Josué 22.1-34
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Estamos estudando nesses programas a divisão e a ocupação de Canaã por Israel. Hoje vamos estudar o capítulo 22 de Josué que nos fala sobre a unificação da fé. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo dessa Palavra eterna. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração. E é exatamente isso que o A., de Mafra, Sta Catarina fez enviando-nos um e-mail: com essas palavras: “Sou apaixonado pelo programa Através da Bíblia, pois tem sido um canal de bênção para minha vida. Gostaria de saber como adquirir esse material em áudio como é apresentado. Sou ouvinte do programa pela BBN de Curitiba.” Querido irmão obrigado por suas palavras de encorajamento. Esse é o nosso objetivo. Desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a realidade do reino de Deus. Como já temos avisado já estão disponíveis em formato de livro e áudio os primeiros comentários dos nossos programas. É só ligar ou escrever pedindo que você terá todas as informações para adquiri-los. Agora, quero convidá-lo para aquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar pedindo as bênçãos divinas para esse projeto de estudo da Palavra de Deus: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Pai diante disso buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Pedimos Senhor, que tu nos dê forças para desenvolvermos esse projeto na tua dependência. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo, estamos caminhando bem depressa para a conclusão dos nossos estudos no livro de Josué. Daqui a três programas já estaremos estudando Juízes. Hoje o nosso alvo é estudarmos todo o capítulo 22 de Josué, com os seus 34 versículos. E, nesses versos encontraremos uma narrativa muito interessante que nos mostra como um “mal-entendido”, uma “má interpretação” pode causar até uma guerra, pode dividir amigos ou separar irmãos.
No retorno das duas tribos e meia para o seu território, do lado leste do Jordão, a construção de um grande altar feito por esses guerreiros de Rúben, Gade e Manassés provocou uma reação imediata por parte das outras nove tribos de meia que agora tinham o seu território a oeste do Jordão. Por um equivoco e por não entenderem o significado daquele altar, esses se dispuseram a intervir e, se preciso fosse até guerrear contra seus irmãos israelitas. Afinal, o que a construção desse altar significava? Era um ato de desafio contra Yahweh? Era uma demonstração de separação entre as tribos de Israel? Era uma proclamação de independência? Tudo precisava ser esclarecido imediatamente. Qualquer que fosse a explicação é inegável que essa era a primeira dificuldade que ocorria porque parte de Israel se alojou num território não previsto anteriormente por Deus. Finéias, o filho do sumo sacerdote Eleazar, que tinha agido com grande zelo num momento anterior, em que houve pecado de Israel (Nm 25.7-13) comandou um grupo de israelitas fiéis ao Senhor para questionar as duas tribos e meia. Quando os dois lados se reuniram e conversaram entre si, percebeu-se o equivoco e o perigo causado por uma má interpretação dos fatos. Não havia nenhum desejo de rebeldia ou animosidade contra Deus. Pelo contrário havia o desejo de testemunhar de Deus e de suas ações poderosas para que as futuras gerações pudessem compreender a grandiosidade do único e verdadeiro Deus!
