quinta-feira, 31 de julho de 2014

Atraves da Bíblia - êxodo 2

Êxodo 2
Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia" e para nós é sempre motivo de muita alegria sabermos da sua companhia conosco. Obrigado por que você tem sintonizado esse programa e tem sido fiel em nos acompanhar no estudo sistemático que fazemos da Palavra de Deus. Estamos iniciando os estudos no livro do Êxodo. Hoje vamos estudar o capítulo 2 onde encontraremos o início da vida de Moisés. Certamente teremos lições importantes para aprender e aplicar em nossas vidas. Por isso sugiro a você abrir a sua Bíblia e acompanhar atentamente o estudo da Palavra de Deus. Depois você pode escrever compartilhando como Deus falou ao seu coração.
E é exatamente isso que o nosso irmão da cidade de Extrema, estado de Roraima, fez, escrevendo essas palavras: "Peço a Deus que continue abençoando o programa Através da Bíblia, pois este programa é uma luz para o nosso caminho, nos tira todas as dúvidas e nos edifica. Pastor, não tenho palavras para agradecer, só posso orar todos os dias para que continue no ar por muitos e muitos anos".
Querido amigo esse é o nosso objetivo. Desejamos que através desse programa muitos sejam abençoados e desafiados a viverem de modo cada vez mais agradável a Deus, demonstrando ao mundo a necessidade que ele tem da salvação em Jesus Cristo. Muito obrigado por suas palavras de incentivo.
Agora, quero convidá-lo àquele momento importantíssimo do nosso programa, quando buscamos a presença do Senhor. Vamos orar: "Pai amado, somos gratos por tua companhia conosco e por tua misericórdia. Como tu conheces a necessidade de cada um de nós, Pai buscamos a iluminação do teu Espírito. Que o Senhor fale a cada coração. Obrigado pela preciosa salvação em Jesus. Oramos em nome de Jesus. Amém!"
Querido amigo temos diante de nós o capítulo 2 do Êxodo e os seus 25 versos. Nele encontramos o início da história de Moisés. É difícil se exagerar a importância deste livro. Como dissemos no programa passado ele é a continuação do livro de Gênesis, relatando para nós os feitos sobrenaturais de Deus na vida do seu povo. É chamado o livro da “redenção”, porque nos descreve o grande livramento de Israel do cativeiro egípcio.
O povo de Deus que estava escravo durante quatrocentos anos, conseguiu a sua libertação, por intermédio de Moisés que foi preparado por Deus.
Moisés é encontrado na galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11.23-29, onde temos uma linda discrição resumida de sua vida e ministério.
Querido amigo, a vida desse homem que vamos estudar e que foi usado por Deus para livrar Israel da escravidão egípcia tem o início de sua vida relatada neste capítulo 2. Vamos então dividir esse trecho da Palavra de Deus em 3 porções para o nosso melhor aproveitamento.
Em primeiro lugar temos nos versos 1-10 o relato do nascimento, da infância e da educação de Moisés.
É importante observarmos como Moisés fez este registro aqui. Ele nos apresenta um relato muito modesto. Eis porque já citamos aquela passagem da epístola aos Hebreus, que fala a respeito dele.
Moisés é muito humilde quando fala a respeito do seu trabalho e da sua vida. Essa é uma das suas grandes virtudes. Virtude por sinal muito rara. Aqui vemos que Moisés não fala muito sobre os seus pais. Embora, Moisés aqui não menciona os seus nomes, por outros textos conseguimos saber os seus nomes. Cf. 6.20 o nome do seu pai era Anrão, filho de Coate e neto de Levi e sua esposa se chamava Joquebede. Naturalmente os seus pais eram humildes, pois todos os judeus naqueles dias eram escravos. Eles eram membros da tribo de Levi.
Nos versos 1 e 2 encontramos o inicio da história dessa família. No verso 2 lemos que esse casal, Anrão e Joquebede teve mais um filho, e vendo que a criança era bonita, mesmo diante da ordem do Faraó, de que todos os meninos hebreus devessem ser mortos ao nascerem, eles esconderam o pequeno bebe durante 3 meses.
