O Deus Todo Poderoso
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série “Através da Bíblia”. Quero saudá-lo em nome de Jesus, nosso Senhor desejando que esse tempo que passarmos juntos possa servir para a sua edificação e para outros que porventura estejam com vocês ouvindo nossos comentários sobre a Bíblia. Quero estimular você a nos escrever compartilhando sobre a qualidade da recepção do programa ai na sua região e sobre o valor dos nossos estudos para a sua vida. Para nós é importante esse retorno, pois desejamos cada vez mais tornar o programa uma fonte de bênçãos para você e para os seus. Quem escreveu dando esse retorno e fazendo um pedido inusitado foi o Brad Marley, que infelizmente não nos informou sua cidade e estado. Foi essa a sua mensagem: 1194“Olá. Sou Brad Marley, Criei um blog para um amigo que é pastor. Falei para ele da Radio Trans mundial, uma radio bem legal que as vezes ouço o programa Através da Bíblia, e ele quer colocar um play de uma rádio gospel no seu blog, e gostaria muito de poder contribuir com isso, por isso estou mandando esse email para vocês aí da radio. Aguardo a resposta, um forte abraço a todos em especial para o pastor Itamir Neves do Através da Bíblia.” Brad Marley – email. Querido amigo, parabéns pelo seu envolvimento com as coisas de Deus e pela ajuda que você tem prestado ao seu amigo pastor. Em relação às questões técnicas já lhe respondemos e assim agradecemos a sua recomendação aos seus amigos, irmãos, e parentes. Desejamos mesmo que o estudo bíblico se torne importante para todos os nossos ouvintes. Cremos que essa prática tem sustentado muitos cristãos. Agradecemos a Deus porque ele tem usado os nossos programas para a edificação de muitos irmãos e para a salvação de tantos amigos que ainda não conhecem a Jesus Cristo. Por isso, oramos pedindo que ele sempre nos abençoe na preparação e apresentação de cada programa para que o seu nome seja glorificado. Assim, ao chegarmos ao momento de buscarmos as bênçãos de Deus, especificamente para este programa, convido-o e a todos que nos ouvem, a falarmos com Deus orando comigo dessa maneira: “Pai amado, pedimos a sua direção e a iluminação do teu Espírito para que aquilo que aqui for comentado sirva para edificação de muitos irmãos e amigos. Pedimos Senhor a tua bênção para a vida familiar, ministerial e social de cada um de nossos ouvintes, e, Senhor pedimos também que se houver algum amigo nos ouvindo que ainda não tenha tido uma experiência pessoal com Jesus Cristo, que essas palavras possam ajudá-lo a encontrar a salvação que só tu pode nos dar. Ajuda-nos a viver para o seu inteiro agrado. Pai, oramos em nome de Jesus, Amém”. Querido amigo hoje temos como objetivo estudarmos o texto final do capítulo primeiro. Vamos estudar a segunda visão que Deus deu a Zacarias. Vamos estudar Zc 1.18-21. Nesta visão dos quatro chifres e quatro ferreiros, a mensagem é que as forças inimigas serão vencidas e reduzidas a nada pelo poder divino. Em relação a essa visão, Zacarias viu aos quatro chifres e ao perguntar sobre o seu significado recebeu a contestação do anjo intérprete: Estes são os chifres que tem dispersado a Israel, a Judá e especificamente a Jerusalém. Em outras palavras, os chifres representam os inimigos do povo de Deus, os quais com força brutal e com crueldade, fizeram sofrer o povo de Deus. Os quatro ferreiros, ou quatro artesãos foram também vistos por Zacarias e, logicamente ele também deseja conhecer e entender o significado desse detalhe da visão. A resposta do anjo foi que eles tinham vindo para derrubar da terra os chifres. Em outras palavras, os ferreiros representavam as guerras internacionais que colocariam um fim as nações que tinham atormentado o povo de Deus. Essa visão foi dada a Zacarias para que ele consolasse o povo de Deus que voltava do exílio. Essa visão daria ao profeta uma mensagem de consolo para que animasse o povo. Com essa compreensão inicial podemos abordar este texto dando-lhe o seguinte título: O Deus Todo Poderoso Zc 1.18-21 Introdução Querido