Querido amigo, diante dessa narrativa certamente teremos lições para as nossas vidas e, como título deste capítulo sugiro a seguinte expressão: O altar do testemunho, a unificação da fé! E a sentença desafiadora que surge do texto, a proposição que o texto lança para quem o estuda profundamente pode ser expressa através da seguinte afirmação: É dever de todo crente manter a unidade da fé entre todos os irmãos. E, neste texto encontramos sete etapas que devemos dar para manter a unidade da fé com os nossos irmãos:
A 1ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através do reconhecimento e agradecimento, vs.1-3. Vamos ler estes versos: [22:1Então, Josué chamou os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés 2e lhes disse: Tendes guardado tudo quando vos ordenou Moisés, servo do Senhor, e também a mim me tendes obedecido em tudo quando vos ordenei. 3A vossos irmãos, durante longo tempo, até ao dia de hoje, não desamparastes; antes, tivestes o cuidado de guardar o mandamento do Senhor, vosso Deus.] 1)Encontramos nestes versos a seqüência dos acontecimentos estudados nos capítulos anteriores. Depois de todas as tribos terem sido distribuídas nos seus territórios e depois dos levitas e dos sacerdotes terem as suas possessões identificadas e depois do próprio Josué ter a sua porção definida era hora das duas tribos e meia, regressarem às suas famílias e suas terras. 2)Josué tomou a iniciativa e convocou-os para reconhecer os seus serviços e sua obediência, não só a Moisés, mas a ele próprio Josué, conforme o que fora tratado em Nm 32. 3)Os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés tiveram o cuidado de guardar todos os mandamentos do Senhor e, isso, naquele momento estava sendo reconhecido. A expressão “até o dia de hoje” indica que toda a campanha de Israel em conquistar e possuir a terra demorou entre cinco e sete anos como vemos em 14.10. Ah! quanto nós necessitamos de ter esse tipo de atitude. Embora fosse para a guerra, com dificuldades e sofrimento eles se mantiveram fiéis a Israel, a Josué e a Deus!
A 2ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através da recomendação e bênção, vs.4-8. Assim diz a Palavra de Deus: [4Tendo o Senhor, vosso Deus, dado repouso a vossos irmãos, como lhes havia prometido, voltai-vos, pois, agora, e ide-vos para as vossas tendas, à terra da vossa possessão, que Moisés, servo do Senhor, vos deu dalém do Jordão. 5Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do Senhor, vos ordenou: que ameis o Senhor, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. 6Assim, Josué os abençoou e os despediu; e eles se foram para as suas tendas. 7Ora, Moisés dera herança em Basã à meia tribo de Manassés; porém à outra metade deu Josué entre seus irmãos, daquém do Jordão, para o ocidente. E Josué, ao despedi-los para as suas tendas, os abençoou 8e lhes disse: Voltais às vossas tendas com grandes riquezas, com muitíssimo gado, prata, ouro, bronze, ferro e muitíssima roupa; reparti com vossos irmãos o despojo dos vossos inimigos.] Que considerações podemos fazer deste texto? 1)Josué ao se despedir das duas tribos e meia reconhece também que Deus é quem lhes estava dando descanso depois de tantas lutas e batalhas. E ao mencionar esse descanso (v.4) que Deus lhes dava lembramos que todos nós precisamos entrar no descanso de Deus. Mas esse descanso nós alcançamos pela fé. Nós sabemos que uma geração inteira de israelita morreu no deserto por falta de fé. A primeira geração toda morreu no deserto por causa da incredulidade. Sem fé não puderam entrar na terra prometida. Nem mesmo Josué pôde dar a ele o descanso de que precisavam. O autor de Hebreus, nos capítulos 3 e 4 nos adverte da necessidade da fé para entrarmos no descanso verdadeiro, no descanso de Deus. 2)No verso 5 Josué recomendou às duas tribos e meia que: (1) guardassem os mandamentos de Deus dados a Moisés, (2)amassem o Senhor Deus, (3)andassem nos seus caminhos, (4)se achegassem a Ele, e (5)servisse a Deus de todo coração e alma. Sendo que essas tribos ficariam distante dos seus irmãos e do local de adoração, em Silo, essas recomendações feitas por Josué demonstraram o cuidado dele, como líder responsável por todo o povo de Israel. 3)Nos versos 6-8 Josué então despede as duas tribos e meia e as abençoa, inclusive dando-lhes todos os despojos que tinham conseguido nas batalhas que tinham realizado em favor dos seus irmãos das nove tribos e meia com a recomendação de que repartissem equilibradamente com aqueles que não foram à batalha mas que estavam cuidando de suas possessões, gado e famílias. Querido amigo destaca-se nesse relato a fidelidade e o compromisso que as tribos de Gade, de Rubem e a meia tribo de Manassés demonstraram. Lutaram e obedeceram as ordens de Josué durante quase sete anos e com isso comprovaram que estavam unidos aos seus irmãos. Que seja essa também a nossa atitude!