Mas, não temos muitos detalhes sobre esse período. Mas, o versículo seguinte nos dá uma pista que tipo de criança era Moisés. Assim lemos no v.3: “Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche, e, pondo nele o menino, largou no carriçal à beira do rio”.
Vemos por meio deste verso, que Moisés era sadio. Deveria ser uma criança forte e que tinha pulmões bem fortes, que podia gritar alto, possibilitando assim os guardas de Faraó ouvir a sua voz, o seu grito. Este fato era o bastante para que Moisés fosse descoberto por eles. Não seria fácil esconder uma criança sadia e esperta como Moisés. Deve ter dado muito trabalho a Joquebede escondê-lo, mantê-lo dentro de casa calado, durante esses primeiros meses.
Mas ela conseguiu isto até certo tempo. E, depois teve de lançar mão de outro recurso conforme lemos ainda neste versículo 3. Joquebede colocou o menino num cesto, e largou-o no carriçal, à beira do rio. Joquebede era uma mulher de fé e ao mesmo tempo, era uma mulher prática. A fé que ela tinha em Deus era uma fé segura, firme, completa. Ela não achava que a fé fosse um salto ou um passo no escuro, como pensam alguns. Para ela era diferente. Muitos liberais dizem que a fé é um salto no escuro. Não é isto que a Bíblia ensina. Não é isto entendemos por fé. Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a convicção dos fatos que se não vêem. E quando Joquebede viu que teria de dar outro passo de fé, ela deu, e colocou o pequeno bebe junto do rio, onde a princesa ia banhar¬-se.
Não tinha de ficar com o menino o tempo todo escondido em casa. Depois que venceu os primeiros meses pela fé, ela achou que já era tempo de ir mais além. A fé sempre cresce e cresce inclusive com as necessidades e com os problemas. Joquebede foi muito prática usando esse cestinho de junco betumado. Ela sabia por meio da fé, o quanto Deus podia fazer por meio daquele cestinho. Era o máximo que ela podia fazer naquela circunstância. Era insignificante em relação ao perigo que cercava a criança. Porém fez aquilo era o suficiente para Deus operar, como de fato operou. A fé fez com que colocasse o cestinho não apenas nas águas, mas, sobretudo nas mãos de Deus. Joquebede, a mãe de Moisés fez a sua parte.
No verso 4 vemos novamente o sentido prático da fé da mãe de Moisés. Ela deixou Miriam, a irmã de Moisés, olhando o cesto a uma certa distância para ver o que acontecia. Joquebede poderia ter deixado lá o cesto junto do rio e pronto, achando que o que tinha de fazer era somente colocar o menino lá. Mas, não. Ela foi além. Deixou Miriam olhando a uma certa distância para ver o que acontecia. Isto é fé meu amigo. Estas medidas, estas precauções, não revelam falta de fé, mas revelam fé e responsabilidade. Mostram que a fé não exclui, não dispensa o lado prático da vida. Deus não fará aquilo que podemos fazer. Quando pedimos a Deus que nos ajude a conseguir aquilo que estamos interessados e mostramos o nosso interesse por meio de ações, certamente Deus nos abençoa.
A mãe de Moisés, colocou Miriam para olhar no cesto de junco no carriçal perto do lugar onde a princesa tomava banho. E nos versos 5-6 temos o relato de que a filha de Faraó indo tomar banho e vendo o cestinho ali na beira do rio enviou a sua serva para que fosse ver o que era aquilo. A serva foi ver, e trouxe para que ela mesma visse. Abraindo o cestinho ali estava um menino muito bonito chorando. O seu coração foi compassivo mesmo constatando que era um menino hebreu. Aqui podemos ver a boa mão divina dando compaixão a essa princesa filha do Faráo.
Deus continuou intervindo e colocou Mirim, a irmã do bebe em ação. Miriam ofereceu à princesa um serviço inestimável. “Queres que eu vá chamar uma das hebréias para que sirva de ama e crie esta criança para a senhora?”. A princesa aceitou a oferta e Miriam foi chamar a própria mãe, Joquebede, que era também a mãe do bebe para que lhe servisse de ama. A princesa ainda lhe prometeu pagar um salário e assim o pequeno Moisés foi criado por sua própria mãe hebréia, mesmo num tempo em que havia uma ordem governamental para que todo menino hebreu fosse morto!
