segunda-feira, 18 de maio de 2015

A vinda do Messias

A vinda do Messias

Olá amigo é com grande prazer e satisfação que iniciamos mais um programa da série "Através da Bíblia". Somos gratos a você que tem nos acompanhado fielmente pela oportunidade que temos de passarmos esse tempo juntos estudando a Palavra de Deus. Hoje concluímos os nossos estudos no capítulo nove de Zacarias, refletindo sobre uma das promessas mais encorajadoras que o Senhor deu ao seu povo, a promessa da vinda do Messias. Essa foi uma maravilhosa promessa não apenas para o povo hebreu, mas uma promessa que teve uma abrangência universal. E exatamente porque também nos alcançou estamos hoje aqui refletindo sobre essa maravilhosa Palavra. Nos sentimos privilegiados quando recebemos as correspondências que vocês nos enviam contando-nos suas experiências com Deus através do nosso programa. E, assim compartilhamos com todos vocês o e-mail que o Jonas nos enviou de fortaleza, capital do estado do Ceará. Foi essa a sua mensagem: 1207 “Graça e paz, Pr. Itamir, bom dia. Estive sem internet por alguns dias, perdendo alguns programas. Mas, agora, estou ouvindo os estudos do livro de Naum, e as  suas chamadas para saber se os ouvintes são assíduos. Testemunho que estes estudos são prá mim de fundamental importância. Um forte abraço. Seu servo.” Jonas Girão – Fortaleza – CE – email Querido irmão, muito obrigado por suas palavras. Elas são um incentivo para nós e demonstram a comunhão cristã. Por outro lado, reconhecemos que a nossa responsabilidade aumenta porque cada vez mais desejamos que os programas edifiquem a cada um de vocês. Por isso é que contamos com sua parceria, escrevendo para nos contar como o programa tem chegado até você e contamos com você também unindo-se a nós em oração, pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a sua atenção nesse momento. Quero convidá-lo a elevar a Deus a nossa oração: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de abrirmos a sua palavra e juntos ouvirmos a sua voz. Senhor, desejamos e necessitamos da iluminação do teu Espírito para podermos compreender a Tua Palavra e capacitados por ele mesmo cumprirmos os teus mandamentos. Senhor obrigado porque tu nos ouves e respondes as nossas orações. Por isso oramos em nome de Jesus, Amém". Querido amigo hoje o nosso alvo é concluirmos o estudo do capítulo nove de Zacarias. O texto sobre o qual vamos refletir é Zc 9.9-17. Nesse texto encontramos outro aspecto da bênção divina para com seu povo. No programa passado vimos que a bênção do Senhor nos é dada quando Deus trata com sua justa retribuição os inimigos do seu povo. Enquanto Deus castiga e condena os inimigos, ele comprova a sua fidelidade, o seu cuidado e o seu zelo pelo seu povo. No estudo que faremos desse texto perceberemos que o outro motivo de nos alegrarmos pelo cuidado de Deus é que ele anunciou de modo irrefutável que o rei de Israel, o Messias prometido estava a caminho. E, nessa profecia de Zacarias fica claro que esse Rei, seria e é o Rei da Paz, pois viria montado em um jumentinho (v. 9), profecia cumprida na pessoa de Jesus de Nazaré quando entrou “triunfalmente” em Jerusalém como confirmam os quatro evangelistas (conf. Mt 21.1-11; Mc 11.1-11; Lc 19.28-40; Jo 12.12-15). Essa era mais uma mensagem de encorajamento para o povo dos dias de Zacarias, mas, sem dúvida, é uma mensagem de encorajamento também para nós, pois nos dá a certeza de que a Palavra de Deus sempre é cumprida integralmente e nos dá certeza da sua volta. A promessa aqui é de que o Rei Justo vem para Sião. Por isso, em Sião haveria motivo de alegria. A linguagem deste versículo nove, que abre esse parágrafo é usada no Novo Testamento para explicar a chegada de Jesus em Jerusalém poucos dias antes de sua morte (cf. Mateus 21:4-5; João 12:14-15). O Todo-Poderoso Rei entrou com humildade! Esta citação ajuda na interpretação deste trecho, mostrando que se trata principalmente do reino de Jesus inaugurado no Novo Testamento, um reino espiritual e