destruição do Templo, a Menorá foi levada pelos invasores para Roma. Atualmente, a Menorá constitui um símbolo do Estado de Israel, juntamente com a Estrela de Davi. Essa visão do candelabro e as duas oliveiras que estavam ao seu lado era uma visão importantíssima para aquela ocasião. Transmitia motivação e a autoridade para os ungidos, as duas oliveiras e transmitia também esperança para o povo de Judá que voltara do exílio e tinha como tarefa principal reconstruir o templo e reiniciar a vida nacional. O segundo detalhe refere-se aos personagens da visão Os personagens aqui anunciados são: Em primeiro lugar, Zacarias, o profeta, que diante da visão ficou extasiado e perplexo. Caiu quase que desmaiado diante de tanta glória da visão e que perguntou e dialogou com o seu interprete. Em segundo lugar, o anjo intérprete que acordou Zacarias do estado de perplexidade em que se encontrava e que estimulou o profeta perguntando se ele entendia o que estava vendo. Na visão, ou na interpretação da visão Zacarias ficou sabendo que as oliveiras que ladeavam o candelabro simbolizavam Zorobabel e Josué, as autoridades que lideravam o povo naquele princípio de retomada da vida nacional. O terceiro detalhe refere-se às perguntas e respostas para entender a visão A primeira pergunta quem fez foi o anjo intérprete e assim iniciou o seguinte diálogo, conforme os versos 2 a 5: 4.2 O anjo perguntou a Zacarias: — O que é que você está vendo? O profeta respondeu: — Eu estou vendo um candelabro de ouro e em cima dele um vaso para o azeite; há sete lamparinas no candelabro, e há sete tubos por onde o azeite chega até as lamparinas. E continuou: 4.3 Perto do candelabro, estou vendo duas oliveiras, uma de cada lado. Depois disso, depois dessa descrição 4. 4   Foi a vez de Zacarias perguntar. Ele dirigiu-se ao anjo: — Meu senhor, o que quer dizer isso? O anjo lhe respondeu com uma pergunta: 4.5 — Você não sabe? E, humildemente Zacarias respondeu — Não, senhor, eu não sei o que isso significa. Depois desse primeiro momento de conversa, o anjo passou a Zacarias a mensagem que deveria transmitir, conforme os versos 8, 9 e 10. No verso 11 temos mais uma pergunta de Zacarias: - O que querem dizer as duas oliveiras, uma de cada lado do candelabro? E ainda acrescentou à sua pergunta: — E o que querem dizer os dois ramos da oliveira, que estão perto dos dois tubos de ouro por onde passa o azeite? O anjo novamente desafiou Zacarias perguntando-lhe 4.13 — E você não sabe? — e, de novo Zacarias com sua peculiar humildade respondeu. — Não, senhor, eu não o significado daqueles dois ramos! E graças a Deus o profeta não ficou sem resposta. O significado da visão foi revelado a Zacarias para que pudesse ministrar ao povo. Esse é o padrão divino. Ele sempre se coloca à disposição do seu povo para que entendamos a sua palavra. O quarto detalhe refere-se à descrição da visão Zacarias teve a oportunidade de ver algo espetacular. O profeta de Deus ficou caído, ficou num estado semelhante ao dos discípulos de Jesus quando contemplaram a sua glória no monte da Transfiguração. Lá, Pedro, João e Tiago, ficaram perplexos, maravilhados, amedrontados diante da visão da glória do Senhor (conf. Mt 17;1-7; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36). Por isso, foi necessário que o anjo interprete despertasse Zacarias daquele estado de perplexidade em que estava. O quinto detalhe refere-se ao significado da visão Essa visão foi mostrada a Zacarias com o propósito de infundir valor, com o propósito de valorizar as autoridades civis e religiosas dos recém chegados de volta à Palestina. Em essência esta visão mostra o Espírito do Senhor sobre Zorobabel, o governador e sobre Josué, o sumo sacerdote de Judá que tinham voltado do exílio babilônio. A comunidade judaica restaurada receberia a graça divina para completar a obra iniciada. Conforme o 4.14, depois da pergunta de Zacarias, o anjo então explicou: — Os ramos de oliveiras que ladeavam o candelabro representam