amigo, nesta segunda visão: os ferreiros ou os artesãos derrubam os chifres. Nesta visão, Zacarias viu quatro chifres e perguntou para o anjo sobre o significado deles. O anjo disse que os chifres representavam os opressores que haviam dispersado o povo de Israel. Aqui, como em vários outros profetas, o número quatro representa as nações do mundo, representam a universalidade, sendo que os chifres simbolizam o poder, a força física, simbolizam os povos que agrediam o povo escolhido. Mas é importante percebermos que por mais poderosos que sejam os reinos humanos, por mais temerosos que possam ser esses reinos aos homens, há um poder sobrenatural que eles não podem resistir. E, por isso mesmo Deus mostrou quatro ferreiros que vieram derrubar os chifres, isto é, Deus usou do seu poder criativo para trazer juízo contra os que procederam com violência e crueldade para com o seu povo. Deus assim castigaria as nações que se levantaram contra o seu povo, contra Judá e particularmente contra Jerusalém. Vou ler todo o texto sobre o qual iremos refletir e peço sua atenção para a Palavra de Deus. Zc 1.18-21. Diz assim a Palavra de Deus 18 Levantei os olhos e vi, e eis quatro chifres. 19 Perguntei ao anjo que falava comigo: que é isto? Ele me respondeu: São os chifres que dispersaram a Judá, a Israel e a Jerusalém. 20 O SENHOR me mostrou quatro ferreiros. 21 Então, perguntei: que vêm fazer estes? Ele respondeu: Aqueles são os chifres que dispersaram a Judá, de maneira que ninguém pode levantar a cabeça; estes ferreiros, pois, vieram para os amedrontar, para derribar os chifres das nações que levantaram o seu poder contra a terra de Judá, para a espalhar. Muito bem, depois dessa leitura, com base nessas palavras inspiradas vamos iniciar nossas reflexões sobre essa segunda visão que nos traz como princípio, em resumo, essa afirmação: Diante do Deus Todo Poderoso podemos ter certeza de que a justiça divina nunca tarda e nunca falha. Neste texto encontramos sete detalhes sobre a visão que mostra o Deus Todo Poderoso em ação em favor do seu povo. O primeiro detalhe refere-se ao panorama da visão A destruição dos destruidores de Judá, Jerusalém e especialmente do templo era uma mensagem de consolação, de conforto e ânimo para o povo de Judá. Esse era o panorama da visão. Essa é a mensagem geral da visão que Deus concedeu ao seu profeta para que fosse retransmitida ao povo. Cada frase desta mensagem de consolo se cumpriu no seu devido tempo. O templo foi reconstruído e terminado quatro anos mais tarde, fruto do ministério profético de Ageu e de Zacarias. Esdras, o escriba também estava presente nesse período. A cidade foi reconstruída sob o comando de Neemias por volta de 445 a.C., e a prosperidade voltou novamente ao povo de Deus. Esta prosperidade foi experimentada especificamente no período dos macabeus que livraram o povo de Deus do governo injusto de Antioco Epifânio, um governante do período egípcio-sírio. Antioco Epifânio (nome que deu a si mesmo) significa "deus manifesto". Antioco era tão mau que durante o seu governo ele aboliu a adoração no Templo. Mas, palavras do verso 17 deveriam ser lembradas, pois anunciavam as seguintes bênçãos fazendo eco às bênçãos anteriores que poderíamos chamar de gerais: 1) De novo se transbordariam as cidades pela abundância de bens. Talvez recordando a época próspera e frutífera dos tempos de Davi e Salomão. A abundância de bens poderíamos interpretá-la como o favor imensurável de Deus sobre seu povo necessitado. 