não físico ou bélico como queriam os judeus. O Messias reinaria em paz, destruindo as armas de guerra e abençoando seu povo (cf. Isaías 11:1-10; Efésios 2:14-22). Em Jesus achamos o cumprimento real das promessas feitas por Ageu e Zacarias sobre a paz em Jerusalém. Deus usaria seu povo, juntando aqui Judá e Israel, os reinos do sul e do norte contra Grécia. Quando Zacarias profetizou, a próxima grande ameaça seria a expansão grega sob a liderança de Alexandre, menos de 200 anos depois. Alexandre castigou as nações citadas no começo desta profecia, e seus sucessores helenistas (especialmente os ptolomeus e selêucidas) afligiram os judeus. Parece que Zacarias menciona os gregos neste contexto de profecias messiânicas no mesmo sentido que Daniel faz nas suas profecias. No tempo dos macabeus, entre 167 a.C. e 63 a.C. sabemos que por volta de um século Israel ficou livre do domínio estrangeiros, até a chegada do poderoso império romano. Porém, certamente, essa profecia indicava que o reino de Cristo seria estabelecido definitivamente. Outras nações poderiam atacar e afligir o povo por um tempo, mas o reino eterno seria o reino do Messias, o reino do próprio Senhor. E, de fato, o evangelho de Jesus venceu a sabedoria dos gregos (1Coríntios 1:18-25; 2:1-7). A profecia indicava que Deus abençoaria e protegeria seu povo de Israel, que eram como pedras preciosas de uma coroa. O povo de Deus, a nação de Israel será bela e formosa, demonstrando o grande poder e bondade do Senhor, que zela pelo seu povo. Com essas notícias, com essa profecia, com essa promessa, certamente o povo que viera do exílio se animaria, sabendo do amor de Deus para com eles. A vinda do Messias era a esperança e deve ser a expectativa que animava e encorajava, que anima e encoraja a vida do povo de Deus. Diante dessa promessa especial vamos estudar este texto dando-lhe esse titulo: A vinda do Messias Zc 9.9-17 Introdução Querido amigo, certamente, você sabe que este é um dos texto mais conhecidos do livro de Zacarias. Ele se cumpriu na entrada triunfal de Jesus de Nazaré, em Jerusalém. Essa passagem confirma que o profeta dissera anteriormente, que o Messias, que seria rei e sacerdote viria para ocupar seu trono (conf. 6.13) Se notarmos que o Messias é um rei humilde, sem a pompa que caracterizava os monarcas da época, confirmamos essas características na vida de Jesus. Mas ele seria também justo e salvador, ou como em outras versões: justo e vitorioso, pois é possível essa tradução do hebraico. Esses títulos foram frequentemente usados por Isaías para referir-se ao Messias, principalmente na segunda parte da sua profecia, nos capítulos 40 a 66. Toda essa porção de Isaias com essa profecia se tornou uma das verdades teológicas mais marcantes de toda a Bíblia. Isto é, a nossa salvação é o fruto da justiça de Deus e Deus, porque é justo procura a nossa salvação. A palavra yasha, do hebraico pode ser traduzida por vitorioso, pois também indica salvação, uma vez que a salvação é um ato de libertação, de vitória contra a escravidão. Diante dessas verdades o princípio bíblico que nos orientará na reflexão sobre esse importante texto profético pode ser assim percebido: Somente Deus por sua fidelidade cumpre sua promessa enviando o seu Messias para restaurar seu povo Neste texto encontramos sete características do Messias enviado que concretizará a promessa divina: A 1ª característica do Messias divino é ser um rei humilde, v.9 9.9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta. A humildade do rei Messias que viria se nota pelo fato que vem montado num jumentinho, um animal de carga. Não viria montado num cavalo branco e fogoso que era o procedimento normal dos reis ao desfilarem perante o povo, depois de conquistarem suas vitórias. O profeta interpreta essa cena como uma cena de humildade. O jumento não era um animal desprezível, pelo contrário, em tempos de paz, os príncipes e os monarcas os montavam. Por isso podemos dizer que essa figura nos revela que o caráter do Messias