Deus misericordioso
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Agradecemos a sua sintonia e a sua audiência. Você que tem sido fiel em nos acompanhar nos trás muita alegria por sabermos do seu interesse no estudo da Palavra de Deus. Somos gratos a Deus, pois ele tem despertado o seu interesse e também o interesse de muitos irmãos no estudo sistemático que temos feito. Estamos estudando nesses programas as profecias de Zacarias e hoje especificamente as profecias relativas a restauração de Sião. Hoje vamos estudar todo o capítulo 8 onde o Senhor através do seu profeta anuncia sua bênção sobre o seu povo e sua nação. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo da Palavra eterna. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente isso que a nossa irmã Antonia fez, enviando-nos o seu e-mail mesmo sem compartilhar sua cidade e estado. Essa foi a sua mensagem: 1205. Olá Pr. Itamir me chamo Antonia, gosto muito do Através da Bíblia, já fazia um bom tempo que não ouvia, agora descobri que ele esta na internet, foi motivo de muita alegria. Parabéns! Como conseguir o estudo no Livro de Salmos capitulo por capitulo?Que Deus os abençoe ricamente.” Antonia – email. Querida irmã, obrigado por suas palavras e por seu interesse em nosso programa. Como você sabe, desejamos que através do programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a realidade do reino de Deus. Em relação ao seu pedido não podemos atende-la, pois só publicamos os comentários dos quatro evangelhos, mais os comentários de Gn, Fl e Gl. O comentário dos Salmos ainda vai demorar um pouco. Mais uma vez obrigado por suas palavras de incentivo. E, agora, quero convidá-la para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas sobre esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Pai diante disso buscamos a iluminação do teu Santo Espírito. Que o Senhor atenda a necessidade de cada um dos que te buscam nessa hora. Fale também a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para cumprirmos esse projeto na tua dependência. Oramos em nome de Jesus. Amém!" Querido amigo hoje o nosso alvo é estudarmos todo o capítulo oito de Zacarias. Vamos estudar Zc 8.1-23. Nesse texto, além de outras importantes promessas, logo no início, Zacarias afirma q eu Deus prometeu voltar para Sião. É importante notarmos que por causa do seu grande zelo por Jerusalém, Deus prometeu voltar para Sião. Quando mencionamos esse monte, vale apenas recordar alguns fatos sobre Sião: 1) Davi tomou a fortaleza de Sião dos jebuseus em uma das primeiras conquistas do seu reinado, e estabeleceu a sede do seu governo em Jerusalém (2Samuel 5:5-10). 2) Sião foi chamado de Cidade de Davi (2Samuel 5:7; 2Crônicas 5:2). 3) Sião passou a representar o local (monte) do templo e, às vezes, representava a cidade de Jerusalém (Salmo 9:11; 76:2; 132:13). 4) Em algumas profecias, representava o domínio de Deus no reino messiânico (Salmo 2:6; Isaías 2:3; 62:11-12). 5) Sião manteve este mesmo significado no Novo Testamento (cf. Romanos 9:33; 1 Pedro 2:6; Hebreus 12:22). Notamos que o povo em Jerusalém seria abençoado nesta comunhão com Deus. E, para mostrar a bênção de um povo protegido e abençoado, ele fala de velhos com saúde e de crianças brincando nas ruas. A restauração de Jerusalém seria maravilhosa ao povo, mas não impossível para Deus (conf. Mateus 21:42; Salmo 118:22-23). Deus traria de volta os cativos para habitar em Jerusalém como o povo exclusivo dele (cf. 1Pedro 2:9-10) Através do seu profeta Deus prometeu abençoar o povo. Este trecho nos lembra de Ageu 2:15-19. Uma vez que o povo reagiu bem e começou a construção do templo, Deus prometeu bênçãos. Vale lembrar que estes versículos fazem parte de um trecho que olha principalmente para o reino do Messias. Antes de retomar o trabalho do templo, o povo sofria, mas agora, a sorte de Israel mudaria. Deus então prometeu trocar a tristeza pela alegria da sua presença com o povo. Os jejuns do quarto, quinto, sétimo e décimo meses se tornariam em festas de alegria (cf. Isaías 35:10), por pelo menos duas razões: 1) Estes jejuns não faziam parte da lei que Deus dera aos israelitas. 2) Esses jejuns relembravam momentos de tragédia nacional na queda de Jerusalém. Assim, no reino renovado de verdade e paz, não teriam mais motivo para comemorar estes momentos tristes, porque o povo viveria alegre no Senhor. Jerusalém seria um lugar procurado para receber as bênçãos de Deus, e os judeus seriam vistos como pessoas especialmente abençoadas com a presença do Senhor (cf. Is 2:3; Ez 48:35). Em todos esses detalhes, nessa mudança de situação, a boa mão de Deus estava sobre o seu povo, não mais com ira, mas com misericórdia. E, sendo que Deus ainda nos trata hoje com extrema misericórdia, vamos dar a esse texto o título: Deus misericordioso Zc 8.1-23 Introdução Somente Deus por sua misericórdia concede nova oportunidade ao seu povo. Neste texto encontramos sete ações de Deus que comprovam sua misericórdia para com seu povo Zelar