As praticas religiosas que agradam a Deus
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" com nossos corações cheios de alegria, aquela alegria que só o Senhor Deus nos dá. Estamos contentes por estarmos diante de mais um texto da Palavra de Deus registrado pelo profeta Zacarias. Hoje vamos estudar a primeira parte do capítulo onde Zacarias mostra-nos claramente alguns princípios que devemos desenvolver no objetivo de vivermos corretamente diante de Deus. Alegramo-nos também pela maneira carinhosa que temos sido tratados por você, pois, através das correspondências que recebemos percebemos essa comunhão que só existe quando pertencemos a mesma família. E hoje, eu registro o e-mail que a Maisa, nos enviou da cidade de Taubaté, no estado de São Paulo. Foi essa a sua mensagem: 1203“Meu nome é Maisa, sou da cidade de Taubaté e ouço a radio pela 93.5 e o sinal é ótimo.Pastor agradeço muito a Deus por um dia ter conhecido essa radio,vocês são instrumentos de benção na mão de Deus. Algum tempo atrás entrei no propósito de ler toda a bíblia, de Genesis a Apocalipse, e quando comecei a ler Reis, surgiram muitas duvidas, então orei a Deus e pedi esclarecimentos, pois não estava entendendo o agir de Deus e fechei a B íblia. Foi quando liguei o radio e a única estação que pegava era a BBN e o senhor estava dando explicações sobre a minha duvida, fiquei maravilhada com o cuidado de Deus em fazer eu continuar a leitura e usar sua vida para me esclarecer todas as duvidas.Deus usa muito essa radio pra me ajudar e me esclarecer duvidas.Desejo que esse ministério cresça cada vez mais,e indico a todos,obrigado pela disposição de vocês por esse trabalho e toda sua equipe. Vocês não podem imaginar, e não tem dimensão da importância de vocês em minha vida ministerial, pessoal eu devo a vocês muito ao meu crescimento espiritual e que Deus os fortaleça cada vez mais.UM grande abraço” Maisa – Taubaté –SP- email. Querida, somos gratos por essas palavras tão bondosas. De fato, temos pedido a Deus que use o que aqui é transmitido para moldar o nosso caráter ao caráter de Jesus Cristo. Assim, como recebemos essa correspondência gostaríamos de receber também a sua. Escreva-nos e compartilhe suas experiências conosco. Agora, te convido para aquele momento especial em que elevamos os nossos pensamentos para falarmos com Deus. Vamos orar: "Pai querido, chegamos à tua presença agradecidos porque a tua misericórdia dura para sempre e que por tua misericórdia o Senhor apaga de nós as nossas transgressões. Senhor, conforme a tua vontade, atende a necessidade de cada um de nós que te buscamos nessa hora. Senhor, conceda-nos também a iluminação do teu Espírito para essa hora de estudo. Nós oramos, em nome de Jesus, Amém!". Querido amigo hoje temos como objetivo estudarmos a primeira parte do capítulo sete de Zacarias. Vamos refletir sobre Zc 7.1-7. A partir deste texto começamos a refletir sobre a segunda parte deste livro profético. Até então tivemos uma abertura, oito visões e uma palavra de esperança, como vimos no programa passado, e todos os seis capítulos iniciais poderiam ser resumidos afirmando-se que a mensagem divina através de Zacarias foi uma mensagem de encorajamento, de ânimo de incentivo a que os ex exilados concluíssem a obra de restauração do templo e tivessem confiança no Senhor que além de lhes dar completa proteção contra qualquer inimigo, lhes daria também um templo, cuja glória seria bem maior do que a glória do primeiro templo. Era uma mensagem de esperança, de bênçãos futuras, uma mensagem quase que inacreditável. Ele só poderia ser acreditada porque fora dada pelo Senhor, e, Deus quando promete cumpre. A partir deste texto, como destacou Cardoso Pinto (2006, p.788) o encorajamento se mistura com a advertência divina contra a religiosidade superficial, contra o ritualismo sem efeito, que era praticado por toda a nação. Enquanto a necessidade de obedecer e terminar a restauração era um dos alvos