Esta primeira parte termina no verso 10 que nos relata que depois que o menino já tinha crescido, isto é, depois do menino ter sido desmamado, aos 2 ou 3 anos de idade ou ainda mais tarde, ele foi entregue a princesa tornando-se seu filho adotivo que deu-lhe o nome de Moisés, um nome provavelmente de origem semita semelhante a origem egípcia de Mose, que significa nascido, isto é, Moisés significa “aquele que foi tirado, que foi nascido das águas”.
Deus age quando confiamos nele, e agimos na dependência do seu poder. Joquebede, a mãe de Moisés agia pela fé. E sempre que isto acontece, Deus abençoa. Vemos como a própria Joquebede foi escolhida para ser ama do seu próprio filho. Temos destacado nesta grande mulher tanto a sua fé, como a sua ação. Ele agia pela fé e os resultados foram excelentes. Joquebede passou a receber inclusive um salário para cuidar do seu próprio filho por ordem da princesa. Deve ter sido um momento de muito júbilo aquele quando a aquela mãe carinhosa recebe novamente o seu filho querido nos braços, para criá-lo. A ordem do rei era de matar todos os filhos dos hebreus. Mas, como vemos aqui, é a própria princesa que ordena a Joquebede que crie Moisés, e a ela promete pagar um salário. É a mão de Deus operando aqui. Querido amigo, você percebe como Deus é maravilhoso? Quando temos fé e total confiança nEle, Ele age de modo sobrenatural e assim nos abençoa e realiza os seus planos insondáveis.
Em segundo lugar, nos versos 11 a 22 encontramos a narrativa da vida de Moisés, provavelmente já com 40 anos de idade. Conforme a tradição judaica recitada por Estevão em At. 7.20 em diante, esse primeiro foi um período muito importante na preparação de Moisés. Foram os seus primeiros 40 anos de vida. Todos gastos principalmente na corte egípcia, ao lado do Faraó, aprendendo toda a ciência do Egito. Moisés foi criado como um egípcio e assim falava e se vestia como um egípcio a tal ponto que quando chegou à terra de Midiã, conf. o v. 19 ele foi confundido com um egípcio. Conforme a história geral provavelmente Moisés freqüentou a Universidade ou o Templo do Sol que era a maior escola daquele tempo, Ali era o lugar onde se recebia as instruções seculares para a vida. A preparação de Moisés para servir a Deus não foi naquela universidade, embora ali se aprendia muito. Eles conheciam muito sobre vários assuntos. Por exemplo, eles conheciam qual era a exata distância da Terra para o Sol. A Astronomia daquele tempo era fenomenal. Eles tinham um conhecimento real do Mundo. Eles tinham um grande conhecimento de Química e isso fica provado pela maneira tão eficiente como eles embalsamavam os mortos. Nós não temos hoje nenhum processo igual ao deles. Eles tinham também os meios eficientes de fazer pinturas. As cores dos objetos antigos são mais vivas do que as cores que temos hoje nas diversas obras de arte moderna. Na arquitetura também eles se destacaram haja visto a construção das Pirâmides que até hoje impressionam por sua beleza e grandiosidade. A biblioteca egípcia era excepcional. E, assim Moisés foi educado nesta época no Egito, com todos os recursos garantidos pela própria corte egípcia. Ele aprendeu toda a sabedoria e ciência do Egito.
Estevão, conforme mencionamos, em At 7 nos diz que Moisés aprendeu toda a ciência dos egípcios, e era poderoso em palavras e obras. E ainda nos diz mais: Quando completou quarenta anos, veio-lhe a idéia de visitar seus irmãos, os filhos de Israel. Vendo um homem tratado injustamente, tomou-¬lhe a defesa e vingou o oprimido, matando o egípcio. Ora, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar, por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam. E é exatamente essa referência histórica feita por Estevão que encontramos aqui no cap. 2.11-22 de Êxodo.
