quarta-feira, 30 de julho de 2014

Através da Bíblia - Rute 3

Rute 3
Olá amigo é com grande satisfação que iniciamos mais um programa da série "Através da Bíblia". E, para você que tem nos acompanhado fielmente declaramos a nossa gratidão pela possibilidade que temos de a cada programa conversarmos a respeito das Escrituras Sagradas. Nos sentimos privilegiados quando recebemos a carta dos nossos amigos contando-nos suas experiências com Deus através do nosso programa. Por isso é que compartilhamos o email que o D. de Rio Branco, Acre nos enviou com as seguintes palavras:"Quero agradecer pelo envio do livro Através da Bíblia – Gênesis. A leitura do mesmo está a cada dia me fortalecendo na fé. Eu era um ouvinte do programa há mais de quinze anos, embora não sintonizasse o mesmo diariamente. Contudo, a publicação do livro foi sem dúvida um recurso a mais e um estímulo a conhecer com mais profundidade a Palavra de Deus. O Através da Bíblia já é a minha leitura diária obrigatória". Querido irmão, muito obrigado por suas palavras. Elas são um incentivo para nós e demonstram a comunhão cristã. Por outro lado, reconhecemos que a nossa responsabilidade aumenta porque cada vez mais desejamos que os programas edifiquem a cada um de vocês. Por isso é que contamos com sua parceria, escrevendo para nos contar como o programa tem chegado até você e contamos com você também unindo-se a nós em oração, pedindo as bênçãos de Deus. E, é para isso que chamo a sua atenção nesse momento. Quero convidá-la a elevar a Deus a nossa oração: "Pai de amor, somos gratos pela oportunidade que tu nos dás de abrirmos a sua palavra e juntos ouvirmos a sua voz. Senhor, desejamos e necessitamos da iluminação do teu Espírito para podermos compreender a Tua Palavra e capacitados por ele mesmo cumprirmos os teus mandamentos. Senhor obrigado porque tu nos ouves e respondes as nossas orações. Por isso oramos em nome de Jesus, Amém".
Querido amigo, antes de iniciarmos o estudo de hoje no capítulo três de Rute devo relembrar a todos vocês que dentro de mais dois programas já estaremos estudando o livro de Atos dos Apóstolos. Serão trinta e cinco programas dedicados ao estudo do estabelecimento e a expansão da igreja. Gostaria que você fosse lendo antecipadamente o livro para se familiarizar com ele e enquanto isso convide outros amigos e parentes para formar um grupo de estudos. Creio que você será muito edificado com o estudo de mais esse livro bíblico.
Bom, mas antes de chegarmos em Atos temos o desfecho da bonita história de Rute. Hoje o nosso alvo é estudarmos os 18 versos do capítulo três, onde veremos as iniciativas de Noemi e Rute para que Boaz se torne o seu resgatador.
Ao estudarmos este texto o título que creio ser compatível com o seu conteúdo pode ser colocado através dessa expressão: A importância da obediência às leis de Deus, ou O terno pedido de Rute. A frase desafiadora, a proposta do texto para todos que o estudam com profundidade e desejam aplicá-lo em suas vidas pode ser apresentada através da seguinte afirmação: Seguir o conselho de um crente amadurecido nos faz experimentar a providência divina. E, nestes dezoito versos encontramos cinco passos que devemos dar para experimentarmos a providência divina.
O 1º passo é elaborar um plano que respeite as leis divinas, vs.1-5. Aqui vemos o sábio plano elaborado por Noemi.
[3:1 Disse-lhe Noemi, sua sogra: Minha filha, não hei de eu buscar-te um lar, para que sejas feliz? 2 Ora, pois, não é Boaz, na companhia de cujas servas estiveste, um dos nossos parentes? Eis que esta noite alimpará a cevada na eira. 3 Banha-te, e unge-te, e põe os teus melhores vestidos, e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de comer e beber. 4 Quando ele repousar, notarás o lugar em que se deita; então, chegarás, e lhe descobrirás os pés, e te deitarás; ele te dirá o que deves fazer. 5 Respondeu-lhe Rute: Tudo quanto me disseres farei.]