de Yahweh, o povo de Deus deveria saber que a decisão divina era irrevogável. Deveriam concluir suas tarefas de maneira correta e cultuando a Deus de maneira correta também. Nessa primeira palavra de advertência o povo foi repreendido pela insinceridade na prática religiosa. Fingiam estar abatidos pelas conseqüências do pecado, mas na verdade não levavam à serio a pratica pecaminosa do dia a dia. Demonstrando um interesse inverídico enviaram mensageiros aos sacerdotes e profetas para perguntarem sobre a pratica do jejum. A resposta de Deus, através de uma pergunta, foi direta e objetiva: ... foi para mim que jejuastes? ... (conf. v. 5). O povo tinha que reconhecer que durante setenta anos estavam desenvolvendo uma prática correta, isto é, estavam jejuando, porém, estavam desenvolvendo o jejum com a motivação errada. Portanto, não agradavam a Deus, não chegavam à presença de Deus. O problema com os judeus daqueles dias é que estavam fazendo a coisa certa com a motivação errada. Será que nós também não somos passiveis desse mesmo erro? Você já se perguntou porque você faz o que você faz? Qual tem sido a sua motivação em cumprir com os rituais da sua igreja ou da sua comunidade? Já se perguntou porque frequenta as reuniões de domingo? Por que você ora? Porque você lê a Bíblia? Você somente lê a Bíblia ou a estuda? Enfim, será que a sua motivação é aceita diante de Deus? Deus não aceitava a pratica dos judeus que tinham voltado do exílio. Deus queria justiça e misericórdia ao invés de jejuns. Deus vê o nosso interior e não apenas o exterior como nós vemos. A palavra de Deus dirigida a Samuel, quando da escolha de Davi para se tornar o rei de Israel vale a pena ser relembrada: ... o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior; porém o Senhor, o coração ... (1Sm 16.7). É necessário que fique claro para todos nós que queremos viver agradavelmente diante de Deus que a religião ritualista não é aceita pelo Senhor. Diante da mensagem anterior, que profetizava a vinda do Messias, a vinda do Renovo, a vinda de um novo templo e a construção de um novo e verdadeiro templo espiritual, sem dúvida o interesse de Deus não era para as praticas ritualistas e auto gratificantes, que o povo pudesse praticar. Deus estava e está interessado na motivação do nosso coração. Por essa ser uma verdade plenamente aplicável às nossas vidas diárias, vamos estudar estes versos dando-lhes o seguinte título: As práticas religiosas que agradam a Deus Zc 7.1-7 Introdução Querido amigo, em resumo temos aqui a resposta de Deus a uma questão sobre a pratica do jejum. Essa pergunta e a sua resposta foram datadas por Zacarias. Esta mensagem foi datada tendo por base o reinado de Dario: 4º ano, 9º mês, 4º dia, ou seja, 518 a.C., provavelmente em 7 de dezembro de 518 aC. nem bem dois anos depois das oito visões noturnas que vimos anteriormente. Como se percebe a vida nacional já estava sendo vivida em todos os seus aspectos, porém no aspecto religioso ainda aconteciam problemas e dúvidas. A reconstrução do templo, em Jerusalém, acontecia em resposta às palavras dos profetas Ageu e Zacarias, mas nas outras cidades havia ainda muita incerteza sobre a melhor maneira de se cultuar a Deus. Alguns homens foram enviados de Betel para perguntar para os sacerdotes sobre o jejum do quinto mês (7:2-3) Deus, que conhece o nosso coração e conhecia a motivação que movia os judeus a essa prática, respondeu objetivamente dizendo-lhes que os jejuns deles no quinto e no sétimo mês, na verdade, não eram para Deus, não tinham como motivação se colocarem diante dele. Deus respondeu-lhes mostrando que o jejum que faziam não era para ele, mas era um jejum que faziam para eles mesmos Agora, para compreendermos esta afirmação, devemos lembrar alguns fatos: 1. A Lei incluía um dia em que o povo deveria afligir a alma, e o fariam, numa demonstração tristeza pelos pecados, por meio de jejuns. Era o dia da Expiação. (conf. Levítico 23:27) 2. A pergunta