divino era pacífico. O Messias era o pacífico rei humilde. A 2ª característica do Messias divino é ser pacificador, v.10 9.10 Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de guerra será destruído. Ele anunciará paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às extremidades da terra. Mas, ainda nesse verso vemos outras qualidades do Messias: justo e salvador. Porque é justo e salvador não conquistaria sua vitória por meio da guerra, mas em paz e humildade atrairia para si aqueles que anteriormente eram seus inimigos. É interessante observar a universalidade da paz e do domínio que ele estabelecerá. Ele mesmo falará de paz às nações e seu domínio se propagará por suas ações pacíficas por toda a terra. O reinado divino será absolutamente universal e será estabelecido por seu enviado, o Messias. Através desse verso fica claro que essa é uma missão messiânica, que ainda não se concretizou, e, certamente não se refere a um descendente físico da dinástica de Davi, na época Zorobabel, o governador. A 3ª característica do Messias divino é ser restaurador, v. 11-12 9.11 Quanto a ti, Sião, por causa do sangue da tua aliança, tirei os teus cativos da cova em que não havia água. 12 Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também, hoje, vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro. Nesses versos o profeta menciona a restauração integral do seu povo, baseando-se no rei que viria. Um dos benefícios seria a libertação dos prisioneiros. Os prisioneiros ao invés de ficarem encarcerados eram colocados em cisternas sem água, mas cheias de lama (conf. Jr 38.6). Esses prisioneiros eram judeus que ainda estavam na terra da Babilônia, na terra do exílio, considerada como um poço de lama para os judeus. Para esses prisioneiros havia uma palavra de esperança: a força para resistirem estava próxima, a força é o próprio Senhor. Se Deus tinha castigado duramente, também eles os recompensaria generosamente, pois esse era o cumprimento do pacto que Deus tinha feito com eles. A 4ª característica do Messias divino é ser vitorioso, v. 13 9.13 Porque para mim curvei Judá como um arco e o enchi de Efraim; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E te porei, ó Sião, como a espada de um valente. Até aqui a profecia de Zacarias fora cumprida no ministério de Jesus não somente quando entrou triunfalmente em Jerusalém, mas pelo seu caráter justo e salvador. No seu ministério ele proclamou paz e libertação e por sua vida temos a salvação. Justo, Salvador, Príncipe de paz, Rei e Libertador são alguns títulos pelos quais Jesus é conhecido e assim confirma-se a veracidade da profecia de Zacarias. Mas nestes próximos versos temos expressões militares que aparentemente entram em contradição. Porém a contradição é aparente, pois não se referem à uma batalha e vitórias militares, senão do estabelecimento da paz eterna que será conquistada através da própria intervenção divina. A menção da Grécia, embora traga algumas interpretações as mais aceitas são que se refere a uma predição profética que foi cumprida durante a guerra dos macabeus, quando derrotaram Antíoco Epifânio, sucessor de Alexandre, o Grande em 165 a. C. Porém, como querem alguns, certamente é uma referência a uma situação bem maior do que a essa conquista que teve prazo limitado. Creio que é possível entendermos que esta menção à Grécia é uma referência tanto ao tempo dos macabeus, como ao tempo final, na segunda vinda do Messias, quando ficará demonstrado que o poder de Deus atua sobre o mundo inteiro, estando sob o seu controle e domínio os governos e os impérios terrenos. Deus é vitorioso! A 5ª característica do Messias divino é ser protetor, v. 14-15 9.14 O SENHOR será visto sobre os filhos de Sião, e as suas flechas sairão como o relâmpago; o SENHOR Deus fará soar a trombeta e irá com os redemoinhos do Sul. 15 O SENHOR dos Exércitos os protegerá; eles devorarão os fundibulários, isto é, os que usam as fundas para atacarem, e os pisarão; também beberão deles o