pelo seu povo é a 1ª ação de Deus que comprova a sua misericórdia, v. 1-2 8.1 Veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos, dizendo: 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tenho grandes zelos de Sião e com grande indignação tenho zelos dela. Neste capítulo encontramos uma verdade que merece um estudo profundo: o zelo de Deus por Jerusalém. Aceitar um Deus zeloso é possível quando pensamos na sua santidade. No Antigo Testamento, a relação que existia entre Deus e seu povo, Jerusalém e Sião sempre foi ilustrada com a relação entre marido e esposa. Todo matrimonio baseado no verdadeiro amor se caracteriza por um zelo santo, um zelo de pureza e bem-estar. Quando Zacarias usa a figura de zelo de Deus, devemos entender nessa dimensão, de zelo que deseja exclusividade e pureza. Habitar no meio do seu povo é a 2ª ação de Deus que comprova a sua misericórdia, 3 8.3 Assim diz o SENHOR: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; Jerusalém chamar-se-á a cidade fiel, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte santo. A sentença é que quem manchasse Jerusalém não ficaria impune de tal ofensa. Na restauração, o mais valioso é que Deus novamente habitaria em Jerusalém. Do seu trono ele daria suas ordens novamente. A promessa de Deus morar em Sião representava a garantia de uma restauração total. Não havia inimigo que destruiria a cidade nem adversário que impedisse a restauração do templo. Mas esta promessa de Deus era garantia de que tudo aconteceria como Deus tinha falado. Restaurar a vida cotidiana é a 3ª ação de Deus que comprova a sua misericórdia, v. 4-6 8.4 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém sentar-se-ão velhos e velhas, levando cada um na mão o seu arrimo, por causa da sua muita idade. 5 As praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. 6 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Se isto for maravilhoso aos olhos do restante deste povo naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? — diz o SENHOR dos Exércitos. A restauração de Jerusalém começaria com a presença de Deus e quanto isso acontecesse se poderia perceber outras bênçãos decorrentes. Veriam senhores e senhoras idosas mesmos apoiados nas suas bengalas desfrutando de uma velhice bem sucedida seria uma bênção, assim como ver as crianças brincando e se divertindo eram também sinais de bênçãos e sobretudo de tranquilidade. Estas duas situações pareciam miraculosas, porém não eram, porque para Deus não há impossíveis. Em tempos de guerra as pessoas mais afetadas são as crianças e os anciãos. Eles é que sofrem a perda de seus pais e dos seus filhos. As crianças e os anciãos são vitimas da guerra e, em muitas sociedades são vitimas da injustiça social. Se as crianças e os anciãos vivem bem, é bem provável que toda a população está passando por um período de tranquilidade. Salvar o seu povo é a 4ª ação de Deus que comprova a sua misericórdia, v. 7-8 8.7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo, tirando-o da terra do Oriente e da terra do Ocidente; 8 eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça. Muitos judeus estavam fora de suas terras por causa do cativeiro babilônico. A promessa é que Deus os traria de novo à sua terra. Com um ato portentoso e soberano, Deus agiria em favor do seu povo. A mensagem de que Deus salvaria o seu povo deveria infundir confiança para um povo que enfrentava problemas de rejeição, de auto estima. De novo eles seriam o povo de Deus. Não tinham perdido essa posição, mas por terem se afastado de Deus, foram castigados e tinham ficado na Babilônia onde receberam a influência de toda tipo de imundície e contaminaram o seu coração com práticas do mundo pagão. Este dois versos usam uma linguagem própria para um acordo, para uma aliança. A instalação do povo na terra prometida e a reconstrução do templo eram sinais da renovação do pacto. Revelam uma grandiosa salvação, uma salvação preparada e executada por Deus, pois a salvação depende única e exclusivamente de Deus. Destaca-se aqui as três ações de Deus relativas à sua salvação: 1) Deus é quem vai salvar o seu povo; 2) Deus os traria de onde estivessem e habitariam novamente em Jerusalém 3) E, Deus seria o seu Deus. Esse é o ponto culminante da retomada da aliança, da renovação do acordo. Só uma pessoa salva reconhece Deus como seu Deus e a Cristo Jesus, como seu Senhor! Essa, então é uma salvação integral. Uma salvação que atinge o homem todo, com o evangelho todo! E, além disso, Deus confirmou seus atributos, que garantiam essa salvação: sua fidelidade e justiça. Conforme o verso 3, a ação de Deus é de acordo com sua natureza, pois ele atua com justiça. É importante notar que os dois pares de palavras têm certa semelhanças, mas também diferenças. O monte deve ser um Monte da Verdade e Deus promete fidelidade. Deus oferece justiças, mas eles deveriam viver em santidade. Abençoar o seu povo é a 5ª ação de Deus que comprova a sua misericórdia, v.9-17 8.9 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Sejam fortes as mãos de todos vós que nestes dias ouvis estas palavras da boca dos profetas, a saber, nos dias em que foram postos os fundamentos da Casa do SENHOR dos Exércitos, para que o templo fosse edificado. 