2) De novo Yahweh consolará a Sião. Conforme o profeta Isaías: Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus (conf. Is 40.1). E, no Novo Testamento Jesus disse: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco (conf. Jo 14.16). Deus se caracterizou por ser um Deus consolador por excelência. Ele se expressa em sua comovente ternura e sente compaixão de forma única por um povo que esta em profunda miséria. A reconstrução física e a recuperação econômica pareciam andar a passos muito lentos, talvez até houvesse um retardamento no desenvolvimento nacional, porém Deus tinha prometido intervir favoravelmente. A promessa era de que Deus consolaria novamente Sião. Deus não se esquecera do seu povo, da sua aliança. Ele é um Deus fiel! 3) Jerusalém ainda seria escolhida. O povo poderia esperar com confiança. Deus escolheria novamente a Jerusalém. A eleição é uma das doutrinas mais bonitas da Bíblia, embora não entendida por grande parte de nós humanos. Claramente o profeta disse que Deus continuaria preferindo Jerusalém. Era uma confirmação do pacto, da aliança que tinha feito com Davi. Deus não é um homem para mentir. O que ele prometeu certamente ele fará. O segundo detalhe refere-se aos personagens da visão Sem dúvida os personagens são os chifres e os ferreiros ou artesãos, tendo estes o papel de juízes divinos contra aqueles. Mas a pergunta que se faz é: A que impérios o profeta está se referindo? A idéia geralmente aceita pela grande maioria dos expositores e comentaristas, como já deixamos transparecer é que o número quatro não faz referencia a impérios específicos, se não a idéia de um realização completa, dando a entender que o povo hebreu foi destruído completamente a partir dos quatro pontos cardiais. Como vimos nos versículos anteriores introdutórios, Deus permitiu que seu povo fosse castigado por causa dos seus pecados. Apesar de ter-lhe anunciado, de ter advertido do perigo que corriam, apesar de ter expresso o seu amor por eles, sintetizado na profecia de Oséias, apesar de chamá-los ao arrependimento, expresso claramente no primeiro capítulo de Isaias, os judeus não atenderam à voz de Deus. Deus, então, permitiu que sofressem. Deus permitiu que caísse a ilusão de que por serem escolhidos estavam a salvo de tudo e todos. Deus permitiu a queda de Jerusalém e do templo Deus usou impérios pagãos, ímpios para que sua disciplina acontecesse, mas esses império foram além daquilo que Deus tinha proposto. Esses impérios representados pelos quatro chifres não se limitaram a conquistar o povo hebreu. Em sua ambição descontrolada por mais poder, por auto afirmação eles além de invadirem Judá, destruíram totalmente Jerusalém e queimaram o templo. Os utensílios sagrados foram objetos do saque indevido e, assim pisotearam o mais sagrado do povo de Deus. Deus levantaria os ferreiros ou artesãos para dar-lhes o que mereciam. O terceiro detalhe refere-se às perguntas e respostas para entender a visão Zacarias viu primeiro os quatro chifres, depois viu os quatro ferreiros ou artesãos. Se visse somente os chifres símbolos dos poderes das nações inimigas do povo de Deus, certamente não teria animo, não confiaria no livramento do Senhor. Algumas pessoas não vêm com bons olhos expressar suas dúvidas, apresentar suas perguntas. Aquele que não faz perguntas quer mostrar que sabe tudo. Zacarias não fez assim, teve humildade e perguntou. Como bem alistou César (2004, p.268) Zacarias perguntou: Quem são estes? (1.9). O que é isso? (1.19). O que eles vêm fazer? (1.20). Aonde você vai? (2.2). O que significa isso? (4.4). O que significam estas duas oliveiras à direita e à esquerda do candelabro? (4.11). O que significam estes dois ramos de oliveira ao lado dos dois tubos de ouro que derramam azeite dourado? (4.12). Para onde estão levando a vasilha? (5.10). Que representam estes cavalos atrelados? (6.4). Estas perguntas obtiveram as respostas necessárias para que Zacarias pudesse ficar ciente dos planos bondosos de Deus e assim pudesse consolar e animar o povo com a mensagem de esperança e confiança nas ações de Deus. O quarto detalhe refere-se à descrição da visão Na descrição da visão Zacarias não viu apenas os quatro chifres. Ele registrou que viu também quatro ferreiros ou artesãos. E essa segunda faceta da visão era importante. Esses quatro elementos foram apresentados como a esperança do povo judeu, o consolo que vem de Deus que não se esqueceu dos sofrimentos do seu povo. Esses quatro elementos representam um Deus que tem o poder suficiente para defender o seu povo que tinha sido vitima da humilhação dos opressores. Os quatro