sangue como vinho; encher-se-ão como bacias do sacrifício e ficarão ensopados como os cantos do altar. Nos versos seguintes, 15 a 17 temos a descrição da grande vitória que Yahweh terá sobre os seus inimigos. Neste verso encontramos algumas expressões metafóricas como devorar, pisotear as pedras atiradas pelos que manejam a funda, isso é, pisotear as armas dos fundibulários. Você já tinha ouvido essa palavra? Ele refere-se àqueles soldados que antigamente, junto com os flecheiros, atacavam os inimigos com as fundas, atirando pedras, deixando-os sem uma reação rápida. Quando Davi lutou com Golias ele se fez um fundibulário. Também a expressão ... também beberão deles o sangue como vinho ... que era uma pratica proibida pela lei, pois o sangue era um símbolo da vida, nos faz entender que essas palavras não podem ser interpretadas literalmente. São uma hipérbole, demonstrando que no final a destruição dos inimigos divino será grande e completa. A 6ª característica do Messias divino é ser salvador, v. 16 9.16 O SENHOR, seu Deus, naquele dia, os salvará, como ao rebanho do seu povo; porque eles são pedras de uma coroa e resplandecem na terra dele. Este verso apresenta a mesma cena, mas de um ponto de vista diferente. No verso anterior vimos o castigo para o inimigo, porém neste verso vemos a recompensa divina para o seu povo. O povo será coroado como pedras preciosas, como um luxuoso e chamativo diamante. É a recompensa dupla que se prometeu no verso 12. Mas, sem dúvida aqui também podemos ver o sentido escatológico da salvação preparada sob a intervenção divina: o Deus justo e vitorioso se levanta para salvar. Esta salvação consistirá no cuidado e na provisão que ele dará ao seu povo, assim como nos relatam os evangelistas ao registrarem o ministério messiânico e salvífico de Jesus, de Nazaré, o Cristo de Deus. A 7ª característica do Messias divino é ser bondoso, v. 17 9.17 Pois quão grande é a sua bondade! E quão grande, a sua formosura! O cereal fará florescer os jovens, e o vinho, as donzelas. Chegamos ao final desse capítulo com uma nota de grande exclamação sobre a bondade e a formosura de Deus. A salvação que acontecerá será uma obra de restauração. A terra produzirá por causa da presença de Deus. Por causa da presença divina em meio ao seu povo haverá a bênção divina, haverá prosperidade e abundância. Prosperidade porque houve disciplina, arrependimento, conversão e reafirmação do pacto com Deus. Somente com uma vida corretamente perdoada e limpa por Deus é que haverá benção e confirmaremos como o Senhor é bondoso. Conclusão Querido amigo, ao concluirmos nossas reflexões nesse capítulo vamos lembrar que somente Deus por sua fidelidade cumpre sua promessa enviando o seu Messias para restaurar seu povo. Essa promessa já foi cumprida. Jesus de Nazaré foi o Messias enviado por Deus, mas esse Messias ainda voltará. Na mente e no coração do povo judeu sempre esteve presente a figura do Messias, sempre esteve presente a promessa do Messias, afinal era uma promessa feita por Deus que não falha em suas palavras. Mas como sabemos, por todos os livros já estudados até agora, houve rebeldia, incredulidade, murmuração, desobediência, houve desprezo à lei do Senhor. O povo de Deus ficou cego espiritualmente, e, mesmo depois de esperar tanto tempo por essa promessa, quando ela aconteceu, quando ela se concretizou eles não o reconheceram, eles não o receberam (conf. Jo 1.11). Poderiam reconhecê-los pois ele seria bondoso, justo, vitorioso, humilde, manso, justificaria os pecadores, traria paz mundial, recompensaria os fiéis, mas não creram nele como muitos ainda hoje o rejeitam. Jesus, de Nazaré é o Messias, o Cristo de Deus e, todos nós independente de sermos judeus ou gentios temos que nos posicionar diante dele, recebendo-o como o Messias divino, o Senhor prometido. Você reconhece Jesus dessa maneira? Deus te abençoe nessa avaliação. Um abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia

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