Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Com satisfação mantemos esse contato com você com o propósito de juntos estudarmos a Palavra de Deus. Somos gratos por sua companhia e pelas correspondências que chegam até nós. São elas que nos dão conta como tem sido a recepção do programa e, através delas também podemos saber um pouco mais da sua vida e colocar o seu nome em nossa lista de oração. Temos um grupo de irmãos que constantemente intercede em favor de você que tem nos ouvido sistematicamente. Estamos iniciando os nossos estudos no livro dos Salmos e para isso eu te convido a se programar para acompanhar as nossas reflexões nesse livro. Se possível convide alguém ou alguns amigos ou parentes para participarem com você, para formarem um pequeno grupo de estudos, depois escreva para nós para dizer como tem sido essa experiência. Queremos, posteriormente divulgar no programa sua carta, o seu e-mail como o testemunho no estudo da Palavra de Deus. Escreva dando as seguintes informações. O seu nome, a sua igreja, a sua cidade e o estado. Para os nossos registros e resposta são detalhes importantes. E, hoje então, eu registro o e-mail que a MA, da cidade de Curitiba, no estado do Paraná nos enviou com as seguintes palavras: "Olá amigos, quero receber o livro de Lucas do Através da Bíblia. Tenho aprendido muitas lições importantes através do programa de vocês. Que Deus os abençoe". Querida irmã alegra-nos muito o fato de você estar encontrando no programa um instrumento de edificação. Nos alegramos, pois, essa não é a primeira vez que você nos escreve e demonstra a sua companhia conosco. Escreva para roberto@transmundial.com.br que você será bem atendida pelo nosso pessoal. Temos orado pedindo a Deus que nos faça sempre úteis em suas mãos para que muitos possam ser edificados. Que Deus a abençoe. Agora, chegamos àquele momento em que vamos orar. Convido-a e a todos que me ouvem agora a orar pedindo as bênçãos de Deus para o estudo de hoje: "Pai querido, obrigado porque Tu ouves a nossa oração. Suplicamos-te, diante da tua misericórdia que nos abençoe nesse propósito tão elevado de estudarmos toda a tua Palavra. Pedimos a tua iluminação também para esse programa. Que sejamos edificados! Oramos em nome de Jesus, Amém"!
Querido amigo, hoje o nosso alvo é concluirmos a introdução ao livro dos Salmos, para que a partir do próximo programa consideremos e façamos as nossas reflexões a partir do texto bíblico. Creio que você que tem nos acompanhado sabe da importância de investirmos um tempo para o estudo dos aspectos introdutórios de cada livro bíblico. Quando os consideramos, facilitamos para nós mesmos a compreensão do contexto do livro, do autor e dos destinatários do livro e, tendo esse procedimento o texto se torna mais claro e mais fácil de ser assimilado e praticado. Afinal, espero que seja essa a sua motivação em estudar a Palavra de Deus: adequar cada vez mais a sua vida à vontade de Deus. Pois bem, vamos considerar os seguintes aspectos introdutórios:
1.NOME
Os nomes “Salmos” ou “Saltério” provêm da Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, concluída e usada a partir de aproximadamente 200 aC. A princípio se referiam a instrumentos de corda, como a harpa, a lira ou o alaúde. Posteriormente, referia-se a cânticos acompanhados por esses instrumentos. Só posteriormente esses nomes foram usados para designar toda a coletânea que temos em nossas mãos. O titulo em hebraico é tehillim, cuja tradução é: louvores (veja titulo do Sl 145), embora muitos dos salmos sejam tephillot, cuja tradução é: orações, como vemos no Sl 72.20.
O livro de Salmos ou o Saltério é o hinário do culto israelita e o livro bíblico de devoções pessoais.
2. COMPILAÇÃO, AUTORIA E DATA DOS SALMOS
O Saltério é uma compilação de várias coletâneas e representa a etapa final de um processo que levou séculos. Ele foi completado bem tarde na história israelita, mas ele contém hinos escritos num período de centenas de anos.
Os Salmos ganharam sua forma final das mãos dos funcionários pós-exílicos do templo, que o completaram provavelmente no século 3º AC. Nessas condições, já na época do segundo Templo, a partir dos dias de Zorobabel até os dias de Herodes, no Novo Testamento, essa coletânea de Salmos, o Saltério, servia para o culto judaico como livro de orações, louvores e instrução religiosa.
