segunda-feira, 18 de maio de 2015

As condições para a salvação prometida

As condições para a salvação prometida

Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série “Através da Bíblia”. Este programa faz parte do projeto que temos desenvolvido já há quase cinco anos no objetivo de estudarmos toda a Bíblia Sagrada, analisando livro por livro, capítulo por capítulo e parágrafo por parágrafo. Com o objetivo de adequarmos as nossas vidas à vontade de Deus temos diariamente reservado uma porção do texto bíblico para comentá-lo e considerar as possíveis aplicações para as nossas vidas. O nosso convite é que você use este tempo para olhar para você mesmo e, sob a direção do Espírito Santo possa fazer as devidas mudanças que Ele mesmo te desafiará e te capacitará a fazer para torná-lo mais semelhante a Jesus Cristo. Afinal esse é o desejo de cada um de nós e especificamente daqueles que tem escrito para nós compartilhando como através do programa Deus tem falado aos seus corações. Hoje registro o e-mail que a Regina nos enviou da Brasilândia, uma bairro da cidade de São Paulo. Foi essa a sua mensagem: 1208“Graça e paz da parte de nosso Deus. Aqui é Regina de Nazaré de vila Brasilândia, São Paulo. Sou ouvinte da rádio há muitos anos, e tenho sido muito abençoada por conta disto. Imagine minha alegria por esta rádio estar agora com esse acesso tão fácil em São Paulo. Eu divulgo mesmo  as programações porque somos grandemente edificadas. Eu aproveito as mensagens, os estudos os comentários para compartilhar com as irmãs de minha igreja, então sejam bem vindos em minha casa. Uma boa semana, a todos”. Regina de Nasaré – São Paulo – SP – email. Querida irmã muito obrigado por suas palavras. Louvamos a Deus que tem nos usado como seus instrumentos para abençoá-la ainda mais. Afinal esse é o nosso desejo. Queremos que aqueles que nos ouvem sejam edificados e desafiados a se tornarem cada vez mais semelhantes da Jesus Cristo. Por isso convido a todos que me ouvem agora a orarmos pedindo ao Senhor exatamente isso e também as Suas bênçãos para o programa de hoje. “Pai querido estamos agora na tua presença agradecendo por mais essa oportunidade de usarmos esse tempo para ouvirmos a tua voz ao estudarmos a Tua Palavra. Te pedimos que o Senhor nos ilumine pelo teu Santo Espírito e nos capacite para que possamos aplicar a Tua Palavra em nosso viver diário. Tu sabes o desejo que temos de nos conformarmos à imagem de Cristo. Abençoa-nos, te pedimos em nome de Jesus, Amém!”. Querido amigo hoje o nosso objetivo é estudarmos um dos textos mais encorajadores desse livro profético. Vamos estudar Zc 10.1-11.3 Aqui iniciamos a parte final do estudo desse importantíssimo livro. Aqui se enfatizam as bênçãos de Deus para com o seu povo restaurado e, ao mesmo tempo, os julgamentos contra os inimigos. Nesses capítulos, vamos observar profecias sobre a exaltação do povo de Judá e Israel, e a humilhação e julgamento dos orgulhosos opressores. Além de confortar o povo da época de Zacarias, estes trechos oferecem algumas noções da missão do Messias que viria. Por todo capítulo a mensagem continua com os mesmos temas do capítulo 9, onde Deus falou de humilhar as nações que se exaltavam e de abençoar seu povo sob o governo do Rei justo e salvador estão presentes. Mas, para ser abençoado, o povo precisa confiar em Deus e não nos ídolos enganadores, pois é Deus quem providencia a chuva necessária para uma boa colheita. Nessa promessa afirma-se que força viria de Deus para Judá. Deus usou vários termos para falar da força vitoriosa que viria de Judá. Esses termos foram plenamente aplicáveis ao senhor Jesus Cristo: a pedra angular, a estaca da tenda, o arco da guerra e o dirigente. Os homens de Judá seriam valentes para vencer os inimigos ... porque o SENHOR está com eles... A promessa afirmava também que Deus juntaria e abençoaria seu povo remido. Na sua compaixão, Deus traria de volta seu povo e o abençoaria; seria como se nunca tivesses rejeitado Judá e Israel. E o texto termina com uma