A 3ª etapa da manutenção da unidade da fé ocorre através do retorno à família e a edificação de um memorial simbólico, vs.9-10. Assim lemos nesses versos: [9Assim, os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés voltaram e se retiraram dos filhos de Israel em Siló, que está na terra de Canaã, para se irem à terra de Gileade, à terra da sua possessão, de que foram feitos possuidores, segundo o mandado do Senhor, por intermédio de Moisés. 10Vindo eles para os limites pegados ao Jordão, na terra de Canaã, ali os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés edificaram um altar junto ao Jordão, altar grande e vistoso.] 1)Esse era um retorno certamente muito aguardado. Não só pelos soldados do exército israelita, mas por suas esposas, pelos seus filhos e demais parentes. Tinham sido aproximadamente sete anos longe da família e nem tinham usufruído por completo as suas possessões. Só depois da dispensa militar é que poderiam usufruir da terra que mana leite e mel. 2)Certamente com muita alegria no coração, tendo recebido o reconhecimento de Josué e dos principais de Israel da sua fidelidade, da sua lealdade para com as demais tribos, os soldados de Rúben, de Gade e da meia tribo de Manassés tiveram, segundo a minha interpretação, um idéia muito interessante, muito boa. Talvez o único erro deles não foi comunicar antecipadamente o seu desejo, o seu projeto a Josué e aos principais de Israel. 3)Esses soldados, conforme o verso 10 ergueram um altar, grande e vistoso, bem na divisa, próximo ao Jordão. Como dissemos, temos que fazer diferença entre o mal que é planejado e o erro que é feito em muitas ocasiões por imprudência, ou até por inocência. Foi o que aconteceu aqui. Esquecendo-se da ordem dada por Moisés de que todos os israelitas deveriam vir ao santuário três vezes ao ano (Êx 23.14) a construção desse altar foi desnecessária e além de tudo não tinha sido comunicada. Querido amigo temos que aprender a agir com prudência e cautela, para que aqueles que vivem conosco não se escandalizem, nem pensem mal de nossas atitudes. Que Deus nos dê sabedoria em nossas ações!
A 4ª etapa da manutenção da unidade da fé ocorre através da reação cheia de zelo, vs. 11-12. É importante a leitura desses versículos: [11Os filhos de Israel ouviram dizer: Eis que os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés edificaram um altar defronte da terra de Canaã, nos limites pegados ao Jordão, do lado dos filhos de Israel. 12Ouvindo isto os filhos de Israel, ajuntou-se toda a congregação dos filhos de Israel em Siló, para saírem à peleja contra eles.] Como podemos entender estes versos? 1)Diante das notícias, da construção de um altar às margens do rio Jordão, um altar grande e vistoso, construído pelos seus irmãos do leste do Jordão as nove tribos e meia do lado oeste do Jordão reagiram. 2)As tribos do oeste reuniram-se em congregação e tomaram suas decisões, certamente preocupadas com a apostasia, preocupadas com o abandono da adoração a Yahweh. 3)A decisão de saírem em peleja contra as tribos do leste foi tomada em consenso e foi tomada em Siló, isto é, na presença de Deus. Mas foi uma decisão apressada. Pensaram que o altar tivesse sido erguido como um altar para rivalizar com o verdadeiro local de culto em Siló. Querido amigo a precipitação é problemática. Devemos zelar pelo bom nome do evangelho, mas a nossa reação deve ser sempre bem equilibrada, com todo o conhecimento dos fatos. Antes da reação temos que verificar todos os detalhes.
