Uma vida verdadeiramente segura
Olá amigo é com satisfação que iniciamos mais um programa da série "Através da Bíblia". Somos gratos a você que tem nos dado a alegria da sua companhia. Declaramos a nossa gratidão por termos a possibilidade de hoje estudarmos com você mais um trecho das Escrituras Sagradas. Nos sentimos privilegiados quando recebemos as correspondências de vocês, nossos amigos contando-nos suas experiências com Deus, inclusive algumas delas que aconteceram através desse programa. Por isso, incentivamos a você que é nosso ouvinte assíduo a escrever dando-nos suas impressões sobre o programa. Queremos adequá-lo ainda mais às suas necessidades, sem deixar de sermos fiéis à Palavra de Deus que é viva e eficaz para nos capacitar a viver diante dele de modo agradável. Exatamente por isso, compartilho a carta do W.F.D. que nos escreveu da cidade de Martinópolis, no estado de São Paulo. Foram essas as suas palavras: 1195"Venho através desta, parabenizar os amados irmãos em Cristo e organizadores deste trabalho maravilhoso, que vem nos ajudando no crescimento espiritual através dos estudos bíblicos com apresentação do Pastor e professor Itamir Neves. Sou grato a todos, e fico muito feliz pelos estudos. Quando em meus momentos de batalha espiritual, tive muita força e confiança através das palavras de conforto, através das mensagens e ilustrações que chegam através dos estudos. Continuem com este trabalho anunciando o evangelho da salvação e, creio que muitas pessoas assim como eu, se encontram radiantes e maravilhados com tudo o que o Senhor tem nos proporcionado através deste ministério.” W.F.D.- Presidiário aluno – Martinopolis - SP Querido irmão, somos gratos por suas palavras. Elas são um incentivo para nós. Mas, ao mesmo tempo essas palavras nos enchem de temor e tremor por termos a responsabilidade de apresentar a Palavra de Deus de forma genuína e correta para sua edificação. Por isso mesmo pedimos a Deus que tenhamos programas que solidifiquem a fé de cada um de vocês. Por isso oramos pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a atenção de todos que estão me ouvindo agora. Vamos orar, colocando este programa e esse projeto de estudarmos toda a Bíblia Sagrada nas mãos de Deus: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de abrirmos a sua palavra e juntos ouvirmos a sua voz. Senhor desejamos e necessitamos da iluminação do teu Espírito para podermos compreender a Tua Palavra e capacitados por ele mesmo cumprirmos os teus mandamentos. Pai querido, obrigado porque tu nos ouves. Obrigado porque através de Jesus, respondes as nossas orações. Fale conosco no programa de hoje e nos abençoe para que esse projeto de estudarmos toda a sua Palavra possa ser completado sob as tuas bênçãos. Pai, oramos em nome do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Amém". Querido amigo hoje temos como objetivo iniciarmos os estudos no segundo capítulo de livro profético de Zacarias. Vamos refletir sobre Zc 2.1-5. Neste texto encontramos o registro da terceira visão que Deus concedeu ao seu profeta com a finalidade de transmiti-la ao povo, para consolá-lo, para confortá-lo, para animá-lo. Nessa visão temos um homem com um cordel, um cordão de medir. É uma mensagem sobre a futura glória de Jerusalém, a cidade de Deus. Zacarias registra que viu um homem que tinha na mão um instrumento de medir. Quando o profeta perguntou ao homem sobre o seu propósito, sobre a sua atividade com aquele instrumento de medir recebeu uma resposta bem objetiva. O homem, um geômetra, talvez um construtor lhe disse que estava ali com o propósito de medir Jerusalém. O profeta ficou sabendo então que o propósito, a tarefa desse medidor era percorrer Jerusalém e medir a cidade por inteiro. Deveria achar sua medida de largura e de comprimento. Todos os detalhes deveriam ser anotados e cada centímetro deveria ser registrado. Essa tarefa, essa responsabilidade fazia sentido quando lembramos do contexto em que ela ocorreu. Quando Jerusalém foi aniquilada pela força bruta da Babilônia e teve seus muros destruídos, suas ruas invadidas, todas as praças tomadas pelo exército caldeu; quando o templo foi destruído, saqueado e queimado, toda a organização da cidade e do templo se desfez. Os muros já não estavam no lugar que marcava o perímetro da cidade, nem lhe davam mais proteção, pois tinham sido derrubados. No dizer de Amsler (1998, p.30), a vinda desse geômetra, desse construtor, respondia a pergunta não pronunciada, mas que inquietava o coração dos habitantes da cidade deixada sem proteção: será que nossos inimigos não nos atacarão? Voltando para a terra prometida quem garantiria que estavam seguros? Era uma preocupação válida e, por isso mesmo apareceu a figura desse homem tomando as medidas da cidade. Seria essa a segurança que esperavam? Seria essa a melhor proteção? Deus tinha provado o seu cuidado e o seu favor para com seu povo, será que não poderia prover uma segurança completa? Creio que havia certa dúvida no coração do povo que voltava, a maioria deles nascidos na Babilônia durante os setenta anos do duro exílio. Não conheciam Deus, não o tinham visto em ação. Só o conheciam