palavra dirigida aos governantes orgulhosos que não pastorearam corretamente o povo de Deus. Esses dominadores soberbos seriam derrubados. Mais uma vez então vemos a expressão da bondade de Deus para com seu povo, animando-o encorajando-o, dando a eles a certeza de que sua salvação seria especial. Somente Deus poderia conceder tão preciosa libertação, salvação, e restauração. Tudo estava disponível ao povo. Mas, para receber essa salvação deveriam preencher certas condições que já faziam parte da aliança firmada anteriormente. Vamos estudar esse texto dando-lhe o seguinte título: As condições para a salvação prometida Zc 10.1-11.3 Introdução Todas as bênçãos vêm de Deus. A libertação, a salvação e a restauração são obras divinas. Tudo o que temos vem das amorosas mãos de Deus. Mas, somente os fiéis é que desfrutarão dessas bênçãos. Por isso afirmamos esse princípio: Somente quando preenchemos as condições divinas podemos nos assegurar da salvação prometida por Deus. Neste texto encontramos sete condições que devemos preencher para recebermos a salvação prometida por Deus A 1ª condição para recebermos a salvação prometida é confiarmos nas providências de Deus, v. 1-3 10.1 Pedi ao SENHOR chuva no tempo das chuvas serôdias, ao SENHOR, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiro e a cada um, erva no campo. 2 Porque os ídolos do lar falam coisas vãs, e os adivinhos vêem mentiras, contam sonhos enganadores e oferecem consolações vazias; por isso, anda o povo como ovelhas, aflito, porque não há pastor. 3 Contra os pastores se acendeu a minha ira, e castigarei os bodes-guias; mas o SENHOR dos Exércitos tomará a seu cuidado o rebanho, a casa de Judá, e fará desta o seu cavalo de glória na batalha. Estes versos iniciais servem como introdução à mensagem de ânimo e consolo. A influência da idolatria no povo era palpável. Em muitas ocasiões se viram arrastados por crenças pagãs, pedindo chuva aos deuses domésticos, ou a outros seres, ao invés de pedirem direto ao Criador. Desde que os israelitas vieram para a terra prometida se viram acusado pelas crenças pagãs dos cananeus que habitavam na terra antes deles. Eles eram agricultores que tinham lavrado a terra por muitas gerações e assim misturavam suas crenças religiosas com as técnicas de agricultura. Se as colheitas não eram boas, se a chuva não vinha no tempo certo ou era escassa, apelavam para os terafins, deuses familiares e isto se tornou uma tentação permanente para os israelitas, que chegaram a tributar adoração a esses deuses domésticos e a exigir deles condições favoráveis para uma colheita abundante. O profeta convida o povo a que se aproximem de Deus para pedir o que era impossível aos homens ou aos ídolos. O sustento para cada um de nós provém de Deus e não dos ídolos falsos. Conf. o versos 3 uma das razões pelas quais o povo tinha se desviado é que os pastores não tinham cumprido sua missão de alimentar o rebanho para fortalecer sua fé. Tinham dado lugar aos falsos profetas e adivinhos que se envolveram na vida do povo. Temos que lembrar que sempre que falta a verdade surgem os enganadores pregando suas mentiras como verdadeiras revelações de Deus. Os adivinhos, os falsos profetas e tantos outros que predizem o bem estar e um futuro próspero não fazem outra coisa senão mentir e enganar o povo, que por não ter uma autoridade espiritual que o dirija vai atrás desses enganadores. O que precisamos é de pregadores que transmitam mensagens divinas, pregadores que tenham certeza da interpretação correta, pois senão serão mensagens vazias e destruidoras; mensagens que vão causar mal e não bênção ao povo necessitado de Deus. Por isso no verso 3 temos uma sentença contra os pastores inúteis que não cumprem sua função de alimentar e fortalecer o rebanho. Serão castigados também os dirigentes, chamados aqui de bodes-guia, porque eles iam adiante do povo fazendo todo tipo de imundícia. Embora não tenhamos explicitado qual o castigo deles, é evidente que serão rejeitados por Deus. Deus mesmo promete tomar em suas mãos a função de pastorear seu povo e restaurá-lo com honras. Conforme a figura, Deus os transformaria em seu corcel de honra, um símbolo da vitória. Deus mesmo desfilaria com um imponente corcel à frente de uma caravana de vitória, como um campeão que regressa vitorioso de uma batalha. A 2ª condição para recebermos a salvação prometida é lutar contando com a presença de Deus, v. 4-5 10.4 De Judá sairá a pedra angular; dele, a estaca da tenda; dele, o arco de guerra; dele sairão todos os chefes juntos. 