As etapas da desobediência
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Para nós é um motivo de alegria sabermos que você está conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Sempre é bom sabermos que o nosso empenho tem sido reconhecido por vocês e sabemos isso pelas correspondências que vocês nos enviam. Hoje vamos estudar o final do capítulo 7 de Zacarias onde o profeta continua orientando sobre o tipo de vida que agrada a Deus. Certamente teremos lições importantes para aplicar às nossas vidas. Então abra a sua Bíblia e acompanhe o estudo de hoje. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente isso que o Cosmo fez, enviando-nos sua mensagem de Rio Casca, em Minas Gerais. 1204 “Prof. Pr. Itamir Neves. Graça e Paz da parte do Senhor Jesus. Com imensa alegria me dirijo ao senhor. Fiquei muito contente com a sua resposta dada sobre o texto de Paulo a Timóteo, estudo de Naum 1:9-15 elucidando ainda as dúvidas sobre os iluminatis, fazendo-me entender o que esta por vir. O que me espanta é a velocidade que as coisas estão acontecendo. Oro para que Deus o conserve sempre conosco para como nos abrir o entendimento e clarear nosso entendimento. Que Deus abençoe a todos vocês.” Cosmo Moreira- Rio Casca – MG – email. Querido amigo esse é o nosso objetivo: desejamos despertar cada um dos nossos ouvintes para estarmos preparados para nos encontrarmos com o Senhor. Desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a realidade do reino de Deus. Muito obrigado por suas palavras de incentivo. Agora, quero convidá-lo para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Pai diante disso buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para prosseguirmos sempre na tua dependência. Oramos em nome de Jesus. Amém!" Querido amigo hoje concluímos o estudo do capítulo sete de Zacarias. Vamos estudar Zc 7.8-14. Você deve se lembrar do programa passado quando vimos que uma comitiva de judeus saíram de Betel e foram até Jerusalém para, na capital perguntar sobre a obrigatoriedade e a validade do jejum que faziam, no quarto, no quinto, no sétimo e no décimo mês. Agora que ele estavam novamente na terra prometida, agora que tinham voltado para sua pátria era necessário continuarem com os jejuns? Foi essa a pergunta feita. A resposta foi clara e objetiva. Não necessitavam mais desenvolver essa prática por pelo mesmo duas razões: 1) A motivação com que eles jejuavam não agradava a Deus. Jejuavam, mas não viviam com justiça, com misericórdia, desrespeitavam os seus próprios irmãos explorando os mais frágeis. 2) A maioria dos jejuns celebrados por eles durante os últimos setenta anos, no exílio, só recordavam datas e fatos tristes que aconteceram por culpa deles mesmo, pois desobedeceram o Senhor. Se estavam iniciando uma nova etapa nas suas vidas, não precisariam mais ficar presos ao passado. Deus já os libertara. O jejum, ainda hoje, deve ser feito em reconhecimento do nosso pecado, pedindo perdão a Deus, arrependidos. Nesses versos Deus reforça este ponto sobre a desobediência do povo às mensagens dos primeiros profetas, motivo pelo qual eles foram colocados sob a disciplina do exílio. Esse texto resume alguns pontos importantes da mensagem que eles ouviram e que deve chamar a nossa atenção. Zacarias, tendo ouvido a Deus, disse-lhes: Deus requer antes do jejum ou de qualquer outra prática religiosa que nossas vidas demonstrem justiça, bondade e misericórdia para com os outros. Quer que não oprimamos as viúvas, os órfãos, os estrangeiros ou os pobres. Em síntese, Deus quer que não procuremos o mal para os outros. Zacarias mostrou-lhes como as gerações passadas foram rebeldes e não ouviram as palavras da lei, nem as mensagens dos profetas. Lembrou-lhes que quando Deus clamou, o povo não ouviu. E, depois, lembrou-lhes da consequência natural, pois, quando o povo clamou, Deus não lhes ouviu. E, assim mostrou-lhes que diante dessas atitudes, diante desse comportamento, em consequência desta rebeldia, o povo foi espalhado, e a terra ficou desolada, Deus os mandou para o exílio por setenta anos. Diante da consulta que tinham feito, Deus através do seu profeta lhes esclareceu que depois da volta do cativeiro, o povo precisava deixar a tristeza e o sofrimento do passado e olhar para o futuro, havia uma vida nova a reconstruírem e deveriam se preparar para as bênção que Deus tinha reservado a eles. Mas, para se prepararem para receber as bênçãos que Deus prometia no Messias, teriam que aprender com os erros do passado, com os erros das demais gerações que infelizmente não andaram conforme o Senhor queria, e, além de aprender a ter atitudes diferentes deveriam mostrar uma atitude diferente para com a palavra do Senhor. Querido amigo esse é também o nosso desafio. Olhar para as experiências passadas e aprender com elas para que não caiamos nos mesmos erros do passado e não desobedeçamos a Deus. Em relação a esse aprendizado, certamente você se lembra destas palavras do apóstolo Paulo: 10.6 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. 