Naqueles dias ele era usado também nas sinagogas e já era conhecido como o livro dos Salmos, conforme Lucas o denomina em Lc 20.42 e At 1.20, embora é possível que naqueles dias ele designasse toda esta parte do Antigo Testamento que temos denominado de Livros Poéticos.
Significado e confiabilidade dos sobrescritos. Os sobrescritos são informações que aparecem em diversos salmos, logo depois do título, que algumas vezes indicam a autoria, a data e o contexto desses salmos. Alguns estudiosos, porém, questionam se os sobrescritos têm por propósito indicar a autoria dos salmos.
Evidências da autoria nos sobrescritos. Uma fonte básica de informações a respeito dos diversos salmos são os sobrescritos encontrados em muitos deles. De acordo com eles, entre tantos outros autores se destacam as composições de Davi, dos filhos de Coré, de Asafe, de Moisés e de Salomão.
A autoria davídica dos salmos. Davi era reputado como cantor e servo dedicado do Senhor, e nada em sua vida é incompatível com a possibilidade de ser salmista. Como veremos mais adiante Davi provavelmente compôs, direta ou indiretamente mais da metade dos Salmos.
A data dos salmos. Os críticos mais antigos datavam muitos salmos na história posterior de Israel, alguns até no período macabeu. Mas isso já não é mais aceito. Como dissemos anteriormente a data dos Salmos percorre muitas centenas de anos, vindo desde Moisés (Sl 90), porém chegando até os salmos exílicos, como o Salmo 137 e chegando até os pós-exílicos na volta do cativeiro (veja 147:2).
A compilação e a formação do livro dos Salmos
O livro dos Salmos divide-se em cinco “livros”: Livro I: salmos 1 a 41; Livro II: salmos 42 a 72; Livro III: salmos 73 a 89; Livro IV: salmos 90 a 106; e , Livro V: salmos 107 até o 150.
Não temos informações precisas quanto às datas em que os cinco livros de Salmos foram compilados nem quanto aos critérios de compilação.
Mas, cada um dos cinco livros termina com uma doxologia, e o salmo 150 é uma doxologia de conclusão para todo o Saltério.
3. SOBRE A AUTORIA DOS SALMOS NOS SEUS CINCO LIVROS
Os títulos ou os sobrescritos identificam os autores da maioria dos salmos.
No livro 1, Davi escreveu 38 ou 39 de 41 salmos
Os salmos escritos por Davi foram: 3-9,11-32,34-41 e, provavelmente o Sl 2. De autores não identificado temos os salmos 1,10,33 (Alguns atribuem Salmo 10 a Davi, pois parece uma continuação do 9 em estilo e mensagem. Estes dois aparecem como um só Salmo na LXX e em algumas traduções modernas da Bíblia)
No livro 2 Davi escreveu 18 de 31 salmos
O salmos escritos por Davi foram: 51-65, 68-70. Os filhos de Coré escreveram os salmos 42,44-49, Asafe compôs o Sl 50, Salomão compôs o Sl 72 e de autores não identificados temos os salmos 43, 66, 67, 71 (O Sl 43 é uma continuação do 42, e assim provavelmente foi escrito também pelos filhos de Coré.)
No livro 3 Asafe e os Filhos de Coré, cantores em Jerusalém, escreveram quase todos os salmos
Davi escreveu o Sl 86. Etã, ezraíta compôs o Sl 89. Asafe compôs os Sl 73-83 e, o filhos de Coré escreveram os salmos 84-85, e 87-88.
No livro 4 o autor não se identifica na maioria dos salmos
Os Salmos escritos por Davi foram: 101, 103, 95*, 96*, 105*, 106*, com algumas dúvidas em relação a esses último. Moisés compôs o Sl 90 e os salmos 91-94, 97-100, 102,104 são de autor não identificado.
No livro 5 Davi escreveu 15 dos seus 44 salmos
Davi escreveu os salmos 108-110,122,124,131,133,138-145. Salomão escreveu o Sl 127. Um autor ou autores não identificado (s) compuseram os salmos 107, 111-121, 123, 125-126, 128-130, 132, 134-137, 146-149 (O Salmo 150 é a doxologia final do livro).