A 5ª etapa da manutenção da unidade da fé ocorre através da reclamação justa e dos exemplos apresentados, vs. 13-20. Assim relata a Palavra de Deus: [13E aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e à meia tribo de Manassés enviaram os filhos de Israel, para a terra de Gileade, Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, 14e dez príncipes com ele, de cada casa paterna um príncipe de todas as tribos de Israel; e cada um era cabeça da casa de seus pais entre os grupos de milhares de Israel. 15Indo eles aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e à meia tribo de Manassés, à terra de Gileade, falaram-lhes, dizendo: 16Assim diz toda a congregação do Senhor: Que infidelidade é esta, que cometestes contra o Deus de Israel, deixando, hoje, de seguir o Senhor, edificando-vos um altar, para vos rebelardes contra o Senhor? 17Acaso, não nos bastou a iniqüidade de Peor, de que até hoje não estamos ainda purificados, posto que houve praga na congregação do Senhor, 18para que, hoje, abandoneis o Senhor? Se, hoje, vos rebelais contra o Senhor, amanhã, se irará contra toda a congregação de Israel. 19Se a terra da vossa herança é imunda, passai-vos para a terra da possessão do Senhor, onde habita o tabernáculo do Senhor, e tomai possessão entre nós; não vos rebeleis, porém, contra o Senhor, nem vos rebeleis contra nós, edificando-vos altar, afora o altar do Senhor, nosso Deus. 20Não cometeu Acã, filho de Zera, infidelidade no tocante às coisas condenadas? E não veio ira sobre toda a congregação de Israel? Pois aquele homem não morreu sozinho na sua iniqüidade.] Façamos algumas observações: 1)Uma providência boa e cheia de prudência foi tomada pela congregação das tribos do oeste. Enviaram Finéias, filho do sacerdote Eleazar, e mais dez líderes das tribos do oeste para conversar com os irmãos israelitas do leste do Jordão. Finéias era alguém, como já mencionamos, que tinha demonstrado um zelo especial pela obediência à lei de Deus no episódio em que o povo prostituiu-se com as filhas dos moabitas (Nm 25.1-15). A argumentação com os israelitas do leste foi bem objetiva. Estavam preocupados com a infidelidade e com o afastamento para com o Deus de Israel (16). 2)Finéias e sua comitiva lhes fez lembrar da situação ocorrida em Peor, onde o próprio Finéias teve que matar Zinri, o israelita que tinha pecado diante de toda a congregação de Israel para que a praga divina cessasse de sobre o povo (mesmo assim naquele dia 24.000 homens morreram em Israel, conf. Nm 25.9). 3)Finéias em sua argumentação demonstrou preocupação com a ira de Deus que poderia cair sobre toda a congregação de Israel se eles do leste, as duas tribos e meia levantassem o altar para se rebelarem contra o Senhor. Finéias apelou que se estavam sentindo que a terra que tinham recebido como herança era terra amaldiçoada, eles deveriam atravessar o Jordão e habitarem com eles. O que eles não poderiam e não deveriam fazer era provocar a ira do Senhor, e citando mais um exemplo lembraram do pecado de Acã (v.20, conf. o capítulo 7) que trouxe conseqüência a ira divina sobre toda a congregação de Israel, levando à morte não apenas Acã mas muitos outros. Querido amigo o que se percebe nessas argumentações foi o interesse de que as tribos do leste não andassem contra a vontade de Deus. Faz-me lembrar essa conversa específica da advertência de Hebreus 10.24, onde o autor recomenda: [Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.] Que possamos atuar dessa maneira em favor dos nossos irmãos. Que não sejamos precipitados julgando e criticando os irmãos sem as devidas provas, e, por outro lado, que não sejamos omissos, deixando que nossos irmãos vivam de maneira desordenada e não agradável a Deus.
