O zelo do Senhor pelo seu povo
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Estamos iniciando os nossos estudos nas profecias de Zacarias. E, hoje vamos estudar a primeira das oito visões que o profeta teve em que estimulava o povo que tinha voltado do exílio a voltarem-se para o Senhor. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você já abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo da Palavra de Deus. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. É exatamente isso que o nosso irmão Jonas da cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará 1193 “Graça e paz! Estou ouvindo todos os dias seus estudos, no programa Através da Bíblia. Tenho uma dúvida. Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gênesis 1:26). O homem foi criado, e dele, da sua costela, Deus formou a mulher. A trindade é composta, do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Então eu pergunto: O homem foi feito a imagem de Deus. E a mulher? Foi feita semelhante a qual imagem? No mais, a paz do Senhor que excede todo o entendimento. Seu servo em Cristo”. Jonas Girão – Fortaleza–CE - email. Querido obrigado por sua audiência. Obrigado por suas orações, pois através das orações de cada um de vocês temos pedido que Deus nos dê o privilégio de alcançarmos três objetivos: 1) que as nossas vidas glorifiquem cada dia mais a Deus; 2) que muitos irmãos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais maduro e equilibrado, e, 3) que muitos amigos percebam a necessidade que têm e encontrem a salvação em Jesus Cristo. Muito obrigado por sua confiança. Em relação à sua pergunta, como lhe respondi, a mulher também foi feita à imagem e semelhança de Deus. Devemos lembrar que o capítulo primeiro de Genesis é uma descrição geral dos seis dias da criação e a partir do verso 4 do capítulo temos o detalhamento da criação do ser humano. Quando em 1.26 e 27 Deus criou-nos à sua imagem e semelhança ele criou homem e mulher e, além de nos criar, nos abençoou também. Por isso e por nos ter dado o Senhor Jesus como a maior prova do seu amor Deus deve ser louvado e engrandecido em nossas vidas. E, por isso mesmo, buscamos a presença do Senhor para louvá-lo e pedir suas bênçãos: "Pai amado, somos gratos por teu amor e pela salvação que tu nos dás. Pai buscamos a iluminação do teu Espírito. Senhor necessitamos ouvir a tua voz. Fale conosco pela tua palavra. Oramos em nome de Jesus. Amém!" Querido amigo, hoje temos como propósito estudarmos a primeira visão que Zacarias teve. Vamos estudar Zc 1.7-17. Em relação a esta primeira visão podemos perceber que a data desta visão ficou claramente registrada. A visão ocorreu no 2º ano, 11º mês, 24º dia, provavelmente em 15 de fevereiro, provavelmente no ano de 519 a.C. Nessa sua primeira visão, Zacarias viu um homem montado num cavalo vermelho. Esse cavaleiro estava com seu animal entre as murteiras de um vale, a ainda haviam outros cavalos de cores diferentes atrás dele (conf. v. 8). Para que pudesse entender, Zacarias perguntou para o anjo sobre o significado da visão (v. 9). O homem que estava entre as murteiras explicou que o Senhor havia enviado os cavalos a percorrerem a terra (v. 10). A resposta foi bem objetiva. Eles encontraram a terra em paz (1:11). Mas essa resposta não foi de modo geral uma resposta satisfatória. Exatamente por isso, o anjo do Senhor perguntou para Deus: ... até quando não terás compaixão de Jerusalém...? (1:12). Para compreender esta pergunta, precisamos entender por que o relato da tranquilidade da terra (1:11) não foi recebido como uma boa notícia. Dois meses antes, Deus havia prometido abalar a terra para dar paz ao povo em Jerusalém (conf. Ag 2:6-9). Se a terra com suas nações ainda estavam tranquilas, Deus ainda não tinha dado paz ao povo dele. Será que, enfim haveria esperança para o povo de Deus? Deus respondeu ao anjo que estava com Zacarias, assegurando-lhe que realmente estava agindo pelos menos duas maneiras: 1) Para mostrar compaixão, proteger e abençoar Jerusalém (esta promessa incluía a edificação do templo e a proteção da cidade (conf. v.16). 