Noemi queria o melhor para sua nora Rute. Sabendo que era uma mulher jovem entendia que não era justo para ela ficar viúva tão cedo. Noemi declarou a Rute que estava fazendo todo o possível para que Rute viesse a ter um lar. Sabendo que Boaz era um dos seus parentes e que era um dos possíveis resgatadores de Rute (2.20), Noemi orientou a Rute preparar-se para praticar uma ação muito bem planejada. Não seria uma ação indecorosa ou contrária à lei de Deus. Não! Esse não era o caráter de Noemi nem o caráter de Rute. A lei do Antigo Testamente estabelecia o dever do resgatador ou remidor. Temos elogiar aqui a pessoa de Noemi, a sogra de Rute, pois ela foi muito prática. Ela vinha olhando com muito interesse o comportamento de Boaz, e gostava de vê-lo entrando na cidade de Belém ao lado de Rute. Ele a trazia para a casa todo fim de dia depois que terminavam o trabalho. Então Noemi orientou a Rute. Disse-lhe que precisaria se preparar e ir participar da festa bem vestida, bem perfumada, e dizer para ele que deveria assumir uma responsabilidade maior, dar um passo mais decisivo. Rute poderia reclamar o seu direito de ser resgata. Conforme essa lei o parente mais próximo tinha cinco deveres: 1)resgatar o parente que havia sido vendido como escravo (Lv 25.47-48); 2)comprar o campo ou a herança que ele perdera (Lv 25.25-28); 3)vingar o sangue de um parente que tinha sido morto, mesmo sem intenção (Nm 35.19); 4)casar-se com a viúva do seu parente que morresse e não tivesse filhos (Dt 25.5-10). O primogênito desse novo casamento seria considerado legalmente filho do esposo falecido e herdaria a sua propriedade. E, 5)deveria tomar conta de parentes em circunstâncias difíceis (Jr 32.6-25). O nome dessa lei era: “Lei do levirato”, pois em latim levir significa cunhado (irmão do esposo). Rute não conhecia essa lei, pois em Moabe ela não existia. Mas seguindo a orientação de Noemi preparou-se para aquilo que sua sogra lhe estava instruindo. Noemi disse a Rute que certamente naquela noite Boaz debulharia a cevada e para aquela ocasião ela deveria se vestir de forma atraente, com um bom perfume, mas sem dar-se a conhecer para Boaz. Aquela era uma noite de festa para Boaz e para todos aqueles que estavam trabalhando no seu campo. Era a noite em que a cevada seria limpa na eira, no terreno. Eles teriam de ficar durante toda a noite ali, se fosse preciso, esperando pelo vento, para limpar a cevada, tirando a palha. Eles todos tinham que esperar até o vento chegar. A eira num dia como aquele era num lugar público, onde as famílias que estavam envolvidas na sega estavam todas presentes. O vento poderia chegar em qualquer horário. E, todos estavam ali aguardando aquele momento. Era sempre um dia de festa para as pessoas que estavam trabalhando no campo durante aqueles dois meses, pois era o final da colheita, da sega. Todos os judeus sempre transformavam aquela noite de limpeza da cevada em noite de festa. Muitos dos salmos falam dessa festa, que era sempre realizada com muita alegira. Eis porque Rute deveria ir naquela noite bem vestida, bem perfumada. Muitas outttras moças deveriam estar ali de igual modo bem vestidas e bem perfumadas. Era o fim de oito semanas de colheita, e o dono do campo oferecia uma festa de ação de graças por tudo quanto Deus havia feito. O povo judeu associava com Deus tudo quanto estivesse relacionado com suas vidas. No inicio Rute deveria apenas observar, mas depois entraria em ação. Somente depois de Boaz ter trabalhado, tomado sua refeição e bebido o seu vinho então é que Rute agiria. Rute deveria esperar Boaz adormecer e daí então se deitaria aos seus pés descobrindo-os para que sentindo frio ele acordasse. Essa seria a ação de Rute. Nada mais do que isso foi proposto a ela e ela prontamente aceitou o conselho de sua sogra Noemi. Não havia nada de impuro nessa ação. Era uma maneira de naqueles dias expressar-se o desejo de casar-se com alguém. Tanto o homem como a mulher poderiam tomar a iniciativa. Mas, deve-se lembrar que nesse caso específico a iniciativa de Rute seria considera bem adequada, pois ela pediria que Boaz fosse o seu resgatador. Rute concordou com o conselho de Noemi, pois não viu maldade nas ações que deveria tomar. O seu caráter reprovaria qualquer atitude que causasse suspeita. Ela era uma mulher virtuosa, conforme o verso 11. A lição que Rute nos ensina é a de dar atenção aos conselhos dos mais experientes. Enquanto muitos dos jovens só querem aconselhar-se com os mais jovens (como fez o Rei Roboão em 1Rs 12.1-15) o exemplo de Rute nos faz refletir sobre o valor de nos aconselharmos com aqueles que temem o Senhor e estão caminhando com Ele durante toda a sua vida.