pelos relatos dos mais velhos. Estariam eles seguros? Quando descansamos em Deus, quando confiamos em seu poder, quando andamos pela fé, mesmo que as circunstâncias nos tragam uma “mensagem” de dúvidas e temor, podemos estar seguros, pois a vida que Deus tem para nós que somos seu povo é uma vida abundante, uma vida segura, uma vida protegida por ele mesmo, Deus tem cuidado do seu povo. Por isso, ao estudarmos ao refletirmos sobre essa 3ª visão damos a ela esse título Uma vida verdadeiramente segura Zc 2.1-5 Introdução Nessa terceira visão Deus está medindo Jerusalém e promete protegê-la por ter um plano bem maior do que os planos humanos poderiam conceber. Não seria um muro construído com tijolos, grandes pedras e argamassa que daria proteção a Cidade Santa. De alguma maneira Deus estava dando uma mensagem de animo e esperança ao seu povo dizendo que ele planejava uma nova pátria para o seu povo. A visão desse homem medindo Jerusalém era sem dúvida uma visão que transmitia a idéia de restauração. O homem tinham como tarefa tomar as medidas para reiniciar a construção do muro. Estava preocupado com a construção do muro de proteção. Porém havia promessas de proteção e segurança que iam bem mais adiante do que qualquer pensamento humano. Temos que concordar que normalmente o homem tem a característica de duvidar ou desconfiar. Mas, essa atitude tão comum aos homens, essa atitude tão normal produz insegurança, produz o aumento de dúvidas em relação a proteção. Por muitas razões o mundo em que habitamos oferece dúvida e desconfiança a cada dia. Mas, ao invés disso, a Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada nos diz que Deus promete proteção e segurança para todos; para todos os que crêem nele, Para todos os que temem o seu nome. Lembramos nesse particular do Salmo de Moisés: Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração (conf. Sl 90.1) ou de outro salmo bem conhecido: O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refugio e meu baluarte, Deus meu em quem confio (conf. Sl 91.1-2). Na verdade, temos que constatar que o homem sem Deus é um ser inseguro. E por isso nessa visão ele toma a iniciativa de se proteger tomando suas precauções. Ele vê uma corda para medir. Ele começa seu trabalho: calcula, mede, faz anotações, não perde sequer um detalhe. Mas, ao mesmo tempo, não percebe que Deus está atento a todos os seus movimentos, mas não só aos seus movimento, mas Deus está atento aos seus sentimentos, às suas emoções. Temos que lembrar que Deus conhece o nosso coração, a nossa motivação, a nossa insegurança interior, mesmo que no exterior transmitamos um semblante calmo e tranquilo. Temos que constatar também que Deu tem suas promessas. Temos que constatar que as promessas divinas nos enchem de esperança, nos dão garantias, nos dão segurança. Deus oferece-nos sua proteção. Mas, não é a proteção humana que podemos comprar ou fabricar ou produzir. Deus nos concede uma proteção que vai além da nossa capacidade mental, daquilo que conseguirmos supor ou pensar. Deus nos oferece a sua proteção não material. A proteção de Deus é espiritual. Como Deus é espírito e o homem é carne temos duas linguagens diferentes. Deus teria que se adaptar a nós ou nós devemos nos adaptar a ele? Certamente devemos nos adaptar à sua linguagem. Naquela circunstância específica não era a proteção de um muro, de uma muralha que por mais forte que fosse poderia ser derrubada, conforme foi derrubada a muralha de Jericó. Você deve se lembrar e a mensagem de Zacarias deveria fazer o povo se lembrar dessas palavras encorajadoras: Ora, Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía, nem entrava. Então, disse o Senhor a Josué: Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes ... E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos entregou a cidade! ... Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram (conf. Js 6.1-2, 16, 20). Será que a melhor proteção para Jerusalém era a proteção de um muro, de uma muralha a ser construída? Certamente não. Não é essa a proteção que Deus dá! Vou ler todo o texto sobre o qual iremos refletir e peço sua atenção para a Palavra de Deus. Leio Zc 2.1-5. Diz assim a Palavra de Deus 2.1 Tornei a levantar os olhos e vi, e eis um homem que tinha na mão um cordel de medir. 2 Então, perguntei: para onde vais tu? Ele me respondeu: Medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual o seu comprimento. 3 Eis que saiu o anjo que falava comigo, e outro anjo lhe saiu ao encontro. 