2) Para castigar as nações que oprimiam o povo dele, assim cumprindo a promessa feita por meio de Ageu dois meses antes (conf. v.17) É importante reconhecer que esta visão e sua interpretação são fundamentais para o entendimento das mensagens de Zacarias. Aqui observamos que Deus: 1) Olha. Ele está ciente das circunstâncias das pessoas na terra; 2) Protege e abençoa. Age a favor do seu povo; 3) Castiga. Ira-se contra as nações desobedientes. Por isso estudaremos esse texto sob este título: O zelo do Senhor pelo seu povo Zc 1.7-17 Introdução A partir desses versos iniciamos o estudo das visões que Deus deu à Zacarias. Sendo que seu ministério aconteceu dezoito anos depois que o povo chegou do exílio sob o comando de Zorobabel, além da convocação ao arrependimento, conforme vimos no programa passado, com base nos versos um a seis, deste primeiro capítulo, Deus concedeu ao seu profeta várias visões, para que expressasse a sua vontade para o seu povo, o remanescente que tinha voltado da Babilônia. O texto todo que menciona as visões que Deus deu ao seu servo vai desde o verso sete do capítulo um até o capítulo seis, verso oito. Nessas visões temos palavras de encorajamento de Deus para com o povo que estava de volta a terra prometida e estava encarregado da reconstrução do templo de Jerusalém. Três meses depois do chamado ao arrependimento (conf. 1.1-6), o profeta teve uma série de visões aparentemente na mesma noite, pois ele só data uma delas. As visões formam uma estrutura quiástica, isto é, a primeira corresponde a oitava, a segunda corresponde à sétima, a terceira corresponde a sexta visão e a quarta visão corresponde à quinta visão, sendo essas duas as visões centrais e portanto, as principais, onde as figuras de Josué, Zorobabel e o remanescente são centrais nessa visão. De modo geral essas visões tinham por propósito encorajar o remanescente na sua tarefa de reconstrução da vida nacional. Nas palavras de Baxter (1995, p.273) a mensagem de Ageu era ... desde este dia, vos abençoarei ... (conf. Ag 2.19). Essa afirmação era uma demonstração que Deus tinha contemplado de novo Jerusalém para abençoá-la depois de setenta anos de assolações. Mas, em Zacarias percebemos que a mensagem era uma confirmação dos planos de Deus para com o seu povo: ... Com grande empenho, estou zelando por Jerusalém e Sião ... Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém ... (conf. 1.14; 8.3), demonstrando também o zelo, o cuidado, a atenção divina para com seu povo. Nesse livro encontramos esse cuidado zeloso do Senhor tanto no período da reconstrução do templo como após a reconstrução, quando enfim ele enviará o Messias para que faça a sua obra de recolher para si mesmo um povo que lhe obedeça e o adore verdadeiramente, em Espírito e em verdade. Vou ler todo o texto sobre o qual iremos refletir e peço sua atenção para a Palavra de Deus. Zc 1.7-17. Diz assim a Palavra de Deus 1.7 No vigésimo quarto dia do mês undécimo, que é o mês de sebate, no segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido. 8 Tive de noite uma visão, e eis um homem montado num cavalo vermelho; estava parado entre as murteiras que havia num vale profundo; atrás dele se achavam cavalos vermelhos, baios e brancos. 9 Então, perguntei: meu senhor, quem são estes? Respondeu-me o anjo que falava comigo: Eu te mostrarei quem são eles. 10 Então, respondeu o homem que estava entre as murteiras e disse: São os que o SENHOR tem enviado para percorrerem a terra. 11 Eles responderam ao anjo do SENHOR, que estava entre as murteiras, e disseram: Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está, agora, repousada e tranqüila. 