O 2º passo é agir com prudente humildade, vs. 6-9. Aqui vemos a perplexidade de Boaz.
[6 Então, foi para a eira e fez conforme tudo quanto sua sogra lhe havia ordenado. 7 Havendo, pois, Boaz comido e bebido e estando já de coração um tanto alegre, veio deitar-se ao pé de um monte de cereais; então, chegou ela de mansinho, e lhe descobriu os pés, e se deitou. 8 Sucedeu que, pela meia-noite, assustando-se o homem, sentou-se; e eis que uma mulher estava deitada a seus pés. 9 Disse ele: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador.]
Não era algo normal, mas como havia um ambiente de desrespeito à lei naqueles dias dos juízes, Boaz não se afastou do seu campo naqueles dias e naquela noite depois de ter trabalhado bastante, separando o grão da palha Boaz alimentou-se, bebeu e deitou para dormir. Queria estar seguro de que não haveria furtos ou vandalismo, e a melhor maneira de fazer isso era deitar junto aos montes de cereais. Rute agiu como fora orientada por Noemi. Quando Boaz acordou lá pela meia-noite com os seus pés frios ele se espantou quando viu que junto dele estava uma moça. Será que pela bebida ela não se lembrava do que tinha acontecido horas antes? Não era isso que estava acontecendo! Não. Boaz não tinha ficado bêbado. Era Rute que tinha agido segundo o conselho de sua sogra. Boaz logo perguntou quem era essa moça que estava junto dele.
Mas, querido amigo essa resposta de Rute, certamente deixou Boaz ainda mais perplexo. Ao dizer que Boaz era seu resgatador, ela estava requerendo dele o resgate. Esta é uma das lindas histórias românticas da Bíblia. É romance e romance real. Ele era um homem de bem, era um homem rico, era um homem notável. E ela era uma mulher moabita, provavelmente era bonita, amável, e pobre. Porém, Boaz tinha se interessado por ela. Ela era a sua namorada, podemos dizer na linguagem de hoje. Rute então queria que ele se decidisse quanto a questão do casamento. Não estavam mais com idade de ficar apenas flertando um como o outro. Como Noemi havia orientado, Rute fez tudo perfeitamente certo. Estava ali para dizer a Boaz que ele era o seu resgatador. Ele certamente não havia feito declarações amorosas a ela, mas Rute desejava que ele se declarasse, que ele se definisse.
Ao pedir a Boaz que estendesse sua capa sobre ela Rute expressou o seu desejo. Conforme a Bíblia de Estudo Vida essa expressão: “Talvez se trate de um jogo de palavras na língua original. A palavra traduzida por capa (no singular) referia-se a um costume associado aos pedidos de casamento. A mesma palavra (no plural) também significava asas, dando a entender que, mais do que casamento, aquele era um pedido de proteção. Boaz usou o termo anteriormente, quando disse que Rute confiava em Deus ao buscar refúgio sob suas asas (2.12). Quando seguimos os conselhos de irmãos amadurecidos, podemos estar seguros da providência divina.
O 3º passo é descansar na providência divina, vs. 10-13. Aqui vemos o problema apresentado por Boaz.
[10 Disse ele: Bendita sejas tu do SENHOR, minha filha; melhor fizeste a tua última benevolência que a primeira, pois não foste após jovens, quer pobres, quer ricos. 11 Agora, pois, minha filha, não tenhas receio; tudo quanto disseste eu te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa. 12 Ora, é muito verdade que eu sou resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu. 13 Fica-te aqui esta noite, e será que, pela manhã, se ele te quiser resgatar, bem está, que te resgate; porém, se não lhe apraz resgatar-te, eu o farei, tão certo como vive o SENHOR; deita-te aqui até à manhã.]