os dois homens que foram escolhidos e ungidos para servir o Senhor. Representavam Zorobabel e Josué as autoridades judaicas do momento. Zorobabel era príncipe da dinastia davídica, herdeiro do poder real. Ele era o governador, que tinha, juntamente com Josué o sumo sacerdote, conduzido os cinquenta mil de volta a Jerusalém e iniciado a tarefa da reconstrução do templo (conf. Ed 3.8; 5.2; Ag 2.20-23). Temos então três observações: 1) O candelabro era construído de um material sólido e fino como o ouro. Simbolizava a própria presença de Deus, além disso, simbolizava a sua santidade e a consistência do seu caráter moral. As sete lâmpadas simbolizavam a luz completa e perfeita 2) O vaso de azeite era um símbolo da constância do combustível para o ministério, e era uma fonte de poder. Sem azeite as lâmpadas se apagam, e a ausência da luz impedia a realização do serviço no templo. 3) As duas oliveiras que ladeavam o candelabro davam a origem ao azeite que se usava como combustível para as lâmpadas, uma de cada lado do candelabro. Significam a segurança de um ministério permanente, eram o encorajamento necessário para os líderes. Era a motivação necessária, pois os líderes e o povo tinham perdido toda vontade de reconstruir o templo, centro de adoração a Yahweh. O sexto detalhe refere-se às lições percebidas na visão Para percebermos a lição dessa visão é necessário destacarmos o verso seis. Talvez esse seja o texto mais conhecido e mais citado do livro. Devido a ênfase que tem se dado ao ministério do Espírito Santo em nossos dias, essa declaração é uma jóia bíblica que tem encorajado muitos cristãos. Josué e Zorobabel eram os ungidos de Deus para dirigir e motiva um povo passivo sem ânimo para trabalhar. Ageu e Zacarias tinham a missão divina de apelar para que reconstruíssem o templo, mas, reconstruíssem também a adoração correta que brota de um coração limpo e honesto diante de Deus. Os judeus já estavam de volta a dezesseis anos em Jerusalém, já tinham reconstruído suas casas, mas tinham deixando o templo de lado. Agora deveriam se motivar e trabalhar. Mas, tinham que saber que o trabalho, o cumprimento da missão que Deus lhes dera deveria ser realizada conforme o que Deus lhes dera. Recomeçar era um fato marcante, pois não contavam com exército para defendê-los e nem tinham espadas suficientes para se defenderem, mas tinham algo superior! Tinham o Espírito do Senhor. Por isso a palavra de Zacarias para todo o povo foi: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos (conf. 4.6) Essa é uma lição que necessitamos aplicar constantemente em nossas vida e nossos ministérios. O sétimo detalhe refere-se às aplicações da visão às nossas vidas. Enquanto na visão anterior Josué foi destacado, aqui é Zorobabel que merece destaque. Essa era uma demonstração de que eram eles os líderes dessa obra de restauração. Esse trabalho seria impossível sem a força do Senhor. Não a força humana, mas o poder do Espírito Santo. A reconstrução exigia pedras que vinham das montanhas. Lavrar pedras boas para reconstruir era uma tarefa árdua. A cena nos mostra Zorobabel lançando os fundamentos, mas tendo a promessa de que ele teria a obra completada sob o seu comando. No verso 10 repreende-se aqueles que não deram importância para aquele reinicio difícil, porém esses serão frustrados, pois o Senhor contempla a sua obra para abençoá-la e concluí-la. Você é dos que veem pela fé o final da obra, por causa da presença do Senhor ou diante do começo difícil logo desiste? Conclusão Concluo essa reflexão chamando a sua atenção para o verso sete. Quando Deus está conosco não há empecilhos que nos impeçam de fazer aquilo para o que dele nos designou. Por isso Zorobabel se alegrou pela reconstrução: Haja graça e graça para ela! Querido amigo que o Senhor te abençoe e que você valorize as tarefas difíceis e que começam humildemente. Um abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia

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