A 6ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através das razões apresentadas e o esclarecimento da motivação, vs. 21-29. São essas as palavras literais deste texto: [21Então, responderam os filhos de Rúben, os filhos de Gade e a meia tribo de Manassés e disseram aos cabeças dos grupos de milhares de Israel: 22O Poderoso, o Deus, o Senhor, o Poderoso, o Deus, o Senhor, ele o sabe, e Israel mesmo o saberá. Se foi em rebeldia ou por infidelidade contra o Senhor, hoje, não nos preserveis. 23Se edificamos altar para nos apartarmos do Senhor, ou para, sobre ele, oferecermos holocausto e oferta de manjares, ou, sobre ele, fazermos oferta pacífica, o Senhor mesmo de nós o demande. 24Pelo contrário, fizemos por causa da seguinte preocupação: amanhã vossos filhos talvez dirão a nossos filhos: Que tendes vós com o Senhor, Deus de Israel? 25Pois o Senhor pôs o Jordão por limite entre nós e vós, ó filhos de Rúben e filhos de Gade; não tendes parte no Senhor; e, assim, bem poderiam os vossos filhos apartar os nossos do temor do Senhor. 26Pelo que dissemos: preparemo-nos, edifiquemos um altar, não para holocausto, nem para sacrifício, 27mas, para que entre nós e vós e entre as nossas gerações depois de nós, nos seja testemunho, e possamos servir ao Senhor diante dele com os nossos holocaustos, e os nossos sacrifícios, e as nossas ofertas pacíficas; e para que vossos filhos não digam amanhã a nossos filhos: Não tendes parte no Senhor. 28Pelo que dissemos: quando suceder que, amanhã, assim nos digam a nós e às nossas gerações, então, responderemos: vede o modelo do altar do Senhor que fizeram nossos pais, não para holocausto, nem para sacrifício, mas para testemunho entre nós e vós. 29Longe de nós o rebelarmo-nos contra o Senhor e deixarmos, hoje, de seguir o Senhor, edificando altar para holocausto, oferta de manjares ou sacrifício, afora o altar do Senhor, nosso Deus, que está perante o seu tabernáculo.] Vejamos a reação dos israelitas do leste do Jordão, as duas tribos e meia: 1)Primeiramente vemos que eles em certo sentido apelaram pela presença de Deus como testemunha da sua resposta. A expressão: “O Poderoso, o Deus, o Senhor! O Poderoso, o Deus, o Senhor”, repetida duas vezes foi uma espécie de juramento que eles fizeram combinando os três nomes de Deus: El, Elohim, e Yahweh. Foi um juramento em que se colocavam como inocentes e não culpados das acusações que estavam levantando contra eles. 2)Então eles explicaram que as razões para erguerem um altar bem ali na divisa das duas porções de Israel foi: (1) queriam evitar que os filhos dos israelitas do oeste dissessem aos seus filhos que eles não tinham nada que ver com o Senhor Deus de Israel. (2)queriam evitar que os filhos dos israelitas do oeste fizessem os seus filhos, do leste, apartarem-se do Senhor. (3)queriam, ao construir o altar, que ele servisse como um memorial e não como um altar para sacrifícios ao Senhor ou a outros deuses pagãos. Assim como durante a entrada em Canaã eles ergueram montões de pedra como memoriais das manifestações grandiosas de Deus, assim também ao erguerem esse altar estavam erguendo mais um memorial para servir como testemunha (v.27) da sua unidade da fé e da sua disposição de adorarem e servirem a Deus. Eles não queriam nunca ouvir e não queriam que seus filhos ouvissem: [Não tendes parte no Senhor (v.27)]. 3)Finalmente, conforme os versos 28-29 os israelitas do lado leste do Jordão, as duas tribos e meia, eles que eram o Israel oriental não queriam que se interpretasse que o rio Jordão era o limite natural era a fronteira natural que Deus colocara separando o seu povo de outros povos. Eles ergueram o altar como um memorial, pois longe deles estava o espírito de rebeldia e abandono do Senhor.