4. SOBRE A AUTORIA DE DAVI NOS CINCO LIVROS
Ao todo, Davi é identificado pelos títulos como autor de 73 dos Salmos. 1Cr 16 contém porções dos Salmos 96 e 105 e a doxologia no final do 106, atribui esses salmos a Davi. Segundo comentários no Novo Testamento, podemos lhe atribuir mais dois salmos (em Atos 4:25, cita-se o Salmo 2; e em Hebreus 4:7 cita-se o Salmo 95). Se acrescentarmos Salmo 10 à essa lista, teríamos 79 Salmos escritos total ou parcialmente por Davi. Ainda é provável que ele tenha contribuído com mais alguns, sem se identificar.
5. TIPOS DE SALMOS
Ao estudarmos um salmo, é preciso fazer as seguintes perguntas: 1) Ele era cantado por indivíduos ou pela congregação? 2) Qual o propósito do salmo? 3) Ele menciona algum tema especial, tal como o rei e a casa real ou Sião? Quando fazemos essas perguntas, baseando-nos estudiosos é possível identificarmos uma série de 10 tipos de salmos.
1.Hinos. Nesse tipo de salmo, toda a congregação louva a Deus por suas obras ou atributos.
2.Queixas da comunidade. Nesses salmos, toda a nação expressava suas queixas por problemas que estava enfrentando, tais como derrota em batalha, fome ou seca.
3.Queixas individuais. Esses salmos são como os de queixas comunitárias, com a diferença de serem orações pronunciadas por indivíduos, não pela nação inteira.
4.Cânticos individuais de ação de graças. Nesses salmos, uma pessoa louva a Deus por algum ato salvador.
5.Salmos reais. Esses salmos tratam do rei e da casa real.
6.Salmos da Torá. Esses salmos dão instrução moral ou religiosa.
7.Salmos oraculares. Esses salmos registram um decreto de Deus.
8.Salmos de bênçãos. Nesses salmos um sacerdote pronunciava uma bênção sobre os ouvintes.
9.Cânticos de censura. Esses salmos reprovam os ímpios pelo comportamento vil e prometem que a destruição deles está próxima.
10.Cânticos de confiança. Nesses salmos o sal¬mista pode enfrentar dificuldades, mas permanece seguro do auxílio de Deus e proclama essa sua fé e confiança.
6. ESTRUTURA DO TEXTO
Salmo da ToráSalmo 1, 19, 36-37, 78, 119, 127
Salmo real / de censuraSalmo 2
Queixa individual / oração por vitóriaSalmo 3
Queixa individualSalmo 4 a 7, 10, 13, 17, 22, 31, 35, 38-43, 54-59, 64, 69-71, 86, 88, 102, 109, 120, 130, 140-143
HinoSalmo 8, 29, 46-47, 76, 92, 96, 98, 103-104, 107, 134, 145
Cântico individual de ação de graçasSalmo 9, 30, 138
Cântico de confiançaSalmo 11, 16, 18, 23, 26-28, 61-63, 139
Queixa da comunidadeSalmo 12, 44, 60, 74, 79-80, 85, 89, 123
Salmo oracular / cântico de censuraSalmo 14, 53
Cântico da Torá / hino processionalSalmo 15
Oração por vitória / salmo de bênçãoSalmo 20
Oração por vitóriaSalmo 21, 144
Hino processionalSalmo 24, 84, 100, 121-122
Salmo penitencialSalmo 25
Cântico de testemunhoSalmo 32, 34, 131
Cântico de casamento realSalmo 45
Cântico de SiãoSalmo 48, 50, 65, 125-126, 121
Cântico de sabedoriaSalmo 49, 73, 133
Salmo penitencialSalmo 51
Cântico de censuraSalmo 52
Hino / cântico de testemunhoSalmo 66
Salmo de bênçãoSalmo 67
Cântico de vitória / hinoSalmo 68
Cântico de coroaçãoSalmo 72
Queixa individual / queixa comunitáriaSalmo 77, 90
Salmo oracularSalmo 81, 82, 87, 95
Maldições nacionaisSalmo 83, 129, 137
Cântico de sabedoria / salmo oracularSalmo 91
Cântico do reinado do SenhorSalmo 93, 97, 99
Queixa comunitária / cântico de confiançaSalmo 94
Salmo votivoSalmo 101
Hino de aleluiaSalmo 105, 106, 111, 113-114, 117, 146-150
Hino / queixa comunitáriaSalmo 108
Salmo realSalmo 110
Hino de Aleluia / cântico de sabedoriaSalmo 112
Hino de aleluia / cântico de censuraSalmo 115, 135
Cântico individual de ação de graças / hino de aleluiaSalmo 116
Cântico individual de ação de graças / hino antifônicoSalmo 118
Cântico de vitóriaSalmo 124
Salmo de bênçãoSalmo 128
Hino antifônicoSalmo 136
7. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DOS SALMOS
Existem alguns métodos de interpretação dos Salmos e o conhecimento deles nos ajudará a estudá-los e receber as suas lições com absoluta possibilidade de aplicação para as nossas vidas.