7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se. 8 E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. 9 Não ponhamos o Senhor à prova, como alguns deles já fizeram e pereceram pelas mordeduras das serpentes. 10 Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. 11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado (conf. 1Co 10.6-11) Querido amigo é necessário aprendermos com as experiências passadas para não cometermos os mesmos erros no presente, afim de que tenhamos um futuro abençoado por Deus. Diante dessa verdade creio que é bom atentarmos bem para esse texto. Vamos estudá-lo sob o seguinte título: As etapas da desobediência Zc 7.8-14 Introdução Há um ditado popular que vale a pena ser lembrado para refletirmos sobre esse tema: “a advertência oportuna vale ouro”. No livro de Provérbio, o livro da sabedoria, o livro que nos ajuda a vivermos de modo correto e justo, de uma maneira sábia, encontramos muitas advertências que chamamos de “conselhos” valiosos. Alguns deles são vitais para que tenhamos uma vida justa diante de Deus e, era exatamente para esse tipo de vida que Zacarias chamava a atenção do povo e a Palavra de Deus chama a nossa atenção: Nesse texto como veremos a nossa atenção é chamada para a necessidade de termos uma conduta moral sem repreensões. Isto vai ocorrer quando obedecermos o princípio do nono mandamento que explicitamente nos diz: Não dirás falso testemunho contra o teu próximo (Êx 20.16). Mas, essa conduta moral irrepreensível acontecerá quando lembrarmos do segundo grande mandamento que Jesus apresentou àqueles que lhe questionavam. Jesus disse-lhes explicitamente: O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22.39). Quando praticamos a bondade e a misericórdia, quando não extorquimos, quando não prejudicamos nosso semelhante estamos andando corretamente. É interessante e devemos notar que, diante dessas exigências, dessas ordens que devemos respeitar e praticar, quando as lembramos, a reação natural é negá-las. Normalmente, diante dessa lembranças, dessa responsabilidades o que se vê é a surdez espiritual, é a rebeldia, é a dureza de coração. E, por isso vale a pena nos questionarmos: essa tem sido a nossa reação diante da lembrança do nosso dever? Querido amigo, quando não estamos dispostos a andar conforme o Senhor tem nos orientado em sua Palavra, devemos saber que teremos da parte de Deus a sua reação. Deus fecha seus ouvidos e não ouve nossas orações (Is 59.2; Ml 1.9) e Deus disciplina duramente, assim como ele fez com o seu povo, mandando-os para o exílio. Até quando o homem continuará de ouvidos fechados à voz do Senhor? Até quando nós mesmos ficaremos com os olhos fechados não observando a Palavra de Deus? Espero que em sua vida esses momentos sejam breves ou nem existam, e, que possamos nos lembrar sempre das palavras do próprio Deus, através do seu profeta Isaías: Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto (Is 55:6) Querido amigo, diante dessas colocações, certamente, o princípio que podemos extrair desse texto pode ser visto nessa sintética frase: A desobediência a Deus sempre trará consequências desastrosas Nestes versos encontramos sete etapas da desobediência que causam consequências desastrosas A 1ª etapa da desobediência se vê na recusa das ordens divinas, v. 9 7.8 A palavra do SENHOR veio a Zacarias, dizendo: 9 Assim falara o SENHOR dos Exércitos: Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão; Aqui temos as exigências de Deus para o seu povo. É a Palavra de Deus dirigida a Zacarias exigindo do seu povo a justiça e a misericórdia. Não era uma mensagem nova. Era a mesma mensagem que tinha sido anunciada desde os primórdios da nação. Deus objetivamente exigia justiça nos tribunais, juízos baseados na verdade, julgamentos livres, sem qualquer tipo de pressão. Este era uma dos males da sociedade que arrastamos desde a antiguidade. Os gregos representaram a justiça como uma senhora de olhos vendados, sustentando em suas mãos uma balança dando a entender com isso a imparcialidade que deve ter todo juiz ao julgar os casos que lhe vem às mãos, a imparcialidade que deve aplicar com justiça, sem ser inclinado ao suborno. Também se exigia bondade e misericórdia para com os necessitados. Esta é outra exigência para qualquer nação, mas especificamente era a exigência para a sociedade israelita daqueles dias. Eles tinham sido alvo da misericórdia de Deus e como povo dele deveriam refletir alguns dos seus atributos. Quanto melhor se eles mostrassem a seus irmãos a mesma misericórdia que eles tinham recebido. A 2ª etapa da desobediência se vê na recusa das proibições divinas, v. 10 7.10 não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo. Deveria haver justiça social em favor dos desvalidos como eram as viúvas, os órfãos, os estrangeiros e os pobres. Cada um desses segmentos sociais tinha sido vitima da prepotência das autoridades. Porém Deus sempre cuidou deles dando mandamentos específicos para protegê-los. Na legislação mosaica, esses segmentos foram protegidos (conf Êx 22.21; Dt 14.29, 16:11, 14; 24:17), mas, infelizmente