feita não foi sobre este dia, o dia da expiação nacional. Eles perguntaram sobre outros jejuns. Eles tinham praticado outros jejuns durante os quase 70 anos desde a destruição de Jerusalém a. O quinto mês foi a data da destruição do templo pelos babilônios (2 Reis 25:8-9) b. O sétimo mês foi a data da morte de Gedalias, motivo pelo qual as pessoas que restavam em Jerusalém abandonaram a cidade (2 Reis 25:25-26) 3. Na resposta divina o povo teria que se conscientizar que se eles tivessem obedecido à palavra revelada pelos profetas daquela época, não teriam nenhum motivo para jejuar para lembrar estas datas, pois Jerusalém não teria sido destruída. Porém, Jerusalém teve que Jerusalém cair, Judá foi derrotada pelos babilônios e o templo foi queimado porque o povo daquela época não andou corretamente diante de Deus, não se humilhou, não se arrependeu dos seus pecados, não jejuou, afligindo sua alma por causa das suas iniqüidades. Essa foi a resposta e essa era a advertência divina ao desejo da prática religiosa vazia e formal. Diante dessa exposição dos fatos fica evidente o princípio que o texto nos apresenta. Podemos percebê-lo nessa frase: Somente com a motivação correta as práticas religiosas podem agradar a Deus. Nesse texto encontramos sete verdades sobre as práticas religiosas que agradam a Deus A 1ª verdade sobre as praticas que agradam a Deus se vê na rapidez com que se desaprende as lições dadas, v. 1 7.1 No quarto ano do rei Dario, veio a palavra do SENHOR a Zacarias, no dia quarto do nono mês, que é quisleu. Querido amigo, os capítulos sete e oito de Zacarias tratam de um tema distinto ao conteúdo do próprio livro. O assunto foi levantado por uma comitiva que viera de Betel com um questionamento objetivo sobre a prática do jejum. Mas, como mencionamos anteriormente, não tinham passados nem dois anos das visões e parece-nos que a prática religiosa não estava surtindo efeito. O que teria acontecido? É provável que Deus não respondia suas orações (conf. Ml 1.9). A 2ª verdade sobre as praticas que agradam a Deus se vê na busca do homem pelo favor divino, v. 2 7.2 Quando de Betel foram enviados Sarezer, e Regém-Meleque, e seus homens, para suplicarem o favor do SENHOR, Os líderes de Judá se aproximaram dos sacerdotes para consultar sobre o jejum. Era até irônico perceber a formulação de uma pergunta como essa. Eles tinham sido ensinados a levar uma vida religiosa apegada às normas estritas que deviam ser cumpridas rigorosamente. Porém esse rigor religioso tinha produzido um vazio espiritual. O jejum chegou a ser tão insignificante que Deus não via razão de nenhum motivo para essas praticas. A 3ª verdade sobre as praticas que agradam a Deus se vê no questionamento sobre o valor das mesmas, v. 3 7.3 perguntaram aos sacerdotes, que estavam na Casa do SENHOR dos Exércitos, e aos profetas: Continuaremos nós a chorar, com jejum, no quinto mês, como temos feito por tantos anos? Os jejuns que são mencionados aqui referem-se a jejuns que relembravam fatos trágicos da vida do povo de Deus. O jejum do quinto mês recordava a destruição de Jerusalém e o templo pelas mãos cruéis de Nabucodonosor (conf. Jr 51.12-14). O jejum do sétimo mês recordava o assassinato de Gedalias pelas mãos de Ismael, filho de Netanias com o qual tinha sido morto também o remanescente que tinha ficado na terra (conf. 2Rs 25.23-26; Jr 41.1-2) Mas além desses jejuns havia o do quarto mês em que lembravam do muro destruído e dos guerreiros que saíram por suas brechas (conf. Jr 52.6-12) e, ainda o jejum do décimo mês em que lembravam do começo do ataque à Jerusalém pelos caldeus (conf. Jr 52.4) A 4ª verdade sobre as praticas que agradam a Deus se vê na resposta divina dada à dúvida humana, v. 4 7.4 Então, a palavra do SENHOR dos Exércitos me veio a mim, dizendo: A questão é que nenhum desses jejuns era feito com o objetivo de agradar a Deus. Todos foram feitos para recordar a aflição, a dor produzida pelos momentos de