Em outras palavras, por meio destes versículos vemos, que todo treino e preparação que Moisés recebeu no Egito não foram suficientes para prepará-lo para defender e libertar os filhos de Israel. Na primeira parte deste texto, do v.11 a 15, além de matar um egípcio e esconde-lo na areia, cf. o v.12, Moisés quis ser o juiz entre dois israelitas que brigavam, mas foi rejeitado, cf. o v. 13-14. Foi assim que ele tentou libertar o seu povo. E estes acontecimentos revelaram que ele ainda estava despreparado para libertar o seu povo. Toda a ciência que estudou no Egito, tudo quanto aprendeu, não foi suficiente para o desempenho da missão que logo depois receberia do Senhor. E diante dos problemas criados com estes acontecimentos, Moisés teve de fugir para o deserto de Midiã porque o Faraó queria matá-lo.
Sim, querido amigo, quando tentamos agir por nossa própria conta e com nossa própria sabedoria os resultados que obtemos são esses, isto é, os resultados são desastrosos. Temos que aprender a sempre depender de Deus e a esperar com paciência o tempo dEle.
O texto prossegue e nos versos 16 a 22 temos o relato de uma nova intervenção de Moisés, tentando por suas próprias forças e condições ajudar sete moças pastoras da terra, filhas do sacerdote de Midiã a dar água para os seus rebanhos. Novamente Moisés se coloca ao lado daqueles que sofrem injustamente.
Mas ao invés dos outros episódios em que sua intervenção não foi bem sucedida, nessa intervenção o resultado foi bem positivo, pois por ter defendido aquelas jovens, foi convidado para se alimentar na casa de seu pai refazendo-se da viagem de fuga, e ainda mais, posteriormente foi convidado para morar com aquela família e teve daquele sacerdote de Midiã, Reuel, cujo nome significa amigo de Deus, também conhecido por Jetro (cf. 3.1 e 4.18), o consentimento de casar-se com uma de suas filhas.
Moisés casou-se então com Zípora, cujo nome significa “pássaro” e ela gerou-lhe um filho a quem chamaram Gerson, que quer dizer: Um estranho aqui, isto é, sou peregrino em terra estranha.
Querido amigo, Mais uma vez constamos a bondade de Deus, para com Moisés, mas certamente essa bondade se estende para nós também. Quando agimos em favor da justiça e lutamos contra a injustiça isso é agradável diante do Senhor. E mesmo sem merecermos, o Senhor nos abençoa com abençoou a Moisés com uma esposa e com a vinda de Gerson, seu filho.
Chegando ao final do capítulo e do nosso programa, ainda encontramos os versos 23-25, que nos trazem a 3ª e última parte do texto onde encontramos o relato da morte do Faraó, a difícil situação dos filhos de Israel, que gemiam e sofriam debaixo da escravidão impiedosa dos egípcios e a lembrança e atenção de Deus da Aliança que tinha estabelecido com Abraão, Isaque e Jacó.
Querido amigo, creio que nesta última porção temos importantes lições que devem nos ajudar no desenvolvimento de nossa vida cristã.
Temos que aprender de vez que o fato de pertencermos a Deus e sermos parte do seu povo não nos garante falta de sofrimento. De jeito nenhum.
Mesmo pertencendo a Deus, Ele mesmo permite que soframos e tenhamos dificuldades para que nossa fé seja testada e solidificada. Então se prepare para as adversidades da vida.
Mas, ao mesmo tempo lemos que Deus não se esqueceu da aliança, da sua palavra para com os seus servos Abraão, Isaque e Jacó! É isso! Deus não se esquece das Suas promessas, não se esquece da sua palavra. Confie no Senhor, pois Ele sabe o momento certo para nos livrar das mãos do inimigo.
No nascimento e no preparo de Moisés, podemos ver a boa mão de Deus agindo em favor do Seu povo. E, assim também Ele agirá em seu e em meu favor!
Bom, chegamos ao final de mais um programa e um tempo de estudo.
Minha oração é que você tenha sido edificado e desafiado a viver ainda mais perto de Deus.
Anote o nosso endereço e escreva para nós.
Espero pela companhia sua e do seu grupo no próximo programa.
Deus te abençoe.

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