terça-feira, 15 de julho de 2014

5-A ORIGEM DO MAL - Ef 6.10 a 13

A ORIGEM DO MAL

Temos visto que, do ponto de vista do viver cristão, nada é mais prático do que o ensino destes versículos. Na Segunda Epístola aos Coríntios, capítulo 2, versículo 11, diz o apóstolo: “Não ignoramos os seus ardis”. Ele quer dizer que sabia algo sobre as ciladas do diabo, sobre o que ele procura fazer numa igreja e entre os cristãos. E, porque ele não ignorava os ardis do diabo, podia instruir, ensinar e ajudar o povo cristão. É o que ele está fazendo nesta última seção da Epístola aos Efésios. Outra razão prática para considerar este ensino é a recrude- scência do interesse pelo espiritismo e pelos fenômenos psíquicos. Sempre se vê isso depois de guerras e em tempos de inquietação, dificuldade e crise. Isso está ficando cada vez mais popular hoje em dia, e está penetrando sorrateiramente na vida da Igreja Cristã. Assim, é importante que compreendamos o ensino, que reconheçamos no espiri tismo o que ele é de fato, obra de demônios! Estou introduzindo o assunto desta maneira porque estou ciente do fato de que esta espécie de ensino é considerada estranha hoje, não só pelo mundo, mas até pela Igreja. A suprema tragédia e, ao mesmo tempo, o cúmulo da sutileza e da habilidade do diabo, é que ele se oculta com grande sucesso, ou se transforma num “anjo de luz”, de modo que muita gente não acredita mais na existência e ação do diabo, não tem a mínima consciência da sua existência. Na verdade, a maioria hoje acha que qualquer consideração que se faça sobre o diabo é mais ou menos uma piada e, com isso, naturalmente, essas pessoas se colocam numa situação muito grave. Note-se o que o apóstolo Pedro diz acerca dessas pessoas em sua segunda epístola, capítulo 2, começando no versículo 10. Ele está falando de certas pessoas que se extraviaram, “principalmente aqueles que segundo a came andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as dominações; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades; enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção.” Permitam-me reforçar isso com uma palavra da Epístola de Judas, para mostrar a gravidade deste assunto, e para que se veja que não existe nada mais monstruoso que brincarem as pessoas sobre o diabo e considerarem como tema para alegrar e fazer rir toda e qualquer palestra sobre o diabo e os espíritos malignos. Judas declara: “Contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua came, e rejeitam a dominação, e vituperam as dignidades. Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: o Senhor te repreenda. Estes porém dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem” (versículos 8-10). Deste modo se nos recorda que aqui estamos lidando, não somente com um assunto vitalmente importante, porém com um assunto que devemos manejar com muita cautela. Vimos que existem grandes poderes do mal em ação neste mundo. A questão que devemos considerar em seguida é: donde vêm estes poderes? Como vieram a existir? Ou, se dizemos que este poderes espirituais invisíveis são maus, qual é a origem do mal? Essa é uma grande e muito importante questão, do ponto de vista da nossa crença em Deus. Hoje muitos se dizem ateus; dizem que não crêem em Deus. Muitas vezes essa postura é fruto justamente desta questão — eles estão perturbados por este problema do mal e da origem do mal. Assim, é muito importante que, como cristãos, tenhamos algum entendimento desta questão, não só para a nossa paz mental, como também para podermos ajudar outros. Ou deixem-me expressá-lo de maneira inteiramente diversa. Muitas vezes acontece que, quando as pessoas chegam a compreender a ver dadeira natureza do mal, passam a crer em Deus. Há, por exemplo, o caso de um filósofo, que era bem conhecido e bastante popular há poucos anos, o finado Dr. Joad. Não vou expressar nenhum veredicto sobre as suas opiniões; vou simplesmente relatar que ele disse num livro que, tendo sido outrora um ateu, agora tinha passado a crer em Deus. Disse ele que o que o levara a essa crença foi a percepção, como resultado da Guerra Civil Espanhola, e depois, da Segunda Guerra Mundial, de que obviamente havia poderes espirituais do mal. Ele não conseguia explicar aqueles eventos em termos meramente humanos. Chegou a acreditar na categoria e na esfera do espírito e, finalmente, isso o levou a crer na existência de Deus. Quanto a nós, a nossa fé em Deus não será completa, se não entendermos isto. Portanto, somos compelidos a tomar conhecimento disto e a encará-lo. E, em acréscimo, como tenho dito, vocês nunca entenderão todo o curso da história do mundo, se não entenderem este ensino. Se não compreenderem o passado, não compreenderão o presente, e menos ainda poderão ter alguma real esperança quanto ao futuro. Consideremos o que a Bíblia nos diz acerca deste reino do mal.

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