esses direitos foram violados, foram quebrados, não foram obedecidos. A 3ª etapa da desobediência se vê na recusa em atender o senhor, v. 11 7.11 Eles, porém, não quiseram atender e, rebeldes, me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem. Pela ganância e pela ambição dos poderosos, essas leis foram desobedecidas. O profeta Isaias denunciou esse procedimento maldoso (conf. Is 10.1-2) e essa maneira errada de viver não aconteceu somente na época de Isaías, mas por toda a história do povo de Deus. A viúva, o órfão e o pobre foram vitimas de seus próprios irmãos. Mas, sem dúvida, os mais prejudicados foram os estrangeiros. Sendo a nação de Israel um povo exclusivo, os estrangeiros eram vulneráveis aos maus tratos pelo simples fato de serem estrangeiros. Moisés legislou a favor deles argumentando que, tanto Abraão como sua descendência também tinham sido estrangeiros (conf. Êx 22.21). Isto era motivo suficiente para cuidar dos estrangeiros, assim como Deus os tinha protegido. Podemos resumir em três palavras o que Deus exigiu do seu povo para uma melhor convivência: o bem comum. Ninguém deve pensar em seu coração o mal contra o seu irmão. A maldade procede da ambição, a inveja procede as paixões que obscurecem o coração do homem que não leva Deus a sério. Nesses dias estamos escutando o clamor dos povos pela paz para que a violência seja erradicada. Porém, como bem tem expressado muitos analistas, a paz não é só uma ausência de guerra, ou bem estar total. Se requer que ninguém pense mal contra seu irmão, pelo contrário, cada um deve pensar nos outros como em si mesmo, cumprindo o requisito da própria lei: Amarás a teu próximo como a ti mesmo (conf. Lv 11.18). A 4ª etapa da desobediência se vê na desatenção para com o Espírito, v. 12 7.12 Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o SENHOR dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do SENHOR dos Exércitos. É importante notar em Zacarias o papel que desempenha o Espírito Santo. Neste capítulo, como no capítulo 4 se faz referência ao ministério do Espírito em dois pontos doutrinários que estão confirmados pelo ensino do Novo Testamento. No capítulo 4 o ensino é a respeito do poder do Espírito; o povo não devia confiar em nenhuma força humana ou poderio militar; sua dependência devia ser exclusivamente no poder do Espírito de Deus. Antes de sua ascensão, o Senhor Jesus ensinou que sua igreja devia depender do poder do Espírito Santo para cumprir com a missão que ele mesmo tinha lhes dado (At 1.8). O apóstolo Pedro disse que os profetas falaram inspirados pelo Espírito Santo (2Pe 1.21). Este é outro dos ensinos de Zacarias. Os antigos profetas receberam a Palavra de Deus sob a influência do Espírito; portanto pregaram a Palavra de Deus com convicção e poder. Sem dúvida, o povo endureceu o seu coração, com a dureza de um diamante, para não ouvir. Foi uma atitude de rebeldia, pecaram com conhecimento e vontade fazendo tudo o que era contrário ao que Deus pedia. A 5ª etapa da desobediência se vê na surdez espiritual, v. 13 7.13 Visto que eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e eu não os ouvi, diz o SENHOR dos Exércitos. Deus estava recordando a essa geração que voltava do exílio a reação dos seus pais aos seus mandamentos (v. 11). Os pais foram rebeldes, contumazes e não prestaram atenção, balançaram os ombros com indiferença, não se importaram com nada daquilo que Deus queria. Eles taparam seus ouvidos numa atitude de rebeldia ativa. A indiferença os levou à rebeldia e a rebeldia ao endurecimento. Como o faraó, que endureceu o seu coração, eles também resistiram a Palavra de Deus. A 6ª etapa da desobediência se vê na oração ineficaz, v. 13 7.13 Visto que eu clamei, e eles não me ouviram, eles também clamaram, e eu não os ouvi, diz o SENHOR dos Exércitos. No cativeiro eles levantaram suas vozes em oração, porém Deus não os escutou, não atendeu a oração. A terra das delícias foi convertida em terra de desolação Era triste ver a terra da promessa convertida em terra do desespero. Ao invés de leite e mel, se via amargura e fel. A 7ª etapa da desobediência se vê na terrível consequência, v. 14 7.14 Espalhei-os com um turbilhão por entre todas as nações que eles não conheceram; e a terra foi assolada atrás deles, de sorte que ninguém passava por ela, nem voltava; porque da terra desejável fizeram uma desolação. O castigo não se fez por esperar. A ira de Deus se desencadeou, a ira foi derramada sobre os desobedientes e todo o povo sofreu no triste exílio babilônico. A terra da promessa sempre enfrentou momentos efêmeros de paz, por causa da desobediência. As invasões, as guerras eram males que perseguiam os judeus por causa da sua rebeldia. O mesmo ocorreu quando caiu Samaria, em 722 a.C. Os judeus foram constantemente avisados e alertados, mas enfim Jerusalém caiu em 586 a.C. Conclusão Querido amigo oro para que sua vida não impeça Deus de te ouvir. Que o Senhor te abençoe. Um abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia
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