Com base nos escritos de Cardoso Pinto (2006, p. 458-460) podemos conhecê-los. São 5 os métodos:
Método histórico tradicional – Nesse método busca-se relacionar, sempre que possível, o salmo a um incidente histórico na vida do salmista. Mesmo quando não há indicador histórico, os que adotam esse método procuram reconstruir a situação histórica para tentar entender melhor o texto.
Método literário-analítico – Nesse método busca-se destacar os aspectos analíticos como linguagem, forma poética, conceitos teológicos e possíveis referências a incidentes históricos. Embora os defensores desse método tivessem datado a maioria dos salmos em épocas muito posteriores, entendendo o Saltério como o livro dos cânticos do segundo templo, depois de descobertas arqueológicas e do melhor conhecimento da cultura e língua dos hebreus essa teoria se desfez.
Método da crítica da forma – Os defensores desse método entendiam que todos os poemas sacros de Israel tinham sido escritos como acompanhamento de um ato ritual, isto é, os salmos surgiram das várias cerimônias do culto israelita. Embora seja um método muito útil, limita-se muito o conceito bíblico da autoria dos salmos, que mostra que, muitas vezes, eles foram compostos como expressão espontânea e individual da devoção do salmista diante de Deus, isto é, os salmos foram resultados das situações de vidas que o salmista experimentou na sua relação com Deus.
Método litúrgico – Baseando-se no método anterior, esse método sustenta que os salmos devem ser interpretados à luz da sua função na liturgia israelita. Embora o uso litúrgico dos salmos seja indiscutível, não há base para se afirmar que os salmos foram produzidos apenas com origem no culto israelita.
Método escatológico-messiânico
Os defensores desse método procuram relacional ao máximos os detalhes dos salmos à pessoa de Jesus e ao reino messiânico. Embora tenha valor, pois a pessoa de Jesus é o centro da Bíblia, corre-se o risco de colocar-se determinada posição doutrinária sobre os autores, que não tinham todo o conhecimento que temos do plano de Deus para a nossa salvação e a nossa presença com Ele na eternidade.
Método equilibrado
A maneira mais certa de interpretarmos os salmos é nos apoiarmos nos bons detalhes de cada um desses métodos mencionados, depurando-os das suas fraquezas. Em todos eles vamos encontrar bons argumentos e esses devem ser utilizados. Assim, o correto é entender os salmos: 1) à luz do seu contexto histórico; 2) à luz de sua forma literária; 3) buscando descobrir qual foi a sua mensagem para os primeiros ouvintes; 4) que relação ele pode ter com a pessoa de Jesus e, 5) quais são as possíveis aplicações práticas para a vida cristã que desenvolvemos.
Querido amigo, quando tomamos essas precauções, certamente, temos condições de interpretar corretamente cada um dos 150 salmos, e é com esse cuidado que estamos estudando esse livro tão importante da Palavra de Deus.
8. PECULIARIDADES NO LIVRO DOS SALMOS
1.O livro dos Salmos pode ser considerado o mais antigo hinário da igreja cristã. Sendo que o cristão cheio do Espírito Santo deve evidenciar esse estado através dos cânticos e louvores (Ef 5.18-19) o uso dos Salmos como fonte de louvor e adoração ao Senhor deve ser utilizado grandemente.
2.O livro dos Salmos foi citado por Jesus diversas vezes e, inclusive interpretado pelo próprio Senhor aplicando vários deles à sua própria pessoa e ministério. Ele era o filho e senhor de Davi (Sl 110); Ele era a pedra rejeitada que se tornou pedra angular da construção (Sl 118); e Ele viu o seu sofrimento, como vítima inocente, descrito em vários Salmos (22, 31, 41 e 59).