Querido amigo, o altar erguido pelas duas tribos e meia, provavelmente de pedras toscas, conforme vimos em Êx 20.25 (onde vemos que era possível erguer-se um outro altar a Deus) e em 8.31 tinha por objetivo e por propósito, servir de testemunho da sua lealdade ao Senhor. Aquele altar erguido tinha como motivação servir de memorial da dedicação permanente das tribos da Transjordânia ao Senhor e serviria também para preservar o seu direito ininterrupto de adorar o Senhor no Tabernáculo que naquele momento estava erguido em Silo, mesmo que estivessem morando do outro lado do Jordão. Este altar, constituiu-se no sexto memorial erguido e registrado pelo autor do livro (conforme 4.20; 7.26; 8.29; 8.32; e 10.27). Querido amigo que possamos marcar para a nossa e para as futuras gerações o nosso compromisso com Deus e o nosso desejo de ser-Lhe fiel constantemente! Que o Senhor mesmo nos dê forças para assim procedermos!
A 7ª etapa na manutenção da unidade da fé ocorre através do resultado positivo e da paz nos relacionamento, vs. 30-34. São essas as palavras finais deste capítulo: [30Ouvindo, pois, Finéias, o sacerdote, e os príncipes da congregação, e os cabeças dos grupos de milhares de Israel que com ele estavam as palavras que disseram os filhos de Rúben, os filhos de Gade e os filhos de Manassés, deram-se por satisfeitos. 31E disse Finéias, filho de Eleazar, o sacerdote, aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e aos filhos de Manassés: Hoje, sabemos que o Senhor está no meio de nós, porquanto não cometestes infidelidade contra o Senhor; agora, livrastes os filhos de Israel da mão do Senhor. 32Finéias, filho do sacerdote Eleazar, e os príncipes, deixando os filhos de Rúben e os filhos de Gade, voltaram da terra de Gileade para a terra de Canaã, aos filhos de Israel, e deram-lhes conta de tudo. 33Com esta resposta deram-se por satisfeitos os filhos de Israel, os quais bendisseram a Deus; e não falaram mais de subir a pelejar contra eles, para destruírem a terra em que habitavam os filhos de Rúben e os filhos de Gade. 34Os filhos de Rúben e os filhos de Gade chamaram o altar de Testemunho, porque disseram: É um testemunho entre nós de que o Senhor é Deus.] Essas são as nossas considerações finais: 1)Depois que Finéias e sua comitiva ouviram essas explicações, perceberam que ao invés de levantarem um altar contrário ao Senhor Deus de Israel, as duas tribos e meia tinham servido a Deus até aquele momento lutando em favor da completa conquista de Canaã. Depois que ouviram essas explicações e diante do compromisso que os seus irmãos do leste mantiveram lutando junto para desalojar os cananeus, dando heranças às nove tribos e meia, Finéias e seu grupo tiveram novo entendimento do caso. Entenderam que o altar era mais um testemunho, um testemunho das duas tribos e meia em unidade de fé com as nove tribos e meia do oeste do Jordão. Unidas, todas as tribos adorariam e serviriam ao Senhor. 2) Não Havia mais dúvida de que o resultado obtido dessa conversa era um resultado bom e trazia paz no relacionamento entre todos. As explicações das duas tribos e meia acalmaram as inquietações das outras tribos e o problema foi solucionado pacificamente. 3)Esse altar não serviria como modelo do verdadeiro altar de adoração para todo o Israel (Êx 27.1-8), mas esse altar testemunho deveria relembrar a todo Israel a sua identidade e também a sua unidade em adoração e serviço ao Senhor Deus de Israel. A designação do nome desse altar é muito significativo: seu nome era Testemunho entre nós de que o Senhor é Deus! Querido amigo que possamos lutar para manter unida a nossa fé e que todos nós cristãos façamos a nossa parte, capacitados por Deus!
Bom, chegamos ao final de mais um tempo de estudos. Além de vermos que todo Israel estava unido na adoração e na preservação da aliança com o Senhor, vimos lições e aplicações para as nossas vidas. Que Deus conceda capacitação a você para praticar essas lições que você aprendeu.
Agradeço a Deus a sua orientação e a você agradeço a sua companhia.
Escreva-nos compartilhando suas experiências.
Que Deus te abençoe,
Um abraço.
© 2014 Através da Biblia