5 E serão como valentes que, na batalha, pisam aos pés os seus inimigos na lama das ruas; pelejarão, porque o SENHOR está com eles, e envergonharão os que andam montados em cavalos. A partir do verso quatro, o profeta utiliza quatro figuras para ilustrar a restauração: 1. A pedra angular – a principal pedra de um edifício; termo aplicado ao Messias, o Cristo no Antigo e no Novo Testamento (cf. Salmo 118:22; Isaías 28:16; Mateus 21:42; Marcos 12:10: Lucas 20:17; Atos 4:11; Efésios 2:20; 1 Pedro 2:6-7). Referia-se aos dirigentes e as autoridades, e, simbolizava a segurança. 2. A estaca da tenda – fixa ou apóia com estabilidade (cf. Isaías 22:22-24). Com os fortes ventos do deserto uma boa estaca bem enterrada, bem fixada era algo valioso para dar proteção, para manter a segurança da tenda. 3. O arco da guerra – a arma na mão do guerreiro. Deus já tinha dito que Judá seria seu arco contra a Grécia (9:13). Agora, de Judá vem o arco para se defender e ser vitorioso. Era uma segurança militar. 4. O governante representa um líder que tem a autoridade suficiente para guiar o povo e fazer justiça; para garantir com segurança toda a nação. Estas quatro figuras eram suficientes para transmitir a mensagem de segurança que o povo necessitava ouvir; era uma mensagem para infundir confiança para que se dedicassem a restauração espiritual. Mas certamente essa mensagem ia muito além dos dias de Zacarias. Era uma mensagem messiânica, pois embora duas dessas figuras foram aplicadas a Jesus, as quatro poderiam referir-se a ele. O verso 5 conclui com uma promessa de reivindicação garantindo-lhes êxito futuro. A 3ª condição para recebermos a salvação prometida é voltarmos para o Senhor, v. 6 10.6 Fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de José, e fá-los-ei voltar, porque me compadeço deles; e serão como se eu não os tivera rejeitado, porque eu sou o SENHOR, seu Deus, e os ouvirei. A vitória do povo tem algumas facetas interessantes que o profeta passa a descrever nos próximos versos. Israel foi objeto de uma eleição que lhe concedia privilégios especiais. Os israelitas foram considerados tesouros de Deus; porém se desobedecessem o castigo seria derramado sobre eles. E foi assim que aconteceu: desobedeceram e foram levados cativos por causa da desobediência e rebeldia. O orgulho nacionalista de um povo intocável foi pisoteado. Graças ao decreto do rei Ciro, chamado em Isaias como servo de Yahweh (conf. Is 44.28 e 45.1) novamente voltaram para a terra, mas voltaram como uma nação debilitada. Deus cumpriu sua promessa, como um Deus fiel, perdoador e cheio de misericórdia os fez voltar e lhes concedeu novamente todos os privilégios anteriores. A 4ª condição para recebermos a salvação prometida é nos alegrarmos no Senhor, v. 7 10.7 Os de Efraim serão como um valente, e o seu coração se alegrará como pelo vinho; seus filhos o verão e se alegrarão; o seu coração se regozijará no SENHOR. Nem todos que foram levados ao cativeiro voltaram; muitos ficaram em terras estrangeiras. Eles também seriam restaurados e voltariam também a ter os mesmos privilégios especiais que tinham antes do cativeiro. Ocupariam um lugar de honra, como heróis. Seus corações se alegrariam em Yahweh, seu Deus, e não somente eles, mas as futuras gerações se alegrariam e recordariam esta nova bênção, como o “segundo êxodo”. A 5ª condição para recebermos a salvação prometida é atentar para a chamada divina, v. 8-11 10.8 Eu lhes assobiarei e os ajuntarei, porque os tenho remido; multiplicar-se-ão como antes se tinham multiplicado. 