Boaz ficou impressionadíssimo com a presença de Rute ali, reclamando e reivindicando o seu direito de ser redimida por ele. Mas, ao mesmo tempo ele ficou contentíssimo porque tinha sido escolhido por ela, pois certamente aquela mulher moabita estava sendo olhada por todos da cidade, e certamente apareceriam muitas boas propostas de casamento. Ela era gentia, porém no momento quando ela deixou Moabe para seguir a Rute, dizendo: o teu povo é o meu povo, e o teu Deus é o meu Deus, ela passou a se identificar com o povo de Israel. Ela era uma mulher de fé comprovada e o seu comportamento e exemplo impressionava a todos, ricos e pobres. Boaz ficou alegre em ver Rute ali, junto dele, provavelmente depois de haver rejeitado algumas insinuações e talvez até propostas de casamento de homens mais jovens que ele mesmo. É fácil notarmos a grandeza moral e espiritual de Boaz diante dessa mulher. Ele foi um homem que manteve o autocontrole e nível moral. O homem verdadeiro é identificado pelas suas qualidades morais, pelo seu valor moral, pela sua capacidade de auto-¬controle. Ele desejava casar-se com Rute, mas tinha por ela um profundo respeito. Ele foi bastante homem para controlar-se e tomar todas as providências necessárias para casar-se com ela. Conforme o verso 11 Boaz garantiu que lhe faria tudo quanto ela tinha lhe dito. Certamente é possível imaginar o que aconteceu de boatos, de comentários, de mexericos num vilarejo onde todo mundo se conhecia. Boaz procurou encorajar Rute dizendo que quanto ao seu casamento ela não deveria ter qualquer dúvida. Não deveria ter receio. Aqui temos essa jovem viúva que viera de Moabe, que tinha aceitado o Deus de Israel como o seu Deus com o seu conceito intacto diante do povo da vila de Belém. Boaz testemunhou tranqüilizando-a e afirmando que toda a cidade sabia que ela era uma mulher virtuosa. E, uma mulher assim, era uma mulher tranqüila, ajustada, confiante. Rute era digna de um bom casamento, com uma pessoa tão especial como era Boaz.
Porém no verso 12 Boaz revela um complicador para os planos dos dois. Existia um outro parente resgatador. Para casar-se com ela, ele teria de saber se o outro resgatador que tinha prioridade renunciaria por alguma razão ao seu direito. Ele não podia passar por cima dos ditames da lei. Desejava casar-se com Rute, mas, não podia desobedecer a lei. O respeito a lei divina é o dever de cada uma de nós que somos filhos de Deus.
O 4º passo é perceber as implicações das circunstâncias, vs.13-14.
Aqui vemos a prudente precaução de Boaz.
[13 Fica-te aqui esta noite, e será que, pela manhã, se ele te quiser resgatar, bem está, que te resgate; porém, se não lhe apraz resgatar-te, eu o farei, tão certo como vive o SENHOR; deita-te aqui até à manhã.14 Ficou-se, pois, deitada a seus pés até pela manhã e levantou-se antes que pudessem conhecer um ao outro; porque ele disse: Não se saiba que veio mulher à eira.]
Aqui vemos uma medida de prudência, pois até mesmo as pessoas mais santas não podem escapar dos comentários e das suspeitas das pessoas maldosas. Se estas pessoas santas estiveram em lugares ou em circunstâncias suspeitas certamente serão alvo de comentários maliciosos. As pessoas nos julgam, não por aquilo que nós somos, mas pelo que elas são. A Bíblia recomenda que evitemos as aparências do mal. Abstende-vos de toda a aparência do mal, diz o apóstolo Paulo em 1Ts 5.22. Assim como José procedeu com Maria, não a querendo infamar, Boaz também procedeu carinhosamente com Rute protegendo-a dos comentários maldosos. Pediu que ela ficasse deitada até o nascer do dia, pois não seria prudente ela sair dali no meio da noite e nem seria correto dar a entender que o local de trabalho tinha sido transformado em local de prazeres pecaminosos, como faziam os cananeus nas festas de fertilidade ao cultuarem os seus deuses imorais. Rute também foi prudente e antes que o dia clareasse, antes que os dois não tivessem mais controle ela saiu.