10 Porque, antes daqueles dias, não havia salário para homens, nem os animais lhes davam ganho, não havia paz para o que entrava, nem para o que saía, por causa do inimigo, porque eu incitei todos os homens, cada um contra o seu próximo. 11 Mas, agora, não serei para com o restante deste povo como nos primeiros dias, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 Porque haverá sementeira de paz; a vide dará o seu fruto, a terra, a sua novidade, e os céus, o seu orvalho; e farei que o resto deste povo herde tudo isto. 13 E há de acontecer, ó casa de Judá, ó casa de Israel, que, assim como fostes maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis bênção; não temais, e sejam fortes as vossas mãos. 14 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Como pensei fazer-vos mal, quando vossos pais me provocaram à ira, diz o SENHOR dos Exércitos, e não me arrependi, 15 assim pensei de novo em fazer bem a Jerusalém e à casa de Judá nestes dias; não temais. 16 Eis as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo, executai juízo nas vossas portas, segundo a verdade, em favor da paz; 17 nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR. Se Deus quando pensou discipliná-los cumpriu sua palavra, agora também cumprirá sua promessa de fazer bem ao seu povo. Deus abençoaria o seu povo. Mas a bênção de Deus requer uma atitude de nossa parte. Eles deveriam ter um posicionamento diferente: 1)Deveriam ser fortes, 2)não deveriam temer, 3)deveriam falar a verdade, 4)deveriam executar os juízos corretamente, 5) deveriam trabalhar em favor da paz, fazendo justiça, 6) não deveriam pensar o mal contra o seu próximo, 7) não deveriam amar o juramento falso. Alegrar o seu povo é a 6ª ação de Deus que comprova a sua misericórdia, v. 18-19 8.18 A palavra do SENHOR dos Exércitos veio a mim, dizendo: 19 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: O jejum do quarto mês, e o do quinto, e o do sétimo, e o do décimo serão para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz. Vamos observar na sequência dos acontecimentos históricos que jejuavam por motivos de tristeza: 1) No décimo mês (do nono ano do reinado de Zedequias) – os babilônios cercaram Jerusalém (2 Reis 25:1-2). 2) No quarto mês (do décimo-primeiro ano de Zedequias) – a cidade foi arrombada, os soldados e o rei fugiram, o rei foi preso e seus filhos foram mortos diante dele (2 Reis 25:3-7) 3) No quinto mês (do mesmo ano) – o templo e a cidade foram queimados e os muros, derrubados; alguns homens foram executados pelos babilônios (2 Reis 25:8-22). 4) No sétimo mês (do mesmo ano) – Ismael e outros assassinaram Gedalias, o governador de Jerusalém escolhido pelo rei da Babilônia; o povo que restou em Jerusalém fugiu para o Egito (2 Reis 25:23-26). Eram lembranças tristes. Mas, agora não eram mais necessárias. Deus transforma a tristeza em alegria. Diante da pergunta feita (conf. 7.3) esses jejuns, sinais de tristeza e simples rituais, seriam convertidos em festa, em uma celebração de regozijo pelas maravilhosas ações de Deus. Honrar o seu povo é a 7ª ação de Deus que comprova a sua misericórdia, v. 20-23 8.20 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades; 21 e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar ao SENHOR dos Exércitos; eu também irei. 22 Virão muitos povos e poderosas nações buscar em Jerusalém ao SENHOR dos Exércitos e suplicar o favor do SENHOR. 23 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu e lhe dirão: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco. Nesses versos temos uma mensagem escatológica que une esta primeira parte do livro com os capítulos 9-14. É perceptível o desejo de Deus ter um único povo, mesmo que tenha escolhido a Israel. Israel tinha sido escolhido para a função sacerdotal e para cumprir uma função profética de anunciar a mensagem de Deus às nações, porém Israel não cumpriu com essas funções. Mas a renovação espiritual que experimentariam lhes daria de novo o seu ministério sacerdotal e profético. Pessoas de outras cidades se uniriam para buscar a face de Deus e implorar o favor do Senhor. Para o Antigo Testamento, Jerusalém seria transformada numa cidade espiritual. Porém com Jesus, não importa mais o lugar desde que a adoração seja em espírito e em verdade. E, assim muitos povos virão ao povo de Deus, que hoje é a igreja. Sem dúvida esta é uma passagem escatológica, que anuncia o reinado de Deus sobre todos os povos e o reconhecimento de que Deus é o único. Conclusão Querido amigo, minha oração é que você faça parte desse povo que será abençoado por Deus e que se alegrará na presença de Deus. Um forte abraço. Que Deus te abençoe. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia
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