ferreiros representam a vindicação da justiça divina. Representam também, de modo geral a reconstrução. A tradução espanhola Reina Valera, traduz a palavra “ferreiros” por “carpinteiros” dando mais a idéia de reconstrução. Ao comentar sobre a expressão “carpinteiro” Guthrie (1977, p. 593), diz que essa Expressão representa a vitória do povo de Deus, vitória que conquistariam por meios pacíficos ao responder o chamado de Deus para dedicarem-se à obra de carpintaria, na reconstrução do templo. Mas, o grande fato é que Deus faria surgir esses “ferreiros” ou “carpinteiros” para quebrar o poder daqueles impérios pagãos. O quinto detalhe refere-se ao significado da visão O significado dos chifres e dos ferreiros do juízo divino que encontramos nessa visão tem sido motivo de varias interpretações. Sem dúvida os chifres simbolizam o poder de quatro reinos; simbolizam a autoridade e o domínio desses reinos. Mas a sugestão de identificar esses reinos tem sido o grande desafio dos estudiosos. A sugestão que mais tem sido aceita é identificar os povos que dispersaram o povo de Deus. O primeiro dessa lista seria o império assírio que em 722 a.C. conquistou Samaria e destruiu o reino do norte, o reino de Israel. O segundo seria o Egito, quando o faraó Neco subiu contra a Assíria e o rei Josias se interpôs em seu caminho. Josias foi ferido e morreu. Este foi um duro golpe para o reino do Sul. Neco colocou Joaquim como governante e impôs aos judeus o pagamento de tributos. Entretanto Neco logo depois morreu nas mãos dos babilônios na batalha de Carquemis. O terceiro império foi o de Nabucodonosor. Levou cativos os judeus em 606 a.C., em 597 a.C., e por fim invadiu e destruiu Judá, Jerusalém e o templo em 586 a.C. O quarto império foi o persa, mesmo que tenha libertado o povo através do decreto de Ciro, os judeus tiveram a obra de reconstrução do templo atrasada por mais de dezesseis anos, por ter Dario dado ouvidos às mentiras dos ciumentos samaritanos. O sexto detalhe refere-se às lições percebidas na visão Cada um desse império foi caindo nas mãos de outros e foram se debilitando até desaparecer em definitivo como forças mundiais. Enquanto isso Israel permaneceu e floresceu novamente no tempo dos macabeus. Ainda que muitos não entendam assim é possível ver ainda na atualidade o povo de Israel conservando sua identidade e sua terra. Certamente é a mão de Deus. Zacarias apresenta uma mensagem consoladora que se cumpriu com a reconstrução do templo e da nação. Mesmo que o templo nunca alcançou o esplendor do primeiro templo, a glória do segundo templo foi maior. A habitação de Deus nos cristãos, através do Espírito Santo é o seu cumprimento. O sétimo detalhe refere-se às aplicações da visão às nossas vidas. Querido amigo podemos perceber três lições aplicáveis aos nossos dias: 1. Não podemos experimentar as bênçãos da comunhão com Deus a menos que nos reconheçamos pecadores, a menos que nos arrependamos dos nossos pecados, a menos que atendamos o convite do Senhor para voltarmos para ele. Quando nos voltamos para Deus e andamos nos seus caminhos experimentamos as bênçãos do Senhor. 2. Temos que esperar com paciência e com confiança o cumprimento das promessas de Deus acerca do seu povo. As vezes parece que tudo se levanta contra nós; parece que o mundo pecaminoso despreza toda nossa atividade; e, parece também que as atividades do reino de Deus são lentas de mais. O segredo é esperar! 3. Temos que estar envolvidos, em plena atividade na obra do Senhor e assim vamos experimentar as bênçãos divinas sobre nossas vidas, sobre nossas atividades e sobre nossos ministérios. A preocupação com os inimigos não deve nos abater. Eles serão destruídos no tempo de Deus. Enquanto isso estejamos firmes e fortes, ativos na obra do Senhor. Conclusão Ao concluirmos nossa reflexão oro para que você creia no poder de Deus e aguarde com paciência, com perseverança e confiança no Senhor. Deus te abençoe. Um abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia
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