9 Ainda que os espalhei por entre os povos, eles se lembram de mim em lugares remotos; viverão com seus filhos e voltarão. 10 Porque eu os farei voltar da terra do Egito e os congregarei da Assíria; trá-los-ei à terra de Gileade e do Líbano, e não se achará lugar para eles. 11 Passarão o mar de angústia, as ondas do mar serão feridas, e todas as profundezas do Nilo se secarão; então, será derribada a soberba da Assíria, e o cetro do Egito se retirará. O Senhor mesmo os chamaria com um assobio, com o amor terno de um pastor que ama o seu rebanho. O assobio era ainda uma referencia a figura do pastor (conf. Jz 5.16) No Egito os israelitas se multiplicaram muito de tal maneira que os egípcios tiveram medo deles. Na sua terra, prosperariam e se multiplicariam ainda mais, porém ao serem levados cativos, muitos morreram, por isso, o número dos que regressaram era muito menor, portanto a promessa de Deus de que se multiplicassem era um fato desejado e aguardado. Um dos temas mais empolgantes para os judeus era a volta à terra da promessa. Mesmo que os pais não pudessem regressar, os filhos os fariam. Assim confiavam, pois era a promessa e a chamada divina. O texto ainda diz que seriam buscados dos mais diversos locais por onde tinham se espalhado. A justiça de Deus se faria sentir sobre a Assíria, humilhando-a, e no Egito, o cetro do faraó seria quebrado. E assim aconteceria com outros que se colocaram contra Israel. A 6ª condição para recebermos a salvação prometida é andar no nome do Senhor, v.12 10.12 Eu os fortalecerei no SENHOR, e andarão no seu nome, diz o SENHOR. Ninguém poderia evitar o retorno do povo. Nem mar, nem terra distante, nem rio sagrado; eles superariam qualquer obstáculo, pois seriam fortalecidos pelo Senhor para que pudessem andar nos caminhos do Senhor, isto é para poderem obedecer os mandamentos, os preceitos e as leis de Deus. Assim glorificariam o nome do Senhor. A 7ª condição para recebermos a salvação prometida é esperar pelas poderosas manifestações divinas, 11.1-3 11.1 Abre, ó Líbano, as tuas portas, para que o fogo consuma os teus cedros. 2 Geme, ó cipreste, porque os cedros caíram, porque as mais excelentes árvores são destruídas; gemei, ó carvalhos de Basã, porque o denso bosque foi derribado. 3 Eis o uivo dos pastores, porque a sua glória é destruída! Eis o bramido dos filhos de leões, porque foi destruída a soberba do Jordão! Nesses versos vemos que a força de Judá será tão visível que não haverá inimigo que possa lhe fazer frente. O profeta usa a figura das arvores para representar os impérios que pareciam invencíveis. Esses impérios seriam consumidos pelo fogo, ilustrado na queima dos cedros do Líbano. Nada escapará à destruição. Se o cedro, uma potente árvore será destruída, o que poderá esperar o pinheiro, uma árvore bem mais débil? O profeta também menciona o carvalho, uma potente árvore que tem raízes profundas. Os carvalhos gemerão, isto é, os grandes impérios ruirão e sofrerão, dando a entender que qualquer império por mais seguro que possa ser, não se manterá em pé, diante do poder de Deus. Ninguém pode ficar altivo diante da presença e poder de Deus. Se nos versos 1 e 2 a atenção está voltada para os grandes impérios, no verso três a atenção é dada aos problemas internos. A palavra de juízo é dirigida aos líderes nacionais que ao invés de pastorearem corretamente o povo de Deus, se fizeram culpados e, por isso não escapariam do juízo divino. Como veremos no próximo programa, nos versos seguintes, que completam o capítulo onze encontraremos as razões do juízo divino sobre os pastores, sobre os líderes de Israel, o povo de Deus. Conclusão Querido amigo lembre-se de que somente quando preenchemos as condições divinas podemos nos assegurar da salvação prometida por Deus. Esse foi o desafio para a geração de Zacarias, mas é também o desafio para a nossa geração. Que Deus te abençoe. Um abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia

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