tragédia nacional. Seguir relembrando essas ocasiões era como seguir vivendo no desespero da derrota. Então a resposta divina veio através de Zacarias que anunciou ao povo que Deus tinha se lembrado do seu povo e, portanto não precisariam mais jejuar com esses significados. Era tempo de festa, de restauração. Ninguém deveria viver em aflição. Essa era a palavra de Deus através do seu profeta. A 5ª verdade sobre as praticas que agradam a Deus se vê no questionamento divino, v. 5 7.5 Fala a todo o povo desta terra e aos sacerdotes: Quando jejuastes e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos, acaso, foi para mim que jejuastes, com efeito, para mim? Mas, Deus respondeu ao questionamento do povo com duas claras colocações: O povo tinha que pensar, que avaliar-se: Se quando vocês comeram ou beberam vocês fizeram em proveito próprio, então quando jejuam, jejuam com que motivação? Se é para recordar das desgraças sofridas, então não devem fazer mais, pois o jejum verdadeiro deveria ser praticado conforme o ensino dos profetas anteriores. A 6ª verdade sobre as praticas que agradam a Deus se vê na conscientização que se deve ter sobre as mesmas, v. 6 7.6 Quando comeis e bebeis, não é para vós mesmos que comeis e bebeis? Foi Isaías que deixou claro o quanto o jejum deve fazer com que o fiel mude de atitude. Ao invés de ritualismo o que deve ocorrer é uma mudança na vida de quem jejua (conf. Is 58.3-8) Mas, esta é uma resposta que merece reflexão por todas as épocas. Os membros das nossas igrejas devem pensar em praticas religiosas com as quais adoram a Deus. Cada ato deve ser realizado com um coração sincero para não se cair no ritualismo frio e morto. A 7ª verdade sobre as praticas que agradam a Deus se vê na responsabilidade de olhar e aprender com o passado, v. 7 7.7 Não ouvistes vós as palavras que o SENHOR pregou pelo ministério dos profetas que nos precederam, quando Jerusalém estava habitada e em paz com as suas cidades ao redor dela, e o Sul e a campina eram habitados? Nossa devoção a Deus deve ser refletida na prática. A pratica deve ter uma relação íntima com a vida religiosa. Não é possível separar uma verdadeira adoração se não beneficiamos outros. Uma verdadeira adoração deverá resultar em beneficio de toda a sociedade. Qualquer cristão que explora e oprime o seu próximo não poderá dedicar seu jejum ou qualquer de suas práticas religiosas a Deus pois não será aceito. Claramente o ensino de João em sua primeira carta é esse: se alguém diz que ama a Deus e entristece o seu irmão é mentiroso. Se não é capaz de amar a seu irmão que pode ver, certamente não vai amar a Deus a quem não vê. A falta de sinceridade para com Deus conduziu o povo ao pecado e à própria ruína. Conclusão Ao concluir nossa reflexão sobre esse texto devemos aplicar essa mensagem à nós. Zacarias, usado por Deus, diante da pergunta que foi dirigida aos sacerdotes e profetas teve oportunidade de fazer o povo e todas as autoridades refletirem sobre os seus próprios atos. Lembrando que Zacarias vinha de uma família de sacerdotes e que Deus o chamara como seu profeta, sem dúvida a sua resposta, dada por Deus, merecia e merece toda a atenção. A pergunta feita para que pensassem foi objetiva: o jejum ou o desenvolvimento de qualquer prática religiosa era feita para a glória de Deus, era desenvolvida para honrar o Senhor? Com que motivação cultuamos a Deus, oramos, cantamos, servimos, contribuímos, levantamos nossas mãos no louvor, abraçamos os irmãos na hora das músicas? Com que motivação participamos das vigílias e jejuamos, se é que jejuamos? Caba a cada um de nós respondermos essas e outras questões relativas às nossas praticas e às nossas motivações. Lembremos, entretanto, que o Senhor sonda e conhece o nosso coração. Que ele te abençoe a ser honesto, transparente e verdadeiro diante dele mesmo. Um forte abraço. Até o próximo programa. © 2015 Através da Biblia
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