Ela tinha cumprido totalmente a sua parte e estava com o coração aliviado. Agora era esperar o resultado em Deus. E, assim como Rute temos também que descansar em Deus. Agir com prudência, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance; mas depois disso, deixar com Deus a definição da situação. Essa é a lição para nós.
O 5º passo é dar continuidade à vida com paciência, vs. 15-18. Aqui vemos a provisão amorosa de Boaz.
[15 Disse mais: Dá-me o manto que tens sobre ti e segura-o. Ela o segurou, ele o encheu com seis medidas de cevada e lho pôs às costas; então, entrou ela na cidade. 16 Em chegando à casa de sua sogra, esta lhe disse: Como se te passaram as coisas, filha minha? Ela lhe contou tudo quanto aquele homem lhe fizera. 17 E disse ainda: Estas seis medidas de cevada, ele mas deu e me disse: Não voltes para a tua sogra sem nada. 18 Então, lhe disse Noemi: Espera, minha filha, até que saibas em que darão as coisas, porque aquele homem não descansará, enquanto não se resolver este caso ainda hoje.]
Novamente aqui vemos como Boaz tratava Rute de modo especial. Antes dela sair para retornar à sua casa Boaz deu-lhe mais alimento (15). Boaz certamente nutria um sentimento especial por Rute. Além de ser agradecido a ela por tê-lo escolhido ao invés de escolher homens mais jovens (10), ele via no procedimento daquela jovem viúva um padrão moral elevadíssimo que abrilhantava o seu caráter. Cada vez ficava mais entusiasmado por Rute e tratando-a de modo especial deu-lhe mais essas seis medidas de cevada, equivalentes a vinte quilos, para que levasse para sua casa para alimentação sua e de Noemi. Rute ao chegar em casa com aquele presente certamente tinha os seus olhos brilhantes e um sorriso largo em seu rosto. Noemi logo quis saber como tinha se passado aquela noite. E Rute contou tudo, em detalhes. Rute contou cada palavra, cada olhar, contou do compromisso assumido por Boaz (16) e por fim disse também que aqueles vinte quilos de cevada era um presente para ela, Noemi (17). Noemi estava alegre também. O plano que tinha elaborado junto com Rute tinha dado certo. Agora o que restava fazer era esperar, sabendo que Deus estava no controle das circunstâncias. Noemi previa como se dariam os futuros acontecimentos. Quem falava era uma mulher muito experiente. Era Noemi, que tinha já experimentado a dor e a tristeza, mas que mantendo-se fiel ao Senhor já começava a ver a fidelidade divina sendo comprovado em sua vida. Noemi percebia, ela sabia do grande interesse que Boaz tinha por Rute. Se ele era nobre, tinha encontrado com uma mulher igualmente nobre, quer dizer, nobre moral e espiritualmente. Certamente Boaz não deixaria passar aquela oportunidade especial. Noemi previa que o casamento certamente aconteceria. Noemi sabia, pelo caráter de Boaz, que naquele mesmo dia ele resolveria a questão. E foi exatamente isso que aconteceu. Boaz procurou aquele outro parente resgatador para definir aquela situação. Enquanto isso Rute deveria ter paciência; deveria esperar pacientemente. Mas, esses fatos nós veremos no próximo programa. No programa final em que estudamos o livro de Rute. Não perca o encerramento dessa bonita história de amor.
Mas, querido amigo além de ser esta uma história de amor, de ser um romance real vale lembrar que esta história é também uma alegoria, que fala de Cristo e sua igreja. Cristo morreu na cruz por nós. Ele ganhou o direito da nossa redenção pagando nossas dívidas à Deus. Agora cabe a nós nos apropriarmos desse direito tão especial de sermos resgatados, de sermos salvos por Ele. Mas, para que isso aconteça, assim como Rute fez com Boaz, precisamos dizer a Jesus: Senhor, eu te amo, eu te aceito como o meu Senhor e meu Salvador pessoal.
Bom, chegamos ao final de mais um programa. Sou grato a Deus por sua capacitação e a você por sua sintonia.
Que Deus te abençoe
Um forte abraço.

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