12 Então, o anjo do SENHOR respondeu: Ó SENHOR dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estás indignado faz já setenta anos? 13 Respondeu o SENHOR com palavras boas, palavras consoladoras, ao anjo que falava comigo. 14 E este me disse: Clama: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Com grande empenho, estou zelando por Jerusalém e por Sião. 15 E, com grande indignação, estou irado contra as nações que vivem confiantes; porque eu estava um pouco indignado, e elas agravaram o mal. 16 Portanto, assim diz o SENHOR: Voltei-me para Jerusalém com misericórdia; a minha casa nela será edificada, diz o SENHOR dos Exércitos, e o cordel será estendido sobre Jerusalém. 17 Clama outra vez, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: As minhas cidades ainda transbordarão de bens; o SENHOR ainda consolará a Sião e ainda escolherá a Jerusalém. Muito bem, depois dessa leitura, com base nessas palavras inspiradas vamos iniciar os estudos dessas visões de encorajamento analisando essa primeira visão que nos traz como princípio, em resumo, essa afirmação: Mesmo sem percebermos, podemos estar seguros do zelo do Senhor por todos que pertencem ao seu povo. Neste texto encontramos sete detalhes sobre a visão que mostra o zelo do Senhor para com seu povo. O primeiro detalhe refere-se ao panorama da visão Esta primeira visão teve como finalidade levantar o ânimo do povo remanescente na tarefa de edificar o templo e Jerusalém. Um homem montado num cavalo vermelho tinha sob o seu comando alguns pesquisadores que foram ver como estava a terra, como estavam as nações. Por trás dele havia outros cavalos vermelhos, baios e brancos. A utilização dos cavalos e dos seus respectivos cavaleiros era comum nos escritos apocalípticos (conf. Ap 6). Não tinha muito tempo que o povo de Israel havia regressado do exílio. Suas cidades estavam arrasadas e Jerusalém, a cidade do rei, fora destruída, por mãos iníquas num terrível desastre nacional. O segundo detalhe refere-se aos personagens da visão O cavalo era símbolo de poder e conforme a cor o significado se torna mais intenso. O cavalo vermelho é símbolo de guerra, de sangue, de vingança e vitória. Isaias nos ilustra bem o uso da cor vermelha. Ele mostra que Deus voltando de Edom veste uma túnica vermelha, salpicada de sangue (conf. Is 63.1-6). Por isso notamos que o cavaleiro é vitorioso e é provável que possamos identificá-lo com o próprio anjo do Senhor, que na maioria das vezes, no Antigo Testamento, é identificado com a segunda pessoa da Trindade, o Senhor Jesus, que sempre esteve disposto a lutar com justiça em favor do seu povo. O terceiro detalhe refere-se às perguntas e respostas para entender a visão Por isso o anjo do Senhor perguntou até quando duraria esse período de prova ou castigo para o seu povo. O povo não estava mais no cativeiro, mas a restauração não tinha sido completa. Diante da pergunta: ... até quando não terás compaixão de Jerusalém ... a resposta veio em palavras boas e palavras de consolo. Ao profeta foi dado a tarefa de proclamar com viva voz a mensagem de consolo, as boas palavras que vinham de Deus, demonstrando o grande e profundo amor divino ao seu povo. O zelo divino por Jerusalém representava o seu amor por toda a nação, incluindo Sião, o monte do templo. As palavras de consolo afirmavam que seriam reconstruídos com glória. O quarto detalhe refere-se à descrição da visão A informação inicial dos “vigilantes” é que a terra estava quieta e repousada, as guerras haviam terminado. Historicamente é provável que fosse uma referência a pacificação do império persa depois da rendição dos rebeldes. Mas essa não era uma boa notícia para os hebreus. Eles esperavam mais agitação, pois queriam ser vingados, queriam que seus inimigos sofressem. No verso 15 temos o motivo da ira do Senhor contra as nações que estavam tranquilas, elas tinham abusado do seu povo de Judá. Deus usou os assírios, os babilônios e os persas para castigar