4 E lhe disse: Corre, fala a este jovem: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão de homens e animais que haverá nela. 5 Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória. Muito bem, depois dessa leitura, com base nessas palavras inspiradas vamos iniciar nossas reflexões sobre essa terceira visão que nos traz como princípio, em resumo, essa afirmação: Todo aquele que pertence ao seu povo deve saber que a verdadeira segurança está somente em Deus. Neste texto encontramos sete detalhes sobre a visão que mostra a verdadeira segurança que Deus concede ao seu povo. O primeiro detalhe refere-se ao panorama da visão Como já mencionamos, nesta visão, Zacarias viu um homem indo medir Jerusalém. A figura de medir a cidade santa não era desconhecida das mensagens proféticas. Essa figura aparece em outros profetas, e sempre simboliza a proteção divina e a comunhão de Deus com seu povo (conf. Ez 40-48; Ap 21:15-27). Essa medição era necessária, pois o muro que protegia a cidade tinha sido derrubado pelos babilônios e os que voltavam para Jerusalém estavam temerosos. A cidade de Jerusalém na época antes do exílio tinha um muro que a rodeava. Esse muro tinha 8 portas e 34 torres de onde os arqueiros se colocavam para disparar contra os inimigo invasores. A cidade caiu nas mãos de Nabucodonosor em 586 a.C. Este texto nos mostra o regresso dos habitantes da cidade santa, da cidade do rei. Era natural a preocupação do povo com sua segurança e sua proteção. Eles sentiam a necessidade de um muro que os protegesse dos inimigos ao redor. O segundo detalhe refere-se aos personagens da visão O primeiro personagem envolvido é o homem com um cordel, ou um cordão de medir, ele é o geômetra ou o construtor que tinha a tarefa de medir criteriosamente toda a cidade de Jerusalém. O segundo personagem é um “anjo”, literalmente um “enviado”, um “mensageiro” para dar a entender que a outra personagem vem da parte de Yahweh. Mas, antes desse personagem, o terceiro, aparece o “anjo intérprete”, aquele que nas outras visões não tem por costume estar na visão. O anjo interprete vai objetivamente ao enviado pelo Senhor e diz que deve correr para impedir o medidor, o geômetra de prosseguir na sua tarefa. A tarefa de medir Jerusalém não é mais necessária porque o próprio Deus será o seu muro de fogo e ela deve ficar sem muros por causa da grande quantidade de gente que viria para a cidade santa. O terceiro detalhe refere-se às perguntas e respostas para entender a visão Houve uma pergunta nessa visão. A pergunta foi do próprio Zacarias: ... para onde vais? A resposta foi clara: ... medir Jerusalém ... (v. 2). Mas se destaca o fato do anjo que falou com Zacarias ter sido interceptado por outro anjo que ordenou ao primeiro falar com o geômetro. A mensagem desse último anjo tinha um importância fundamental: Jerusalém seria habita sem muros. A população cresceria e também os rebanhos se multiplicariam. A cidade necessitava de limites maiores e o próprio Deus seria sua proteção. O povo de Deus não precisaria mais temer inimigos. Deus era a sua proteção! O quarto detalhe refere-se à descrição da visão Sempre o povo de Deus se via cercado por inimigos e, na verdade podemos dizer que eles tinham inimigos pelos quatro lados. Os egípcios eram seus inimigos ao sul. Do norte enfrentavam problemas com a Assíria e a Babilônia e posteriormente com a Pérsia. Do lado do Mediterrâneo haviam os filisteus e, ao leste, na transjordânia haviam os edomitas, amonitas e bem próximos deles, depois do exílio tinham que enfrentar os samaritanos. O quinto detalhe refere-se ao significado da visão Um anjo saiu e explicou para o anjo que acompanhava Zacarias que não havia mais necessidade de medir a cidade. Jerusalém seria uma cidade habitada, abençoada e protegida por Deus. Na verdade, Jerusalém não seria mais cercada por muros. A multidão que se reuniria nela seria enorme e por isso os muros físicos não seriam mais necessários. O muro de Jerusalém seria o próprio Yahweh O Senhor Deus seria a sua muralha de fogo. Nas palavras do texto: Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória. O sexto detalhe refere-se às lições percebidas na visão O resultado desta proteção seria visto na mudança da sorte de Jerusalém e de seus opressores. Jerusalém seria uma bênção para muitos que a procurassem, enquanto isso, os seus antigos opressores seriam destruídos. Nesta visão de Zacarias a promessa é que a glória de Deus viria sobre toda a cidade e sobre todo o povo. Enquanto a glória do Senhor estaria protegendo o seu povo os inimigos seriam aniquilados. Que Deus maravilhoso nós temos! O sétimo detalhe refere-se às aplicações da visão às nossas vidas. Junto com essas palavras do anjo veio a mensagem consoladora. Deus seria um muro de fogo ao seu redor. Quando Deus se compromete a proteger seu povo não há mais o que temer. Será que cremos nessa afirmação? O fogo divino era sinal de segurança contra os inimigos. Certamente os mais velhos se lembraram da coluna de fogo que os conduzia a noite no deserto. Deus estaria no meio do seu povo como sua glória. Não somente ia guardar seu povo como também permaneceria em seu meio. A presença de Deus em meio ao povo nos relembra o propiciatório no Tabernáculo no deserto. A glória shekinah, era uma das manifestações da grandeza do primeiro templo. A glória de Deus abandonou o templo (conf. Ez 10 e 11) e o povo não cria que ela voltaria. Mas ele voltaria e voltou. Deus habita na sua igreja através do Espírito Santo. Você tem essa convicção da habitação de Deus em você? Conclusão Ao finalizarmos nossa reflexão peço a Deus que você experimente a sua presença consoladora em sua vida. Jesus é o Emanuel, Deus conosco! Que ele te abençoe. Um abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia
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