3.O livro dos Salmos é o livro que mais expressa a emoção dos seus autores. Eles incluem o registro dos sentimentos mais íntimos dos salmistas. Sentimentos de ansiedade ou gratidão; sentimentos de ira e ódio ou de paz e amor; sentimentos de preocupação com os inimigos ou de segurança em Deus, são todos expressos nos diversos Salmos.
4.Os Salmos, mais do que qualquer livro bíblico, incluindo os demais poéticos e de sabedoria, utilizam muitas figuras retóricas e muitas figuras simbólicas, fazendo que o estudante de toda a atenção para não cometer deslizes na interpretação dos mesmos.
5.Os Salmos por serem uma escrita poética tem uma teologia singular. Nos diversos Salmos temos as várias pressuposições dos salmistas bem como as suas convicções e os seus ensinos sobre Deus, sobre o crente, sobre o mundo, sobre a natureza, sobre a história de Israel e tantos outros temas. Não sendo um livro especifico de doutrinas a sua teologia deve ser muito bem estudada.
9. A TEOLOGIA DOS SALMOS
Devemos entender que teologia é a sistematização das diversas áreas do conhecimento de Deus. No sentido literal, é o estudo sobre Deus. Como toda ciência, a teologia tem um objeto de estudo: Deus. Como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação, ou, em termos seculares, conforme suas representações nas variadas culturas.
Os salmos ajudam os crentes de hoje a compreender a Deus, a si mesmos e o relacionamento que têm com Deus.
Embora tenham sido compostos durante um período de 900 a 1.000 anos os salmos demonstram uma notável unidade de forma e de conteúdo. Os Salmos foram todos compostos tendo por base a fé que o povo e especificamente os salmistas depositavam em Deus. Essa fé, primeiramente transmitida de pais para os filhos, de forma oral, de geração em geração, e posteriormente transmitida através das escrituras caracterizou os salmistas de todos os tempos. Sob a direção do Espírito Santo os salmistas buscaram no depósito da fé as riquezas da graça, da perseverança e da esperança.
Os Salmos descrevem o continuo encontro do homem com Deus, motivado primeiramente pela iniciativa divina e, assim eles se constituem no coração da fé verdadeira. E, fruto desse encontro com Deus, o homem encontra-se com si mesmo e com o seu próximo!
10. O DESAFIO PARA ESTUDAR OS SALMOS
Em relação aos livros, em relação aos seus hábitos de ler e comprar literatura, permita-me fazer algumas perguntas muito importante para você considerar:
- Você compraria, leria e gastaria o seu tempo em estudar um livro escrito por um homem adultero, mentiroso, assassino, um pai que deixou a desejar na criação dos seus filhos? Será que um autor como esse teria algo para lhe ensinar, para lhe acrescentar?
- Você compraria, leria e gastaria o seu tempo em estudar um livro escrito por um homem que foi escolhido por Deus para a tarefa mais importante em relação à sua nação, um homem que teve paciência e submissão ao Senhor, só agindo depois que Deus agia, um homem que, em termos gerais, foi agradável e foi aprovado por Deus? Será que ele teria algo para lhe ensinar e acrescentar à sua vida?
A qual dos dois livros você daria mais atenção? Qual o melhor investimento?
Querido amigo, permita-me dizer que a autoria desses dois livros, é de um só homem. Espero que você tenha respondido positivamente à essas questões. Vale a pena gastarmos tempo e nos dedicarmos ao estudo dessa literatura. Se você concorda comigo, fico contente; mas se você discordou dessa minha recomendação quero que convidar para estudar comigo o livro dos Salmos. O autor que mais escreveu, que escreveu mais da metade desse livro foi o nosso conhecido e querido salmista rei, Davi.
Davi foi um homem adultero, mentiroso, assassino, um pai que deixou a desejar na criação dos seus filhos, mas ao mesmo tempo Davi foi um homem escolhido por Deus para a tarefa de reinar, a tarefa mais importante em relação à sua nação; ele foi um homem que teve paciência e submissão ao Senhor, não querendo destronar Saul para ficar com o seu lugar, ele só agiu depois que Deus agiu; mas, também ele foi um homem que, em termos gerais, foi agradável e foi aprovado por Deus, um homem segundo o coração de Deus.
Querido amigo, assim são os salmos, assim foram os autores dos salmos. Foram gente de carne e sangue, que expressaram com toda a sinceridade as suas emoções.
Espero que você esteja animado para me acompanhar no estudo desse livro tão especial. Que o Senhor te abençoe, até o próximo programa
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