seu povo, porém não lhes bastou conquistar Jerusalém. Eles foram cruéis contra os habitantes, contra a cidade, contra ao templo. No verso 16 encontramos as palavras de consolo: ... voltei-me para Jerusalém com misericórdia ... Não havia razão para que continuassem deprimidos. O consolo do Senhor já chegara. As necessidades seriam supridas, mas na visão de Deus as necessidades prioritárias eram as necessidades espirituais. Mas o verso 16 continua e diz ... a minha casa nela será edificada ... O monte de Sião será restaurado para ser novamente o centro da adoração. O quinto detalhe refere-se ao significado da visão O significado da cor dos cavalos nos ajuda a entender a mensagem proposta. Os cavalos baios, meio amarelados, meio castanhos, normalmente indicam confusão e instabilidade, indicam a morte de diversas maneiras (conf. Ap 6.7). Os cavalos brancos representam um período de estabilidade e paz, eram usados pelos exércitos vitoriosos indicando a paz depois da guerra. Com essas três cores podemos entender que Deus estava transmitindo uma mensagem de fortaleza, infundindo ânimo, e assegurando ao seu povo que ele através do seu anjo acompanha os acontecimentos históricos. Mas agora o remanescente recebia essa mensagem consoladora: O defensor do povo se levantava para ajudá-los novamente em sua pátria. O significado da murta é especial. Conforme Isaias a murta simbolizava uma substituição daquilo que era mal por aquilo que é bom. É a benção sobre a maldição, é a paz sobre a guerra; é a murta sobre a sarça (conf. Is 55.13) O povo então poderia estar confiante, haveria tempos de paz substituindo o período de dificuldades e dores. A segunda fase do consolo é simbolizada pelo cordel (v. 16) que será estendido sobre a cidade de Jerusalém. O cordel é um símbolo das bênçãos que virão sobre os hebreus e da prosperidade que o Senhor lhes dará. O cordel sugere a ideia de medida, de uma prosperidade local, limitada; uma prosperidade que encherá todas as aspirações do povo de Deus. O sexto detalhe refere-se às lições percebidas na visão O Deus soberano tem saído para ver as nações inimigas de Israel. O relatório é que tudo está tranquilo, mas esse repouso será momentâneo. O Deus guerreiro e vitorioso se levantará contra eles e os derrotará com o seu poder. Logo virá confusão e morte sobre esses povos que foram cruéis contra o seu povo escolhido. Reconstruir o templo, o muro e as casas exigia um esforço grande, exigia uma entrega total para a obra de restauração. O povo estava desanimado porque Deus aparentemente tinha se esquecido dele. Foram setenta anos de duro castigo. Eles sempre tinham desfrutado da misericórdia e da piedade de Deus e agora estavam em ruínas. Os problemas internos e externos os abatiam ainda mais. Tudo isso dificultava ainda mais a reconstrução. O sétimo detalhe refere-se às aplicações da visão às nossas vidas. A injustiça e a crueldade sem motivos despertaram a ira de Deus. Pelo amor ao seu povo ele se levantará para fazer justiça castigando essas ímpias nações. Esta é uma verdade permanente: Deus não se agrada da injustiça, da exploração e muito menos da opressão. Os que têm essas práticas terão que enfrentar a ira divina, pois ele é o Deus dos pobres e indefesos. O verso 17 conclui anunciando a abundância para todas as cidades da nação sem qualquer exceção. As bênçãos divinas iriam renovar as cidades já arruinadas e abandonadas. Quando Deus decide operar as suas obras são satisfatórias: 1) haveria abundância de bens, 2) haveriam de experimentar o consolo do Senhor; e, 3) Deus escolheria novamente Jerusalém. Conclusão Querido amigo, você esta abatido, deprimido, sofrendo e reclamando a presença de Deus? Confie, anime-se e se coloque disposto, pois Deus está agindo, mesmo que não o vejamos. Um abraço, Deus te abençoe, até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia
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